Annona muricata L.

Graviola.

Família 
Informações gerais 

Originária da América Central e do Sul, amplamente cultivada em todos os países de clima tropical, principalmente nos estados do Nordeste brasileiro. Muito utilizada na indústria alimentícia. Suas principais indicações são: antiviral, imunoestimulante, antiparasitária, inseticida, antidiarreica, antitérmica, antiespasmódica, hipoglicemiante, vasodilatadora e diurética[1,2,3,4].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 89-96.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 47-48.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 67-68.
4 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 26-28.
Descrição da espécie 

Espécie arbórea, de copa piramidal, perene, ereta, com cerca de 4 a 8 m de altura, possui caule único e ramificado de forma assimétrica, ramos jovens pubescentes; folhas medindo de 8 a 15 cm de comprimento, obovado-oblongas, verde brilhantes na parte inferior, com pecíolo cilíndrico, tricomas esparsos, simples, curtos, hialinos ou ferrugíneos; as flores grandes, solitárias, hermafroditas, com sépalas triangulares e pétalas externas grossas de cor amarelada; fruto ovoide ou em forma de coração, medindo de 25 a 35 cm de comprimento, de coloração verde, com falsos espinhos carnosos curtos e moles; a polpa é branca, doce, mas ligeiramente ácida; a semente mede de 1 a 2 cm de comprimento, é preta e torna-se marrom alguns dias após a coleta[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 27.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 67.
3 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 52.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
- Costa Rica Folha

Analgésica (gastrointestinal).

Infusão.

-

-

[ 1 ]
- Cuba -

Antitussígena, anticatarral e anti-inflamatória.

-

-

-

[ 1 ]
- Costa Rica Folha e semente (tostada e moída)

Anti-helmíntica e antidiarreica.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
- Ilhas Virgens (Caribe) Folha

Sedativa.

-

-

-

[ 1 ]
- Guam (Oceania) Folha

Antiasmática.

-

-

-

[ 1 ]
- Guatemala Folha

No tratamento de afeções cutâneas.

-

-

-

[ 1 ]
- República Dominicana -

Antiasmática.

Infusão.

-

-

[ 1 ]
- Índia Fruto

Antiescorbútica e antidisentérica.

-

-

-

[ 1 ]
- Cuba Fruto

Diurética e no tratamento de uretrites.

Suco.

-

-

[ 1 ]
- Nigéria Caule seco

Antiartrítica.

-

-

-

[ 1 ]
- Colômbia e Cuba Folha

Antidispéptica e nos casos de cistite.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
- Colômbia e Cuba Fruto

No tratamento de afecções renais.

Na forma de sorvete.

-

-

[ 1 ]
Guanábana, nejo e suiti Panamá Semente.

Inseticida e ictiotóxica.

-

-

-

[ 1 ]
Guanábana, nejo e suiti Panamá Casca do fruto

Antidiarreica.

Decocção: 4 pedaços da casca/3 xícaras e meia (chá) de água. Ferver até que se reduza pela metade.

-

-

[ 1 ]
Guanábana, nejo e suiti Panamá Fruto

Anti-helmíntica.

-

Usar em jejum.

-

[ 1 ]
Guanábana, nejo e suiti Panamá Fruto

No tratamento de úlcera gástrica.

Extrato da polpa.

Uso diário.

-

[ 1 ]
Guanábana, nejo e suiti Panamá Folha

No tratamento da escabiose e pediculose.

Decocção.

Uso externo.

-

[ 1 ]
Guanábana, nejo e suiti Panamá Folha fresca

Antidispéptica.

Decocção: 3 folhas frescas/1 xícara de água.

-

-

[ 1 ]
- Colômbia e Cuba Folha

Antidiarreica e antidisentérica.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
Guanábana Colômbia Fruto

Diurética.

Sumo. 

-

-

[ 2 ]
Guanábana Colômbia Semente

Repelente de insetos.

Pó. 

-

-

[ 2 ]
Guanábana Colômbia Fruto e folha

Antitérmica e antidiarreica.

Decocção ou infusão.

-

-

[ 2 ]
Guanábana Colômbia Raiz

Vermífuga e desintoxicante.

Decocção.

-

-

[ 2 ]
Guanábana Colômbia Folha

Calmante, antiespasmódica, hipoglicemiante, vasodilatadora e antitumoral.

Decocção ou infusão.

-

-

[ 2 ]
Graviola Brasil Folha

Sudorífica, antitussígena, e no tratamento de bronquite.

Infusão.

Uso oral.

-

[ 3 ]
Graviola, araticum, coração-de-rainha e corossol Brasil Folha

Antidiarreica e antiespasmódica.

Decocção: após amassar o material vegetal em pilão.

-

-

[ 4 ]
Graviola, araticum, coração-de-rainha e corossol Brasil Semente

Adstringente e emética.

-

-

-

[ 4 ]
Graviola, araticum, coração-de-rainha e corossol Brasil Folha

Emagrecedora e antitumoral.

Decocção.

-

-

[ 4 ]
Graviola e araticum Brasil Folha

Antidiarreica.

Infusão: 1 a 2 colheres (de sopa) da droga vegetal (rasurada) em 200 mL de água. Abafar e deixar em repouso por 20 minutos e coar.

Tomar até 4 xícaras (de chá) ao dia.

O uso desta planta deve ser acompanhado por profissional competente, pois é considerada tóxica (em altas doses). Usar com cuidado na gravidez e lactação.

[ 5 ]
Graviola e araticum Brasil Caule (casca)

No tratamento de cólicas menstruais.

Tintura.

Tomar 40 a 60 gotas em 100 mL de água (meia xícara de chá) antes das refeições, até 4 vezes ao dia.

O uso desta planta deve ser acompanhado por profissional competente, pois é considerada tóxica (em altas doses). Usar com cuidado na gravidez e lactação.

