Coriandrum sativum L.

Coentro.

Família 
Informações gerais 

Originária da Região Mediterrânea. No Brasil é cultivada em hortas e jardins domésticos, sendo muito utilizada na culinária, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do país. Suas principais indicações são: antibacteriana, fungicida, expectorante, antiespasmódica, hemostática, carminativa, ansiolítica, digestiva, moderadora do apetite, analgésica e anti-inflamatória[1,2,3,4].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 256-261.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 74.
3 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 174.
4 - CAMARGO, M. T. L. A. As plantas medicinais e o sagrado: a etnofarmacobotânica em uma revisão historiográfica da medicina popular no Brasil. 1 ed. São Paulo: Ícone, 2014. p. 54.
Descrição da espécie 

Planta herbácea ereta, anual, ramificada, aromática, que pode atingir até 1 m de altura, com crescimento rápido, e devendo ser semeada anualmente; folhas compostas, bipinadas ou penatífidas, com segmentos irregulares, as inferiores menos divididas; flores delicadas, brancas ou rosadas, em umbelas terminais, acima da folhagem; frutos em aquênio estriado, com 5 pequenas facetas primárias e achatadas e 4 facetas secundárias proeminentes, com cheiro forte e nauseante lembrando o odor de percevejo (menos desagradável do que das folhas)[1,2].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 257.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 74.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Coentro Brasil Parte aérea

Como coadjuvante na redução de ácido úrico.

Infusão: 1 a 2 colheres (sobremesa) da droga vegetal rasurada, em 1 xícara de água. Deixar em repouso por 20 minutos, e coar.

Tomar 2 xícaras/dia.

Usar com cautela quando associado com hipoglicemiantes, insulina e anticoagulantes. Evitar o uso na gestação e não usar em crianças menores de 2 anos.

[ 1 ]
Cilantro e koriander Colômbia (Zona Tropical) Fruto

Fungicida, Antibacteriana, Antiespasmódica, antiflatulenta, desintoxicante alimentar, Expectorante, Afrodisíaca, problemas digestivos e inapetência.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 2 ]
Cilantro e koriander Colômbia (Zona Tropical) Fruto

Antirreumática e anti-hemorroidária.

Infusão.

Uso externo: na forma de cataplasma.

-

[ 2 ]
Cilantro e koriander Colômbia (Zona Tropical) Fruto

No tratamento de problemas digestivos.

In natura.

Mastigar 3 g dos frutos.

-

[ 2 ]
Cilantro e koriander Colômbia (Zona Tropical) Fruto

No tratamento de queimaduras.

Emplasto: dos frutos ou óleo (dos frutos).

Uso externo.

-

[ 2 ]
Coentro Ceará (Brasil) Planta toda

estomáquica, carminativa, hemostática.

Infusão.

Uso oral.

-

[ 3 ]
Coentro Brasil Folha

Sudorífica, hemostática, carminativa, calmante e moderador do apetite.

-

-

-

[ 4 ]
Coentro Brasil Folha

Antidispéptica.

Infusão: 1 colher (sobremesa) da folha, fruto e semente, e 1 xícara (chá) de água.

Tomar 1 xícara meia hora antes das principais refeições.

-

[ 4 ]
Coentro Brasil Fruto e semente seca

Nos casos de gases intestinais, fermentação excessiva e cólicas gastrointestinais.

Extrato alcoólico: 1 colher (sopa) de fruto e semente seca em 1 xícara de álcool de cereais à 60%.

Tomar 15 gotas diluídas em água 15 minutos antes das principais refeições.

-

[ 4 ]
Danya Comunidades indígenas de Bajaur (Paquistão) Folha e fruto

No tratamento de problemas digestivos, diurética, estimulante e refrescante.

-

-

-

[ 5 ]
Danya Paquistão Folha

Indigestão, febre tifoide, disenteria, hepatite, varíola, náuseas, vômitos, flatulência e sangramento (hemorroidas).

Suco.

-

-

[ 6 ]
Kothumalli (coriander) Aldeia de Thoppampatti no distrito de Dindigul (Tamil Nadu, Índia) Folha e fruto

estimulante, estomáquica, carminativa, Antiespasmódica, diurética e anti-helmíntica.

Suco.

Uso oral.

-

[ 7 ]
Coriander Jordânia Fruto

Coadjuvante no tratamento do diabetes.

-

-

-

[ 8 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 116.
2 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 174.
3 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 110.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 74.
5 - AZIZ, M. A. et al. Traditional uses of medicinal plants reported by the indigenous communities and local herbal practitioners of Bajaur Agency, Federally Administrated Tribal Areas, Pakistan. J Ethnopharmacol, v. 198, p.268-281, 2017. doi: 10.1016/j.jep.2017.01.024
6 - AHMAD, M. et al. Ethnopharmacological survey on medicinal plants used in herbal drinks among the traditional communities of Pakistan. J Ethnopharmacol, v. 184, p.154-186, 2016. doi: 10.1016/j.jep.2016.02.039
7 - SIVASANKARI, B. et al. An ethnobotanical study of indigenous knowledge on medicinal plants used by the village peoples of Thoppampatti, Dindigul district, Tamilnadu, India. J Ethnopharmacol, v. 153, n. 2, p.408-423, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.02.040
8 - OTOOM, S. A. et al. The use of medicinal herbs by diabetic Jordanian patients. J Herb Pharmacolther, v. 6, n. 2, p.31-41, 2006. doi: 10.1080/J157v06n02_03

Ansiolítica e Miorrelaxante

Ansiolítica e Miorrelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: decocção de 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Doses para ensaio: 10, 25, 50 e 100 mg/kg. Rendimento: 7,9% (p/p).

