Curcuma zedoaria (Christm) Roscoe

Zedoária e falso-açafrão.

Família 
Informações gerais 

Originária da Ásia, especificamente na Índia, China e Japão, também é encontrada nas Molucas, Filipinas e Nova Guiné. Muito bem aclimatada no Brasil. Suas principais indicações são: estomáquica, anti-inflamatória, antidispéptica, antiespasmódica, imunoestimulante, hepatoprotetora, hipolipemiante, antifúngica, antisséptica, analgésica, cicatrizante, expectorante, antitussígena e antitumoral[1,2,3,4,5,6].

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 83-85.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 65-66.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 104-105.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 543.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 292-295.
6 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 846-847.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, perene, caducifólia, rizomatosa, entouceirada, com 30 a 60 cm de altura; possui rizoma principal denominado de "cabeça" o qual é periforme, arrendondado e ovoide, ao redor deste formam-se ramificações secundárias denominadas de "dedos", sendo estas compridas, também tuberizadas, com sabor e aroma suavemente canforáceo; as folhas são dispostas verticalmente em tufos, possuem pecíolos tão compridos como o limbo, oblíquo-lanceoladas reunidas na base, glabras, com uma mancha longitudinal de cor vinho no centro da folha, a lâmina foliar possui 60 cm de comprimento e 8 a 10 cm de largura; inflorescências eretas, espigadas, mais curtas que a folhagem, medindo de 7,5 a 12,5 cm de comprimento e 5 a 7,5 cm de largura, com flores pequenas e amarelas, brácteas côncavas vede-pálidas, enquanto que as superiores apresentam coloração rósea; o fruto é oval, fino, liso, em forma de cápsula com abertura irregular; sementes elípticas, com arilo de branco[1,2,3,4]

Referências descrição da espécie
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 543.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 83.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 292.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 846.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Zedoária Brasil Rizoma

No tratamento de colite e gases intestinais.

Cápsula: contendo 500 mg da droga vegetal em pó.

Ingerir de 1 a 2 cápsulas com 1 xícara d’água, até 4 vezes ao dia, 30 minutos antes das refeições.

Usar com cautela em pacientes com litíase biliar, na associação com anticoagulantes, anti-inflamatórios não esteroidais, corticoides, hipoglicemiantes e verapamil. Pode causar ansiedade quando em uso excessivo. Evitar o uso na gestação e lactação.

[ 1 ]
Zedoária e falso-açafrão Brasil Rizoma

Estomáquica.

Chá normal: 1 colher (das de chá) de rizoma fatiado em 1 xícara de água fervente.

Tomar o conteúdo em jejum e antes das principais refeições.

Contraindicado nos 3 primeiros meses de gestação e pessoas hipersensíveis a esta planta não deve usar esta preparação.

[ 2 ]
Zedoária e falso-açafrão Brasil Rizoma

No tratamento de afecções pulmonares.

Chá forte: adicionar uma maior quantidade de rizoma fatiado em 1 xícara de água fervente, e adoçar com mel.

 Tomar 1 colher (das de sopa), de 2 a 3 vezes ao dia. Para crianças deve-se reduzir a dose pela metade.

Contraindicado nos 3 primeiros meses de gestação e pessoas hipersensíveis a esta planta não deve usar esta preparação.

[ 2 ]
Zedoária e falso-açafrão Brasil Rizoma

No tratamento de sarnas, piolhos, escaras e picada de insetos.

Extrato ácido: maceração por 3 dias, de 2 colheres (das de sopa) de rizoma fatiado, em 1 xícara (das de chá) de vinagre branco.

Uso externo.

Contraindicado nos 3 primeiros meses de gestação e pessoas hipersensíveis a esta planta não deve usar esta preparação.

[ 2 ]
Zedoária e falso-açafrão Brasil Rizoma

digestiva, hipocolesterolemiante, carminativa e contra a halitose.

Extrato alcoólico.

Uso interno.

Contraindicado nos 3 primeiros meses de gestação e pessoas hipersensíveis a esta planta não deve usar esta preparação.

[ 2 ]
Temu kuning e temu puth Malásia Rizoma

Tônica e digestiva.

Decocção.

-

-

[ 3 ]
Pado Bangladesh (Ásia) Rizoma

Antidiarreica.

-

-

-

[ 4 ]
White tumeric Índia Rizoma

Hipoglicemiante.

-

-

-

[ 4 ]
Zorombad Irã Rizoma

tônica, carminativa, digestiva e no tratamento da obesidade.