[ 5 ]
Soursop Antígua e Barbuda (Caribe) Folha

Antitérmica, no tratamento de resfriados, flatulências e dor de cabeça (uso oral ou na forma de compressa).

Decocção.

Uso oral.

-

[ 6 ]
Corosol e kowosol Martinica (Caribe) Folha

No tratamento de afecções cutâneas.

-

Uso externo: na forma de banhos.

-

[ 6 ]
Corosol e kowosol Martinica (Caribe) e Venezuela Folha

Calmante.

Decocção.

Uso oral.

-

[ 6 ]
Guanábana Nicarágua Folha

Antiparasitária.

Infusão.

Uso oral.

-

[ 6 ]
Guanábana República Dominicana Folha

Antitérmica, calmante, no tratamento de resfriados e dor de cabeça.

Decocção.

Uso interno ou externo (em casos de problemas emocionais pode-se fazer banhos).

-

[ 6 ]
Soursop Trinidad e Tabago Folha

Anti-hipertensiva.

-

-

-

[ 7 ]
Sabissa Região Central de Togo Folha

Hipoglicemiante.

Decocção.

Uso oral. 

-

[ 8 ]

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 27.
2 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 63.
3 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 135.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 67.
5 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 159.
6 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 52-53.
7 - LANS, C. A. Ethnomedicines used in Trinidad and Tobago for urinary problems and diabetes mellitus. J Ethnobiol Ethnomed, v. 2, p.1-11, 2006. doi: 10.1186/1746-4269-2-45
8 - KAROU, S. D. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants used in the management of diabetes mellitus and hypertension in the Central Region of Togo. Pharm Biol, v. 49, n. 12, p.1286-1297, 2011. doi: 10.3109/13880209.2011.621959

Anti-hipertensiva e Nefroprotetora

Anti-hipertensiva e Nefroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 96%. Dose para ensaio: 250 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por dicromato de potássio (K2Cr2O7), pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise da pressão arterial, eletrocardiograma, parâmetros bioquímicos e marcadores de estresse oxidativo e antioxidante (rins e coração), histopatológica e teste do micronúcleo em eritrócitos, expressão de Kim-1, CTnI, p38 MARPK e Nrf2 (imuno-histoquímica).

O extrato de A. muricata apresenta atividades anti-hipertensiva, antioxidante e nefroprotetora.

[ 35 ]

Anti-hperglicêmica

Anti-hperglicêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 600 g do material vegetal (pó) em 5 L de metanol a 70%. Doses para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar (Rattus norvegicus) portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise da glicemia, peso corporal, histomorfológica e histomorfométrica das células β das ilhotas pancreáticas.

O extrato de A. muricata apresenta atividade anti-hiperglicêmica, através da regeneração e proliferação nas células β das ilhotas pancreáticas.

[ 39 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 3 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Outra espécie em estudo: Jasminum glandiflorum. Concentrações para ensaio: 15,63 a 250,00 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de macrófagos (RAW 264.7) estimulados por lipopolissacarídeos (LPS), incubados com extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT), níveis de óxido nítrico (NO) e atividade da fosfolipase A2 (PLA2).

 

Os extratos aquosos de A. muricata e J. glandiflorum apresentam atividade anti-inflamatória, além da ausência de citotoxicidade nas concentrações em estudo.

[ 32 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (pericapo)

Suco: 1500 g do material vegetal (fresco) sem sementes. Rendimento: 23,50%. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley tratados com o suco do fruto de graviola, submetidos aos testes antinociceptivos (contorções abdominais, formalina, placa quente, edema de pata e orelha) e testes para elucidação da ação analgésica.

O suco do fruto de A. muricata apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória, através da via opioidérgica e inibição da COX/aumento dos níveis de óxido nítrico.

[ 31 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração 600 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de etanol. Rendimento: 36,40 g. Doses para ensaio: 100 a 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, edema de pata induzido por formalina e carragenina, placa quente e pleurisia induzida por carragenina.

O extrato etanólico das folhas de A. muricata apresenta atividade antinociceptiva e anti-inflamatória, dose-dependente.

[ 34 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (polpa) e semente

Extrato: 60 g do material vegetal (polpa, pó) em 300 mL de metanol. Rendimento: 13,28%. 

Extrato: 10 g do material vegetal (polpa, pó) em 100 mL de água. 

Extrato: 20 g do material vegetal (semente, pó) em 100 mL de metanol. Rendimento: 8,21%. 

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP), e anti-inflamatória por estabilização da membrana de glóbulos vermelhos após indução de hemólise por solução hipotônica.

Em células de câncer de mama (MDA-MB-231 e MCF-7) incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT), ciclo celular e apoptose (citometria de fluxo).

 

Observou-se que os extratos de A. muricata apresentam atividades anti-inflamatória, antioxidante e antitumoral promissoras.

[ 4 ]
Semente

Extrato: material vegetal (pó) em n-hexano. Rendimento: 20%. Doses para ensaio: 10 e 50 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar castrados, portadores de hiperplasia prostática induzida por propionato de testosterona, tratados com extrato vegetal (associado ou não com finasterida), com posterior análise de parâmetros bioquímicos (proteínas, fosfatase alcalina e ácida), antioxidantes (SOD, CAT, GSH, GPx e GST) e histopatológicos, níveis de marcadores de inflamação (nitrito e mieloperoxidase) e expressão de iNOS, Bcl2, β-catenina, receptores andrógenos e estrógenos (imuno-histoquímica). 

O extrato de A. muricata apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, reduzindo o volume da próstata, associado ou não a finasterida.

[ 40 ]
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 1500 mL de acetato de etila. Rendimento: 15 g. Concentrações para ensaio: 5 e 10% (p/p).

