Bixa orellana L.

Urucum, açafroeira-de-árvore, açafroa-do-Brasil, colorau

Família 
Informações gerais 

Originária da América Tropical, incluindo a Amazônia brasileira. Ocorre também na América Central, especialmente no México. Além do uso medicinal é utilizada pela indústria têxtil e alimentícia, sendo cultivada para estes fins no Peru, Brasil, Paraguai e Bolívia. Suas principais indicações são: hipoglicemiante, hipocolesterolemiante, antimicrobiana, anti-inflamatória, antioxidante, antisséptica, antipirética, diurética e nos casos de hipovitaminose A[1,2,3,4,5,6].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 167-171.
2 - BRITO, E. S. et al. Desafios e oportunidades para o desenvolvimento de fitoterápicos inovadores no Brasil: Urucum (Bixa orellana). Revista A Flora, n. 5, p. 3, 2022.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 58-60.
4 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 98.
5 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 40-42.
6 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 180-181.
Descrição da espécie 

Arbusto grande ou árvore pequena, melífera, atinge de 3 a 8 m de altura, tronco com 20 a 30 cm de diâmetro, revestido de casca cinza escura com lenticelas em filas verticais, de copa bem desenvolvida; folhas simples, inteiras, alternas, glabras, pontiagudas, de 10 a 20 cm de comprimento x 5 a 10 cm de largura, com pecíolo alargado, de cor verde em ambas as faces; flores dispostas em panículas terminais muito vistosas, de cor branca rosada ou púrpura, com 3 a 5 cm de diâmetro, com 5 pétalas largas e redondas, os estames são numerosos podendo apresentar cor branca ou amarelada; fruto como cápsula deiscente, ovoide ou cônica, espinhosa escura, de 3 a 5 cm de comprimento x 5 cm de largura, composta de duas valvas, contendo até 40 sementes pretas, cobertas arilo ceroso de cor vermelha e odor característico, que medem de 0,3 a 0,5 cm de comprimento x 0,2 a 0,3 cm de diâmetro, e o formato varia de piramidal a cônico[1,2,3,].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 167-168.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 51.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 180-180.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe América Central e Caribe Semente

Fortificante, hipoglicemiante e no tratamento de distúrbios gastrointestinais, hepáticos e respiratórios.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 1 ]
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe América Central e Caribe Semente

Tratamento de afecções cutâneas (hemorroida, alergia, erisipela, queimadura, tinea e sarampo).

Decocção.

Uso externo.

-

[ 1 ]
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe América Central e Caribe Semente

Tratamento da lepra.

Azeite.

Uso externo.

-

[ 1 ]
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe América Central e Caribe Folha

Antidisentérica, antitérmica e no tratamento da gonorreia.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 1 ]
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe América Central e Caribe Folha

No tratamento de afecções cutâneas.

Decocção.

Uso externo na forma de banho.

-

[ 1 ]
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe América Central e Caribe Folha

Antibiótica, emenagoga e hepatoprotetora.

-

-

-

[ 1 ]
Bija, achiote, chaya, xayau e gusewe América Central e Caribe Raiz

Hipoglicemiante, Antidisentérica, analgésica (no parto) e no tratamento da icterícia, oligúria e gonorreia.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
- - Semente

Hipoglicemiante

-

-

-

[ 1 ]
Achiote, chaya, ox e xayau Guatemala Semente

Anti-inflamatória, diurética, emética, emenagoga, purgativa e vulnerária.

-

-

[ 1 ]
Achiote, gusewe e puchote Peru Semente

Antidisentérica, antipirética, Afrodisíaca, adstringente e diurética.

-

-

-

[ 1 ]
Urucum e urucu Brasil -

Expectorante, diurética, carminativa, anti-hemorroidária, Afrodisíaca, laxativa, Antitérmica, Antiasmática, antimalárica e nas enfermidades cardíacas.

-

-

-

[ 1 ]
Achiote e gusewe Honduras Semente

No tratamento de infecções da garganta (amigdalites) e para afecções cutâneas.