-

-

-

[ 4 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 251.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 543.
3 - RAZAK, M. R. M. A. et al. Effect of selected local medicinal plants on the asexual blood stage of chloroquine resistant Plasmodium falciparum. BMC Complement Altern Med, v. 14, p.1-13, 2014. doi: 10.1186/1472-6882-14-492 
4 - AYATI, Z. et al. Ethnobotany, phytochemistry and traditional uses of curcuma spp. and pharmacological profile of two important species (C. longa and C. zedoaria): a review. Curr Pharm Des, v. 25, n. 8, p.871-935, 2019. doi: 10.2174/1381612825666190402163940

Analgésica

Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato hidroalcoólico. Frações: diclorometano, acetato de etila e metanol. Doses para ensaio: 1 a 10 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, da placa quente, e edema de pata induzido por formalina e capsaicina.

Observou-se que C. zedoaria apresenta atividade analgésica potente, sugerindo ausência da atuação do sistema opoide.

[ 26 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato: 1,5 kg do material vegetal (seco) em metanol. Rendimento: 69,1 g. Concentrações para ensaio: 25 e 50 µg/mL.

In vitro:

Em macrófagos murinos RAW 264.7 incubados com lipopolissacarídeo (LPS), tratados com o extrato vegetal, e submetidos ao ensaio MTT, quantificação de óxido nítrico (NO) e expressão proteica (iNOS, COX-2 e GAPDH) por Western blotting.

 

Observou-se que o extrato de C. zedoaria apresenta atividade anti-inflamatória, pois reduz principalmente, a produção de NO, dose-dependente.

[ 15 ]
Rizoma

Extrato metanólico. Rendimento: 1,9%.

In vitro:

Em células RAW 264.7 incubadas com lipopolissacarídeo (LPS) e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de cicloxigenase 2 (COX-2) e de óxido nítrico (NO).

 

Neste estudo dentre as várias espécies vegetais, observou-se que o extrato metanólico de C. zedoaria apresenta atividade anti-inflamatória potente, pois inibe a atividade de COX-2 e iNOS.

[ 25 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato etanólico. Doses para ensaio (in vivo): 250 e 500 mg/kg. Concentrações para ensaio (in vitro): 100 a 500 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade anti-inflamatória do extrato vegetal através do ensaio de desnaturação proteica (albumina).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss e ratos Long Evans submetidos aos testes da placa quente, contorções abdominais induzidas por ácido acético e formalina, e edema de pata induzido por carragenina.

Observou-se que o extrato de C. zedoaria apresenta atividades anti-inflamatória e analgésica, corroborando com o teste in vitro que demonstrou inibição da desnaturação proteica.

[ 7 ]

Antiangiogênica

Antiangiogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Óleo essencial: por hidrodestilação, 200 g do material vegetal (pó). Rendimento: 1,6%. Doses para ensaio (in vivo): 100 e 200 mg/kg.

In vitro:

Em células de melanoma de rato (B16BL6), células de hepatoma humano (SMMC-7721), células endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC), em anéis aórticos de ratos Sprague-Dawley e em membrana corioalantóica de embrião de galinha incubados com o óleo vegetal, com posterior análise da proliferação celular.

 

In vivo:

Em ratos C57BL/6 infectados com células B16BL6 e B16F10, separadamente, e tratados com o óleo vegetal, com posterior análise imuno-histoquímica e expressão proteica (CD34 e MMPs) por ELISA.

Observou-se que o óleo essencial de C. zedoaria apresenta atividade antiangiogênica, podendo estar relacionado à regulação negativa das MMPs.

[ 9 ]

Antibacteriana e Citotóxica

Antibacteriana e Citotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 100 a 500 ppm, e 250 a 5000 ppm.

In vitro:

Em cepas de Sthaphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Vibrio parahaemolyticus, Salmonella typhimurium e Bacillus cereus.

Em linhagem leucêmica promiolocítica humana (HL-60) incubadas com o óleo vegetal, e submetidas aos ensaios MTT e redução do tetrazólio nitroazul (NBT).

 

Observou-se que o óleo essencial de C. zedoaria apresenta atividade antimicrobiana principalmente para V. parahaemolyticus, S. aureus e B. cereus, e citotoxicidade em células HL-60.

[ 12 ]

Antifúngica

Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato etanólico: 500 g do material vegetal (fresco) em etanol à 99% (1:3 p/v). Concentração para ensaio: 2 mg/10 µL). Outras espécies em estudo: Alpinia galanga, A. mutica, Costus globosus, Etlingera elatior, E. littoralis, Hedychium cylindricum, Hornstedtia spp., Zingiber pachysiphon, Z. purpureum e Z. officinale.

