Originária da América Tropical, incluindo a Amazônia brasileira. Ocorre também na América Central, especialmente no México. Além do uso medicinal é utilizada pela indústria têxtil e alimentícia, sendo cultivada para estes fins no Peru, Brasil, Paraguai e Bolívia. Suas principais indicações são: hipoglicemiante, hipocolesterolemiante, antimicrobiana, anti-inflamatória, antioxidante, antisséptica, antipirética, diurética e nos casos de hipovitaminose A[1,2,3,4,5,6].
Arbusto grande ou árvore pequena, melífera, atinge de 3 a 8 m de altura, tronco com 20 a 30 cm de diâmetro, revestido de casca cinza escura com lenticelas em filas verticais, de copa bem desenvolvida; folhas simples, inteiras, alternas, glabras, pontiagudas, de 10 a 20 cm de comprimento x 5 a 10 cm de largura, com pecíolo alargado, de cor verde em ambas as faces; flores dispostas em panículas terminais muito vistosas, de cor branca rosada ou púrpura, com 3 a 5 cm de diâmetro, com 5 pétalas largas e redondas, os estames são numerosos podendo apresentar cor branca ou amarelada; fruto como cápsula deiscente, ovoide ou cônica, espinhosa escura, de 3 a 5 cm de comprimento x 5 cm de largura, composta de duas valvas, contendo até 40 sementes pretas, cobertas arilo ceroso de cor vermelha e odor característico, que medem de 0,3 a 0,5 cm de comprimento x 0,2 a 0,3 cm de diâmetro, e o formato varia de piramidal a cônico[1,2,3,].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe | América Central e Caribe | Semente | Fortificante, hipoglicemiante e no tratamento de distúrbios gastrointestinais, hepáticos e respiratórios. |
Decocção. |
Uso interno. |
- |
[
1
]
|
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe | América Central e Caribe | Semente | Tratamento de afecções cutâneas (hemorroida, alergia, erisipela, queimadura, tinea e sarampo). |
Decocção. |
Uso externo. |
- |
[
1
]
|
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe | América Central e Caribe | Semente | Tratamento da lepra. |
Azeite. |
Uso externo. |
- |
[
1
]
|
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe | América Central e Caribe | Folha | Antidisentérica, antitérmica e no tratamento da gonorreia. |
Decocção. |
Uso interno. |
- |
[
1
]
|
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe | América Central e Caribe | Folha | No tratamento de afecções cutâneas. |
Decocção. |
Uso externo na forma de banho. |
- |
[
1
]
|
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe | América Central e Caribe | Folha | Antibiótica, emenagoga e hepatoprotetora. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe | América Central e Caribe | Raiz | Hipoglicemiante, Antidisentérica, analgésica (no parto) e no tratamento da icterícia, oligúria e gonorreia. |
Decocção. |
- |
- |
[
1
]
|
- | - | Semente | Hipoglicemiante |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Achiote, chaya, ox e xayau | Guatemala | Semente | Anti-inflamatória, diurética, emética, emenagoga, purgativa e vulnerária. |
- |
- |
[
1
]
|
|
Achiote, gusewe e puchote | Peru | Semente | Antidisentérica, antipirética, Afrodisíaca, adstringente e diurética. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Urucum e urucu | Brasil | - | Expectorante, diurética, carminativa, anti-hemorroidária, Afrodisíaca, laxativa, Antitérmica, Antiasmática, antimalárica e nas enfermidades cardíacas. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Achiote e gusewe | Honduras | Semente | No tratamento de infecções da garganta (amigdalites) e para afecções cutâneas. |
Pó. Para obter o pó, deve-se preparar o extrato da semente: deixar as sementes em repouso em água por 1 noite. Depois deve-se esfregar as sementes. Ficará no fundo do recipiente uma massa vermelha. Descartar a água e colocar a massa ao sol. |
Uso externo. Usar o pó misturado com chá de camomila, ou com água fria ou isoladamente. Para amigdalite usar na forma de gargarejo. |
- |
[
2
]
|
Achiote e gusewe | Honduras | Semente triturada | No tratamento de queimadura. |
- |
Uso externo. |
- |
[
2
]
|
Achiote e gusewe | Honduras | Folha | Antitérmica. |
Decocção. Associar com outras plantas. |
Usar na forma de banho, durante 3 dias. |
- |
[
2
]
|
Achiote e gusewe | Honduras | Folha triturada | No tratamento de infecções micóticas e alergias faciais. |
