Aesculus hippocastanum L.

Castanha-da-Índia.

Família 
Informações gerais 

Originária dos Balcãs (norte da Grécia), leste e oeste da Europa, onde é muito utilizada como ornamental. Suas principais indicações medicinais são: venotônica, adstringente, anti-hemorroidária, anti-inflamatória, analgésica, antitérmica suave e antidiarreica[1,2,3,4,5,6,7].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 27-35.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 24-27.
3 - BARNES, J. et al. Plantas medicinales. 1 ed. Barcelona: Pharma Editores, S.L., 2005, p. 141-143.
4 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 92.
5 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 363-366.
6 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 77.
7 - HAWRELAK, J. A. et al. Western herbal medicines in the treatment of irritable bowel syndrome: a systematic review and meta-analysis. Complement Ther Med, v. 48, p.1-48, 2020. doi: 10.1016/j.ctim.2019.102233
Descrição da espécie 

Árvore robusta, que pode chegar até 35 m de altura, com caule ereto, cilíndrico e ramificado, córtex lenhoso liso e branco, de copa densa; folhas dentadas, multifoliolada (6 ou 7 folíolos), opostas, longo-pecioladas; flores com numerosos racimos piramidais rasados e brancos; fruto tipo cápsula, grande, liso, castanho, com cicatriz redonda e pálida, rodeada por casca carnosa coberta de espinhos; as sementes são duras, irregularmente subesféricas, com cerca de 2,5 a 4,0 cm de comprimento, possuem testa lisa, coriácea, quebradiça, de cor castanho-avermelhada ou castanho-claro, lustrosa, com a presença de hilo[1,2]

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 27-28.
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 403.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Castanha-da-Índia Brasil Semente

Anti-hemorroidária, no tratamento de varizes e varicocele.

Tintura.

Tomar 20 a 30 gotas em meia xícara de água (100 mL) após café da manhã e jantar.

Usar com cautela em pacientes em tratamento com anticoagulantes, anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteroides, anticoncepcionais e repositores hormonais. Contraindicado o uso na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Castanha-da-Índia Brasil Semente

No tratamento da fragilidade capilar e insuficiência venosa (hemorroidas e varizes).

Decocção: 1,5 g (meia colher de sopa) em 150 mL (1 xícara de chá) de água.

Tomar 1 xícara de chá 2 vezes ao dia, após as refeições. 

Usar com cautela em pacientes em tratamento com anticoagulantes, anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteroides, anticoncepcionais e repositores hormonais. Contraindicado o uso na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Castanha-da-Índia e buckeye Shankaracharya Hill (Srinagar, Índia) Semente

Analgésica e anti-inflamatória.

Óleo.

-

Uso externo.

[ 2 ]
Castanha-da-Índia e buckeye Shankaracharya Hill (Srinagar, Índia) Semente

Anticaspa.

Pasta: misturar o pó vegetal em óleo de mostarda.

Uso externo: aplicar no couro cabeludo meia hora antes de lavar.

-

[ 2 ]
Castanha-da-Índia e buckeye Shankaracharya Hill (Srinagar, Índia) Semente

No tratamento de queimaduras por frio, abscesso e hemorroida.

Decocção ou pasta.

Uso externo.

-

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 101.
2 - KUMAR, K. et al. Ethnomedicinal plants of Shankaracharya Hill, Srinagar, J&K, India. J Ethnopharmacol, v. 170, p.255-274, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.05.021

Anti-inflamatória e Antiviral

Anti-inflamatória e Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Em culturas de macrófagos murinos (J774A.1), de células Vero E6, CRFK e Calu-3, transfectadas com cepas de SARS-Cov-2 e CCoV, pré ou pós-incubadas com a solução vegetal, com posterior análise da adsorção, penetração, níveis de IL-6 e TNF-α.

Observou-se que Aesculus hippocastanum apresenta atividade antiviral, além de modular citocinas inflamatórias em células infectadas.

[ 9 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: decocção do material vegetal em água/etanol (30:70%). Concentrações para ensaio: 2,5 a 80 µg/mL.

