Cocos nucifera L.

Coco da Bahia, coqueiro-comum e côco-da-bahia.

Família 
Informações gerais 

Originária da costa oriental da América do Sul. No Brasil ocorre principalmente na costa Atlântica do Nordeste, de forma silvestre ou cultivada. Suas principais indicações são: antiviral, antibacteriana, antitussígena, vermífuga, imunoestimulante, imunomoduladora, hepatoprotetora, cardioprotetora, antioxidante, anti-inflamatória, cicatrizante, analgésica, antidiarreica, antipirética e laxante[1,2,3,4,5,6,7].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 244-248.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 81-83.
3 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 170-171.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 97-98.
5 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 54-56.
6 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 201-202.
7 - LIMA, E. B. C. et al. Cocos nucifera (L.) (Arecaceae): a phytochemical and pharmacological review. Braz J Med Biol Res, v. 48, n. 11, p.953-964, 2015. doi: 10.1590/1414-431X20154773
Descrição da espécie 

Palmeira com caule sem ramificação e anelado, podendo atingir até 35 m de altura e 20 a 40 cm de diâmetro, a casca do tronco é grossa, dividido em nós e entrenós, possui raízes adventícias; folhas grandes, pinadas, verticiladas, com cerca de 2 a 5 m de comprimento e de 1 a 1,7 m de largura; inflorescências axilares, longas, fusiformes, ramificadas, formada por um cacho de flores pequenas e de cor branca-amareladas, as masculinas localizam na parte superior, e as femininas nas ramificações inferiores, protegida por uma espata lenhosa em forma de canoa virada; fruto drupáceo, ovoide ou elipsoide, de até 30 cm de diâmetro, com 5 camadas distintas, por fora o epicarpo ou exocarpo, uma casca lisa, brilhante e impermeável a água, seguida do mesocarpo fibroso de 2 a 4 cm de espessura, a próxima camada é o endocarpo, lenhoso e duro, que recobre a semente, mais internamente está o endosperma sólido, uma camada carnuda, saborosa, de cor branca, a última camada é o endosperma líquido, conhecido com água de coco, de cor clara, levemente adocicada no fruto verde e um pouco ácida no fruto maduro, muito apreciada por sua ação refrescante e remineralizante[1,2,3,4].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 244-245.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 97.
3 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 114.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 201.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Coco-da-Bahia, coqueiro e coqueiro-da-praia Brasil -

Energético e no tratamento da prisão de ventre.

Óleo.

Tomar 2 colheres (de sopa), 2 a 3 vezes ao dia.

-

[ 1 ]
Coco-da-Bahia, coqueiro e coqueiro-da-praia Brasil Fruto (água)

diurética, reidratante (diarreia), útil nos casos de pessoas doentes e convalescentes.

-

Tomar 1 copo 4 vezes ao dia, ou mais.

-

[ 1 ]
Coco-da-Bahia, coqueiro e coqueiro-da-praia Brasil Fruto

Anti-helmíntico contra oxiúros.

Leite de coco.

-

-

[ 1 ]
Coqueiro Ceará (Brasil) Fruto verde (água)

Refrescante, diurético e no tratamento de icterícia essencial.

-

Uso oral.

-

[ 2 ]
Coco e kokospalme Colômbia (Zona Tropical) Fruto

No tratamento de Alzheimer, asma, bronquite, Tosse, disenteria, dor de ouvido, Febre, gonorreia, menstruação desregulada, cálculos renais, náusea, infecções cutâneas, sífilis, dor de dente, tuberculose, tumores, úlceras e feridas.

Óleo.

-

-

[ 3 ]
Coco e kokospalme Colômbia (Zona Tropical) Fruto (castanha)

antiviral, Antibacteriana, Antiparasitária, tônica, digestiva, Antioxidante, Imunoestimulante, antitumoral, anti-hemorroidária, gastroprotetora, Hepatoprotetora, litolítica, fortalece os dentes e auxilia na prevenção da osteoporose e infartos.

-

-

-

[ 3 ]
Yubi Manipur (nordeste da Índia) -

Problemas estomacais, urinários, respiratórios (amigdalite, sinusite, rinite e congestão nasal), cutâneos (câncer, queimaduras, feridas, micoses, cortes, rachaduras e lepra), osteomalite e tonturas.

-

-

-

[ 4 ]
Coco México Fruto (epicarpo)

Antiparasitária e antidisentérica.

-

-

-

[ 5 ]
Ehi Ilhas Marquesas Fruto

Usado como excipiente para preparações farmacológicas.

-

-

-

[ 6 ]
Lubi Tribo indígena Ati Negrito na Ilha Guimaras (Filipinas) Flor e fruto

Nos casos de alergias, queimaduras, cortes e feridas, fraturas, luxações, entorses, envenenamento, picadas de insetos e animais.

Na forma de infusão, ou processar em vinagre ou óleo e aplicar como pomada.

Uso externo.

-

[ 7 ]
Maganda ya nazi Bagamoyo (Tanzânia) Fruto

Repelente de insetos e carrapatos.