In vitro:

Em linhagens de Candida albicans, Cryptococcus neoformans, Saccharomyces cerevisiae, Wangiella dermatitidis, Alternaria alternata, Aspergillus fumigatus, Fusarium oxysporum, Microsporum gypseum, Pseudallescheria boydii, Rhizopus spp. e Trichophyton mentagrophytes submetidos ao método de disco-difusão em ágar.

 

Os extratos de A. galanga, C. zedoaria, Z. purpureum e Z. officinale apresentaram atividade antifúngica mais potente, incluindo em linhagens resistentes a anfotericina B e cetoconazol.

[ 13 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Óleo essencial.

In vitro:

Em cepas de Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar concentração inibitória mínima (CIM), análise de expressão proteica por Western blotting e mRNA, e teste imunoenzimático por ELISA.

 

O óleo essencial de C. zedoaria apresenta atividade antimicrobiana, inibindo a transcrição de genes específicos, dose-dependente.

[ 14 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (rizoma-mãe, “dedinhos” ou rizoma rugoso - pó) coletados em diferentes estações do ano, em 200 mL de diclorometano. Doses para ensaio: 10 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético e tratados com o extrato vegetal.

Observou-se que o extrato de C. zedoaria a partir do rizoma-mãe, coletados no outono e inverno apresentaram atividade antinociceptiva significativa, reduzindo a contorções abdominais em 91,1 e 93,4%, respectivamente.

[ 19 ]

Antiofídica

Antiofídica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato aquoso. Outras espécies pertencentes as famílias Acanthaceae, Amaranthaceae, Araceae, Asteraceae, Liliaceae, Poaceae, Solanaceae e Zingiberaceae, foram incluídas neste estudo.

In vitro:

Ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA) e eletroforese em gel de poliacrilamida com SDS (SDS-PAGE) com veneno de Naja naja siamensis e extrato vegetal.

Em nervo frênico/hemidiafragma de ratos albinos, culturas de fibroblastos primários de embriões de ave, incubados com o extrato etanólico vegetal e veneno de Naja naja siamensis, para investigar a degradação de proteínas celulares.

 

Observou-se que o extrato de C. zedoaria apresentou atividade antiofídica mais potente

[ 22 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato: 20 g do material vegetal (seco) em 100 mL de água. Outras espécies em estudo: Semen persicae, Leonurus cardiaca e Hedyotis diffusa. Concentrações para ensaio: 10, 20 e 30 µL.

In vitro:

Em lipoproteínas (LDL-C) submetidas ao processo de oxidação induzida por cobre, incubadas com o chá vegetal, com posterior avaliação por métodos espectrofotométricos.

 

Observou-se que as espécies C. zedoaria e L. cardiaca não apresentaram resultados promissores, contudo S. persicae e H. diffusa reduziram a oxidação de LDL-C.

[ 2 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Curcuma xanthorrhiza e Zingiber zerumbet, e associação ou não com Eucalyptus globulus. Volume para ensaio: 300 µL.

In vitro:

Em ovos de Pediculus humanus capitis (“piolho de cabeça”) incubados por 1, 5 e 10 minutos, com os óleos essenciais isolados ou em associação, com posterior análise da mortalidade por estereomicroscópio (após 7 e 14 dias de tratamento).

 

Observou-se que a associação dos óleos essenciais de C. zedoaria e E. globulus apresenta atividade ovicida mais potente.

[ 1 ]
Rizoma

Extrato: material vegetal (pó) em diclorometano, sequentemente, metanol e água.

In vitro:

Em cepas de Plasmodium falciparum resistente à cloroquina (linhagem K1), incubadas com os extratos vegetais, e submetidas aos ensaios ELISA (HRP2 - quantificação de proteínas ricas em histidina) e MTT em células MDBK. 

 

Neste estudo foram analisadas 14 espécies vegetais, dentre as quais C. zedoaria, C. aeruginosa, C. mangga, Alpinia galanga, Morinda elliptica, Scaber elephantopus, Vitex negundo, Brucea javanica, Annona muricata, Cinnamomun iners e Vernonia amygdalina apresentaram atividade antiparasitária significativa, além de baixa citotoxicidade.

[ 27 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato: 20 g do material vegetal (pó) em 10 partes de água quente.

In vitro:

Em miofibroblastos hepáticos incubados com o extrato vegetal e submetidos aos ensaios de autoradiografia nuclear e medição do crescimento celular.

 

Observou-se que o extrato de C. zedoaria apresenta atividade antiproliferativa em células hepáticas, com IC50 = 8,5 µg/mL, pois estimula a liberação de prostaglandinas.