In vitro:

Determinar atividade antioxidante através da eliminação do radical ABTS, por Espectroscopia Paramagnética Eletrônica (EPR), reação de Fenton, radical superóxido e redução do radical Fremy’s Salt.

Em cultura de leucócitos polimorfonucleares de humanos incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de espécies reativas ao oxigênio e nitrogênio (Quimioluminescência - LACL); em células de carcinoma pulmonar de humanos (A549) incubadas com o extrato vegetal com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA).

 

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade antioxidante significativa.

[ 3 ]
Flor

Extrato: 250 g do material vegetal em clorofórmio, seguidamente, metanol, éter dietílico, acetato de etila e n-butanol, seguidamente.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante (ONOO, FRAP, TBARS e proteínas) e hemostática (agregação induzida por ADP) em plasma de humanos incubados com o extrato e frações vegetais.

 

O extrato e frações de A. hippocastanum apresenta atividade antioxidante, contudo não demonstra ações antiagregante e anticoagulante significativas.

[ 10 ]

Antiviral

Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Pó liofilizado.

In vitro:

Em linhagens celulares epiteliais do tecido ocular de humanos (HCLE e IOBA-NHC), de carcinoma pulmonar de humanos (A549), de macrófagos murino (J774A) e células Vero, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), atividade antiviral e virucida (vírus da herpes tipo 1, teste de placa), sinalização das vias NF-kB e AP-1 (ensaio repórter de luciferase) e níveis de TNF-α e IL-6 (ELISA).

 

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade antiviral, além de modular a produção de citocinas.

[ 1 ]
Semente

Pó liofilizado: padronizado com 3 a 6% de escina. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1 a 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 10 mg/kg.

In vitro:

Em cultura de células de câncer epidermoide de humanos (HEp-2), câncer de pulmão (A549), macrófagos murino (J774A.1) e células Vero incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), atividade antiviral e virucida (vírus sincicial respiratório, teste de placa), sinalização das vias NF-kB e AP-1 (ensaio repórter de luciferase) e níveis de TNF-α e IL-6 (ELISA).

 

In vivo:

Em camundongos Balb/c portadores de infecção pulmonar induzida pelo vírus SVR, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, fisiologia pulmonar e nível de expressão de TNF-α, IFN-γ, IL-6, IL-4 e IL-17A em homogenato pulmonar.

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade antiviral, além da ação imunomoduladora.

[ 2 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato. Rendimento: 1%. Outras espécies em estudo: Salvia officinalis, Scutellaria baicalensis, Phellodendron amuren, Gingiber officinale e Astragalus sinicus.

In vitro:

Em fibroblastos da pele de humanos (em gel de colágeno) incubados com os extratos vegetais, citocalasina D, inibidor da enzima quinase, complexo exoenzima C3/lipofectina e formalina/metanol com posterior análise da força de contração celular.

 

Observou-se que A. hippocastanum induz a contração de fibroblastos mais potente, principalmente por estresse celular e ativação da proteína Rho/Rho quinase.

[ 4 ]

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1 a 10 µg/mL. Concentrações para ensaio (in vivo): 0,1 e 1%.

In vitro:

Em fibroblastos dérmicos de humanos (HDFs) incubados com extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e expressão de fibronectina e α-SMA (Western blotting e Imunocitoquímica).

 

In vivo:

Em camundongos Sprague-Dawley portadores de incisões circulares dorsais com sutura, tratados topicamente com extrato vegetal, com posterior análise da resistência à tração da lesão e de parâmetros histológicos.

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade cicatrizante.

[ 5 ]
-

Pó: a partir do extrato aquoso. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1 a 10 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 0,1 e 1%.

In vitro:

Em cultura de fibroblastos dérmicos de humanos (HDFs) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT), expressão de α-actina do músculo liso, fibronectina e vimentina (Western blotting e Imunofluorescência).

 

In vivo:

Em camundongos Sprague-Dawley submetidos a lesões cutâneas (longitudinal e circular), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da resistência a tração e parâmetros histológicos.