Óleo.

-

-

[ 8 ]
Fluy Ilha de Batan (Filipinas) Fruto (água)

Doenças do aparelho geniturinário (cistite, dificuldade de urinar).

-

Tomar a água fresca (in natura).

-

[ 9 ]
- Chandauli (Uttar Pradesh, Índia) Fruto

No tratamento da caspa.

Associar com folhas de Eclipta alba e sementes de Foeniculum vulgare, e cozinhar no óleo de coco.

Aplicar o preparado na cabeça diariamente, pela manhã/7 dias.

-

[ 10 ]
Coconut Trinidad e Tobago Raiz

Litolítica.

-

-

-

[ 11 ]
Coconut Trinidad e Tobago Flor e fruto

Antidiabética.

-

-

-

[ 11 ]
Coco Cuba Oriental Fruto

Anti-helmíntica.

-

 

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Raiz

No tratamento da pneumonia.

Decocção: associar com Aloe vera (folha), Cleome gynandra (raiz), Colubrina elliptica (haste), Chioococca alba (raiz), Erythroxylum havanense (raiz), Roystonea regia (raiz) ou Swietenia mahagoni (casca).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Raiz

No tratamento de doenças venéreas e corrimento vaginal.

Decocção: associar com Chiococca alba (raiz), Roystonea regia (raiz), Swietenia mahagoni (casca).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Raiz

No tratamento de corrimento vaginal.

Decocção: associar com Chiococca alba (raiz), Roystonea regia (raiz), Swietenia mahagoni (casca), Bambusa vulgaris (raiz), Rheum spp. (raiz), Smilax domingenis (rizoma), Amaranthus crassipes (raiz), Carica papaya (raiz), Erythroxylum havanense (raiz) ou Roystonea regia (raiz).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Fruto

Anti-hemorroidária.

Decocção: associar com Senna occidentalis (raiz).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Fruto

Antiparasitária.

Decocção ou suco: associar com Brachiaria mutica (raiz), Chenopodium ambrosioides (folha ou parte aérea), Momordica charantia (parte aérea), Citrus aurantifolia (folha), Bromelia pinguin (fruto) ou Portulaca oleracea (parte aérea).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Fruto

Antiasmática.

uco ou maceração: associar com Cittrus aurantifolia (fruto) ou Protium cubense (raiz).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Flor e raiz

Bactericida.

Decocção: associar com Lepidium virginicum (parte aérea).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Raiz

No tratamento de afecções renais.

Decocção: associar com Bambusa vulgaris (raiz).

Uso oral.

-

[ 12 ]
Coco Cuba Oriental Fruto

Fleumagoga.

Suco: associar com Solanum torvum (folha).

Uso oral.

-

[ 12 ]
- Papua-Nova Guiné Raiz

Antidiarreica e no tratamento de dores no estômago.

Chá.

-

-

[ 13 ]
- Fiji Água de coco

No tratamento de doenças renais.

-

-

-

[ 13 ]
- Malásia Polpa

Antitérmica e no tratamento da malária.

 Decocção. 

-

-

[ 13 ]
- Quênia Polpa

No tratamento de erupções cutâneas causadas por HIV-AIDS.

-

-

-

[ 13 ]
- Moçambique Polpa

Afrodisíaca.

-

-

-

[ 13 ]
- Gana e Indonésia Polpa

Antidiarreica e contraceptiva.

Leite.

-

-

[ 13 ]
- Fiji e Indonésia Polpa

No tratamento da queda de cabelo (prevenção) e feridas.

Óleo.

-

-

[ 13 ]
- Indonésia Raiz

Antipirética e antidiarreica.

Extrato. 

-

-

[ 13 ]
- Haiti e Peru Fibra

Antiasmática.

Extrato.

-

-

[ 13 ]
- Haiti Fibra

No tratamento de queimaduras.

Creme.

-

-

[ 13 ]
- Guatemala Fibra

No tratamento de lesões cutâneas (abcessos e dermatites).

Creme. 

-

-

[ 13 ]
- Jamaica Fibra

Hipoglicemiante.

Extrato. 

-

-

[ 13 ]
- México Fibra

No tratamento de inflamações urogenitais causadas por Trichomonas vaginalis.

Extrato.

-

-

[ 13 ]
- Peru Fibra

Diurética e no tratamento da gonorreia.

Extrato.

-

-

[ 13 ]
- Guatemala Fibra

Antipirética e no tratamento de inflamações renais.

Extrato.

-

-

[ 13 ]
- Trindade Fibra

Antidismenorreico e no tratamento de doenças venéreas e amenorreia

Chá ou extrato.

-

-

[ 13 ]
- Haiti Fibra

No tratamento da amenorreia.

Chá.

-

-

[ 13 ]
- Brasil Fibra

Antidiarreica.

Chá.

-

-

[ 13 ]
- Índia Inflorescência

No tratamento de alterações no ciclo menstrual.

Chá.