[ 11 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato: 1,5 kg do material vegetal (seco) em metanol. Rendimento: 69,1 g. Frações: n-hexano, clorofórmio, acetato de etila e butanol, rendimento de 19,4, 8,6, 4,1 e 1,7 g, respectivamente. Concentrações para ensaio: 100 e 200 µg/mL.

In vitro:

Em células cancerígenas gástricas de humanos (AGS) incubadas com o extrato vegetal, e submetidas ao teste MTT e Western blotting.

 

Observou-se que o extrato de C. zedoaria reduz a viabilidade celular, pois ativa a expressão de proteínas apoptóticas.

[ 3 ]
Rizoma

Extrato: 800 g do material vegetal (pó) em 800 mL de etanol (total de 2400 mL). Rendimento: 14,02 g. Concentrações para ensaio (in vitro): 1,0 a 7,8 µg/mL e 100 µg/mL; (in vivo): 5 mg.

In vitro:

Em células cancerígenas esofágicas de humanos (TE-8) e em células não cancerígenas esofágicas (HET-1A), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular e expressão proteica por Western blotting.

 

In vivo:

Em camundongos Balb/c portadores de câncer esofágico induzido (TE-8), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do volume tumoral.

Observou-se que o extrato de C. zedoaria apresenta atividade antitumoral, pois ativa a expressão de proteínas apoptóticas.

[ 5 ]
Rizoma

Óleo essencial.

In vitro:

Em células de câncer de ovário humano (SKOV3) tratadas com o óleo vegetal associado ou não ao paclitaxel, com posterior análise da proliferação celular, morte e ciclo celular (coloração de Hoechst 33342 e citometria de fluxo) e expressão proteica por Western blotting.

 

Observou-se que a associação do óleo de C. zedoaria e paclitaxel apresentou sinergismo quanto a atividade antitumoral, intensificando a apoptose celular.

[ 6 ]
Rizoma

Extrato: 1,0 kg do material vegetal (pó) em n-hexano. Frações: diclorometano, acetato de etila e metanol.

In vitro:

Em linhagens celulares de câncer de mama (MCF-7) e cervical (Ca Ski) em humanos, e células endoteliais de veia umbilical humana (HUVEC) submetidas ao ensaio MTT.

 

Observou-se que a fração hexânica apresentou atividade antiproliferativa potente, com seletividade para as linhagens cancerígenas.

[ 8 ]
Rizoma

Extrato aquoso: concentração final de 0,1 g/mL. Outras espécies em estudo: Leonurus sibiricus (parte aérea), Corydalis ternata (tubérculo), Phlomis umbrosa (raiz), Sparganium stoloniferum (rizoma), Angelica gigas (raiz), Paeonia lactiflora (raiz), Inula helenium (raiz), Cinnamomum cassia (casca), Scutellaria barbata (parte aérea), Spatholobus suberectus (caule) e Euconymus alatus (caule). Frações: n-hexano, clorofórmio e acetato de etila, de C. ternata, P. umbrosa, C. zedoaria, C. cassia, S. barbata, S. suberectus e E. alatus.

In vitro:

Em células miometriais e em leiomioma uterino humano incubadas com os extratos e frações vegetais com posterior análise da expressão proteica (TGFBR2) por imuno-histoquímica.

 

Observou-se que as frações de clorofórmio de C. zedoaria e S. suberectus, e as frações de acetato de etila de P. umbrosa e S. suberectus, inibiram significativamente a proliferação celular no leiomioma uterino, quando comparada às células miometriais.

[ 10 ]
Rizoma

Óleo essencial: 200 g do material vegetal. Rendimento: 1,6%. Doses para ensaio (in vitro): 50, 100, 130 e 150 µg/mL, e (in vivo): 2,4, 12, 60 e 240 mg/kg.

In vitro:

Em carcinoma pulmonar de células não pequenas de humanos (CPCNP) incubados com o óleo vegetal, submetidos ao ensaio MTT, identificação de apoptose por marcação nuclear fluorescente com iodeto de propídeo (PI), fragmentação do DNA em gel de agarose, expressão proteica por Western blotting (citocromo C, AIF e ENDOG) e da liberação de espécies reativas de oxigênio (EROs).

 

In vivo:

Em camundongos BALB/C submetidos a infecção por células H1299 (derivadas de CPCNP) na pata traseira, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise das dimensões tumorais.

O óleo essencial de C. zedoaria apresenta atividade citotóxica, pois induz a apoptose em células CPCNP.

[ 16 ]
Rizoma

Extrato: 200 g do material vegetal em água quente. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 a 500 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 250 e 500 mg/kg.