Pó. Para obter o pó, deve-se preparar o extrato da semente: deixar as sementes em repouso em água por 1 noite. Depois deve-se esfregar as sementes. Ficará no fundo do recipiente uma massa vermelha. Descartar a água e colocar a massa ao sol.

Uso externo. Usar o pó misturado com chá de camomila, ou com água fria ou isoladamente. Para amigdalite usar na forma de gargarejo.

-

[ 2 ]
Achiote e gusewe Honduras Semente triturada

No tratamento de queimadura.

-

Uso externo.

-

[ 2 ]
Achiote e gusewe Honduras Folha

Antitérmica.

Decocção. Associar com outras plantas.

Usar na forma de banho, durante 3 dias. 

-

[ 2 ]
Achiote e gusewe Honduras Folha triturada

No tratamento de infecções micóticas e alergias faciais.

Cataplasma.

Uso externo.

-

[ 2 ]
Achiote e gusewe Honduras Folha jovem

Nos casos de sarampo.

Decocção.

Tomar 1 xícara por 1 a 2 dias. Recomenda-se fazer banhos e esfregar as folhas no corpo.

-

[ 2 ]
Achiote e gusewe Honduras Folha

Antidisentérica e antidiarreica.

Decocção: 6 folhas/500 mL de água.

Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.

-

[ 2 ]
Urucu Ceará (Brasil) Semente

No tratamento da asma, Tosse, bronquite, coqueluche e resfriados.

Infusão e xarope.

Uso oral.

-

[ 3 ]
Urucu Ceará (Brasil) Raiz

Diurético, estimulante e no tratamento de afecções renais.

Infusão.

Uso oral.

-

[ 3 ]
Urucum Brasil Semente

Estomáquica, tônica do aparelho gastrointestinal, antidiarreica, antitérmica, antiasmática, antigripal e no tratamento de “palpitações” do coração e coqueluche.

-

-

-

[ 4 ]
Urucum Brasil Semente

No tratamento de faringite e bronquite.

Chá, maceração (a frio) ou xarope.

Uso interno.

-

[ 4 ]
Urucum Brasil Semente

No tratamento de queimaduras para evitar a formação de bolhas (externo) e afrodisíaca (interno). 

Maceração: massa semissólida.

Uso externo e interno. 

-

[ 4 ]
Urucum Brasil Folha

Antiemética.

Decocção.

-

-

[ 4 ]

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 286-287.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 198-199.
3 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 221.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 180-181.

Anti-histamínica

Anti-histamínica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: 1 g do material vegetal (pó) em 20 mL de água. Rendimento: 8,5% (p/p). Doses para ensaio: 0,1, 0,2 e 0,4 mg/mL.

In vitro:

Em células endoteliais de veia umbilical humana tratadas com histamina e ensaio de permeabilidade vascular.

 

Observou-se que o extrato de B. orellana reduziu a permeabilidade vascular induzida por histamina.

[ 1 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: 1 g do material vegetal em 20 mL de água. Rendimento: 8,5% (p/p). Doses para ensaio: 50 e 150 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos aos ensaios de inflamação aguda, permeabilidade vascular e de infiltração de leucócitos, induzidos por serotonina.

Observou-se que o extrato aquoso de B. orellana possui atividade anti-inflamatória significativa, principalmente para a dose de 150 mg/kg.

[ 5 , 6 ]
Folha

Extrato aquoso: 1 g do material vegetal (pó) em 20 mL de água. Rendimento: 8,5% (p/p). Doses para ensaio: 50 e 150 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos aos ensaios de inflamação aguda, permeabilidade vascular e produção de óxido nítrico, induzidos por bradicinina.

Observou-se ação anti-inflamatória, dose-dependente, para extrato aquoso de B. orellana.

[ 11 ]

Antiespasmódica e Analgésica

Antiespasmódica e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato metanólico: 400 g do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 6%. Doses para ensaio: 125, 250 e 500 mg/kg.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante através do radical DPPH e da atividade antimicrobiana (Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella dysenteriae, Shigella boydii, Shigella flexneri e Shigella sonnei).