-

-

[ 13 ]

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 97-98.
2 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 114.
3 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 170-171.
4 - DEB, L. et al. Past, present and perspectives of Manipur traditional medicine: A major health care system available for rural population in the North-East India. J Ethnopharmacol, v. 169, p.387-400, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2014.12.074 
5 - ALANÍS, A. D. et al. Antibacterial properties of some plants used in Mexican traditional medicine for the treatment of gastrointestinal disorders. J Ethnopharmacol, v. 100, n. 1-2, p.153-157, 2005. doi: 10.1016/j.jep.2005.02.022
6 - GIRARDI, C. et al. Herbal medicine in the Marquesas Islands. J Ethnopharmacol, v. 161, p.200-213, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2014.09.045
7 - ONG, H. G.; KIM, Y. D. et al. Quantitative ethnobotanical study of the medicinal plants used by the Ati Negrito indigenous group in Guimaras island, Philippines. J Ethnopharmacol, v. 157, p.228-242, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.09.015
8 - INNOCENT, E. et al. Anti-mosquito plants as an alternative or incremental method for malaria vector control among rural communities of Bagamoyo District, Tanzania. J Ethnobiol Ethnomed, v. 10, p.1-11, 2014. doi: 10.1186/1746-4269-10-56
9 - ABE, R.; OHTANI, K. An ethnobotanical study of medicinal plants and traditional therapies on Batan Island, the Philippines. J Ethnopharmacol, v. 145, n. 2, p.554-565, 2013. doi: 10.1016/j.jep.2012.11.029
10 - SINGH, A.; SING, P. K. et al. An ethnobotanical study of medicinal plants in Chandauli District of Uttar Pradesh, India. J Ethnopharmacol, v. 121, n. 2, p.324-329, 2009. doi: 10.1016/j.jep.2008.10.018
11 - LANS, C. A. Ethnomedicines used in Trinidad and Tobago for urinary problems and diabetes mellitus. J Ethnobiol Ethnomed, v. 2, p.1-11, 2006. doi: 10.1186/1746-4269-2-45
12 - CANO, J. H.; VOLPATO, G. Herbal mixtures in the traditional medicine of eastern Cuba. J Ethnopharmacol, v. 90, n. 2-3, p.293-316, 2004. doi: 10.1016/j.jep.2003.10.012
13 - LIMA, E. B. C. et al. Cocos nucifera (L.) (Arecaceae): a phytochemical and pharmacological review. Braz J Med Biol Res, v. 48, n. 11, p.953-964, 2015. doi: 10.1590/1414-431X20154773

Ansiolítica e Antidepressiva

Ansiolítica e Antidepressiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (mesocarpo)

Extrato hidroalcoólico. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal e submetidos aos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado, placa perfurada, suspensão da cauda e natação forçada.

Observou-se que o extrato de C. nucifera apresenta atividades ansiolítica (sistema gabaérgico) e antidepressiva (receptores serotoninérgico, noradrenérgico e dopaminérgico).

[ 7 ]

Anti-hipertensiva

Anti-hipertensiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma sólido)

Óleo. Dose para ensaio: 2 mL/dia.

In vivo:

Em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) suplementados com óleo vegetal, associado a prática de exercícios físicos, e submetidos a avaliação da pressão arterial e frequência cardíaca, peroxidação lipídica (TBARS) e níveis de superóxido, e teste de sensibilidade barorreflexa.

O óleo de C. nucifera associado a atividade física apresenta atividade anti-hipertensiva, além de reduzir o estresse oxidativo e melhorar a sensibilidade do barorreflexo.

[ 13 ]

Anti-hipertensiva e Vasorelaxante

Anti-hipertensiva e Vasorelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto maduro (endocarpo)

Extrato etanólico: material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 2,164%. Doses para ensaio (in vitro): 0,25 a 2 mg/mL, e (in vivo): 300 mg/kg.

In vitro:

Em anéis da aorta (de ratos) incubados com norepinefrina, fenilefrina e cloreto de potássio para análise do efeito vasorelaxante.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por acetato de deoxicorticosterona associado ao sal (DOCA-sal), com posterior avaliação da pressão arterial.

O extrato de C. nucifera apresenta atividades vasorelaxante e anti-hipertensiva, dose-dependente.

[ 27 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Inflorescência

Extrato hidrometanólico: maceração do material vegetal (fresco) em metanol à 20%. Rendimento: 6,86%. Doses para ensaio: 250, 400 e 500 mg/kg.

In vitro:

Determinar o potencial antioxidante (DPPH, SOD, OH-, NO e ação redutora).

 

In vivo:

Em ratos albinos e camundongos Swiss submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, placa quente e edema de pata induzido por carragenina.

O extrato de C. nucifera apresenta atividade anti-inflamatória, dose-dependente, e analgésica.

[ 21 ]
Fruto (endosperma sólido)

Óleo. Dose para ensaio: 1, 2 e 4 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley e camundongos Swiss submetidos ao edema de orelha induzido por etil fenilpropionato, edema de pata induzido por carragenina e ácido araquidônico, granuloma induzido por “pellet de algodão”, contorções abdominais induzidas por ácido acético e hipertermia induzida por levedura.