In vivo:

Em ratos albinos submetidos aos testes de labirinto em cruz elevado, de atividade locomotora espontânea e rota-rod.

O extrato aquoso de C. sativum apresenta atividades ansiolítica, sedativa e miorrelaxante.

[ 33 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (maduro)

Extrato: maceração e decocção de 20 g do material vegetal (1:1:1:1) em 50 mL de água. Produto: associação de Aegle marmeloes (fruto verde), Coriandrum sativum, Cyperus rotundus (rizoma) e Vetiveria zinzanioids (raiz). Doses para ensaio: 30 e 40 mL/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de enterocolite induzida por indometacina e colite induzida por ácido acético, com posterior análise macroscópica e microscópica de secções do sistema gastrointestinal (estômago ao ânus).

O produto em estudo apresentou atividade anti-inflamatória em modelo animal de doença inflamatória intestinal (DII).

[ 34 ]
Folha

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol à 70%. Rendimento: 4,0%. Dose para ensaio: 200 µL (0,5 e 1%).

In vivo:

Em ratos submetidos a lesões cutâneas do tipo dermatite de contato induzidas por 2,4-dinitroclorobenzeno, com posterior análise de parâmetros clínicos, comportamentais, histológicos, bioquímicos (IgE, TNF-α, IFN-γ, IL-1, IL-4, IL-13, e GSH) e de expressão proteica.

Observou-se que C. sativum reduziu as lesões cutâneas, dose-dependente, pois apresenta ação anti-inflamatória, além de estimular a liberação de GSH.

[ 12 ]
Folha e caule

Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 95% (25 mL/g de pó). Rendimento: 11,76% (folha) e 11,97% (caule).

In vivo:

Em macrófagos RAW 264.7 tratadas com o extrato vegetl e LPS, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT), da produção de óxido nítrico (NO), prostaglandina E2, expressão proteica (iNOS, COX-2, IL-1β, IkB-α, p65 e NF-kB).

Observou-se que ambos os extratos de C. sativum apresentam atividade anti-inflamatória, modulando a ativação de NF-kB e a via MAPK.

[ 25 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Extrato: 1000 g do material vegetal (seco) em 3,5 L de diclorometano. Fração de acetato de etila: rendimento de 61%. Doses para ensaio: 30, 100 e 300 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos aos testes de campo aberto, contorções abdominais induzidas por ácido acético, edema de pata induzido por carragenina, formalina e capsaicina.

A fração de acetato de etila de C. sativum apresentou atividades antinociceptiva e anti-inflamatória, principalmente nas doses de 100 e 300 mg/kg.

[ 3 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 70 g do material vegetal (pó, cru ou torrado) em 400 mL de hexano e 400 mL de metanol. Rendimento: cru, 6g (hexano) e 8 g (metanol), torrado, 10,3 g (hexano) e 5 g (metanol).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do ensaio MTT, anti-inflamatória pelo ensaio de inibição das enzimas COX-1 e 2, antitumoral em células humanas de carcinoma gástrico (AGS), próstata (DU-145 e LNCaP), do cólon (HCT-116), de mama (MCF-7) e de pulmão (NCI-H460) e a inibição da peroxidação lipídica.

 

Observou-se que os extratos de C. sativum apresentam atividades antioxidante e anti-inflamatória, independente do processo de torrefação, contudo, não houve atividade citotóxica significativa.

[ 44 ]

Antiartrítica

Antiartrítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: maceração a frio do material vegetal (pó) em 50% (v/v) de metanol. Rendimento: 13,86% (p/p). Doses para ensaio: 8, 16 e 32 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos portadores de artrite induzida por formaldeído e adjuvante completo de Freund (CFA), com posterior análise de parâmetros bioquímico (TNF-α), histológico e imuno-histoquímico (TNF-R1, IL-1β e IL-6).

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividade antiartrítica, reduzindo o edema e modulando a expressão de citocinas pró-inflamatórias.

[ 19 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Óleo essencial.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureus (MSSA e MRSA), Streptococcus viridans, S. pyogenes, Enterococcus faecalis, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae submetidas a técnica de macrodiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (MIC) e a concentração bactericida mínima (MBC).

 

Observou-se que o óleo essencial de C. sativum apresenta atividade antibacteriana, principalmente para S. pyogenes e S. aureus.

[ 1 ]
-

Óleo essencial. Outra espécie em estudo: Thymus vulgaris.

In vitro:

Em cepas de Escherichia coli, Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, Enterrococcus spp. submetidas ao teste de microdiluição para determinar a concentração inibitória mínima (MIC) e bactericida mínima (CBM), e em Candida albicans submetida ao teste de difusão (disco e poço) e microdiluição para determinar a concentração fungicida mínima (CFM). Avaliar a ação contra biofilme artificial (S. aureus).

