Estabilidade das preparações magistrais

É o período no qual se mantém, dentro dos limites especificados e nas condições de armazenamento e uso, as mesmas características e propriedades que apresentava ao final de sua manipulação. As BPM devem ser atendidas. Assim, o produto magistral deve satisfazer aos critérios de: 1 estabilidade química: cada fármaco contido no produto deve manter integridade química e potência declarada, dentro dos limites especificados; 2 estabilidade física: o produto deve apresentar as propriedades físicas originais incluindo, quando aplicável, aparência, palatabilidade, uniformidade, dissolução e suspendibilidade; 3 estabilidade microbiológica: o produto deve manter, quando aplicável, sua esterilidade ou resistência ao crescimento microbiano, assim como os agentes antimicrobianos adicionados devem manter sua eficácia como conservantes, dentro dos limites especificados; 4 estabilidade terapêutica: os efeitos terapêuticos do (s) fármaco (s) devem permanecer inalterados; 5 estabilidade toxicológica: não deve haver aumento significativo nas características toxicológicas do (s) fármaco (s). Na manipulação de produtos magistrais, o farmacêutico deve ter conhecimento das características físico-químicas de fármacos e excipientes incluídos no produto, suas prováveis interações, possíveis reações e mecanismos de decomposição e de interação com recipientes, valores ótimos de pH e condições de umidade e temperatura adequados para conservação dos insumos e do produto final. Para tanto, o farmacêutico deve consultar literatura especializada, artigos científicos e materiais técnicos. Essas informações, assim como a experiência profissional, possibilitam o estabelecimento do prazo de uso do medicamento magistral.