In vitro:

Em melanoma murino (B16) incubados com diferentes concentrações do extrato vegetal, com posterior análise da proliferação e viabilidade celular.

Em macrófagos incubados com lipopolissacarídeo (LPS) e extrato vegetal para avaliar a produção de óxido nítrico (NO).

 

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 pré-tratados com o extrato vegetal, submetidos posteriormente, a inoculação de células B16 para o desenvolvimento de metástase pulmonar, tratamento com o extrato vegetal.

Observou-se que o extrato de C. zedoaria apresenta atividade antimestastática, pois induz apoptose e modula a produção de NO intracelular.

[ 21 ]

Estimulante da enzima desidrogenase hepática

Estimulante da enzima desidrogenase hepática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato etanólico à 30%, doses para ensaio: 500 e 1000 mg/kg. Frações: n-hexano e metanol, doses para ensaio: 100 a 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos machos ICR submetidos a embriaguez induzida por etanol, com posterior análise comportamental em máquina deslizante personalizada e das concentrações plasmáticas de etanol, enzima álcool desidrogenase hepática e acetaldeído.

Observou-se que o extrato e a fração hexânica de C. zedoaria reduzem a concentração de etanol plasmático, pois estimula a atividade da enzima desidrogenase hepática.

[ 17 ]

Hipocolesterolemiante

Hipocolesterolemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 50%, acetona à 80%, metanol ou água. Concentração para ensaio: 100 µg/mL.

In vitro:

Em células Vero incubadas com o extrato vegetal, na presença ou ausência de mevalonato ou acetato de sódio, com posterior análise do crescimento celular.

 

Neste estudo várias espécies vegetais foram analisadas, contudo, C. zedoaria e Poncirus trifoliata demonstraram inibição potente da enzima HMG Co-A redutase, inibindo o crescimento celular.

[ 24 ]

Inseticida

Inseticida
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Óleo essencial. Rendimento: 1,32% Outras espécies em estudo: Apium graveolens (semente), Carum carvi (semente), Piper longum (fruto) e Illicium verum (fruto). Rendimento: 1,25, 1,06, 0,63 e 4,07, respectivamente.

In vitro:

Bioensaio padronizado segundo a Organização Mundial de Saúde, em mosquitos Aedes aegypti adultos (de origem natural e laboratorial) para avaliar a ação inseticida de óleos vegetais.

 

Observou-se que os óleos essenciais de C. carvi e C. zedoaria apresentaram atividade inseticida mais potentes.

[ 18 ]

Sistema metabólico

Sistema metabólico
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato metanólico. Outra espécie em estudo: Curcuma longa. Concentração para ensaio: 0,1 mg/mL).

In vitro:

Em células Caco-2 incubadas com 1α,25-(OH)2-D3 (calcitriol) para induzir a expressão de CYP3AP (citocromo P450 3A4), tratadas posteriormente, com os extratos vegetais, rifampicina e nifedipina, e submetidas a análise de expressão proteica por Western blot e mRNA.

 

Observou-se que os extratos de C. longa e C. zedoaria reduziram a expressão e atividade da enzima CYP3AP, contudo não influenciou na expressão do mRNA.

[ 30 ]

Vasodilatadora

Vasodilatadora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato aquoso e metanólico. Rendimento: 7,2 e 7,0%, respectivamente. Outras espécies em estudo: Curcuma longa, C. kwangsiensis, C. phaeocaulis e C. wenyujin.

In vitro:

Em seção torácica da aorta de ratos Wistar, incubada em soluções de acetilcolina, prostaglandina F2 alfa e N-nitrito-L-arginina-metil-éster (L-NAME) para avaliar o relaxamento ou contratilidade do músculo liso vascular.

 

Observou-se que C. zedoaria apresenta atividade vasodilatadora mais potente, quando comparada às outras espécies neste estudo.

[ 23 ]

Vasodilatadora e Protetora do endotélio

Vasodilatadora e Protetora do endotélio
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato aquoso e metanólico. Rendimento: 7,2 e 7,0%, respectivamente. Doses para ensaio: 1 e 3% inserido na dieta alimentar. Outra espécie em estudo: Curcuma longa. Rendimento: 7,4 e 14,8%, extrato aquoso e metanólico, respectivamente.

In vitro:

Em seção da aorta torácica de ratos, incubada em soluções de acetilcolina, nitroprussiato de sódio, xantina oxidase e N-nitrito-L-arginina-metil-éster (L-NAME) para avaliar o relaxamento ou contratilidade do músculo liso vascular.