Ensaio de toxicidade em Artemia salina.

 

A atividade antibacteriana foi mais potente para o óleo essencial de C. sativum, enquanto que a antifúngica foi para a espécie T. vulgaris.

[ 10 ]
Fruto

Extrato: decocção de 10 g do material vegetal em 100 mL de água. Outras espécies em estudo: Pimpinella anisium (fruto), Piper nigrum (fruto) e Laurus mobilis (folha).

In vitro:

Em cepas de Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Bacilus subtilis, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis e Pseudomonas aeruginosa submetidos ao teste disco-difusão em ágar, com posterior análise do diâmetro médio da zona de inibição.

 

Observou-se que C. sativum, bem como as outras espécies em estudo, apresentaram atividade antibacteriana, exceto para a linhagem de P. aeruginosa.

[ 48 ]

Antibacteriana e Antioxidante

Antibacteriana e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e semente

Óleo essencial: hidrodestilação. Rendimento: 0,42% (folha) e 0,73% (semente). Outras espécies em estudo: Allium cepa (bulbo), A. sativum (bulbo), Brassica nigra (semente), Cuminum cyminum (semente), Curcuma longa (rizoma), Laurus nobilis (folha), Piper nigrum (semente) e Zingiber officinale (rizoma).

In vitro:

Em cepas de Bacillus cereus, Listeria monocytogenes, Micrococcus luteus, Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Salmonella typhimurium incubadas com os extratos vegetais isolados ou em associação, com posterior ensaios antibacterianos (diâmetro do halo de inibição, concentração inibitória mínima, índice da concentração inibitória fracionada e tempo-morte bacteriana), antioxidante (radical DPPH) e de citotoxicidade (Artemia salina e ensaios MTT em células normais de cólon humano).

 

Observou-se que a associação do óleo das sementes de C. sativum e C. cyminum apresentou atividades antibacteriana e antioxidante mais potentes, além da ausência de efeitos citotóxicos.

[ 9 ]

Antiespasmódica e Hipotensora

Antiespasmódica e Hipotensora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 1,9 kg do material vegetal (pó) em água/metanol (70%). Rendimento: 9,68%.

In vitro:

Em íleo e átrio de porquinhos-da-Índia, e em jejuno e aorta de coelhos submetidos a análise de contratilidade muscular.

 

In vivo:

Em ratos submetidos a análise da pressão arterial, efeito diurético e toxicidade aguda.

Observou-se que o extrato aquoso das sementes de C. sativum apresenta atividades antiespasmódica e hipotensora, além da ausência de efeitos tóxicos.

[ 29 ]

Antifertilidade

Antifertilidade
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato aquoso: por decocção. Doses para ensaio: 250 e 500 mg.

In vivo:

Em ratas tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da fase reprodutiva, atividade anti-implantação (corpos lúteos, locais de implantação e fetos vivos), efeito abortivo, teratogenicidade, nível sérico de progesterona e histologia uterina.

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividade antifertilidade, pois reduz o nível de progesterona, contudo, não ocasionou alterações fetais.

[ 40 ]

Antifotoenvelhecimento

Antifotoenvelhecimento
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 500 g do material vegetal em 5 L de etanol à 70%. Rendimento: 4,0%. Concentração para ensaio (in vitro): 20 µL; e (in vivo): 400 µL (0,5 e 1%).

In vitro:

Em fibroblastos de pele humana (NHDF) submetidos a radiação ultravioleta (UVB), com posterior determinação da concentração de espécies reativas de oxigênio (EROs), pró-colágeno tipo 1 (PINP) e metaloproteinase (MMP-1), e ensaio MTT.

 

In vivo:

Em ratos sem pelos (HR-1) submetidos ao fotoenvelhecimento induzido por radiação ultravioleta (UVB), com posterior análises histológica e de expressão proteica.

Observou-se que C. sativum tem atividade antifotoenvelhecimento cutâneo, pois estimula a produção de colágeno e reduz a ação das enzimas MMP-1.

[ 11 ]

Antifúngica

Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial.

In vitro:

Em cepas de Candida spp. para investigar a atividade antifúngica do óleo vegetal (CIM, CFM e CIM/CFM), e o mecanismo de ação através da interação sorbitol e ergosterol, integridade celular (por microscopia eletrônica), adesão em biofilmes e ação proteolítica, e a citotoxicidade em células HeLa.

 

Observou-se que o óleo essencial de C. sativum apresenta atividade antifúngica, com baixa citotoxicidade em células humanas.

[ 45 ]

Óleo essencial: hidrodestilação.

In vitro:

Bioensaio de letalidade em Artemia salina.

Em cepas de Microsporum canis e Candida spp. submetidas ao método de difusão em água e microdiluição em água para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM).

 

Observou-se que o óleo essencial de C. sativum apresente atividade antifúngica e baixa toxicidade (CL50 = 23 µg/mL).

[ 16 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureus resistente ou não à meticilina, S. epidermidis, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (MIC) do óleo vegetal, e da associação com antibióticos comerciais (oxacilina, amoxicilina, gentamicina, ciprofloxacino e tetraciclina).