 

In vivo:

Em camundongos albinos Swiss submetidos ao teste de hipnose induzido por fenobarbital, avaliação da atividade anticonvulsivante induzida por estricnina, teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, teste de diarreia induzida por óleo rícino e avaliação do efeito na motilidade gastrointestinal.

O extrato metanólico de B. orellana aumentou o tempo total de sono no teste de hipnose, aumentou o tempo médio de sobrevivência no teste anticonvulsivante, reduziu o reflexo de contorções no teste com ácido acético, apresentou atividade antidiarreica e reduziu a motilidade gastrointestinal.

O extrato metanólico de B. orellana apresentou atividade antioxidante, e efeito antimicrobiano moderado E. coli, S. aureus e S. dysenteriae.

[ 14 ]

Antileishmania e Antifúngica

Antileishmania e Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato metanólico: maceração de 50 g do material vegetal (pó)) em metanol.

In vitro:

Em cultura de Leishmania amazonensis (MHOM/Br/75/Josefa isolado de um paciente com leishmaniose cutânea difusa) e L. chagasi (MHOM/Br/74/PP75 isolado de um paciente com leishmaniose visceral) ambas na forma pramastigota.

Em linhagens fúngicas de Candida albicans (ATCC 18804) e C. neoformans (ATCC 32608).

 

Observou-se que o extrato metanólico de B. orellana apresentou melhor atividade para a linhagem fúngica C. neoformans, com MIC = 0,078 mg/mL.

[ 13 ]

Antimalárica

Antimalárica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato hidroalcoólico (1:1 v/v): material vegetal em etanol à 70%. Dose para ensaio: 2,5 mg/mL.

In vitro:

Avaliação da atividade antimalárica através do teste de inibição da polimerização da heme e em culturas de Plasmodium spp.

 

O extrato inibiu a polimerização da heme, contudo não apresentou efetividade nas culturas.

[ 18 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e semente

Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Rendimento: 24,4% (folha) e 22,2% (semente).

In vitro:

Em cepas de Bacillus subtilis, Sthaphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Salmonela typhi, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Candida albicans.

 

Os extratos de B. orellana apresentaram atividade antimicrobiana, principalmente o foliar.

[ 2 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico: 100 g do material vegetal (pó) em etanol. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/mL.

In vivo:

Em ratos intoxicados com diclorometano (CCl4) para determinação da atividade antioxidante.

Observou-se discreta ação antioxidante para o extrato de B. orellana.

[ 8 ]
Semente

Extrato: maceração.

In vivo:

Em ratas albinas Fisher portadoras de diabetes induzido por aloxana.

O extrato das sementes de B. orellana apresenta efeito antioxidante, através da inibição das subunidades da coezima NADH e aumento da expressão/atividade de enzimas antioxidantes.

[ 10 ]
Semente

Extrato aquoso: 25 g do material vegetal (pó) em água (1:25 p/v). Dose para ensaio: 0,1%.

Extrato de clorofórmio: 25 g do material vegetal (pó) em clorofórmio (1:25 p/v). Dose para ensaio: 0,1%.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante: DPPH, FeCl3 e Fe2+.

 

In vivo:

Em ratos albinos Wistar submetidos ao estresse oxidativo no cérebro induzido por ciclofosfamida.

Os extratos de B. orellana apresentaram atividade antioxidante, contudo os efeitos foram mais potentes para o extrato clorofórmico.

[ 12 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Óleo essencial: hidrodestilação. Dose para ensaio in vivo: 30 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c para avaliar a atividade amastigota de Leishmania amazonensis.

 

In vivo:

Em camundongos BALB/c infectados pela forma promastigota de L. amazonensis.

O óleo de B. orellana apresentou atividade antiparasitária significativa.

[ 7 ]

Estimulante de proteínas hepáticas

Estimulante de proteínas hepáticas
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extratos: pó. Doses para ensaio: 250 mg/kg, contendo 70 mg/kg de bixina, e 250 mg/kg de bixina pura.