[ 12 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Venoplant® (comprimidos): contendo 263,2 mg de extrato seco, padronizado com 50 mg de aescina. Doses para ensaio: 65,8 a 263,2 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss-Kunming portadores de lesões hepáticas induzidas por concanavalina A, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, ALT, PT, Alb e A/G), histopatológico e em homogenato hepático para análise dos níveis de MDA, GSH, atividade de SOD, apoptose, atividade da caspase 3, níveis de TNF-α e IFN-γ (imunoabsorção enzimática) e expressão de c-JNK e p-JNK (Western blotting).

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade hepatoprotetora, devido a redução dos níveis de espécies reativas ao oxigênio e inibição da via JNK.

[ 6 ]
Semente

Extrato: comprimido contendo 263,2 mg de extrato seco, padronizado com 50 mg de escina. Doses para ensaio: 65,8 a 263,2 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos portadores de lesão hepática induzida por concanavalina A, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmático e no tecido hepático (TNF-α, IFN-γ, ALT, AST, PT, Alb, Alb/globulina, MDA, SOD e GSH), apoptose (microscopia de fluorescência), atividade da caspase-3 e expressão de citocromo-c, Bax, Bcl-2, c-Jun (Western blotting).

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade hepatoprotetora, pois inibe o estresse oxidativo e a apoptose via JNK/p-JNK.

[ 11 ]

Nefroprotetora

Nefroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Venotrex® (comprimidos): contendo 263,2 mg de extrato seco, padronizado com 50 mg de aescina. Dose para ensaio: 20 mL/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (citocinas, peroxidação lipídica, glicose, nitrogênio ureico e creatinina), histopatológicos, imunoexpressão da fibronectina e análise da urina (proteinúria).

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade nefroprotetora, contudo não reduz os níveis glicêmicos.

[ 7 ]

Vasoconstritora

Vasoconstritora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato hidroalcoólico. Concentração para ensaio: 0,1 a 10 mg/mL.

In vitro:

Em veias mesentéricas e artérias bovinas incubadas com extrato vegetal, indometacina, cetanserina, prazosina e saralasina com posterior análise de contratilidade vascular.

Em sangue venoso de humanos saudáveis pré-incubado com o extrato vegetal, cetanserina e adenosina difosfato (ADP), com posterior análise de agregação plaquetária.

 

O extrato de A. hippocastanum apresenta atividade vasoconstritora, mediada parcialmente por receptores 5-HT2A (cetanserina), além da ação antiagregante plaquetária.

[ 8 ]