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de feridas excisionais, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da porcentagem de fechamento da ferida, parâmetros imuno-histoquímicos e histológicos, e atividade antioxidante (CAT, GPx, SOD e MDA) em homogenato do tecido da ferida.

Observou-se que A. muricata apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, sendo promissora para o processo de cicatrização.

[ 30 ]

Anti-inflamatória e Hipocolesterolemiante

Anti-inflamatória e Hipocolesterolemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 3 L de água. Doses para ensaio: 50 a 150 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

 

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 submetidos a dieta hiperlipídica e tratados com extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos, parâmetros bioquímicos (glicose, índice aterogênico, CT, TG, HDL, VLDL e LDL) e histopatológicos (fígado, pâncreas e tecido adiposo epididimal), testes de tolerância oral à glicose e de sensibilidade à insulina, níveis de citocinas no tecido adiposo (IL-10, IL-6, MCP-1 e TNF-α) e índice de adiposidade.

O extrato de A. muricata apresenta atividade anti-inflamatória e hipocolesterolemiante, contudo não demonstra resultado promissor na redução da glicemia.

[ 37 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 30 gm do material vegetal (pó) em 300 mL de água. Rendimento: 0,6 gm. Outra espécie em estudo: Simarouba glauca. Volume para ensaio: 10 µL.

In vitro:

Em cultura de Enterococcus faecalis submetidas ao teste de disco-difusão em ágar.

 

Observou-se que o extrato de A. muricata apresenta atividade antibacteriana mais potente, semelhante ao hipoclorito de sódio.

[ 6 ]

Antibacteriana e Antioxidante

Antibacteriana e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 10, 100 e 1000 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em cultura de Helicobacter pylori submetida ao teste de disco-difusão e análise da viabilidade microbiana.

Em cultura de macrófagos (RAW 264.7) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da citotoxicidade (ensaio MTS).

 

Neste estudo, das 20 espécies vegetais, Annona muricata, Scutellaria baicalensis e Agrimonia pilosa apresentam atividade antibacteriana e antioxidante, significativas, além da ausência de citotoxicidade.

[ 14 ]

Antileishmaniose

Antileishmaniose
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Pericarpo

Extrato: material vegetal (seco) em hexano, acetato de etila e metanol. Rendimento: 0,89, 0,58 e 12,2%, respectivamente.

In vitro:

Em cultura de células monocíticas de humanos (U-937) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade.

Em cultura de Leishmania brasiliensis e L. panamensis (forma promastigota) incubada com extratos vegetais, com posterior análise da atividade antileishamania.

 

Observou-se que o extrato de acetato de etila apresenta atividade antileishamaniose e citotóxica mais potente.

[ 15 ]

Antimalárica

Antimalárica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em etanol. Concentrações para ensaio: 1 a 1000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Kaempferia parviflora, Stemona tuberosa, Ananas comosus, Punica granatum, Musa sapientum e Pseuderanthemun palatiferum.

In vitro:

Em células de fibroblasto de prepúcio humano (HFF) incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular.

Em eritrócitos humanos infectados por Plasmodium falciparum (3D7), incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da atividade antiplasmódica; e em células de fibroblasto de prepúcio humano (HFF) infectadas por Toxoplasmose gondii (RH-GFP), incubados com extratos vegetais, com posterior análise da atividade anti-toxoplasma.

 

Os extratos de A. muricata, K. parviflora e P. palatiferum apresentam atividade antimalárica, enquanto a M. sapientum e K. parviflora apresentam promissoras para o tratamento da toxoplasmose.

[ 16 ]

Antimetastática e Antitumoral

Antimetastática e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Cápsula. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 200 μg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 e 100 mg/kg.

In vitro:

Em células de câncer pancreático (FG/COLO357 e CD18/HPAF) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade, metabolismo celular, expressão de genes e proteínas (HIF-1α, NF-kB, GLUT1, GLUT4, HKII e LDAH), apoptose e necrose, ciclo celular, motilidade/migração celular e microscopia confocal.

 

In vivo:

Em camundongos imunodeficientes transfectados com células de câncer pancreático (CD18/HPAF) contendo partículas retrovirais (gene repórter de Luciferase), tratados com extrato vegetal, com posterior análise da tumorigenicidade.

Observou-se que o extrato de A. muricata apresenta atividade antitumoral e antimetastática promissoras.

[ 24 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (PCCA): infusão de 500 g de cada material vegetal (pó) em etanol. Rendimento 103 g. Associção com: Pouteria campechiana, Chrysophyllum cainito e Citrus limonum. Dose para ensaio: 50 a 600 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar normoglicêmicos ou hiperglicêmicos (induzido por aloxana), tratados com o extrato vegetal, submetidos ao teste de formalina, capsaicina e estímulos de resfriamento com acetona.

O extrato vegetal PCCA apresenta atividade antinociceptiva, dose-dependente, em ratos normais ou diabéticos.

[ 33 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 350 g do material vegetal (pó) em etanol a 95%. Concentrações para ensaio: 100 a 500 µg/mL. Outras espécies em estudo: Annona squamosa e A. reticulata.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais através da eliminação do radical DPPH, ABTS, OH-, NO e O2.-, e peroxidação lipídica (em homogenato hepático).

 

Observou-se que o extrato de A. muricata apresenta atividade antioxidante, concentração dependente, mais potente.

[ 48 ]

Antioxidante e Citoprotetora

Antioxidante e Citoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (sem pele e semente)

Extrato: 10 g do material vegetal (polpa) em 100 mL de metanol/água a 80% (v/v). Concentrações para ensaio: 0,1 a 1,0 mg/mL.

In vitro:

Em cultura de fibroblastos (NIH/3T3) estimulados por peróxido de hidrogênio, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise de danos celulares oxidativos, níveis de espécies reativas ao oxigênio e expressão de p22, p40, p67, Rac1, DUOX1, DUOX2 e Noxa2.