In vivo:

Em ratas Wistar submetidos a avaliação das monoaminoxidases hepáticas pós tratamento com extrato de B. orellana.

Observou-se que o extrato vegetal induziu CYP1A e CYP2B.

[ 17 ]

Hipoglicêmica

Hipoglicêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato de clorofórmio: 2 kg de sementes (seco) em 3 L de clorofórmio. Fração de éter de petróleo: rendimento de 17 g. Dose para ensaio: 80 mg/kg.

In vivo:

Em cães submetidos ao teste de tolerância à glicose e estudos de receptores de insulina.

Observou-se que a fração oleosa de B. orellana apesenta atividade hipoglicêmica, estimulando a ligação aos receptores de insulina.

[ 15 ]

Hipolipemiante

Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato aquoso: 30 g do material vegetal em 40 mL de água quente. Doses para ensaio: 400 e 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss com hipertrigliceridemia induzida por Triton WR-1339, frutose e etanol.

O extrato aquoso apresentou atividade hipolipemiante.

[ 9 ]

Inotrópica positiva

Inotrópica positiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato aquoso: material vegetal seco em água à 100°C. Doses para ensaio: 0,001, 0,01, 0,1 e 1 mg/mL.

In vivo:

Em átrio isolado de porcos-da-índia submetidos ao estresse hipóxico.

Observou-se que o extrato aquoso de B. orellana apresenta propriedade inotrópica positiva.

[ 4 ]

Neutralizadora

Neutralizadora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e ramo

Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 96%.

In vivo:

Em camundongos Swiss Webster submetidos a atividade hemorrágica causada por veneno de serpente e avaliação da neutralização proteolítica após tratamento com extrato vegetal.

O extrato etanólico de B. orellana apresentou ação neutralizadora potente.

[ 3 ]
Folha e ramo

Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 96%. Doses para ensaio: 3,12 a 400 µg.

In vivo:

Em camundongos Swiss Webster infectados com veneno de Bothrops asper e submetidos a avaliação da formação de edema, efeitos de desfibrilação e coagulação.

Observou-se que o extrato de B. orellana neutralizou o edema, dose-dependente (6,2 a 200 µg).

[ 16 ]
Folha e ramo

Extrato etanólico: material vegetal em etanol à 96%. Doses para ensaio: 0,5 a 4,0 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss Webster submetidos a avaliação do efeito letal do veneno de Bothrops atrox.

Observou-se que o extrato etanólico de B. orellana apresentou moderada neutralização contra efeito letal do veneno.

[ 19 ]
Ensaios toxicológicos

Genotóxica e Carcinogênica

Genotóxica e Carcinogênica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Óleo contendo 5% de bixina. Concentrações para ensaio: 20, 200 e 1000 ppm.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a avaliação da carcinogênese hepática.

Observou-se ausência de efeitos genotóxicos e carcinogênicos.

[ 21 ]

Mutagenicidade

Mutagenicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Pó: contendo 30% de bixina. Concentrações para ensaio: 1330, 5330 e 10,670 ppm.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com ciclofosfamida, e submetidos aos testes do micronúcelo e de mutagenicidade.

Observou-se que B. orellana não apresenta mutagenicidade e antimutagenicidade, contudo na concentração 10,670 ppm houve aumento de células micronucleadas quando associado à ciclofosfamida.

[ 24 ]

Toxicidade em ratas prenhes

Toxicidade em ratas prenhes
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Pó: contendo 28% de bixina. Doses para ensaio: 31,5, 62,5, 125, 250 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar prenhes submetidas a avaliação de toxicidade.

Observou-se que B. orellana, nas doses em estudo, não apresentou toxicidade em ratas prenhes e nem no desenvolvimento fetal.

[ 20 ]

Toxicidade subaguda

Toxicidade subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Pó contendo 27% de bixina. Dose para ensaio: 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a avaliação de toxicidade subaguda.

Observou-se que o óleo de B. orellana não apresenta efeitos tóxicos.