O óleo de C. nucifera apresenta atividade anti-inflamatória (crônica e aguda), analgésica e antipirética, dose-dependente.

[ 29 ]

Anti-inflamatória e Anti-hipertensiva

Anti-inflamatória e Anti-hipertensiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Dose para ensaio: 4 mL/100 g.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley suplementados com dieta rica em frutose, com posterior análises de parâmetros bioquímicos (glicemia, insulina plasmática, triglicerídeos e ácidos graxos séricos, enzimas antioxidantes e marcadores de peroxidação lipídica) e histopatológicos.

Observou-se que nucifera apresenta atividades antioxidante, hipoglicemiante e anti-hipertensiva, além da ação anti-inflamatória no tecido hepático.

[ 22 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (mesocarpo)

Extrato aquoso. Rendimento: 10%. Doses para ensaio: 50, 100 e 150 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss e ratos Wistar submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, movimento da cauda, placa quente, teste da formalina, edema de pata induzido por carragenina, histamina e serotonina, e estudo de mecanismo de ação.

O extrato de C. nucifera apresenta atividades anti-inflamatória e antinociceptiva periférica e central.

[ 31 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Dose para ensaio: 20 mL/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao estresse oxidativo induzido por calor, com monitoramento da temperatura retal, avaliação morfológica do tecido testicular, análise dos níveis plasmáticos de transaminase glutâmica oxalacética serica (SGPT)/alanina aminotransferase (ALT), transaminase sérica glutâmica pirúvica (SGOT)/aspartato transaminase, determinação intracelular de espécies reativas de oxigênio (iEROs), peroxidação lipídica (LPO), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutadiona (GSH), óxido nítrico (NO), citocina pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6) e de expressão proteica (citometria de fluxo e imunofluorescência).

Observou-se que C. nucifera protege as células reprodutoras, devido as atividades antioxidante e anti-inflamatória.

[ 1 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (epicarpo)

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (pó) em 300 mL de metanol, ou por decocção em água. Outras espécies vegetais foram inseridas neste estudo.

In vitro:

Em cepas de Escherichia coli, Shigella spp. e Salmonella spp. incubadas com os extratos vegetais, com técnica de diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (MIC).

 

Observou-se que o extrato metanólico de C. nucifera apresentou atividade antibacteriana potente, assim como as espécies vegetais Caesalpinia pulcherria, Chiranthodendron pentadactylon, Geranium mexicanum, Hippocratea excelsa e Punica granatum.

[ 36 ]
Fruto (epicarpo e mesocarpo)

Extrato etanólico: 1,5 kg do material vegetal (pó) em etanol. Rendimento: 110,5 g.

In vitro:

Em cepas de Porphyromonas gingivalis, Provotella intermedia e Enterecoccus faecalis submetidas ao método de diluição em ágar para determinar a concentração inbitoria mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) do extrato vegetal.

Em fibroblastos humanos periodontais para análise de citotoxicidade.

 

Observou-se que C. nucifera apresenta atividade antibacteriana, contra o biofilme dental, na concentração de 1,5%, sendo comparável à clorexidina (2%), além da ausência de toxicidade em fibroblastos.

[ 40 ]
Fruto (epicarpo e mesocarpo)

Extrato metanólico: 1,5 kg do material vegetal (pó) em metanol/água (3:2 v/v). Rendimento: 110,5 g. Frações: n-hexano, clorofórmio, acetato de etila e n-butanol.

In vitro:

Em cepas de Bacillus cereus, B. polymyxa, B. anthracis, B. subtilis, B. stearothermophillus, Clostridium sporogenes, Corynebactarium pyogenes, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Micrococcus pneumoniae, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e P. flourescens, submetidas a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) e taxa de mortalidade.

 

O extrato de C. nucifera apresentou atividade antibacteriana, principalmente para E. faecalis, e a fração mais ativa foi a de acetato de etila.

[ 41 ]
Fruto (mesocarpo)

Extrato aquoso (por infusão). Concentração: 20 mg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 1, 4 e 5 g/kg. Outras espécies em estudo: Ziziphus joazeiro (casca), Caesalpinia pyramidalis (folha) e Aristolochia cymbifera (caule).

In vitro:

Em cepas da cavidade oral: Prevotella intermedia, Porphyromonas gingivalis, Fusobacterium nucleatum, Streptococcus mutans e Lactobacillus casei, submetidas aos métodos disco-difusão em ágar, microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM), cinética de morte microbiana, em biofilmes artificiais e atividade antioxidante pelo radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos submetidos ao teste toxicidade aguda.

Observou-se que todas as espécies apresentaram atividade antibacteriana, principalmente, C. nucifera, C. pyramidalis e A. cymbifera, bem como ação antioxidante e baixa toxicidade.