 

In vivo:

Em ratos espontaneamente hipertensos, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (viscosidade plasmática, níveis de triglicerídeos, colesterol, peróxidos lipídicos, fibrinogênio e óxido nítrico).

Observou-se que o extrato de C. zedoaria apresenta atividades vasodilatadora e protetora do endotélio, mais potentes quando comparada a C. longa.

 

[ 20 ]
Ensaios toxicológicos

Citotóxica

Citotóxica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato fluido: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Concentrações para ensaio: 0,0001, 0,001 e 0,01% (v/v).

In vitro:

Em fibroblastos da mucosa oral incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade e crescimento celular (corante Azul de Tripan) a curto e longo prazo.

 

O extrato fluido de C. zedoaria apresenta baixa citotoxicidade, podendo ser indicado para higiene bucal.

[ 28 ]
Rizoma

Extrato: 800 g do material vegetal (pó) em 4 L de etanol. Rendimento: 16,5 g. Outra espécie em estudo: Zingiber zerumbet. Rendimento: 15,0 g.

In vitro:

Bioensaio de letalidade em Artemia salina.

 

Observou-se que os extratos de C. zedoaria e C. zerumbet apresentam atividade citotóxica, com CL50 = 33,59 e 1,24 µg/mL, respectivamente.

[ 4 ]

Interação medicamentosa

Interação medicamentosa
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato metanólico. Outras espécies em estudo: Curcuma longa e C. aromatica. Concentração para ensaio: 0,1 mg/mL.

In vitro:

Em células Caco-2 incubadas com os extratos vegetais com posterior análise da atividade das glicoproteínas por inflorescência da rodamina 123 e [3H]-digoxina, e de expressão proteica por Western blotting e mRNA (gene MDR1).

 

Observou-se que os extratos das espécies em estudo apresentaram regulação positiva para a expressão das glicoproteínas, demonstrando a necessidade de cautela quando associados a outros medicamentos.

[ 29 ]

Toxicidade reprodutiva

Toxicidade reprodutiva
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz (rizoma)

Óleo essencial. Concentrações para ensaio (in vitro): 1, 5, 10, 20 e 40 g/mL. Doses para ensaio (in vivo): 100 e 200 mg/g.

In vitro:

Em células NIH3T3 de ratos Sprague-Dawley incubadas com o óleo vegetal com posterior análise de expressão do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) por Western blotting.

Em culturas de embriões de ratos tratados com o óleo vegetal, e após 48 horas foram submetidos a avaliação de anomalias e desenvolvimento morfológico.

 

In vivo:

Em ratas prenhes tratadas com o óleo vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos e hematológicos, do número de distribuição de implantes em cornos uterinos, avaliação fetal (reabsorção, malformação, morte e normais) e análises imuno-histoquímica do embrião, placenta, útero e ovário.

Observou-se que o óleo essencial de C. zedoaria induz a embriotoxicidade e toxicidade reprodutiva, devido ao bloqueio da angiogênese mediada por VEGF.

[ 31 ]