[ 22 ]

Toxicidade subcrônica

Toxicidade subcrônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extratos: com 91,6% (78,6% pureza) e 38,6% de norbixina. Doses para ensaio: 0, 0,1, 0,3 e 0,9%.

In vivo:

Em ratos CD (SD) IGS submetidos ao estudo de toxicidade oral subcrônica.

Os extratos apresentaram toxicidade insignificativa, contudo, para as doses 0,3 e 0,9% observou-se alterações hepáticas, aumento nos níveis de fosfatase alcalina, fosfolipídeos, proteína total e albumina/globulina.

[ 23 ]

Referências bibliográficas

1 - YONG, Y. K. et al. Bixa orellana leaf extract suppresses histamineinduced endothelial hyperpermeability via the PLC-NO-cGMP signaling cascade. Complement and Alter Med, v. 15, p.2-9, 2015. doi 10.1186/s12906-015-0901-3
2 - FLEISCHER, T. C. et al. Antimicrobial activity of the leaves and seeds of Bixa orellana. Fitoterapia, v. 74, n. 1-2, p.136-138, 2003. doi: 10.1016/S0367-326X(02)00289-7
3 - OTERO, R. et al. Snakebites and ethnobotany in the northwest region of Colombia. Part III: neutralization of the haemorrhagic effect of Bothrops atrox venom. J Ethnopharmacol, v. 73, n. 1-2, p.233-241, 2000. doi: 10.1016/S0378-8741(00)00321-4
4 - BIPAT, R. et al. Beneficial effect of medicinal plants on the contractility of post-hypoxic isolated guinea pig atria - Potential implications for the treatment of ischemic-reperfusion injury. Pharm Biol, v. 54, n. 8, p.1483-1489. doi: 10.3109/13880209.2015.1107103
5 - YONG, Y. K. et al. Suppressions of serotonin-induced increased vascular permeability and leukocyte infiltration by Bixa orellana leaf extract. Biomed Res Int, v. 2013, p.1-7, 2013. doi: 10.1155/2013/463145
6 - YONG, Y. K. et al. Chemical constituents and antihistamine activity of Bixa orellana leaf extract. BMC Complement Altern Med, v. 13, p.1-7, 2013. doi: 10.1186/1472-6882-13-32
7 - MONZOTE, L. et al. Antileishmanial activity of the essential oil from Bixa orellana. Phytother Res, v. 28, n. 5, p.753-758, 2014. doi: 10.1002/ptr.5055
8 - CONRAD, O. A. et al. In vivo antioxidant assessment of two antimalarial plants-Allamamda cathartica and Bixa orellana. Asian Pac J Trop Biomed, v. 3, n. 5, p.388-394, 2013. doi: 10.1016/S2221-1691(13)60082-9
9 - FERREIRA, J. M. Effects of Bixa orellana L. seeds on hyperlipidemia. Phytother Res, v. 27, n. 1, p.144-147, 2013. doi: 10.1002/ptr.4675
10 - ROSSONI JÚNIOR, J. V. et al. Annatto extract and β-carotene enhances antioxidant status and regulate gene expression in neutrophils of diabetic rats. Free Radic Res, v. 46, n. 3, p.329-338, 2012. doi: 10.3109/10715762.2012.656100
11 - YOKE KEONG, Y. et al. Bixa orellana leaves extract inhibits bradykinin-induced inflammation through suppression of nitric oxide production. Med Princ Pract, v. 20, n. 2, p.142-146, 2011. doi: 10.1159/000319907