 

Observou-se que o extrato de A. muricata apresenta atividade antioxidante e citoprotetora.

[ 46 ]

Antioxidante e Hipoglicemiante

Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato seco. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes campo aberto e labirinto de cruz elevado, análise de parâmetros bioquímicos (glicose sérica, testosterona, estradiol, fosfatase ácida e alcalina, malondialdeído, óxido nítrico, glutationa, superóxido dismutase e proteínas totais) e expressão genética (CYP17A1, ACAT2, Bax, Bcl2, IL-1β e GAPDH).

O extrato de A. muricata apresenta atividade hipoglicemiante e antioxidante testicular, além de melhorar as alterações comportamentais induzidas pelo diabetes.

[ 26 ]
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 3 L de água. Rendimento: 5%. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg.

In vitro:

Em ratos Wistar normoglicêmicos e diabéticos induzidos por estreptozotocina tratados com extrato vegetal (agudo ou sub-crônico), com posterior análise de parâmetros bioquímicos (níveis de glicose, creatinina, índice aterogênico, LDL, HDL, CT, TG, AST, ALT, NO, MDA, SOD e CAT) e em células β pancreáticas (imuno-histoquímica).

 

O extrato de A. muricata apresenta atividade hipoglicemiante e antioxidante, demonstrando ação protetora para as células β pancreáticas.

[ 28 ]
Folha

Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (seco) em 5 L de etanol a 98%. Rendimento: 12,5%. Frações: hexano, diclorometano, acetato de etila, n-butanol e água. Concentrações para ensaio: 0,15 a 1000 μg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante (ORAC, FRAP e DPPH), enzimática (α-amilase, α-glucosidase e lipase pancreática), inibidora da glicação (BSA-frutose, BSA-metilglioxal e arginina-metilglioxal), peroxidação lipídica não enzimática (TBARS) em homogenato hepático de ratos Wistar e a citotoxicidade (MTT) em fibroblastos NIH/3T3, do extrato e frações vegetais.

 

As frações acetato de etila e n-butanol de A. muricata apresentam atividades hipoglicemiante, antioxidante e antiglicante mais potentes, além de baixa citotoxicidade.

[ 29 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em diclorometano, sequentemente, metanol e água.

In vitro:

Em cepas de Plasmodium falciparum resistentes à cloroquina (linhagem K1), incubadas com os extratos vegetais, submetidas aos ensaios ELISA (HRP2 - quantificação de proteínas ricas em histidina) e MTT em células MDBK. 

 

Neste estudo foram analisadas 14 espécies vegetais, dentre as quais Curcuma zedoaria, C. aeruginosa, C. mangga, Alpinia galanga, Morinda elliptica, Scaber elephantopus, Vitex negundo, Brucea javanica, Annona muricata, Cinnamomun iners e Vernonia amygdalina apresentam atividade antiparasitária significativa, além de baixa citotoxicidade.

[ 47 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha, galho e raiz

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em etanol a 95%. Concentrações para ensaio: 1 a 100 μg/mL.

In vitro:

Em células de leucemia promielocítica humana (HL-60) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT), morfologia nuclear (coloração Hoechst), níveis de espécies reativas de oxigênio (citometria de fluxo), potencial de membrana (fluorescência), conteúdo de DNA e fases do ciclo celular (citometria de fluxo e fluorescência).

 

Observou-se que os extratos de A. muricata apresenta atividade antiproliferativa, por apoptose.

[ 7 ]
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 1500 mL de n-hexano, posteriormente, com acetato de etila e metanol. Concentrações para ensaio: 1,56 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em células de câncer de pulmão (A549), mama (MCF-7 e MDA-MD-231), hepática (HepG2 e WRL-68), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT).

Em células A549 incubadas com o extrato de acetato de etila, com posterior análise de citotoxicidade (LDH e múltipla), morfológica (ensaio colorimétrico), apoptose (Anexina-V-FITC), ciclo celular (citometria de fluxo), níveis de espécies reativas de oxigênio, expressão de genes e proteínas (Bax, Bcl-2 e caspases) e atividade de NF-kB.

 

O extrato de acetato de etila apresenta atividade antiproliferativa, por supressão da translocação de NF-kB e indução a apoptose, exibindo seletividade significativa para células A549.

[ 9 ]
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 1500 mL de n-hexano, posteriormente, em acetato de etila e metanol. Rendimentos: 7, 11 e 5 g, respectivamente. Concentração para ensaio: 5 a 80 µg/mL.

In vitro:

Em células humanas do cólon, epiteliais normais (HT-29) e cancerígenas (HT-29 e HCT-116), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT), citotoxicidade (LDH e múltipla), níveis de espécies reativas ao oxigênio, apoptose (Anexina-V-FITC e múltipla), ciclo celular (citometria de fluxo), expressão de genes e proteínas (Bax, Bcl-2 e caspases), migração e invasão celular.

 

O extrato de acetato de etila de A. muricata apresenta atividade antiproliferativa mais potente, por indução da apoptose.

[ 12 ]
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal em 4 L de água, com adição de mais 3 L de água. Rendimento: 25,2 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,5 a 1,5 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30 e 300 mg/kg.

In vitro:

Em células de hiperplasia prostática (HPB-1) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (MTT) e expressão de Bcl-2 e Bax (RT-PCR).

 

In vivo:

Em ratos F344 submetidos a suplementação com o extrato vegetal, com posterior análise histopatológica da próstata, vesícula seminal e testículos.

Observou-se que o extrato de A. muricata apresenta atividade antiproliferativa, além de reduzir o tamanho da próstata, sendo promissora para o tratamento da HPB.

[ 13 ]
Folha

Extrato: maceração de 10 g do material vegetal (triturado) em 300 mL de metanol. Concentração para ensaio: 10 a 250 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH.