[ 43 ]

Anticonvulsivante

Anticonvulsivante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (óleo)

Dose para ensaio: 69,79%.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de epilepsia induzida por pilocarpina e suplementados com dieta hipercalórica contendo óleo de coco.

Observou-se que C. nucifera não apresenta ação protetora sobre as convulsões (tempo de latência, frequência e duração).

[ 3 ]

Antidepressiva

Antidepressiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Dose para ensaio: 4 mL/100 g.

In vivo:

Em ratos albinos submetidos aos testes de natação forçada, modelo de toxicidade com noradrenalina e quantificação de monoaminas cerebrais por HPLC-ECD.

Os resultados sugerem que C. nucifera apresenta atividade antidepressiva, atuando na homeostase da síntese de monoaminas.

[ 8 ]
Fruto

Óleo. Dose para ensaio: 11%.

In vivo:

Em ratas Wistar suplementadas com óleo vegetal, antes do acasalamento, na gestação (submetidas ao estresse pré-natal) e lactação, e as proles (machos) submetidas aos testes de natação forçada e campo aberto, e dosagem de corticosterona.

Observou-se que o óleo de C. nucifera provocou alterações comportamental e hormonal na prole, exercendo ação antidepressiva.

[ 25 ]

Antidepressiva e Neuroprotetora

Antidepressiva e Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (mesocarpo)

Extrato hidroalcoólico (etanol/água, 2:1). Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal, e submetidos a avaliação comportamental (testes de campo aberto, natação forçada e suspensão da cauda), determinação dos parâmetros de estresse oxidativo (ensaio nitrito/nitrato, peroxidação lipídica e atividade da catalase) e dos níveis do fator neutrófico derivado do cérebro (BDNF).

Observou-se que o extrato de C. nucifera apresenta atividades antidepressiva, antioxidante e neuroprotetora, principalmente nas doses de 100 e 200 mg/kg.

[ 9 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (mesocarpo)

Extrato aquoso: decocção de 414 g do material vegetal (pó) em 6 L de água. Rendimento: 21 g. Concentração: 10 mg/mL.

In vitro:

Em cepas de Staphyloccocus aureus, Candida albicans, Cryptococcus neoformans e Fonsecaea pedrosi para determinar a atividade antimicrobiana através do método de disco-difusão em ágar.

Em células de carcinoma humano da laringe (HEp-2) e epiteliais do rim de Cercopitheccus aethiops (VERO) submetidas a infecção viral (HSV-1-ACVr) e teste de citotoxicidade.

 

Observou-se que C. nucifera apresenta seletividade contra S. aureus e HSV-1, além da ausência de toxicidade celular.

[ 38 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Concentração para ensaio: 3 mg/100 mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante: radicais DPPH, ABTS, superóxido e hidroxila, e formação de metemoglobina induzida por nitrito em hemolisado e eritrócitos.

Em tecido cerebral e lipossomas isolados de ratos albinos para análise de peroxidação lipídica.

 

Observou-se que C. nucifera apresenta atividade antioxidante, principalmente o endosperma líquido do fruto imaturo, que possui ácido ascórbico em sua constituição química (2,714 ± 0,297 mg/100 mL).

[ 37 ]
Fruto (endosperma líquido)

Liofilizado. Doses para ensaio: 200 e 400 g/mL.

In vitro:

Em hepatócitos isolados de camundongos Swiss, incubados com peróxido de hidrogênio (H2O2), com posterior avaliação da viabilidade celular, parâmetros oxidativos (ROS, TBARS, SOD, GSH, formação de nitrato) e mutagenicidade.

 

Observou-se que o concentrado de C. nucifera apresenta atividade antioxidante potente, prevenido e reduzindo os danos oxidativos nos hepatócitos.

[ 15 ]

Antioxidante e Hipoglicemiante

Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Inflorescência imatura

Extrato: 25 g do material vegetal (pó) em 80% (v/v) de metanol ou 95% (v/v) de etanol. Rendimento: 6,29 e 5,62, respectivamente. Doses para ensaio (extrato metanólico): 100, 200 e 400 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, com posterior análise de parâmetros bioquímicos e toxicológicos.

Observou-se que o extrato metanólico da inflorescência de C. nucifera apresenta atividades antioxidante potente, hipoglicemiante (dose-dependente) e citoprotetora.

[ 16 ]
Fruto (endosperma líquido)

Dose para ensaio: 4 mL/100 g.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de diabetes induzido por aloxana, com posterior análises de parâmetros bioquímicos (glicemia, insulina plasmática, hemoglobina, enzimas antioxidantes e marcadores de peroxidação lipídica).

Observou-se que C. nucifera apresenta atividade antioxidante e hipoglicemiante.

[ 20 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 4,19%. Doses para ensaio: 50, 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos ICR infectados por Plasmodium berghei e tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da porcentagem de parasitemia.

Observou-se que o extrato de C. nucifera reduz a carga parasitária, nas doses de 200 e 400 mg/kg, contudo não houve erradicação da doença.