12 - OBOH, G. et al. Inhibition of cyclophosphamide-induced oxidative stress in rat brain by polar and non-polar extracts of Annatto (Bixa orellana) seeds. Exp Toxicol Pathol, v. 63, n. 3, p.257-262, 2011. doi: 10.1016/j.etp.2010.01.003.
13 - BRAGA, F. G. et al. Antileishmanial and antifungal activity of plants used in traditional medicine in Brazil. J Ethnopharmacol, v. 111, n. 2, p.396-402, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.12.006
14 - SHILPI, J. A. et al. Preliminary pharmacological screening of Bixa orellana L. leaves. J Ethnopharmacol, v. 108, n. 2, p.264-271, 2006. doi: 10.1016/j.jep.2006.05.008
15 - RUSSELL, K. R. et al. The effect of annatto on insulin binding properties in the dog. Phytother Res, v. 19, n. 5, p.433-436, 2005. doi: 10.1002/ptr.1650
16 - NÚÑEZ, V. et al. Neutralization of the edema-forming, defibrinating and coagulant effects of Bothrops asper venom by extracts of plants used by healers in Colombia. Braz J Med Biol Res, v. 37, n. 7, p.969-977, 2004. doi: /S0100-879X2004000700005
17 - DE OLIVEIRA, A. C. et al. Induction of liver monooxygenases by annatto and bixin in female rats. Braz J Med Biol Res, v. 36, n. 1, p.113-116, 2003.
18 - BAELMANS, R. et al. A search for natural bioactive compounds in Bolivia through a multidisciplinary approach. Part IV. Is a new haem polymerisation inhibition test pertinent for the detection of antimalarial natural products? J Ethnopharmacol, v. 73, n. 1-2, p.271-275, 2000. doi: 10.1016/S0378-8741(00)00330-5
19 - OTERO, R. et al. Snakebites and ethnobotany in the northwest region of Colombia: Part II: neutralization of lethal and enzymatic effects of Bothrops atrox venom. J Ethnopharmacol, v. 71, n. 3, p.505-511, 2000. doi: 10.1016/S0378-8741(99)00197-X
20 - PAUMGARTTEN, F. J. et al. Evaluation of the developmental toxicity of annatto in the rat. Food Chem Toxicol, v. 40, n. 11, p.1595-15601.doi: 10.1016/S0278-6915(02)00133-3
21 - AGNER, A. R. et al. Absence of carcinogenic and anticarcinogenic effects of annatto in the rat liver medium-term assay. Food Chem Toxicol, v. 42, n. 10, p.1687-1693. doi: 10.1016/j.fct.2004.06.005
22 - BAUTISTA, A. R. et al. Subacute toxicity assessment of annatto in rat. Food Chem Toxicol, v. 42, n. 4, p.625-629, 2004. doi: 10.1016/j.fct.2003.11.007
23 - HAGIWARA, A. et al. A thirteen-week oral toxicity study of annatto extract (norbixin), a natural food color extracted from the seed coat of annatto (Bixa orellana L.), in Sprague-Dawley rats. Food Chem Toxicol, v. 41, n. 8, p.1157-1164, 2003. doi: 10.1016/S0278-6915(03)00104-2
24 - ALVES, R. O. L. et al. Study on the mutagenicity and antimutagenicity of a natural food colour (annatto) in mouse bone marrow cells. Food Chem Toxicol, v. 41, n. 2, p.189-192, 2003. doi: 10.1016/S0278-6915(02)00208-9