 

Observou-se que o óleo essencial de C. sativum apresenta atividade antimicrobiana, e ação sinergética promissora quando em associação aos antibióticos comerciais, reduzindo a CIM dos mesmos e revertendo a resistência bacteriana.

[ 41 ]

Antimicrobiana e Antitumoral

Antimicrobiana e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Mirtus comunis, Pelargonium capitatum, Cuminus cyminum, Ocimum basilicum, Citrus aurantium amara, Cymbopogon winterianus, Cymbopogon martini, Salvia sclarea, Melaleuca alternifolia e Mentha suaveolens.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus epidermidis, S. aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumanii, Escherichia coli, Candida albicans submetidas aos testes de disco-difusão em ágar, microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (MIC), a concentração inibitória fraciona (CIF) quando em associação à gentamicina e fluconazol, e teste de citotoxicidade em células HeLa.

 

Observou-se que o óleo essencial de C. sativum apresentou sinergismo quando associado ao antibiótico e antifúngico comerciais, além da ação citotóxica em células HeLa.

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 5 kg do material vegetal em água. Rendimento: 6,99%. Dose para ensaio: 0,25% em água.

In vivo:

Em ratos ddY submetidos a ingestão de elementos químicos, zinco, ferro, cobre, arsênio e cádmio, presentes na água, com posterior extirpação renal e hepática, para avaliar as concentrações de metais pesados, por Espectroscopia de Emissão Atômica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-AES) e a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) após tratamento com peróxido de hidrogênio (H2O2).

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividade antioxidante, principalmente renal, pois reduz os níveis de metais pesados e estresse oxidativo.

[ 2 ]
Semente

Pó. Dose para ensaio: 10%.

In vivo:

Em ratas Sprague-Dawley submetidas a dieta hipercalórica, com posterior análise da peroxidação lipídica, concentrações de MDA, hidroperóxidos, ácidos graxos livres e enzimáticas (SOD, CAT e GSH-Px).

Observou-se que a suplementação com pó de C. sativum apresenta atividade protetora da da formação de radicais livres.

[ 37 ]
Fruto

Extrato: 2,5 g do material vegetal (pó) em 45 mL de água. Outra espécie em estudo: Sinapis alba (semente). Concentrações para ensaio: 10 e 40 µL/mL.

In vitro:

Em células mioblásticas esqueléticas (C2C12) de camundongos, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros antioxidativos endógenos (GSR, GPx, SOD, GSH, GSSG e TBARS), peroxidação lipídica (oxiesteróis) e de expressão gênica.

 

Observou-se o extrato de C. sativum apresenta atividade antioxidante endógena mais potente, favorecendo assim, a diferenciação miogênica.

[ 8 ]
Folha e semente

Extrato: 0,5 do material vegetal (seco) em etanol à 95%.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de hepatotoxicidade induzida por tioacetamida (TAA), com posterior análise de parâmetros bioquímicos sorológicos (ALT, AST e ALP) e hepáticos (NO, TBARS, peroxidação lipídica e MPO), e investigação histopatológica.

Observou-se que o extrato das folhas de C. sativum apresenta atividade antioxidante mais potente, se comparado ao da semente.

[ 15 ]
Folha

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol à 70%. Rendimento: 4,0 %. Concentrações para ensaio: 20 a 500 µg/mL.

In vitro:

Em queratócitos humanos HaCaT incubados com peróxido de hidrogênio e tratadas com o extrato vegetal, com posterior realização do ensaio MTT, quantificação intracelular de espécies reativas de oxigênio (EROs), SOD, CAT, GSH e análise de expressão proteica (Nrf2).

 

Observou-se que o extrato de C. sativum tem atividade antioxidante, reduzindo o estresse oxidativo celular.

[ 47 ]
Parte aérea e semente

Extrato: material vegetal (pó) em metanol:água. Outras espécies em estudo: Spinacia oleracea, Trigonella corniculata e T. foenum-graecum.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos ensaios de auto-oxidação de β-caroteno, reação acoplada ao ácido linoleico, radical DPPH e quantificação de compostos fenólicos totais.

 

Observou-se que a parte aérea das espécies em estudo apresentaram atividade antioxidante mais potente, quando comparado às sementes, contudo o processo de aquecimento reduz os compostos fenólicos e a capacidade sequestradora de radicais livres.

[ 49 ]
Fruto

Extrato: decocção de 1 kg do material vegetal (pó) em 5 L de água. Rendimento: 108,69 g. Outras espécies em estudo: Carum carvi, Cuminum cyminum, Anethum graveolens e Foeniculum vulgare.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de eliminação de superóxido (riboflavina), peroxidação lipídica (TBARS) e capacidade de eliminação do radical hidroxila (método de desoxirribose).

 

Observou-se que as espécies em estudo apresentam atividade antioxidante potente, comparável ao ácido ascórbico.

[ 50 ]
Fruto

Óleo essencial. Dose para ensaio: 0,03 g/kg. Outra espécie em estudo: Carum carvi.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de eliminação de radicais livres (H2O2 e DPPH) e determinação da peroxidação lipídica.