[ 26 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (mesocarpo)

Extrato etanólico: 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de etanol à 95%. Rendimento: 5,8% (p/p). Frações: hexano, acetato de etila, butanol e metanol. Outras espécies em estudo: Nephelium lappaceum (fruto) e Garcinia mangostana (fruto).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante: radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP).

Em carcinoma epidérmico (KB) e células de adenocarcinoma colorretal (Caco-2) de humanos, e amostras de sangue de voluntários saudáveis, submetidos ao ensaio MTT.

 

Observou-se que a fração hexânica de C. nucifera apresenta ação antiproliferativa potente para a linhagem celular KB, e ausência de citotoxicidade em células normais, enquanto que N. lappaceum apresentou atividade antioxidante mais potente.

[ 42 ]

Antitrombótica e Hipoglicemiante

Antitrombótica e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Dose para ensaio: 4 mL/100 g.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com líquido vegetal, L-arginina e L-NAME, com posterior análise de parâmetros bioquímicos.

Observou-se que C. nucifera apresenta atividade antidiabética e antitrombótica, principalmente quando em associação com L-arginina, sendo este o principal bioativo da água de coco.

[ 12 ]

Antiulcerogênica

Antiulcerogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido e sólido)

Leite de coco: triturar o endosperma sólido em 200 mL de água, e filtrar. Dose para ensaio: 2 mL/dia (água e leite de coco).

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de úlceras gástrica induzidas por indometacina.

Observou-se que o leite de C. nucifera apresenta ação antiulcerogênica mais potente, quando comparada a água, 54 e 39%, respectivamente.

[ 34 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Pó. Dose para ensaio: 100 mL/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar ovariectomizadas, submetidas a lesões cutâneas de 1 cm de espessura, com posterior analises imuno-histoquímica, histomorfometria quantitativa e quantificação dos níveis de estradiol.

Observou-se que C. nucifera apresenta características semelhantes ao estradiol, com ação importante no processo de cicatrização de feridas cutâneas.

[ 18 ]

Depressora do sistema nervoso central

Depressora do sistema nervoso central
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato etanólico. Rendimento: 10,7% (p/p). Doses para ensaio: 40, 60 e 80 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss aos testes de potenciação de barbitúricos, contorções abdominais induzidas por ácido acético, placa quente e atividade anticonvulsivante.

O extrato de C. nucifera apresenta ação depressora do sistema nervoso central.

[ 24 ]

Estrogênica e Hipoglicêmica

Estrogênica e Hipoglicêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Flor

Extrato hidroalcoólico. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar virgens portadoras de síndrome do ovário policístico induzido por letrozol, tratadas com o extrato vegetal, e posterior avaliação de parâmetros bioquímicos, hematológicos, hormonais e histopatológicos.

O extrato de C. nucifera normaliza a estrutura histológica dos ovários, além de apresentar ação estrogênica, hipoglicêmica e hipolipidêmica.

[ 14 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido e sólido)

Leite (extrato aquoso): 50 g do material vegetal em 500 mL de água. Dose para ensaio: 4 mL/100 g.

In vivo:

Em ratos albinos portadores de úlcera gástrica induzida por etanol ou ácido acético, com posterior análises hematológica, sorológica, histopatológica e imuno-histoquímica.

Observou-se que o leite e a água de C. nucifera apresentam atividades gastroprotetora, anti-inflamatória e cicatrizante.

[ 6 ]

Hipocolesterolemiante e Hipoglicemiante

Hipocolesterolemiante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Banaban®: óleo e pó. Dose para ensaio: 200 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a dieta hipercalórica, com posterior avaliação de parâmetros fisiológicos, bioquímicos, morfológicos e histopatológicos.

Observou-se que C. nucifera (óleo e pó) apresenta atividades hipocolesterolemiante, hipoglicemiante e anti-hipertensiva, auxiliando no tratamento da obesidade.

[ 4 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Inflorescência imatura

Pó. Dose para ensaio: 20% (p/p).

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de diabetes induzido por aloxana, pré e pós tratados com o pó vegetal, com posterior análises de parâmetros bioquímicos e histopatológicos.

Observou-se que a inflorescência de C. nucifera apresenta atividade hipoglicemiante, atuando como protetora na citotoxicidade pancreática.

[ 19 ]

Hipolipemiante

Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto imaturo e maduro (endosperma)

Dose para ensaio: 4 mL/100 g.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos a dieta hipercalórica em associação com água de coco, com posterior análise de parâmetros bioquímicos.

Observou-se que C. nucifera apresenta atividade hipolipemiante, semelhante ao sintético lovastatina.

[ 33 ]
Fruto (óleo)

Associação de óleo de coco (Cerin®) e extrato de Glycyrrhiza uralensis (raiz). Dose para ensaio: 337,6 µL e 37,5 mg/kg, respectivamente.

In vivo:

Em camundongos C57BL/6J submetidos a dieta hipercalórica, com posterior avaliação e quantificação do perfil lipídico (plasmático e hepático intracelular), parâmetros bioquímicos e de expressão de proteica.