Em células de câncer de laringe (HEp-2) e de pulmão (NCI-H29) incubadas com extratos vegetais, com posterior análise da atividade antiproliferativa (MTT e Azul tripano).

 

Neste estudo, das 14 plantas medicinais, Annona muricata, Lantana camara, Handroanthus impetiginosus e Mentzelia aspera apresentam atividade antiproliferativa mais potente, enquanto que Poincianella pyramidalis, Jatropha mollissima, Anadenanthera colubrina e Croton blanchetianus demonstram propriedade antioxidante mais potente.

[ 23 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Cápsula de 300 mg (fração etanólica): a partir do extrato aquoso, padronizado com 3,6 mg (p/p) de acetogenina.

In vitro:

Em células humanas de câncer de colorretal (DLD-1 e COLO 205) e renal embrionária normal (HEK), incubadas com o soro de pacientes tratados com o fitoterápico em estudo (ensaio clínico), com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT).

 

Observou-se que a fração etanólica de A. muricata apresenta atividade antitumoral, além da ausência de citotoxicidade para as células HEK.

[ 1 ]
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 80%. Frações: hexano, diclorometano e metanol. Concentração para ensaio: 100 mg/mL.

In vivo:

Em camundongos ICR portadores de tumorigênese cutânea induzida por DMBA/TPA, tratados topicamente com as frações vegetais, com posterior análise morfológica tumoral, histopatológica cutânea e bioquímica (TBARS, SOD, CAT e GSH, em homogenato hepático). 

Observou-se que as frações das folhas de A. muricata apresentam atividade antitumoral promissora.

[ 36 ]
Folha

Extrato:10 g do material vegetal (pó) 200 mL de água. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 a 1200 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 20 mg/20 g de animal.

In vitro:

Em células de câncer de mama (MCF-7, MDA-MB-231 e 4T1) e células normais (MCF-10A), incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade e proliferação celular (MTT), apoptose (Anexina V/FITC), viabilidade celular/apoptose (ensaio colorimétrico), ciclo celular (citometria de fluxo), migração/invasão celular (Matrigell) e cicatrização de feridas (Microscopia).

 

In vivo:

Em camundongos BALB/c infectados com células de câncer de mama 4T1, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos, ensaios clonogênico pulmonar, imunofenotipagem e proteômico, níveis de óxido nítrico e MDA tumorais.

Observou-se que o extrato de A. muricata apresenta atividade antitumoral, regulando o sistema imunológico e reduzindo a inflamação.

[ 3 ]
Folha e caule

Cápsula: 500 mg, em DMSO (500 mg/mL). Frações: n-hexano, diclorometano e metanol. Concentrações para ensaio: 1 a 160 µg/mL.

In vitro:

Em células humanas de câncer não melanoma (W-BCC1 e A431) e renais embrionárias normais (NHEK), incubadas com o extrato e frações vegetais, com posterior análise do crescimento, proliferação e viabilidade celular, expressão proteica, apoptose e ciclo celular, ensaios de migração/motilidade celular e clonogênico. 

 

O extrato seco da parte aérea de A. muricata apresenta atividade antitumoral, sendo a fração de diclorometano a mais potente.

[ 8 ]
Folha

Extrato: 1,5 kg do material vegetal (pó) em etanol a 80%. Rendimento: 10,55%. Concentrações para ensaio: 30, 100 e 300 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos ICR portadores de papilomagênese cutânea induzida por aplicação DMBA (aplicação única) e óleo de cróton (aplicação repetida), pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise morfológica do tumor e histopatológica cutânea.

O extrato de A. muricata apresenta atividade antitumoral, principalmente nas concentrações de 100 e 300 mg/kg.

 

[ 44 ]
Folha

Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (fresco) em 100 mL de água. Nanopartículas de prata: contendo 12 mL extrato vegetal. Concentrações para ensaio: 6 e 180 µg/mL.

In vitro:

Em células humanas de adenocarcinoma pulmonar (A549) e pulmonar embrionária normal (L132) incubadas com o extrato bruto e nanopartículas contendo o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT), apoptose (ensaio colorimétrico), ciclo celular (citometria de fluxo), níveis de espécies reativas de oxigênio e potencial de membrana mitocondrial (fluorescência), expressão de genes e proteínas (RT-PCR e Western blotting).  

 

As nanopartículas de prata contendo extrato vegetal de A. muricata apresentam atividade antitumoral mais potente, por ativação da via apoptótica.

[ 11 ]
Fruto (polpa)

Extrato: 1 g do material vegetal (pó) com 30 mL de 0,5 mol/L de solução de cloreto de 1-butil-3-metilimidazólio [C4MIM] [Cl-].

In vitro:

Em células de câncer de mama (MCF-7) e células de rim de macaco (Vero) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT), concentração inibitória media (CI50), crescimento cinético, ciclo celular e apoptose.

 

Observou-se que o extrato iônico de A. muricata apresenta atividade antitumoral significativa, com CI50 = 4,75 µg/mL, além da ausência de toxicidade para célula normal.

[ 19 ]
Folha

Extrato etanólico a 70%. Concentrações para ensaio: 0 a 240 µg/mL.

In vitro:

Em células de câncer hepático (HepG2) e câncer de cólon (HCT 116) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular, apoptose, proteômica, parâmetros bioinformáticos e expressão de proteínas.

 

O extrato de A. muricata apresenta atividade antitumoral por apoptose, através da via de estresse do reticulo endoplasmático (Bip-PERK-eIF2α-CHOP).

[ 20 ]
Folha

Extrato (1:10): maceração do material vegetal (seco) em etanol. Concentrações para ensaio (in vitro): 3,125 a 100 µg. Doses para ensaio (in vivo): 100 µg/kg. Outra espécie em estudo: Morinda citrofolia.