Cataplasma. |
Uso externo. |
- |
[
2
]
|
Achiote e gusewe | Honduras | Folha jovem | Nos casos de sarampo. |
Decocção. |
Tomar 1 xícara por 1 a 2 dias. Recomenda-se fazer banhos e esfregar as folhas no corpo. |
- |
[
2
]
|
Achiote e gusewe | Honduras | Folha | Antidisentérica e antidiarreica. |
Decocção: 6 folhas/500 mL de água. |
Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia. |
- |
[
2
]
|
Urucu | Ceará (Brasil) | Semente | No tratamento da asma, Tosse, bronquite, coqueluche e resfriados. |
Infusão e xarope. |
Uso oral. |
- |
[
3
]
|
Urucu | Ceará (Brasil) | Raiz | Diurético, estimulante e no tratamento de afecções renais. |
Infusão. |
Uso oral. |
- |
[
3
]
|
Urucum | Brasil | Semente | Estomáquica, tônica do aparelho gastrointestinal, antidiarreica, antitérmica, antiasmática, antigripal e no tratamento de “palpitações” do coração e coqueluche. |
- |
- |
- |
[
4
]
|
Urucum | Brasil | Semente | No tratamento de faringite e bronquite. |
Chá, maceração (a frio) ou xarope. |
Uso interno. |
- |
[
4
]
|
Urucum | Brasil | Semente | No tratamento de queimaduras para evitar a formação de bolhas (externo) e afrodisíaca (interno). |
Maceração: massa semissólida. |
Uso externo e interno. |
- |
[
4
]
|
Urucum | Brasil | Folha | Antiemética. |
Decocção. |
- |
- |
[
4
]
|
Referências bibliográficas
Anti-histamínica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso: 1 g do material vegetal (pó) em 20 mL de água. Rendimento: 8,5% (p/p). Doses para ensaio: 0,1, 0,2 e 0,4 mg/mL. |
In vitro: Em células endoteliais de veia umbilical humana tratadas com histamina e ensaio de permeabilidade vascular.
|
Observou-se que o extrato de B. orellana reduziu a permeabilidade vascular induzida por histamina. |
[
1
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso: 1 g do material vegetal em 20 mL de água. Rendimento: 8,5% (p/p). Doses para ensaio: 50 e 150 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos aos ensaios de inflamação aguda, permeabilidade vascular e de infiltração de leucócitos, induzidos por serotonina. |
Observou-se que o extrato aquoso de B. orellana possui atividade anti-inflamatória significativa, principalmente para a dose de 150 mg/kg. |
[
5 ,
6
] |
Folha |
Extrato aquoso: 1 g do material vegetal (pó) em 20 mL de água. Rendimento: 8,5% (p/p). Doses para ensaio: 50 e 150 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos aos ensaios de inflamação aguda, permeabilidade vascular e produção de óxido nítrico, induzidos por bradicinina. |
Observou-se ação anti-inflamatória, dose-dependente, para extrato aquoso de B. orellana. |
[
11
] |
Antiespasmódica e Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato metanólico: 400 g do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 6%. Doses para ensaio: 125, 250 e 500 mg/kg. |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante através do radical DPPH e da atividade antimicrobiana (Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella dysenteriae, Shigella boydii, Shigella flexneri e Shigella sonnei). In vivo: Em camundongos albinos Swiss submetidos ao teste de hipnose induzido por fenobarbital, avaliação da atividade anticonvulsivante induzida por estricnina, teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, teste de diarreia induzida por óleo rícino e avaliação do efeito na motilidade gastrointestinal. |
O extrato metanólico de B. orellana aumentou o tempo total de sono no teste de hipnose, aumentou o tempo médio de sobrevivência no teste anticonvulsivante, reduziu o reflexo de contorções no teste com ácido acético, apresentou atividade antidiarreica e reduziu a motilidade gastrointestinal. O extrato metanólico de B. orellana apresentou atividade antioxidante, e efeito antimicrobiano moderado E. coli, S. aureus e S. dysenteriae. |
[
14
] |
Antileishmania e Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato metanólico: maceração de 50 g do material vegetal (pó)) em metanol. |
In vitro: Em cultura de Leishmania amazonensis (MHOM/Br/75/Josefa isolado de um paciente com leishmaniose cutânea difusa) e L. chagasi (MHOM/Br/74/PP75 isolado de um paciente com leishmaniose visceral) ambas na forma pramastigota. Em linhagens fúngicas de Candida albicans (ATCC 18804) e C. neoformans (ATCC 32608).