 

In vivo:

Em camundongos NMRI portadores de hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono (CCl4), com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos (AST e ALT) e hepáticos (GSH, Px, CAT, GSH-Px, XOD e LPx).

As espécies em estudo apresentaram atividade antioxidante, contudo, C. sativum demonstrou ação pró-oxidativa nos teses in vitro.

[ 24 ]
Semente

Pó. Concentrações para ensaio: 5 e 10%, incorporado na dieta.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao estresse oxidativo induzido por dimetil-hidrazina, suplementados com o pó vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos em homogenato hepático (peroxidação lipídica, MDA, GSH, SOD, CAT, glicose-6-fosfato desidrogenase).

Observou-se que o pó das sementes de C. sativum apresenta atividade antioxidante, reduzindo o estresse oxidativo tecidual.

[ 26 ]
Semente

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Rendimento: 5,9% (p/p). Doses para ensaio: 300 e 600 mg/kg. Extrato 200 g do material vegetal (pó) em 800 mL de etanol. Rendimento: 9,8%. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a intoxicação por nitrato de chumbo Pb(NO3)2, com posterior análise de parâmetros bioquímicos do homogenato testicular (LPO, MDA, SOD, CAT, GSH, AST, ALT, ACP, ALP, proteína total e colesterol), determinar o nível de testosterona e do metal tecidual, a densidade espermática e ensaio histológico.

O extrato de C. sativum apresenta atividade antioxidante, reduzindo os danos tecidual provocados por chumbo.

[ 28 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz, Folha e caule

Extrato: 20 g material vegetal (raiz em pó) em 100 mL de hexano (1:5 p/v), e 120 g do material vegetal (folha e caule em pó) em 600 mL de hexano. Frações: diclorometano, acetato de etila, metanol e água.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos radicais FRAP e DPPH.

Em células de câncer de mama (MCF-7) submetidas ao teste MTT, quantificação enzimática (CAT, SOD, GPx e caspase-3), análise das diferentes fases do ciclo celular, proliferação e migração induzidas por peróxido de hidrogênio (H2O2).

Em fibroblastos de camundongos T3-L1 incubados com peróxido de hidrogênio (H2O2), e submetidos ao ensaio do Cometa.

 

Observou-se que C. sativum apresenta atividades antitumoral e antioxidante, principalmente, o extrato de acetato de etila da raiz.

[ 46 ]

Antioxidante e Cardioprotetora

Antioxidante e Cardioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 50 mL de metanol. Concentrações para ensaio (in vitro): 20, 40, 60, 80 e 100 μg/mL; e 100, 500 e 1000 μg/mL. Outras espécies em estudo: Rauvolfia serpentina (raiz), Terminalia arjuna (casca), Elettaria cardamom (semente), Pipper nigrum (folha), Allium sativum (fruto) e Crataegus oxyacantha (fruto).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH, de danos ao DNA induzidos por peróxido de hidrogênio (H2O2) e perfil metabolômico.

 

In vivo:

Em 18 cães submetidos à ligação permanente da artéria coronária descendente anterior esquerda (LADCA), e indução de infarto do miocárdio, com posterior avaliação de parâmetros hemodinâmicos e bioquímicos.

Os extratos vegetais apresentaram atividade antioxidante, dose-dependente, e a combinação dos extratos de R. serpentina, A. sativum, T. arjuna, C. oxyacantha e C. sativum apresentou ação cardiprotetora significativa.

[ 4 ]

Antioxidante e Hipoglicemiante

Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Pó. Dose para ensaio (in vivo): 10 g/100 g. Extrato: decocção 1 g do material vegetal (pó) em 40 mL de água (in vitro).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante pela quantificação de compostos fenólicos e flavonoides, eliminação de radicais hidroxila (OH-) e ânion superóxido (O2●-), formação do complexo Fe3+/Fe2+ e radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, com posterior análise de parâmetros bioquímicos e oxidativos (TBARS, LHP, PC, vitaminas A e E, GSH, SOD, CAT, GPx e GST), e histologia das ilhotas pancreáticas.

Observou-se que as sementes de C. sativum apresentam atividades hipoglicêmica e antioxidante potente.

[ 22 ]

Antioxidante e Quelante

Antioxidante e Quelante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato hidroalcoólico. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao estresse oxidativo induzido por acetato de chumbo, com posterior análise de parâmetros bioquímicos cerebrais (cerebelo, hipocampo, córtex frontal e tronco cerebral) e hematológicos (ROS, peroxidação lipídica, proteína carbonil, concentração de metais e ácido desamino-aminolevulínico desidratase).

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividades quelante e antioxidante, principalmente na dose de 500 mg/kg.

[ 14 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Pó. Dose para ensaio: 10%.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de câncer de cólon induzido por hidrazina, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (colesterol total e fosfolipídeos) e das fezes.

A ingestão do pó de C. sativum reduz os níveis de colesterol, aumenta os de fosfolipídeos e de ácido biliares, protegendo e mantendo a funcionalidade da membrana.

[ 36 ]
Fruto

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 50 a 1000 µg/mL. Outra espécie em estudo: Lavandula angustifolia (parte aérea).