Referências bibliográficas

1 - SOONWERA, M. et al. Ovicidal effect of essential oils from Zingiberaceae plants and Eucalytus globulus on eggs of head lice, Pediculus humanus capitis De Geer. Phytomed, v. 47, p.93-104, 2018. doi: 10.1016/j.phymed.2018.04.050
2 - JI, S. et al. Antioxidant effect of aqueous extract of four plants with therapeutic potential on gynecological diseases; Semen persicae, Leonurus cardiaca, Hedyotis diffusa, and Curcuma zedoaria. Eur J Med Res, v. 22, n. 1, p.1-8, 2017. doi: 10.1186/s40001-017-0293-6 
3 - JUNG, E. B. et al. Curcuzedoalide contributes to the cytotoxicity of Curcuma zedoaria rhizomes against human gastric cancer AGS cells through induction of apoptosis. J Ethnopharmacol, v. 213, p.48-55, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2017.10.025 
4 - HOSSAIN, S. et al. Cytotoxicity of the rhizome of medicinal plants. Asian Pac J Trop Biomed, v. 2, n. 2, p.125-127, 2012. doi: 10.1016/S2221-1691(11)60205-
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6 - ZHOU, Y. et al. Curcuma zedoaria (Berg.) Rosc. essential oil and paclitaxel synergistically enhance the apoptosis of SKOV3 cells. Mol Med Rep, v. 12, n. 1, p.1253-1257, 2015. doi: 10.3892/mmr.2015.3473
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10 - BAJRACHARYA, P. et al. Effect of different ingredients in traditional Korean medicine for human uterine leiomyoma on normal myometrial and leiomyomal smooth muscle cell proliferation. Arch Pharm Res, v. 32, n. 11, p.1555-1563, 2009. doi: 10.1007/s12272-009-2107-z
11 - KIM, D. I. et al. The inhibitory effect of a Korean herbal medicine, Zedoariae rhizoma, on growth of cultured human hepatic myofibroblast cells. Life Sci, v. 77, n. 8, p.890-906, 2005. doi: 10.1016/j.lfs.2005.01.016
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28 - FERNANDES, J. P. et al. Cytotoxicity evaluation of Curcuma zedoaria (Christm.) Roscoe fluid extract used in oral hygiene products. Acta Odontol Scand, v. 70, n. 6, p.610-614, 2012. doi: 10.3109/00016357.2011.645060 
29 - HOU, X. L. et al. Curcuma drugs and curcumin regulate the expression and function of P-gp in Caco-2 cells in completely opposite ways. Int J Pharm, v. 358, n. 1-2, p.224-229, 2008. doi: 10.1016/j.ijpharm.2008.03.010
30 - HOU, X. L. et al. Possible inhibitory mechanism of Curcuma drugs on CYP3A4 in 1alpha,25 dihydroxyvitamin D3 treated Caco-2 cells. Int J Pharm, v. 337, n. 1-2, p.169-177, 2007. doi: 10.1016/j.ijpharm.2006.12.035
31 - ZHOU, L. et al. Inhibition of vascular endothelial growth factor-mediated angiogenesis involved in reproductive toxicity induced by sesquiterpenoids of Curcuma zedoaria in rats. Reprod Toxicol, v. 37, p.62-69, 2013. doi: 10.1016/j.reprotox.2013.02.001

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Rizoma seco

100 g

Rizoma fresco

200 g

                                                                    * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de rizoma seco pulverizado e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de rizoma fresco, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Dispepsias e úlceras cutâneas.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Uso tópico: na forma de pomada, creme ou gel, aplicar na área afetada 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Número da cápsula e quantidade

Curcuma zedoaria (droga vegetal)

N° 0 (420 a 430 mg)

Q.s.p

1 cápsula

 
Modo de preparo

Triturar a droga vegetal (rizoma) e encapsular. 

Principais indicações

Dispepsias.

Posologia

Uso oral: tomar 1 cápsula, 1 a 2 vezes por dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Rizoma seco fragmentado

0,9 a 1,1 g ou uma colher de café rasa

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por decocção, por 5 minutos.

Principais indicações

Dispepsias e úlceras cutâneas.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do decocto duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o decocto duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: aplicar o decocto sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 108-109.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 348-349.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 63-65.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Alcaloides

Curcuminoides

curcumina, dihidrocurcumina, tetrahidrodemetoxicurcumina, tetrahidrobisdemetoxicurcumina e diarilheptanóide.

Esteroides

Flavonoides

Óleos essenciais

furanogermenona, germacrona, curcumenolactona (A, B e C), insufuranodienona, glexomanolídeo, curdiona, neocurdiona, dehidrocurdiona, zederona, curculona, curcumenol, isocurcumenol, isoprocurcumenol, procurcumenol, epiprocurcumenol, alismoxide, aerugidiol, bisacumol, curzereno, curcuzedoalida, zedoarofuran, curcumeneol, curcumenona, curzeona, curzerenona, epicurzereno, 4-epicurcumenol, neocurcumenol, zedoarondiol, zingibereno, germacrona, 12-hidroxi-germacrona, desidrocurdiona, β-sesquifelandreno, β-eudesmol, β-elemeno, α-pineno, 1,8-cineol, cânfora, borneol, furanodieno, furanodienona, debromofiliforminol, 8,9-desidro-9-formilcicloisolongifoleno, 6-etenil-4,5,6,7-tetra-hidro-3,6-dimetil-5-isopropenil-trans-benzofurano e 1,7-bis (4-hidroxifenil) -l, 4,6-heptatrien-3-ona.

Outras substâncias

albuminoides e ρ-metoxicinamato de etila.

Polissacarídeos

amido.

Resinas

Sais minerais

cálcio, magnésio, ferro, fósforo, potássio e sódio.

Saponinas

Taninos

Vitaminas

tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico, piridoxina, biotina, ácido fólico e cobalamina.