Referências bibliográficas

1 - MICHELINI, F. M. et al. Virucidal, antiviral and immunomodulatory activities of β-escin and Aesculus hippocastanum extract. J Pharm Pharmacol, v. 70, n. 11, p.1561-1571, 2018. doi: 10.1111/jphp.13002
2 - SALINAS, F. M. et al. Aesculus hippocastanum L. seed extract shows virucidal and antiviral activities against respiratory syncytial virus (RSV) and reduces lung inflammation in vivo. Antiviral Res, v. 164, p.1-11, 2019. doi: 10.1016/j.antiviral.2019.01.018
3 - BRAGA, P. C. et al. Characterisation of the antioxidant effects of Aesculus hippocastanum L. bark extract on the basis of radical scavenging activity, the chemiluminescence of human neutrophil bursts and lipoperoxidation assay. Eur Rev Med Pharmacol Sci, n. Suppl 3, p.1-9, 2012.
4 - FUJIMURA, T. et al. Horse chestnut extract induces contraction force generation in fibroblasts through activation of Rho/Rho kinase. Biol Pharm Bull, v. 29, n. 6, p.1075-1081, 2006. doi: 10.1248/bpb.29.1075
5 - KOVÁC, I. et al. Aesculus hippocastanum L. extract does not induce fibroblast to myofibroblast conversion but increases extracellular matrix production in vitro leading to increased wound tensile strength in rats. Molecules, v. 25, n. 8, p.1-14, 2020. doi: 10.3390/molecules25081917
6 - WU, S. et al. The Protective Effect of Aesculus hippocastanum (Venoplant56ws) against concanavalin a-induced liver injury. Pharmacology, v. 104, n. 3-4, p.196-206, 2019. doi: 10.1159/000501258
7 - ELMAS, O. et al. The efficacy of Aesculus hippocastanum seeds on diabetic nephropathy in a streptozotocin-induced diabetic rat model. Biomed Pharmacother, v. 83, p.392-396, 2016. doi: 10.1016/j.biopha.2016.06.055
8 - FELIXSSON, E. et al. Horse chestnut extract contracts bovine vessels and affects human platelet aggregation through 5-HT(2A) receptors: an in vitro study. Phytother Res, v. 24, n. 9, p.1297-1301, 2010. doi: 10.1002/ptr.3103
9 - FIGUEREDO, F. A. P. et al. Aesculus hippocastanum extract and the main bioactive constituent β-escin as antivirals agents against coronaviruses, including SARS-CoV-2. Sci Rep, v. 14, n. 1, p.1-10, 2024. doi: 10.1038/s41598-024-56759-y
10 - OWCZAREK, A. et al. Bioactivity potential of Aesculus hippocastanum L. flower: phytochemical profile, antiradical capacity and protective effects on human plasma components under oxidative/nitrative stress in vitro. Pharmaceuticals (Basel), v. 14, n. 12, p.1-17, 2021. doi: 10.3390/ph14121301
11 - WU, S. et al. The protective effect of Aesculus hippocastanum (Venoplant®) against concanavalin A-induced liver injury. Pharmacology, v. 104, n. 3-4, p.196-206, 2019. doi: 10.1159/000501258
12 - KOVÁČ, I. et al. Aesculus hippocastanum L. extract does not induce fibroblast to myofibroblast conversion but increases extracellular matrix production in vitro leading to increased wound tensile strength in rats. Molecules, v. 25, n. 8, p.1-14, 2020. doi: 10.3390/molecules25081917

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 103-104, 2018.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 24, 2021.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 25, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Componente

Quantidade

Etanol/água 70%

1000 mL

Sementes secas

100 g

Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de sementes secas trituradas e colocar em frasco de vidro âmbar. Em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Insuficiências venosas periféricas e fragilidade capilar (BRASIL, 2016, 2018) e em hemorroidas (BRASIL, 2018).

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 24-27.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
escina
Principais substâncias:

Ácidos

cítrico, esculitânico, glicurônico, tíglico e acético.

Ácidos graxos

Aminoácidos

betaína, adenina, adenosina e guanina.

Cumarinas

esculosídeo, esculetina, aesculetina, fraxina, fraxetina, frasetina, escopolina e escopletina.

Fitosteróis

β-sitosterol, estigmasterol, campesterol, plastoquinona e α-spinasterol.

Flavonoides

caempferol, canferol, quercetina, astragalina, isoquercetrina, rutina, leucocianidina, esculina e tamarixetina.

Minerais

potássio, cálcio e fósforo.

Oligossacarídeos

Outras substâncias

alantoína.

Polissacarídeos

pectina.

Saponinas triterpênicas

aescina, aescigenina, protoescigenina, afrodescina, argirescina e criptoaescina.

Taninos

catequina e epicatequina.

Vitaminas

B, B8, K1, C e pró-vitamina D.

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 28.
2 - BARNES, J. et al. Plantas medicinales. 1 ed. Barcelona: Pharma Editores, S.L., 2005, p. 141.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 92.
4 - OSZMIANSKI, J. et al. The content of phenolic compounds in leaf tissues of white (Aesculus hippocastanum L.) and red horse chestnut (Aesculus carea H.) colonized by the horse chestnut leaf miner (Cameraria ohridella Deschka & Dimić). Molecules, v. 19, n. 9, p.14625-14636, 2014. doi: 10.3390/molecules190914625
5 - SENATORE, F. et al. Steroidal constituents and anti-inflammatory activity of the horse chestnut (Aesculus hippocastanum L.) bark. Boll Soc Ital Biol Sper, v. 65, n. 2, p.137-141, 1989. 
6 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 363.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 403-404.