A associação de C. nucifera e G. uralensis apresentou atividade hipolipemiante, reduzindo a esteatose hepática, além da ausência de toxicidade.

[ 2 ]
Fruto imaturo e maduro (endosperma)

Dose para ensaio: 4 mL/100 g.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos a dieta hipercalórica em associação com água de coco, com posterior análise de parâmetros bioquímicos e histopatológicos.

Observou-se que C. nucifera apresenta atividade hipolipemiante, sendo esta ação mais potente para o endosperma do fruto maduro.

[ 35 ]
Fruto (endosperma líquido)

Dose para ensaio: 10 mL/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar prenhes, submetidas a dieta hipercalórica associada a ingestão do endosperma vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicemia em jejum, insulina sérica, leptina, perfil lipídico e enzimas hepáticas) e histológicos (fígado, pâncreas e rins).

Observou-se que C. nucifera apresenta atividade hipolipidêmica materna, além de reduzir efeitos adversos no feto, provenientes da dieta rica em lipídeos.

[ 5 ]

Hipolipemiante e Hipoglicemiante

Hipolipemiante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Inflorescência

Extrato hidrometanólico: maceração do material vegetal (fresco) em metanol à 20%. Rendimento: 6,86%. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, com posterior análise de parâmetros bioquímicos séricos e níveis de enzimas antioxidantes.

 O extrato de C. nucifera apresenta atividades hipoglicemiante, hipolipemiante e antioxidante.

[ 23 ]

Inibidora enzimática (β-glucuronidase)

Inibidora enzimática (β-glucuronidase)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma sólido)

Dose para ensaio: 30%. Outra espécie em estudo: Phaseolus mungo.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley suplementados com o material vegetal, com posterior indução de carcinogênese do cólon por 1,2-dimetil-hidrazina (DMH), e análise do ensaio de beta-glucuronidase.

Observou-se que C. nucifera é mais potente que P. mungo, na redução da atividade da enzima beta-glucuronidase, sendo promissora na prevenção do câncer de cólon.

[ 39 ]

Metabolismo ósseo

Metabolismo ósseo
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Extrato seco: liofilização de 5000 mL do material vegetal. Rendimento: 449,03 g. Dose para ensaio: 10 mL/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior avaliação do metabolismo ósseo por densitometria e histomorfometria, em fêmur e tíbia, respectivamente.

Observou-se que o extrato de C. nucifera reduz a perda óssea, atuando positivamente no metabolismo ósseo, contudo não houve alteração na reabsorção óssea.

[ 10 ]

Neuroprotetora

Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto imaturo (endosperma líquido)

Pó. Dose para ensaio: 100 mL/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior avaliação do tecido cerebral por imuno-histoquímica, e quantificação do nível de estradiol sérico.

Observou-se que C. nucifera reduz as lesões cerebrais (como por exemplo, na doença de Alzheimer), causadas pela ovariectomização.

[ 28 ]

Neuroprotetora (aumento de estrogênio)

Neuroprotetora (aumento de estrogênio)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto imaturo (endosperma líquido)

Pó. Dose para ensaio: 100 mL/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior avaliação do tecido cerebral por imuno-histoquímica, e quantificação do nível de estradiol sérico.

Observou-se que C. nucifera apresenta características semelhantes ao estrogênio, além de ação neuroprotetora.

[ 32 ]

Protetora do sistema urinário

Protetora do sistema urinário
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma líquido)

Dose para ensaio: 10%.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a dieta indutora de urolitíase, com posterior análise de parâmetros bioquímicos, oxidativos, histopatológico e expressão proteica.

Observou-se que C. nucifera apresenta ação protetora do sistema urinário, pois reduz a deposição de cristais e o estresse oxidativo.

[ 17 ]

Redutora dos movimentos peristálticos

Redutora dos movimentos peristálticos
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (mesocarpo)

Extrato metanólico: maceração de 20 g do material vegetal (pó) em 300 mL de metanol. Rendimento: 29,1% (p/p). Dose para ensaio: 300 mg/kg. Outras espécies vegetais foram envolvidas neste estudo.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de hiperperistalsia induzida por carvão-goma-acácia, com posterior análise do estômago e intestino delgado.

O extrato de C. nucifera reduziu em 30% os movimentos peristálticos, assim como as espécies Geranium mexicanum, Artemisia absinthium, Matricaria recutita, Caesalpinia pulcherrima, Lygodium venustum, Chenopodium ambrosioides, Aloysia triphylla, Artemisia ludoviciana e Chiranthodendron pentadactylon (100 a 30%).

[ 30 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade e Ação hemolítica

Citotoxicidade e Ação hemolítica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Com e sem incineração. Dose para ensaio: 1 mg/100 mL, e (in vivo): 75 mg/1,5 mL.

In vitro:

Em macrófagos alveolares de porquinhos-da-Índia para teste de citotoxicidade, e atividade hemolítica em sangue de ovelhas.