In vitro:

Em células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com os óleos vegetais, submetidas ao teste MTT e análise de expressão proteica (ADCY1 e ERK).

Em cultura de neurônios primários corticais de ratos Wistar, incubados com os óleos vegetais, com posterior análise da eletrofisiologia celular.

 

Os óleos essenciais em estudo apresentam citotoxicidade para SH-SY5Y e influenciam o disparo neuronal, contudo, somente L. angustifolia aumenta a expressão de ADCY1 e ERK.

[ 42 ]

Cardioprotetora

Cardioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em metanol:água (80:20 v/v). Rendimento: 8,3 g (p/p). Doses para ensaio: 100, 200 e 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a cardiotoxicidade induzida por isoproterenol, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos (CK-MB, LDH, AST, ALT, ácido úrico, TG, TC, HDL, LDL e VLDL), cardíacos (SOD, CAT, GPx, GST, GSH, vitamina E e C, proteínas totais, peroxidação lipídica e ATPases) e ensaios macroscópicos e microscópicos do tecido.

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividade cardioprotetora, prevenindo o infarto do miocárdio, principalmente nas doses de 200 e 300 mg/kg.

[ 17 ]

Diurética

Diurética
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: decocção de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Rendimento: 10% (p/p). Doses para ensaio: 40 e 100 mg/kg (endovenoso).

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a infusão intravenosa contínua (veia femoral) do extrato vegetal, com posterior determinação da concentração de creatinina (plasma e urina), dos dos níveis de excreção de água e eletrólitos, e da taxa de filtração glomerular.

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividade diurética, dose-dependente.

[ 32 ]

Hepatoprotetora e Agente quelante

Hepatoprotetora e Agente quelante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Extrato: maceração de 30 g do material vegetal (pó) em 300 mL de metanol. Frações: em hexano e clorofórmio. Concentrações para ensaio (in vitro): 10, 50, 250, 500 e 1,000 µg/mL, e dose para ensaio (in vivo): 50 mg/kg.

In vitro:

Ensaio de toxicidade em Artemia salina.

 

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a intoxicação por acetato de chumbo, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (hematócrito, hemoglobina e concentração de chumbo), histológicos e morfológicos hepáticos.

O extrato metanólico e as frações de C. sativum apresentam atividade quelante, atuando como agente hepatoprotetor, além da ausência de toxicidade.

[ 5 ]

Hepatoprotetora e Antioxidante

Hepatoprotetora e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 250 g do material vegetal (pó) em etanol/água (7:3). Rendimento: 25%. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a hepatotoxicidade aguda induzida por tetracloreto de carbono (CCl4), com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST e ALT) e hepáticos (enzimas CAT, SOD e GPx, MDA, GOT, GPT, ALP, ACP, proteína total e peroxidação lipídica), e análise histológica.

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividades antioxidante e hepatoprotetora, principalmente, na dose de 200 mg/kg.

[ 30 ]

Hepatoprotetora e Hipoglicemiante

Hepatoprotetora e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Extrato hidroalcoólico: 450 g do material vegetal (fresco) em etanol à 80%, posteriormente 18 g foi suspendido em água e extraído com 150 mL de acetato de etila. Rendimento: 6,5 g (folha) e 4,4 g (caule). Doses para ensaio: 100, 250, 500 e 750 mg, e 200 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana, e ratos albinos saudáveis, ambos tratados com o extrato vegetal, com posterior análise se parâmetros bioquímicos sorológicos (TG, CT, HDL, LDL e peroxidação lipídica) e hepáticos (CAT, SOD, MDA e GSH-px).

Observou-se que ambos os extratos de C. sativum (folha e caule) apresentam atividades hepatoprotetora, hipoglicemiante e antioxidante.

[ 18 ]

Hipnótica

Hipnótica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato hidroalcoólico. Frações: aquosa, de acetato de etila e n-butanol. Doses para ensaio: 50, 100, 200 e 400 mg/kg, e 100, 200, 400, 800 e 1600 mg/L.

In vitro:

Em células PC12 para avaliar a citotoxicidade.

 

In vivo:

Em ratos submetidos a avaliação da duração do sono após tratamento com fenobarbital e extrato vegetal.

Observou-se que o extrato e as frações de C. sativum apresentam ação hipnótica, principalmente a fração de n-butanol, além da ausência de neurotoxicidade.

[ 20 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Pó: dose para ensaio 62,5 g/kg inserido na dieta. Extrato aquoso: 1 g do material vegetal em 40 mL de água, dose para ensaio 2,5 g/L inserido na dieta.

In vitro:

Avaliar o transporte e metabolismo da glicose em tecido muscular de ratos, e a secreção em células BRIN-BD11.

 

In vivo:

Em ratos portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, e suplementados com o pó vegetal.

Observou-se que C. sativum apresenta atividade hipoglicemiante, estimulando a liberação de insulina e a absorção de glicose no metabolismo muscular.

[ 38 ]
Semente

Pó: 6,25% adicionados na dieta. Extrato: 1 g do material vegetal em 400 mL de água. Outras espécies em estudo: Medicago sativa, Agrimonia eupatoria, Rubus fructicosus, Chelindonium majus, Eucalyptus globulus, Alchemilla vulgaris e Convallaria majalis, Juniperus communis, Allium sativum e Glycyrrhiza glabra.