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2020
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2020
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2018
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Ano de Publicação: 2016
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2012
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2003
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2003
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Se os sintomas persistam por mais de 2 semanas (desconforto nas pernas) ou 5 dias (auxiliar nos sinais de contusão) durante o uso do fitoterápico, o médico deverá ser consultado. Pomadas contendo escina devem ser aplicadas suavemente sobre a pele, caso contrário, podem causar ou piorar a flebite. Em caso de inflamação da pele, tromboflebite, endurecimento subcutâneo, dor, úlceras, edema súbito de um ou ambos os membros inferiores, insuficiência cardíaca ou renal e se os sintomas piorarem ou ocorrerem sinais de infecções de pele durante o uso do medicamento, um médico deverá ser consultado. As formulações de uso tópico não devem ser utilizadas em feridas abertas, em torno dos olhos e em mucosas[1,3,4,5,6].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol), insuficiência renal ou hepática, sangramento ou lesões ulcerosas da mucosa digestiva. Não deve ser usado por crianças até 7 anos, em quem são mais frequentes os casos de hipersensibilidade[1,2,3,4].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode ocorrer cefaleia, tonturas, prurido, reações alérgicas e irritação gástrica. Altas doses podem provocar vômitos, gastrite (aesculina), sede excessiva, eritema facial, distúrbios visuais, alteração de consciência, urticária, espasmos musculares e hipersensibilidade. Sangramentos e equimoses podem ocorrer devido à atividade antitrombótica da aesculina (hidroxicumarina). Hepatotoxicidade e nefrotoxicidade somente ocorrem em casos de intoxicação. Em doses muito elevadas a aescina pode agravar nefropatias pré-existentes. Os frutos, as folhas e as cascas mais velhas são tóxicas e pode conferir à urina uma cor avermelhada. Evitar qualquer preparação de uso parenteral, pois pode trazer muitos efeitos colaterais graves, principalmente danos hepáticos, renais e à medula óssea, além de hemólise. O pólen desta planta pode causar febre do feno[1,2,5,6,7].

Interações medicamentosas: 

potencializa o efeito de Hamamellis virginiana e Hydrastis cannadensis. Risco muito aumentado de sangramento se associado com anticoagulantes (varfarina, heparina ou clopidogrel) ou anti-inflamatórios (AAS, ibuprofeno o naproxeno). Evitar associação com sais alcalinos, ferro e iodo, pois interferem na absorção. A aescina pode se ligar as proteínas plasmáticas inferindo no metabolismo de outras drogas. Pode intensificar o efeito hipoglicemiante em pacientes diabéticos em uso de hipoglicemiantes orais ou insulina, bem como alterar a eficácia de medicamentos com ação antiácida ou antiúlcera, pois esta planta é irritante ao trato gastrointestinal. O efeito laxativo pode ser potencializado quando associada ao sene. Nas formulações via oral para varizes e hemorroidas, sempre associar com vitamina C, para potencializar o seu efeito. Nunca usar juntamente com drogas nefrotóxicas, como a gentamicina[1,2,3,4,5,6,7,8]

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 26-27.
2 - ______. Aesculus hippocastanum. Reprotox, 30 de mar. de 2024. Disponível em: < https://reprotox.org/member/agents/28845>. Acesso em: 09 de abr. de 2024.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 93.
4 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 301.
5 - KRAFT, K.; HOBBS, C. Pocket Guide to Herbal Medicine. New York: Thieme Stuttgart, 2004, p. 77.
6 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 24-25 e 27, 2021.
7 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 32-33.
8 - NICOLETTI, M. A. et al. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma, v. 19, n. 1/2, 2007.

Propagação: 

a reprodução é realizada por sementes, sendo que estas são recalcitrantes e  apresentam dormência de 15 semanas [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

cresce em climas temperados [ 1 ] .

Pós-Colheita: 

a colheita deve realizada em agosto, quando possui cerca de 28% de aescina, sendo que em outros meses do ano a concentração pode cair para 5% [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 28.

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