In vitro:

Em células de fibroblastos (3T3) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados com células tumorais de Ehrlich, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do desenvolvimento da ascite e taxa de sobrevivência dos animais.

Observou-se que A. muricata e M. citrofolia não apresentam atividade antitumoral, além de demonstrarem citotoxicidade para a linhagem 3T3.

[ 27 ]

Antiviral

Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em 3 L de éter de petróleo, posteriormente, em 2 L de etanol a 95% ou 2 L de água. Concentrações para ensaio: 1 a 2 mg/mL. Outra espécie: Petunia nyctaginiflora.

In vitro:

Em células de rim de macaco (Vero) infectadas por vírus HSV-1 (isolado da ceratite humana), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise do efeito citopático e determinação da concentração inibitória mínima (CIM).

 

O extrato etanólico de A. muricata e o extrato aquoso de P. nyctaginiflora apresentam atividade antiviral relevante.

[ 18 ]

Citoprotetora

Citoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:6): material vegetal (pó) em metanol ou água. Concentrações para ensaio: 12,5 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em células hepáticas de humanos (WEL-68) e eritrócitos humanos expostos a toxicidade induzida por arsenito de sódio (NaAsO2), incubados com extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (XTT) e inibição da hemólise, respectivamente.

 

Observou-se que o extrato metanólico de A. muricata apresenta atividade citoprotetora, contra o arsênio, mais potente.

[ 21 ]

Citotóxica

Citotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto, Caule, semente e galho

Extrato: material vegetal (pó) em metanol/água (1:1). Concentrações para ensaio: 1 a 1000 µg/mL.

In vitro:

Em células de fibrossarcoma (HT1080) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT), expressão de MMP-2, MMP-9, RECK e TIMP-2 e ensaios de invasão celular (Transwell e 3D).

 

Os extratos de A. muricata apresentam atividade citotóxica, pois inibem a expressão de MMP-2 e MMP-9, concentração dependente.

[ 2 ]
Folha

Extrato (1:6): 50 g do material vegetal (pó) em n-butanol. Rendimento: 5,4 g. Concentrações para ensaio: 5 a 400 µg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante (radical DPPH e redução do íon férrico).

Em células humanas hepáticas normais (WRL-68), de carcinoma de mama (MDA-MB-435S) e queratinócitos imortalizados (HaCaT) incubados com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio XTT).

 

O extrato de A. muricata apresenta atividade citotóxica, com CI50 = 52,4, 30,1 e 29,2 µg, para as células WRL-68, HaCaT e MDA-MB-435S, respectivamente.

[ 17 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 1981 g do material vegetal (pó) em acetato de etila. Rendimento: 4,1%. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise parâmetros macroscópicos e histopatológicos, do muco e acidez do suco gástrico, atividade enzimática do tecido gástrico e expressão de Bax e Hsp70 (imuno-histoquímica).

O extrato de A. muricata apresenta atividade gastroprotetora, principalmente na dose de 400 mg/kg, devido a redução do estresse oxidativo e ação conservadora do muco gástrico.

[ 43 ]

Hepatoprotetora e Hipoglicemiante

Hepatoprotetora e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato. Dose para ensaio: 100 mg/kg. Outra espécie em estudo: Zingiber officinale.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (insulina, glicose, albumina, bilirrubina, proteína, HbA1c, HOMA-IR, ALT, AST, MDA, SOD, CAT, GPx, GR, TNF-α e NF-kB), apoptose (Bax, Bcl-2 e p53), expressão de INSR e GLUT2 (PCR) e histopatológicos hepáticos.

Os extratos de A. muricata e Z. officinale apresentam atividade hipoglicemiante e hepatoprotetora, devido as ações antioxidante e moduladora de proteínas apoptóticas hepáticas.

[ 25 ]

Hipotensora

Hipotensora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 9,10 g. Concentrações para ensaio (in vivo): 0,5 a 4,0 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 9,17 a 48,5 mg/kg.

In vitro:

Em anéis aórticos de ratos com ou sem endotélio, incubados com o extrato vegetal, fenilefrina, acetilcolina e cálcio, com posterior análise da contração muscular.

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley normotensos tratados com extrato vegetal, atropina, propranolol, mepiramina e L- NAME, com posterior análise de medições de pressão arterial e frequência cardíaca.

O extrato aquoso das folhas de A. muricata apresenta atividade hipotensora, provavelmente por mecanismos periféricos através do bloqueio de canais de cálcio.

[ 45 ]

Inotrópica positiva

Inotrópica positiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração do material vegetal (seco) em água. Rendimento: 15 a 20 g. Concentrações para ensaio: 0,001 a 1 mg/mL. Outras espécies em estudo: Abelmoschus esculentus, Bixa orellana, Psidium guajava e Terminalia catappa.

In vitro:

Em átrios isolados de porquinhos-da-Índia portadores de lesões induzidas por isquemia-reperfusão, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de contratilidade e frequência de batimentos/min.

 

Os extratos de A. muricata e B. orellana apresentam atividade inotrópica positiva, em miocárdios após a lesão de reperfusão isquêmica.

[ 42 ]

Permeabilidade cutânea

Permeabilidade cutânea
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 100 g do material vegetal em 500 mL de acetona a 70%. Gel de carbopol a 2%: contendo 4% do extrato vegetal e 8% de óleo de cravo (com ou sem).

In vitro:

Em pele de coelho incubada com o fitoterápico na presença de ácido ascórbico, com posterior análise da permeabilidade cutânea (Célula de difusão de Franz).

 

O gel contendo o extrato de A. muricata e óleo de cravo melhora a permeabilidade cutânea do ácido ascórbico.

[ 5 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 1981 g do material vegetal (pó) em acetato de etila. Rendimento: 4,1%. Doses para ensaio: 1 e 2 g/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos ao teste de toxicidade aguda para avaliar a dose letal média (DL50).