In vivo:

Em ratos portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, com posterior análise dos níveis de glicose e insulina.

Observou-se que as espécies C. sativum, A. eupatoria, M. sativa, E. globulus e J. communis apresentaram atividade hipoglicemiante significativa.

[ 39 ]
Parte aérea

Extrato aquoso. Doses para ensaio (in vivo): 100, 300 e 500 mg/kg.

In vitro:

Avaliar a ligação do extrato vegetal à enzima α-glucosidase de Saccharomyces cerevisiae.

 

In vivo:

Em ratos normoglicêmicos tratados com o extrato vegetal e submetidos ao teste de tolerância à sacarose.

O extrato de C. sativum apresenta atividade hipoglicêmica, e inibe de forma competitiva a enzima α-glicosidase.

[ 13 ]
Folha

Extrato aquoso. Produto: óleo de gérmen de trigo, Coriandrum sativum e Aloe vera (folha). Concentrações: 1:1:1, 2:2:1 e 1:2:2. Doses para ensaio: 1,0 e 2,0 mL/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de diabetes induzido por aloxana, com posterior análise de parâmetros glicêmicos.

Observou-se que o produto nas concentrações 2:2:1 e 1:2:2, apresentou atividade hipoglicemiante mais potentes, em ratos com diabetes induzido.

[ 27 ]
Semente

Extrato: 60 g do material vegetal (pó) em 300 mL de etanol à 80%. Rendimento: 5g. Doses para ensaio: 100, 200 e 250 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido estreptozotocina, com posterior análise dos níveis glicêmicos e determinação da atividade de liberação da insulina pancreática.

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividade hipoglicemiante, estimulando a excreção de insulina pelas células β pancreáticas.

[ 31 ]

Hipolipemiante e Hipoglicemiante

Hipolipemiante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato aquoso: decocção de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Rendimento: 10% (p/p). Dose para ensaio: 20 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Shawi Meriones normais ou portadores de obesidade, hiperglicemia e hiperlipidemia submetidos ao tratamento com o extrato vegetal, em dose oral única e diária durante 30 dias (subcrônico), com posterior análise de parâmetros bioquímicos.

O tratamento subcrônico com o extrato de C. sativum apresentou atividades hipoglicemiante, hipolipemiante e cardioprotetora.

[ 21 ]

Imunoestimulante

Imunoestimulante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 30, 125 e 500 µg/mL.

In vitro:

Em células RAW 264.7 incubadas com o extrato vegetal, com posterior avaliação dos níveis do fator de necrose tumoral (TNF-α), interleucina-6 (IL-6) e óxido nítrico (NO), ensaios de expressão gênica, fagocitose, immunoblot e inibição do receptor TLR4.

Em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c incubados com extrato vegetal, com posterior análise da concentração de citocinas por ensaio imunoenzimático.

 

O extrato aquoso das sementes de C. sativum apresentou atividade imunoestimulante, pois aumentou os níveis de TNF-α, IL-6, citocinas, NO, além de regular positivamente o receptor TLR4 e estimular a atividade fagocitária dos macrófagos.

[ 7 ]

Neurotônica

Neurotônica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

In natura: 5, 10 e 15% (p/p) adicionado na dieta.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss jovens ou não, submetidos a dieta contendo folhas de C. sativum, e ao déficit de memória induzido por escopolamina e diazepam, com posterior, realização dos testes de labirinto em cruz elevado, atividade locomotora, esquiva passiva, quantificação de colesterol total sérico e atividade da colinesterase cerebral.

Observou-se que C. sativum reduz o nível de colesterol e a atividade da enzima colinesterase, aumentando a concentração de acetilcolina cerebral, e melhorando a memória, dose-dependente.

[ 23 ]

Quelante

Quelante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato (in vivo): 1,34 g do material vegetal (fresco) em água, e (in vitro): 1 g do material vegetal em 2 mL de água, metanol ou acetato de etila.

In vitro:

Determinar a atividade a enzima delta aminolevulínico desidratase (ALAD).

 

In vivo:

Em camundongos ICR sumetidos a intoxicação por chumbo em água, com posterior análise dos níveis do metal no sangue e nos tecidos (rim, fígado e fêmur), e quantificação do ácido delta aminolevulínico (ALA) na urina.

Observou-se que o extrato de C. sativum apresenta atividade quelante, in vivo, reduzindo os níveis de chumbo tecidual e de ALA na urina, enquanto que, in vitro, a reversão da atividade de ALAD, foi mais potente para o extrato metanólico.

[ 35 ]

Sistema metabólico

Sistema metabólico
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 80 mg do material vegetal em 10 mL de água. Concentração: 8 mg/mL.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a Terapia de vibração corporal (WBC), para avaliar a biodistribuição do pertecnetato de sódio em biomarcadores plasmáticos, na massa corporal, consumo de alimentos e consistência das fezes.

Observou-se que suplementação de C. sativum associada a vibração corporal, aumentou o consumo de alimentos, contudo não alterou a massa corporal, além de normalizar a consistência das fezes.

