Nativa da América do Sul, ocorre desde a América Central até o sul do Brasil, onde é encontrada predominantemente na Mata Atlântica. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, analgésica, cicatrizante e antiulcerogênica[1,2,3,4].
Subarbusto a arbusto ereto, ramificado, de até 4,0 m de altura, ramos e pecíolos acinzentados e pulverulentos; com folhas simples, alternas, alongadas, cartáceas a coriáceas, oblongo-lanceoladas, serreadas, ápice e base agudos, aromáticas, medindo de 5 a 10 cm de comprimento x 2 a 5 cm de largura, face adaxial áspera e face abaxial pubescente com nervuras salientes; flores brancas, pequenas, em forma de inflorescências terminais ou laterais em espiga ou panículas, de até 15 cm de comprimento; frutos drupáceos, vermelhos, arredondados, com 3 a 5 mm x 2 a 4 mm, contendo uma única semente[1,2,3,4].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências | |
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Black sage | Trinidad e Tabago | Folha |
No tratamento de cólicas menstruais e outras enfermidades do sistema reprodutor feminino. |
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3
] |
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Barredor | Aldeia de Zapotitlán Salinas em Tehuacán-Cuicatlán (Puebla, México) | Parte aérea |
Antidiarreica e no tratamento de várias doenças gastrointestinais. |
Decocção. |
Uso oral. |
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4
] |
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- | Zapotitlán Salinas (Puebla, México) | Parte aérea |
Antidisentérica. |
- |
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5
] |
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Erva baleeira | Brasil | Folha |
No tratramento de artrite, artrose, traumas e torções. |
Tintura. Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL de água.
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Tomar 80 a 100 gotas da tintura em 1 xícara de água de 4/4 horas ou ingerir o conteudo da infusão, 3 vezes ao dia. A infusão também pode ser usada na forma de compressa na região afetada, 3 vezes ao dia. |
As substâncias gastroprotetoras são perdidas com o processo de separação do óleo essencial. Usar com cautela na gravidez e lactação. Não foram relatadas interações. |
[
1
] |
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Erva baleeira | Brasil (regiões litorâneas do Sudeste e Leste) | - |
anti-inflamatória, antiartrítica, analgésica, tônica e antiulcerogênica. |
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- |
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2
] |
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Erva baleeira | Brasil | Folha |
reumatismo, artrite reumatoide, gota, dores musculares e da coluna, prostatites, nevralgias e contusões. |
Chá (infusão): 1 colher (sopa) de folha picada em 1 xícara de água fervente. |
Tomar 1 xícara de chá 3 vezes ao dia. |
- |
[
2
] |
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Erva baleeira | Brasil | Folha |
Cicatrização de feridas externas e úlceras. |
Chá. |
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2
] |
Referências bibliográficas
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Parte aérea |
Extrato: 100 g do material vegetal (seco) em hexano, clorofórmio e etanol. |
In vitro: Em cepas do sistema gastrointestinal: Vibrio cholerae, Escherichia coli, Enterobacter agglomerans, E. aerogenes, Salmonella typhi, Shigella boydii, Staphylococcus epidermidis, S. aureus, Sarcina lutea, Bacillus subtilis e Yersinia enterololitica submetidas aos testes de disco-difusão em ágar e diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (MIC).
|
Observou-se que todos os extratos da parte aérea de C. curassavica apresentaram atividade antibacteriana, principalmente o hexânico. |
[
2
] |
Antiedematogênica e Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Parte aérea |
Extrato: maceração do material vegetal (pó) em benzina, diclorometano e etanol. Dose para ensaio: 100, 300 e 1000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina, contorções abdominais induzidas por ácido acético e da placa quente. |
Observou-se que o extrato de diclorometano da parte aérea de C. curassavica apresentou ação antiedematogênica potente, bem como antinociceptiva, nas doses de 300 e 1000 mg/kg, contudo não houve atividade analgésica.
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[
3
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Parte aérea |
Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em hexano, clorofórmio e metanol. Rendimento: 1,81, 1,88 e 8,26%, respectivamente. Óleo essencial: 400 g do material vegetal (fresco) por hidrodestilação. Rendimento: 0,41%. |
In vitro: Em linhagens bacterians do sistema gastrointesntinal: Vibrio cholerae, Escherichia coli, Enterobacter agglomerans, E. aerogenes, Salmonella typhi, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Sarcina lutea, Bacillus subtilis, Yersinia enterocolitica, e linhagens fúngicas de Fusarium sporotrichum, Aspergillus niger, Trichophyton mentagrophytes, Fusarium moniliforme e Rhyzoctonia solani submetidos aos testes de disco-difusão em ágar e diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM). Teste de toxicidade em Artemia salina.
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Observou-se que os extratos e o óleo essencial de C. curassavica apresentaram atividade antimicrobiana, principalmente para as linhagens de S. lutea, V. cholerae, R. solani e T. mentagrophytes. |
[
1
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar e picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Processos inflamatórios e dolorosos em geral.
Uso oral: sempre em diluições decimais (DH1 a DH5), tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Uso tópico: pode ser usada para incorporação em pomadas e cremes.