Observou-se que o extrato de A. muricata não apresenta sinais de toxicidade, com DL50 superior a 2 g/kg.

[ 43 ]
Ensaios toxicológicos

Genotoxicidade e Toxicidade crônica

Genotoxicidade e Toxicidade crônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico a 70% (80:10:10): associação de Cordia lutea, Curcuma longa e Annona muricata. Rendimento: 12,96 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 a 5000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 125, 500 e 2000 mg/kg.

In vitro:

Em cepas de Salmonella typhimurium (teste Ames) para determinar a mutagenicidade do fitoterápico.

 

In vivo:

Em ratas tratadas com o fitoterápico, com posterior análise da toxicidade oral crônica e genotoxicidade (teste do micronúcleo).

O fitoterápico contendo a associação de C. lutea, C. longa e A. muricata não apresenta sinais de toxicidade nas dosagens indicadas.

[ 41 ]

Interação medicamentosa

Interação medicamentosa
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato hidroalcoólico: contendo 10% da tintura-mãe. Dose para ensaio: 25 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar tratados com extrato vegetal, submetidos a administração de radiofármacos (99mTc-DMSA e 99mTc-fitato de sódio), com posterior análise da biodistribuição dos radiofármacos, parâmetros bioquímicos (ALT, LDH, AST, CT, LDL, HDL, TG, glicose, creatinina, proteínas totaise, albumina e globulina) e histológicos.

Observou-se que o extrato de A. muricata reduz a captação 99mTc-DMSA nos tecidos da bexiga, rins e sangue, contudo não demonstra hepatotoxicidade.

[ 38 ]

Neurotoxicidade

Neurotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Suco: diluído em água (1:4). Dose para ensaio: 20% durante 12 meses.

In vivo:

Em camundongos portadores do gene que super expressa a proteína tau sem ou com mutação (R406W) e em camundongos não transgênicos, tratados cronicamente com suco da fruta de graviola, com posterior análise da expressão de proteínas, esterológica e densidade sináptica no tecido cerebral.

O uso prolongado do suco do fruto de A. muricata apresenta neurotoxicidade, devido ao aumento da proteína tau fosforilada (tautopatia).

[ 10 ]
Fruto (polpa) In vitro:

Em cultura de células mesencefálicas humanas (LUHMES) incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT) e morte celular (LDH).

 

Os extratos vegetais apresentam neurotoxicidade, especialmente A. muricata, a partir da concentração de 1 µg/mL.

[ 22 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (pericapo)

Suco: 1500 g do material vegetal (fresco) sem sementes. Rendimento: 23,50%. Doses para ensaio: 250 a 4000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O suco do fruto de A. muricata não apresenta toxicidade até a dose de 4000 mg/kg.

[ 31 ]
Folha

Extrato: maceração 600 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de etanol. Rendimento: 36,40 g. Doses para ensaio: 0,5 a 3 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Observou-se que o extrato de A. muricata apresenta toxicidade, com DL50 = 0,5 g/kg.

[ 34 ]
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 3 L de água. Dose para ensaio: 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar (Rattus norvegicus) submetidas ao teste de toxicidade aguda.

Observou-se que o extrato de A. muricata não apresenta sinais de toxicidade na dose analisada.

[ 37 ]

Toxicidade aguda e subaguda

Toxicidade aguda e subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 3 L de água. Rendimento: 5%. Doses para ensaio: 200 a 5000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos aos testes de toxicidade aguda e subaguda.

Observou-se que o extrato de A. muricata não apresenta toxicidade até a dose de 5000 mg/kg.

[ 28 ]

Referências bibliográficas

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45 - NWOKOCHA, C. R. et al. Possible mechanisms of action of the hypotensive effect of Annona muricata (soursop) in normotensive Sprague-Dawley rats. Pharm Biol, v. 50, n. 11, p.1436-1441, 2012. doi: 10.3109/13880209.2012.684690
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48 - BASKAR, R. et al. In vitro antioxidant studies in leaves of Annona species. Indian J Exp Biol, v. 45, n. 5, p.480-485, 2007. 

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Entrecasca seca

100 g

Entrecasca fresca

200 g

                                                              * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário.
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de entrecasca seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de entrecasca fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Herpes simples.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Anacardium occidentale (entrecasca)

5 g

Annona muricata (entrecasca)

5 g

Bauhinia forficata (folha seca)

10 g

Caesalpinia ferrea (casca do ramo)

10 g

Syzygium cumini (entrecasca)

10 g

Fase B (alcoolaturas)

 

Anacardium occidentale (entrecasca)

2,5 mL

Annona muricata (entrecasca)

2,5 mL

Caesalpinia ferrea (casca do ramo)

5 mL

Eugenia punicifolia (folha)

20 mL

Syzygium cumini (entrecasca)

5 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as entrecascas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar as folhas secas pesadas e rasuradas e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Diabetes mellitus tipo 2.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de chá, 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Tintura de Annona muricata, Leonurus sibiricus, Orbignya speciosa, Rosa alba, Stachytarpheta caynnensis e Tabebuia avellanedae

    1:1:1:1:1:1

 
Modo de preparo

Em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas desejadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.

Principais indicações

Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.

Posologia

Uso oral: Tomar 30 gotas, 2 vezes ao dia, por 60 dias.