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Componente

Quantidade

Etanol/água 70%

1000 mL

Semente seca

100 g

Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de sementes secas e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Dislipidemias e hipovitaminose A.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Semente seca íntegra

0,9 a 1,1 g ou 40 a 50 sementes ou 1 colher de café rasa

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por maceração por 12 horas.

Principais indicações

Dislipidemias e hipovitaminose A.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do macerado uma vez ao dia pela manhã.

Uso tópico: aplicar o macerado sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 63-65.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 41-43.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos orgânicos

ácido gálico.

Alcaloides

Aminoácidos

triptofano e fenilalanina.

Antocianinas

Carotenoides

bixina, metilbixina, norbixina, transbixina, β-caroteno, criptoxantina, luteína e zeaxantina

Diterpenos

farnesil-acetona e geraniolgeraniol.

Esteróis

estigmasterol e β-sitosterol.

Flavonoides

apigenina-7-bisulfato, cosmosiina, hipoaletina-8-bisulfato, luteolin-7-bisulfato e luteolin-7-O-β-D-glicosídeo, isocutelareína e cinarosídeo.

Minerais

P.

Saponinas

Sesquiterpenos

ishwarano.

Taninos

Triterpenos

δ-tocotrienol.

Vitaminas

A e C.

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 288.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 198-199.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 53-54.
4 - ZHAI, B. et al. Antimalarial evaluation of the chemical constituents of hairy root culture of Bixa orellana L. Molecules, v. 19, n. 1, p.756-766, 2014. doi: 10.3390/molecules19010756
5 - MONZOTE, L. et al. Antileishmanial activity of the essential oil from Bixa orellana. Phytother Res, v. 28, n. 5, p.753-758, 2014. doi: 10.1002/ptr.5055

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 3 meses[1,2].

Contraindicações: 

em indivíduos sensíveis aos constituintes desta espécie, gestantes, lactantes, menores de 12 anos e pacientes alcoolistas e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

estudos em modelos animais tem demonstrado baixa toxicidade de B. orellana. Durante o preparo, tomar cuidado para não haver partes da casca do fruto junto com as sementes, pois a casca do fruto pode produzir efeitos tóxicos no pâncreas e no fígado, acompanhadas de variações na glicemia. Doses altas podem provocar efeitos purgativos e hepatotóxicos. O extrato das folhas de B. orellana não apresenta efeitos adversos significativos quando administrado em doses usuais (5 g/kg, infusão em ratos)[1,2,3,4,5,6,7].

Interações medicamentosas: 

a associação com hipoglicemiantes orais pode desencadear hipoglicemia[1,2].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 65.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 43.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 282-283.
4 - STOHS, S. J. Safety and efficacy of Bixa orellana (achiote, annatto) leaf extracts. Phytother Res, v. 28, n. 7, p.956-960, 2014. doi: 10.1002/ptr.5088
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 170.
6 - BRITO, E. S. et al. Desafios e oportunidades para o desenvolvimento de fitoterápicos inovadores no Brasil: Urucum (Bixa orellana). Revista A Flora, n. 5, p. 3, 2022.
7 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 90.

Propagação: 

é realizada por sementes, as quais apresentam dormência quando colhidas. A imersão em ácido sulfúrico concentrado por 15 minutos é um método eficiente para a quebra da dormência, com 60% de germinação. Posteriormente, as sementes devem ser colocadas para germinar em sacos plásticos, contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), ou em caixilho contendo substrato industrializado. A germinação ocorre entre 5 a 10 dias após o plantio das sementes. As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 4 meses até alcançarem de 30 a 40 cm de altura. Após este período devem ser transferidas para local definitivo no campo (à pleno sol), com espaçamento de 3 m entre as plantas e de 4 m entre as ruas [ 1 ] .

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Tratos culturais & manejo: 

como não é uma planta exigente em água, plantas mantidas em coleções podem ser irrigadas apenas 1 vez/semana [ 1 ] .

Colheita: 

para a coleta do fruto desta espécie forra-se uma lona no chão e derruba-se os frutos que se encontram parcialmente abertos, manualmente ou com auxílio de tesoura de poda com haste longa [ 1 ] .

Pós-colheita: 

os frutos coletados são espalhados em galpão, permanecendo por 7 dias para que ocorra a desidratação. Após secagem, o fruto é aberto manualmente e as sementes são retiradas, e colocadas para secar em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Posteriromente, são pesadas e armazenadas em frascos de vidro com boca larga, âmbar, identificados e acondicionadas em local protegido da luz em ambiente não úmido. Devem ser utilizadas dentro do período de 6 meses. As sementes possuem óleos essenciais, inviabilizando o armazenamento em sacos de papel. O fitoterápico deve ser preparado a partir da semente seca [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

a produção da semente é crescente até o 6º ano, quando atinge a produtividade máxima. Esta espécie é muito atacada pelo fungo Cercospora bixae, quando a planta encontra-se exposta a pouca luminosidade e muita umidade, definhando-se rapidamente [ 1 , 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 52-53.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 168.

Parceiros