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Óleo de girassol |
100 mL |
Cordia curassavica (folha fresca) |
10 g |
Em um recipiente de aço inox ou de vidro, colocar o óleo de girassol e a folha fresca, lavada um dia antes do preparo, levar ao fogo em banho maria. Quando a água entrar em ebulição e o óleo estiver quente, manter a fonte de calor por 15 minutos e após esse período, desligar o fogo. Deixar esfriar e filtrar em peneira de inox.
Analgésico e anti-inflamatório.
Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Cordia verbenacea (tintura a 10% em etanol 70%) |
10 mL |
Cucurbita pepo (alcoolatura a 20% em etanol 80%) |
10 mL |
Creme base não iônico |
80 g |
Pesar o creme base e incorporar a tintura e a alcoolatura.
Analgésico e anti-inflamatório.
Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Cordia curassavica (óleo medicinal 10%) |
1 mL |
Ocimum gratissimum (óleo medicinal10%) |
1 mL |
Pterodon emarginatus (tintura a 20% em etanol 98%) |
8 mL |
Creme base não iônico |
90 g |
Pesar o creme base e incorporar a tintura e os óleos.
Processos inflamatórios e dolorosos localizados, especialmente articulares.
Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
5
]
Componente |
Quantidade |
Cordia verbenacea (tintura a 20%, em etanol 70%) |
10 mL |
Creme base não iônico |
90 g |
Pesar o creme base e incorporar a tintura.
Analgésico e anti-inflamatório.
Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
6
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,9 a 1,1 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Processos inflamatórios e dolorosos em geral.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas vezes ao dia.
Uso tópico: aplicar compressas com o infuso sobre o local afetado duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: fazer escalda-pés com volume suficiente do infuso duas a três vezes ao dia.
FarmaVerde
[
8
]
Componente |
Quantidade |
Folha |
3 g |
Água q.s.p |
150 g |
Componente |
Quantidade |
Extrato hidroetílico de folha |
10 mL |
Gel base q.s.p |
100 g |
Fórmula 1: preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. Devem ser utilizadas folhas secas (CARVALHO & SILVEIRA, 2010).
Fórmula 2: preparar o extrato hidroetílico de folhas secas por percolação, utilizando como líquido extrator álcool etílico a 70%, seguindo a RDE 1:2. Transferir o extrato hidroetílico para recipiente adequado. Incorporar no gel base e misturar até homogeneização completa (GDF, 2018).
Auxiliar no alívio de sintomas decorrentes de processos inflamatórios localizados (SERTIÉ, 1988; SERTIÉ, 1991; REIS et al., 2002; LORENZI & MATOS, 2008; CARVALHO & SILVEIRA, 2010; PANIZZA, 1998; PANIZZA et al., 2012; GDF, 2018).
Fórmula 1 (uso externo): aplicar na forma de compressas na região afetada, de duas a três vezes ao dia (CARVALHO & SILVEIRA, 2010).
Fórmula 2 (uso externo): aplicar nas áreas afetadas, três vezes ao dia (GDF, 2018).
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
rosmarínico e cafeico.
Flavonoides
artemetina.
Isoflavonas
7,4'-dihidroxi-5-metoxiisoflavona e 7,4'-dihidroxi-5-metilisoflavona.
Minerais
iodo.
Outras substâncias
pigmentos, alantoína e açúcares.
Taninos
Triterpenos
cordialina A e B.
Referências bibliográficas
por sementes, sendo colocadas para germinar em saquinho plástico contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1) e na profundidade de 1 cm, ou por estacas de 10 cm de comprimento, em que o enraizamento podo ser facilitado através da imersão, distante 5 cm do ápice, em solução de ácido indol-butírico a 1,23 mM. As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 3 meses, posteriormente a este período serem transferidas para local definitivo, a pleno sol, em covas de 20x20 cm, adubadas com 1 kg de esterco bovino, com espaçamento de 2 m entre plantas e 2 m entre ruas. Desenvolve melhor em solos arenosos, úmidos e pouco ácidos [ 1 , 2 , 3 , 4 ] .
a irrigação deve ser realizada uma vez por semana [ 1 ] .
os frutos devem ser separados na peneira, e posteriormente lavados em água corrente para a retirada do arilo, que recobre a semente, e dificulta a germinação. Em seguida são colocadas sob pano seco, em local ventilado para secagem das mesmas. Recomenda-se que as sementes não sejam armazenadas por mais de 6 meses. As folhas devem ser colhidas na parte da manhã, a partir de 30 cm acima do solo, 1 ano após o plantio. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia [ 1 , 2 ] .
o processo de secagem das folhas deve ser realizado em estufa com ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas, posteriormente armazenada em ambiente não úmido e utilizada dentro do período de 6 meses. A droga vegetal deve ser moída em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh, sendo utilizada na preparação de tinturas e extratos. Drogas vegetais moídas não devem ser armazenadas por período superior a 6 meses [ 2 ] .
o teor dos princípios ativos desta espécie, pode sofrer alteração devido a variação genética ou por outros fatores. Quando plantadas perto de árvores frutíferas, ela as protege de insetos cortadores de ramos [ 2 , 4 ] .
Referências bibliográficas