Farmácia da Natureza
[ 4 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Annona muricata (entrecasca seca)

5 g

Leonurus sibiricus (planta toda seca)

5 g

Orbignya speciosa (folha seca)

7,5 g

Rosa alba (pétala seca)

2,5 g

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

5 g

Tabebuia avellanedae (entrecasca seca)

7,5 g

Thuja occidentale (folha seca)

2,5 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Annona muricata (entrecasca)

5 mL

Cayaponia tayuya (raiz)

10 mL

Leonurus sibiricus (planta toda)

10 mL

Orbignya speciosa (folha)

5 mL

Rosa alba (pétala)

10 mL

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

2,5 mL

Tabebuia avellanedae (entrecasca)

15 mL

Thuja occidentale (folha)

15 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

 Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 47-48.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 327-328.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 313-314.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 330-331.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Acetogeninas

muricatetrocina, longifolicina, corossolina, corossolona, anonacina, annonaciona, annomuricina, muricoreacina, murihexocinase, muricatocina e annohexocina, annomontacina, murisolina, xilomaticina, anocatalina, annocatacina, neoanonina, desacetiluvaricina, bullatacina, asimicina, annoglaucina, squamocina, rollimusina, muricina, annopentocina, annonacina, goniothalamicina, arianacina, javoricina, gigantetrocina, gigantetronenina, muricatenol e gigantetrocinona.

Ácidos

cítrico, málico e hidrocinâmico.

Ácidos graxos

palmítico, oleico, linoléico, linolênico, lignocérico e esteárico.

Alcaloides

annonamina, anomonicina, anomurina, annonaina, anoniina, aterospermina, aterosperminina, estelarina, coclaurina, coreximina, reticulina, tiramina, muricinina, argentinina, xilopina, nornuciferina, asimilobina e tetrahidroisoquinolínico higenamina.

Amidas

N-p-coumaroil-tiramina.

Aminoácidos

ácido γ-aminobutírico e prolina.

Carboidratos

glicose, frutose, xilose, sacarose, galactose e glactomanana.

Compostos fenólicos

leucoantocianina, ácido cafeico, p-cumárico e ácido clorogênico.

Cumarinas

Fitosteróis

sitosterol, estigmasterol, arronol e ipuranol.

Flavonoides

quercetina e epicatequina.

Lactonas

annocatalina, annomonicina, annomuricatina, annonacinona, cohibina, corepoxilona, coronina, donhexocina, epomuricenina, montanacina, montecristina, muracina, muricapentocina, muricatalicina, muricatina, murihexol, murina, muricatacina, reticulatacina, robustocina, rolina, rolliniastatina, sabadelina, solamina e uvariamicina.

Minerais

cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio, zinco e magnésio.

Óleos essenciais

β-cariofileno, γ-cadieno, α-elemeno e α-copaeno.

Óleos fixos

Saponinas

Taninos

Vitaminas

A, B e C.

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 90.
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5 - NUGRAHA, A. S. et al. Alkaloids from the root of Indonesian Annona muricata L. Nat Prod Res, v. 35, n. 3, p.481-489, 2021. doi: 10.1080/14786419.2019.1638380
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7 - KIM, G. S. et al. Muricoreacin and murihexocin C, mono-tetrahydrofuran acetogenins, from the leaves of Annona muricata. Phytochemistry, v. 49, n. 2, p.565-571, 1998. doi: 10.1016/s0031-9422(98)00172-1
8 - WU, F. E. et al. New bioactive monotetrahydrofuran Annonaceous acetogenins, annomuricin C and muricatocin C, from the leaves of Annona muricata. J Nat Prod, v. 58, n. 6, p.909-915, 1995. doi: 10.1021/np50120a014
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11 - CHANG, F. R.; WU, Y. C. Novel cytotoxic annonaceous acetogenins from Annona muricata. J Nat Prod, v. 64, n. 7, p.925-931, 2001. doi: 10.1021/np010035s

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e pacientes hipotensos[1,3].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode provocar alterações dos parâmetros hematológicos, urinários e histopatológicos. Em doses elevadas podem provocar náuseas e vômitos e o uso prologado pode acarretar danos cerebrais. Segundo Chan et al. (2020), em uma revisão sistemática demonstraram que A. muricata apresenta perfil promissor de segurança e tolerabilidade[2,3,4,5,6].

Interações medicamentosas: 

pode potencializar o efeito de anti-hipertensivos, antiarrítmicos, antidepressivos e pode interagir negativamente com drogas inibidoras da MAO[3].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 48.
2 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 56.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 93.
4 - CHAN, W. J. et al. The safety and tolerability of Annona muricata leaf extract: a systematic review. J Pharm Pharmacol, v. 72, n. 1, p.1-16, 2020. doi: 10.1111/jphp.13182
5 - MOGHADAMTOUSI, S. Z. et al. Annona muricata (Annonaceae): a review of its traditional uses, isolated acetogenins and biological activities. Int J Mol Sci, v. 16, n. 7, p.15625-15658, 2015. doi: 10.3390/ijms160715625
6 - GAVAMUKULYA, Y. et al. Annona muricata: Is the natural therapy to most disease conditions including cancer growing in our backyard? A systematic review of its research history and future prospects. Asian Pac J Trop Med, v. 10, n. 9, p.835-848, 2017. doi: 10.1016/j.apjtm.2017.08.009

Propagação: 

a propagação é realizada por sementes, estaquia ou enxertia. A mudas devem ser produzidas em viveiros a meia sombra. A emergência das plântulas ocorre e 20 a 30 dias após a semeadura. O plantio no campo deve ser realizado após 18 meses, a partir da semeadura, com espaçamento de 6x4 m. Prefere solos férteis, com boa drenagem, profundos, com pH entre 6,0 e 6,5. Não tolera geadas e vegeta muito bem em altitudes até 1200 m [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

quando as mudas atingirem 60 cm em altura, poderão ter o broto terminal cortado para maior ramificação [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

esta espécie apresenta protogenia, ou seja, a maturação dos órgãos femininos e masculinos não ocorrem simultaneamente, assim para obter maior produtividade dos frutos recomenda-se a polinização manual. O florescimento ocorre de outubro a abril, e temperaturas inferiores a 12°C provocam o abortamento das flores. Em regiões tropicais a gravioleira pode produzir flores e frutos o ano todo [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 89-90.

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