 

In vivo:

Em porquinhos-da-Índia suplementados com o material vegetal, com posterior avaliação dos tecidos pulmonares, hepático, renal e baço.

Observou-se que C. nucifera (sem incineração) apresentou citotoxicidade e ação hemolítica leves, bem como alterações microscópicas no pulmão e rins, contudo, o processo de incineração intensificou a ação hemolítica da fibra de coco.

[ 44 ]

Citotoxicidade e Genotoxicidade

Citotoxicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: 2,5 g do material vegetal (pó) em 25 mL de clorofórmio, metanol ou água. Concentrações (estoque): 2500 mg/mL (clorofórmio e metanol) e 100 mg/mL (água). Concentrações para ensaio: 0,75 a 75 mg/mL, e 0,78 a 25 mg/mL. Outras espécies em estudo: Anethum graveolens, Carthamus tinctorius, Cocos nucifera, Glycyrrhiza glabra, Melissa officinalis, Nigella arvensis, Pinus pinea, Prunus mahaleb e Zingiber officinale.

In vitro:

Em células renais de rato (NRK-52E) submetidas ao teste MTT e em linhagens de Salmonella typhimurium para o teste de Ames.

 

Observou-se que somente o extrato aquoso das plantas em estudo não apresentou citotoxicidade, contudo, apresentou maior genotoxicidade, quando comparado ao clorofórmico e metanólico.

[ 11 ]

Toxicidade na prole

Toxicidade na prole
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (endosperma sólido)

Óleo.

In vivo:

Em ratas submetidas a dieta com óleo de coco, antes da copulação, durante a gestação, até o desmame, e os filhotes tratados com a mesma dieta materna até 6 semanas de idade.

O óleo de C. nucifera reduziu o peso corporal da prole, além de provocar alterações fenotípicas (“pelos espetados”).

[ 45 ]

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Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Alcoolatura

Componente

Quantidade*

Etanol/água 80%

1000 mL

Mesocarpo fresco

200 g

                                                                  * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Alcoolatura: pesar 200 g do mesocarpo do coco verde fresco, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Infecções virais, principalmente respiratórias e herpes zoster.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Tintura de Echinacea purpurea e tintura de Cocos nucifera

1:1

 
Modo de preparo

Em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas desejadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.

Principais indicações

Infecções virais agudas.

Posologia

Uso oral: tomar 30 gotas, 3 vezes ao dia, por 10 dias.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Casearia sylvestris (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Cocos nucifera (alcoolatura a 10% em etanol 80%)

10 mL

Melissa officinalis (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Ocimum gratissimum (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Creme base não iônico

60 g

 
Modo de preparo

Pesar o creme base e incorporar as tinturas.

Principais indicações

Herpes simples e herpes zóster.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 4 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Mesocarpo seco fragmentado

0,9 a 1,1 g ou uma colher de chá caseira cheia cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Infecções virais, principalmente respiratórias e herpes zoster.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 87-89.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 311.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 367.
4 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 54-55.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos

ácidos láurico, capróico, caprílico, cáprico, mirístico, palmítico, esteárico, araquídico, oleico e linoleico.

Açucares

glucose e levulose.

Aminoácidos

arginina, alanina, cistina e serina.

Compostos fenólicos

Fibras

Flavonoides

Minerais

potássio, magnésio, cálcio e manganês.

Polifenóis

ácidos clorogênico, vanílico, cafeico, ferúlico e cinâmico, quercetina, naringenia, catequina, epicatequina, rutina e cafeato de metila.

Proteínas

Resinas

Taninos

procianidinas.

Vitaminas

ácido ascórbico.

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 97-98.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 245.
3 - BISPO, V. S. et al. Reduction of the dna damages, hepatoprotective effect and antioxidant potential of the coconut water, ascorbic and caffeic acids in oxidative stress mediated by ethanol. An Acad Bras Cienc, v. 89, n. 2, p.1095-1109, 2017. doi: 10.1590/0001-3765201720160581

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável[2].

Contraindicações: 

em para gestantes, lactantes e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[2,3,4].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

estudos demonstraram baixa toxidade de extratos de várias partes do fruto, exceto para o extrato etanólico das raízes. Não há registros de risco a saúde, relacionados ao óleo de coco, pois este também é utilizado como alimento e na produção de medicamentos e/ou cosméticos como ativo ou veículo (solubilizante ou extrator)[1,5].

Interações medicamentosas: : 

não há dados na literatura.

Referências bibliográficas

1 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 201.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 88-89.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 54-55.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 247.
5 - LIMA, E. B. C. et al. Cocos nucifera (L.) (Arecaceae): a phytochemical and pharmacological review. Braz J Med Biol Res, v. 48, n. 11, p.953-964, 2015. doi: 10.1590/1414-431X20154773

Propagação: 

é realizada por frutos-sementes. Prefere solo alcalino, bem drenado e arenoso, clima quente, não suportando geada e frio [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

a produção dos frutos ocorre somente a partir do sexto ano de plantio [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 245.

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