|
Observou-se que o extrato metanólico de B. orellana apresentou melhor atividade para a linhagem fúngica C. neoformans, com MIC = 0,078 mg/mL. |
[
13
] |
Antimalárica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato hidroalcoólico (1:1 v/v): material vegetal em etanol à 70%. Dose para ensaio: 2,5 mg/mL. |
In vitro: Avaliação da atividade antimalárica através do teste de inibição da polimerização da heme e em culturas de Plasmodium spp.
|
O extrato inibiu a polimerização da heme, contudo não apresentou efetividade nas culturas. |
[
18
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e semente |
Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Rendimento: 24,4% (folha) e 22,2% (semente). |
In vitro: Em cepas de Bacillus subtilis, Sthaphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Salmonela typhi, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Candida albicans.
|
Os extratos de B. orellana apresentaram atividade antimicrobiana, principalmente o foliar. |
[
2
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato etanólico: 100 g do material vegetal (pó) em etanol. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/mL. |
In vivo: Em ratos intoxicados com diclorometano (CCl4) para determinação da atividade antioxidante. |
Observou-se discreta ação antioxidante para o extrato de B. orellana. |
[
8
] |
Semente |
Extrato: maceração. |
In vivo: Em ratas albinas Fisher portadoras de diabetes induzido por aloxana. |
O extrato das sementes de B. orellana apresenta efeito antioxidante, através da inibição das subunidades da coezima NADH e aumento da expressão/atividade de enzimas antioxidantes. |
[
10
] |
Semente |
Extrato aquoso: 25 g do material vegetal (pó) em água (1:25 p/v). Dose para ensaio: 0,1%. Extrato de clorofórmio: 25 g do material vegetal (pó) em clorofórmio (1:25 p/v). Dose para ensaio: 0,1%. |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante: DPPH, FeCl3 e Fe2+. In vivo: Em ratos albinos Wistar submetidos ao estresse oxidativo no cérebro induzido por ciclofosfamida. |
Os extratos de B. orellana apresentaram atividade antioxidante, contudo os efeitos foram mais potentes para o extrato clorofórmico. |
[
12
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Óleo essencial: hidrodestilação. Dose para ensaio in vivo: 30 mg/kg. |
In vitro: Em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c para avaliar a atividade amastigota de Leishmania amazonensis. In vivo: Em camundongos BALB/c infectados pela forma promastigota de L. amazonensis. |
O óleo de B. orellana apresentou atividade antiparasitária significativa. |
[
7
] |
Estimulante de proteínas hepáticas
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extratos: pó. Doses para ensaio: 250 mg/kg, contendo 70 mg/kg de bixina, e 250 mg/kg de bixina pura. |
In vivo: Em ratas Wistar submetidos a avaliação das monoaminoxidases hepáticas pós tratamento com extrato de B. orellana. |
Observou-se que o extrato vegetal induziu CYP1A e CYP2B. |
[
17
] |
Hipoglicêmica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato de clorofórmio: 2 kg de sementes (seco) em 3 L de clorofórmio. Fração de éter de petróleo: rendimento de 17 g. Dose para ensaio: 80 mg/kg. |
In vivo: Em cães submetidos ao teste de tolerância à glicose e estudos de receptores de insulina. |
Observou-se que a fração oleosa de B. orellana apesenta atividade hipoglicêmica, estimulando a ligação aos receptores de insulina. |
[
15
] |
Hipolipemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato aquoso: 30 g do material vegetal em 40 mL de água quente. Doses para ensaio: 400 e 800 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss com hipertrigliceridemia induzida por Triton WR-1339, frutose e etanol. |
O extrato aquoso apresentou atividade hipolipemiante. |
[
9
] |
Inotrópica positiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato aquoso: material vegetal seco em água à 100°C. Doses para ensaio: 0,001, 0,01, 0,1 e 1 mg/mL. |
In vivo: Em átrio isolado de porcos-da-índia submetidos ao estresse hipóxico. |
Observou-se que o extrato aquoso de B. orellana apresenta propriedade inotrópica positiva. |
[
4
] |
Neutralizadora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e ramo |
Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 96%. |
In vivo: Em camundongos Swiss Webster submetidos a atividade hemorrágica causada por veneno de serpente e avaliação da neutralização proteolítica após tratamento com extrato vegetal. |
O extrato etanólico de B. orellana apresentou ação neutralizadora potente. |
[
3
] |
Folha e ramo |
Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 96%. Doses para ensaio: 3,12 a 400 µg. |
In vivo: Em camundongos Swiss Webster infectados com veneno de Bothrops asper e submetidos a avaliação da formação de edema, efeitos de desfibrilação e coagulação. |
Observou-se que o extrato de B. orellana neutralizou o edema, dose-dependente (6,2 a 200 µg). |
[
16
] |
Folha e ramo |
Extrato etanólico: material vegetal em etanol à 96%. Doses para ensaio: 0,5 a 4,0 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss Webster submetidos a avaliação do efeito letal do veneno de Bothrops atrox. |
Observou-se que o extrato etanólico de B. orellana apresentou moderada neutralização contra efeito letal do veneno. |
[
19
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
|
Componente |
Quantidade |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Semente seca |
100 g |
Tintura: pesar 100 g de sementes secas e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Dislipidemias e hipovitaminose A.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Semente seca íntegra |
0,9 a 1,1 g ou 40 a 50 sementes ou 1 colher de café rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por maceração por 12 horas.
