Nativa do Brasil, especialmente na região Amazônica, podendo ser encontrada em vários países da América do Sul. Suas principais indicações são: antissifilítica, depurativa, antioxidante, adaptógena, antiofídica, antirreumática, analgésica, anti-inflamatória, antiviral e antitumoral (cutâneo)[1,2,3].
Trepadeira, herbácea, com longas raízes tuberosas e ramos sulcados, um tanto carnosos; folhas alternas, tri ou pentalobadas, de até 18 cm de comprimento; inflorescências unissexuais, solitárias, com flores masculinas ou femininas, de cor amarela-esverdeada; frutos de até 3 cm de diâmetro, em bagas oblongas, de cor alaranjada, e com 3 sementes grandes no seu interior[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Taiuiá | Brasil | Raiz tuberosa | No tratamento de herpes labial. |
Tintura. |
Aplicar com algodão até 5 vezes ao dia. |
Utilizar para problemas de baixa gravidade e por até 30 dias. Não indicado na gravidez e lactação. |
[
1
]
|
Taiuiá, abobrinha-do-mato, cabeça-de-negro e raiz-de-brugre | Amazônia (indígenas) | - | Antiofídica e antirreumática. |
- |
- |
- |
[
2
]
|
Taiuiá, abobrinha-do-mato, cabeça-de-negro e raiz-de-brugre | Brasil | Raiz | Purgativa, emética, analgésica, antissifilítica, depurativa, antirreumática, antidispéptica e no tratamento de doenças cutâneas (erisipela, dermatose, eczema, úlcera, herpes e furúnculo). |
Decocção. |
- |
- |
[
2
]
|
- | Estados Unidos | - | Antidispéptica, antirreumática, reguladora metabólica e no tratamento de dor de cabeça, gota e neuralgia. |
- |
- |
- |
[
2
]
|
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Raiz tuberosa seca |
100 g |
Raiz tuberosa fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de raiz seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de raiz fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Processos inflamatórios em geral e intoxicações.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Fase A: (infusos/decoctos) |
|
Água destilada |
1000 mL |
Annona muricata (entrecasca seca) |
5 g |
Leonurus sibiricus (planta toda seca) |
5 g |
Orbignya speciosa (folha seca) |
7,5 g |
Rosa alba (pétala seca) |
2,5 g |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
5 g |
Tabebuia avellanedae (entrecasca seca) |
7,5 g |
Thuja occidentale (folha seca) |
2,5 g |
Fase B: (alcoolaturas) |
|
Annona muricata (entrecasca) |
5 mL |
Cayaponia tayuya (raiz) |
10 mL |
Leonurus sibiricus (planta toda) |
10 mL |
Orbignya speciosa (folha) |
5 mL |
Rosa alba (pétala) |
10 mL |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
2,5 mL |
Tabebuia avellanedae (entrecasca) |
15 mL |
Thuja occidentale (folha) |
15 mL |
Nipagin® 0,2% |
2 g |
Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.
Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.
Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Flavonoides
vicenina, espinosina, isovitexina, suertisina, isosuertisina, isoorientina e orientina.
Glicosídeos
cayaponosídeos e 29-nor-cucurbitacina.
Outras substâncias
cucurbitanos, esteróis, compostos fenólicos, ácidos orgânicos (málico) e robiletina.
Resinas
Saponinas
Triterpenos tetracíclicos
23,24-dihydrocucurbitacina B e F, cucurbitacina F e R, 25-acetil-23,24-dihydrocucurbitacina F, 2-O-β-D-glucopyranosyl-23,24-dihydrocucurbitacina F.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].
em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2].
em doses elevadas pode causar irritação digestiva e alterações neurológicas[1,2].
nos quadros reumáticos, associar com sucupira (Pterodon emarginatus). Nas dermatoses crônicas, associar com bardana (Arctium lappa)[1,2].
Referências bibliográficas
é realizada por sementes ou brotação da túbera. As sementes devem ser semeadas em bandejas de isopor contendo substrato organomineral. As brotações da túbera são enraizadas em areia ou vermiculita, mantidas umedecidas [ 1 ] .
inicia-se no segundo ano após o cultivo, de outubro a fevereiro. Segundo a sabedoria popular, as partes subterrâneas das plantas devem ser colhidas na lua minguante [ 1 ] .
Referências bibliográficas