[ 6 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade e Mutagenicidade

Citotoxicidade e Mutagenicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 0,4 a 8 µg/mL.

In vitro:

Em células renais epiteliais humana (293Q) e células hepáticas epiteliais humana (WRL-68) submetidas ao teste de sobrevivência celular; em linhagens de Salmonella typhimurium para o teste de Ames, e análise do ciclo celular em ovos de galinha férteis.

 

O extrato aquoso de C. sativum demonstrou toxicidade celular (renal e hepática), dose-dependente, mutagenicidade e alteração embrionária.

[ 54 ]

Mutagenicidade

Mutagenicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Pó. Outras espécies em estudo: Myristica jaragrans, Carthamus tinctodus, Carum carvi, Rhus codada, Anisum vulgare, Piper nigrum, Elettaria cardamomum, Cuminum cyminum e Nigella sativum.

In vitro:

Em linhagens de Salmonella typhimudum submetidas ao teste de Ames.

 

Observou-se ausência de mutagenicidade significativa, para todas as espécies vegetais em estudo.

[ 55 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Óleo essencial. Doses para ensaio: 500, 1000, 1500, 2000, 2500, 3000, 3500 e 4000 mg/kg.

In vivo:

Em 5 ratas albinas submetidas ao teste de toxicidade aguda.

O óleo da semente de C. sativum na dose de 4000 mg/kg provocou a morte de metade dos animais em estudo.

[ 51 ]

Toxicidade aguda e subcrônica

Toxicidade aguda e subcrônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: maceração a frio do material vegetal (pó) em 50% (v/v) de metanol. Rendimento: 13,86% (p/p). Dose para ensaio: 2000 mg/kg, e 160 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos aos testes de toxicidade aguda e subcrônica.

O extrato de C. sativum não provocou alterações comportamentais e fisiológicas, significativas, sendo considerado seguro.

[ 52 ]

Toxicidade subcrônica

Toxicidade subcrônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

In natura: 5, 10 e 15% (p/p) inseridos na dieta.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade após ingestão das folhas de C. sativum por 45 dias consecutivos.

Não houve alterações comportamentais, corporais, hematológicas, bioquímicas e histopatológicas.

[ 53 ]

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Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos

linoleico, mirístico, miristoleico, oleico, palmítico, palmitoleico, petroselínico e esteárico.

Fitosteróis

estigmasterol, α e β-sitosterol.

Flavonoides

quercetina e isoramnetina-3-O-glicosídeo, apigenina e apigenina-6-glicosídeo, rutina e campferol.

Furanocumarinas

di-hidrocoriandrina e coriandrina.

Hidroxicumarinas

umbelliferona e escopoletina.

Mucilagens

Óleos essenciais

linalol, coriandrol, borneol, canfeno, geraniol, Δ, α e β-pineno, p-cimeno, limoneno, mirceno, terpineno, terpinen-4-ol, n-decanal, (E)-2-decenal, (E)-2-dodecenol, 3 (E)-2-tridecenol, γ-cadineno, (Z)-myroxideo, 2,6-octadien-1-ol, 3,7-dimetil-acetato (E), 3-ciclohexeno-1-metanol, α, α, 4-trimetil, ácido hexdecanóico e tetradecanóico, acetato de geranil, nerilo e citronelilo, undecanal, alcanfor, eugenol, ácidos linolênico, linoleico e palmítico, ciclododecanol, tetradecanal, 2-dodecenal, 1-decanol, 13-tetradecenal, 1-dodecanol, dodecanal,1-undecanol, decanal e (E, E)-2,4-undecadienal, α e β-felandreno, β-cis-ocimeno, sabineno, (E)-β-terpinoleno, (S)-verbenona, β-citral e β-cariofileno.

Outras substâncias

pectinas, ácidos acético, oxálico, ferúlico e gálico.

Sais minerais

cálcio e fósforo.

Taninos

Vitaminas

acetato de retinol, ácido ascórbico e tocoferol.

Referências bibliográficas

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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2002
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável.

Contraindicações: 

em crianças menores de 2 anos, gestantes e lactantes[1,2,3].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

doses elevadas podem provocar narcolepsia e vertigens. O óleo essencial pode provocar alergias cutâneas ou dermatites de contato, devido a presença de furanocumarinas. Possui baixo potencial de sensibilização[1,2,4].

Interações medicamentosas: 

cautela ao associar com hipoglicemiantes, insulina e anticoagulantes[2].

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 259-260.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 116.
3 - ______. Coriandrum sativum. Reprotox, 09 de jan de 2024. Disponível em: <https://reprotox.org/member/agents/24099>. Acesso em: 03 de jun. de 2024.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 222.

Propagação: 

por sementes. Semear em local ensolarado, em solo bem preparado, drenado e afofado [ 1 ] .

Colheita: 

colhe-se as umbelas quando 50 a 60% dos frutos de uma mesma umbela passarem da cor verde escura para a cor amarela ou castanha [ 2 ] .

Problemas & Soluções: 

o ciclo da planta é muito rápido, sendo que em poucos dias as plantas já estão emitindo as inflorescências, que logo se transformam em frutos. Não tolera frio [ 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 257.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 74.

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