Dislipidemias e hipovitaminose A.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do macerado uma vez ao dia pela manhã.
Uso tópico: aplicar o macerado sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos orgânicos
ácido gálico.
Alcaloides
Aminoácidos
triptofano e fenilalanina.
Antocianinas
Carotenoides
bixina, metilbixina, norbixina, transbixina, β-caroteno, criptoxantina, luteína e zeaxantina
Diterpenos
farnesil-acetona e geraniolgeraniol.
Esteróis
estigmasterol e β-sitosterol.
Flavonoides
apigenina-7-bisulfato, cosmosiina, hipoaletina-8-bisulfato, luteolin-7-bisulfato e luteolin-7-O-β-D-glicosídeo, isocutelareína e cinarosídeo.
Minerais
P.
Saponinas
Sesquiterpenos
ishwarano.
Taninos
Triterpenos
δ-tocotrienol.
Vitaminas
A e C.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 3 meses[1,2].
em indivíduos sensíveis aos constituintes desta espécie, gestantes, lactantes, menores de 12 anos e pacientes alcoolistas e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3,5].
estudos em modelos animais tem demonstrado baixa toxicidade de B. orellana. Durante o preparo, tomar cuidado para não haver partes da casca do fruto junto com as sementes, pois a casca do fruto pode produzir efeitos tóxicos no pâncreas e no fígado, acompanhadas de variações na glicemia. Doses altas podem provocar efeitos purgativos e hepatotóxicos. O extrato das folhas de B. orellana não apresenta efeitos adversos significativos quando administrado em doses usuais (5 g/kg, infusão em ratos)[1,2,3,4,5,6,7].
a associação com hipoglicemiantes orais pode desencadear hipoglicemia[1,2].
Referências bibliográficas
é realizada por sementes, as quais apresentam dormência quando colhidas. A imersão em ácido sulfúrico concentrado por 15 minutos é um método eficiente para a quebra da dormência, com 60% de germinação. Posteriormente, as sementes devem ser colocadas para germinar em sacos plásticos, contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), ou em caixilho contendo substrato industrializado. A germinação ocorre entre 5 a 10 dias após o plantio das sementes. As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 4 meses até alcançarem de 30 a 40 cm de altura. Após este período devem ser transferidas para local definitivo no campo (à pleno sol), com espaçamento de 3 m entre as plantas e de 4 m entre as ruas [ 1 ] .
como não é uma planta exigente em água, plantas mantidas em coleções podem ser irrigadas apenas 1 vez/semana [ 1 ] .
para a coleta do fruto desta espécie forra-se uma lona no chão e derruba-se os frutos que se encontram parcialmente abertos, manualmente ou com auxílio de tesoura de poda com haste longa [ 1 ] .
os frutos coletados são espalhados em galpão, permanecendo por 7 dias para que ocorra a desidratação. Após secagem, o fruto é aberto manualmente e as sementes são retiradas, e colocadas para secar em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Posteriromente, são pesadas e armazenadas em frascos de vidro com boca larga, âmbar, identificados e acondicionadas em local protegido da luz em ambiente não úmido. Devem ser utilizadas dentro do período de 6 meses. As sementes possuem óleos essenciais, inviabilizando o armazenamento em sacos de papel. O fitoterápico deve ser preparado a partir da semente seca [ 1 ] .
a produção da semente é crescente até o 6º ano, quando atinge a produtividade máxima. Esta espécie é muito atacada pelo fungo Cercospora bixae, quando a planta encontra-se exposta a pouca luminosidade e muita umidade, definhando-se rapidamente [ 1 , 2 ] .
Referências bibliográficas