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 251.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 85.
3 - JUNG, E. B. et al. Curcuzedoalide contributes to the cytotoxicity of Curcuma zedoaria rhizomes against human gastric cancer AGS cells through induction of apoptosis. J Ethnopharmacol, v. 213, p.48-55, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2017.10.025
4 - MAKABE, H. et al. Anti-inflammatory sesquiterpenes from Curcuma zedoaria. Nat Prod Res, v. 20, n. 7, p.680-685, 2006. doi: 10.1080/14786410500462900
5 - JANG, M. K. et al. A curcuminoid and two sesquiterpenoids from Curcuma zedoaria as inhibitors of nitric oxide synthesis in activated macrophages. Arch Pharm Res, v. 27, n. 12, p.1220-1225, 2004. doi: 10.1007/bf02975885
6 - MATSUDA, H. et al. Anti-allergic principles from Thai zedoary: structural requirements of curcuminoids for inhibition of degranulation and effect on the release of TNF-alpha and IL-4 in RBL-2H3 cells. Bioorg Med Chem, v. 12, n. 22, p.5891-5898, 2004. doi: 10.1016/j.bmc.2004.08.027
7 - MATSUDA, H. et al. Inhibitory effect and action mechanism of sesquiterpenes from Zedoariae Rhizoma on D-galactosamine/lipopolysaccharide-induced liver injury. Bioorg Med Chem Lett, v. 8, n. 4, p.339-344, 1998. doi: 10.1016/s0960-894x(98)00021-3
8 - AYATI, Z. et al. Ethnobotany, phytochemistry and traditional uses of curcuma spp. and pharmacological profile of two important species (C. longa and C. zedoaria): a review. Curr Pharm Des, v. 25, n. 8, p.871-935, 2019. doi: 10.2174/1381612825666190402163940
9 - DOSOKY, N. S.; SETZER, W. N. Chemical composition and biological activities of essential oils of Curcuma species. Nutrients, v. 10, n. 9, p.1-42, 2018. doi: 10.3390/nu10091196
10 - WIDYOWATI, R.; AGIL, M. Chemical constituents and bioactivities of several Indonesian plants typically used in Jamu. Chem Pharm Bull (Tokyo), v. 66, n. 5, p.506-518, 2018. doi: 10.1248/cpb.c17-00983
11 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 847.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 6 meses, podendo-se repetir o tratamento, se for necessário, após intervalo de 15 dias[4,5].

Contraindicações: 

em crianças, gestantes, lactantes e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol). Em pessoas hipersensíveis a esta planta não devem usar suas preparações[1,2,3,4,6].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

não há riscos à saúde ou efeitos colaterais quando administrada em doses habituais. Pode causar diarreias e cólicas abdominais no início do tratamento[2,7].

Interações medicamentosas: 

não há dados na literatura.

Referências bibliográficas

1 - ZHOU, L. et al. Inhibition of vascular endothelial growth factor-mediated angiogenesis involved in reproductive toxicity induced by sesquiterpenoids of Curcuma zedoaria in rats. Reprod Toxicol, v. 37, p.62-69, 2013. doi: 10.1016/j.reprotox.2013.02.001
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 847.
3 - ______. Curcuma zedoaria. Reprotox, 29 de maio. de 2024. Disponível em: <https://reprotox.org/member/agents/22533>. Acesso em: 07 de jun. de 2024.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 109.
5 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 62-63.
6 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 543.
7 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 294-295.

Propagação: 

é realizada por rizomas, plantados diretamente no solo, em local definitivo no campo (a pleno sol). As covas devem ser rasas com 10x10 cm e adubadas com 1 kg de esterco bovino, com espaçamento de 30 cm entre plantas e 40 cm entre linhas [ 1 , 2 ] .

Tratos culturais & manejo: 

a irrigação deve ser realizada 1 vez por semana. Tolera climas quentes mas não causticantes. Cresce em solos virgens de mata ou em areno-argilosos profundos e bem drenados [ 1 , 2 ] .

Colheita: 

a colheita dos rizomas é realizada 10 meses após o plantio, no inverno após as folhas murcharem. A sabedoria popular recomenda que a colheita do sistema radicular das plantas deva ser realizada preferencialmente na lua minguante [ 1 ] .

Pós-colheita: 

os rizomas são lavados com máquina de lavar de alta pressão e colocados sob telado por 24 horas para reduzir o excesso de umidade. Posteriormente, são fatiados e o processo de secagem é realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/15 dias. Após este procedimento a droga vegetal deve ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada dentro do período de 6 meses. A droga vegetal deve ser moída em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh, e posteriormente utilizada para a preparação de extratos e tinturas. Deve-se moer os rizomas na quantidade exata que será utilizada para a preparação do fitoterápico [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

por ser uma espécie exigente em água, períodos de estiagem retardam ou paralisam o crescimento. Solos compactos ou pesados, retardam a rizomatização e dão origem à rizomas tortos e escabrosos. Esta espécie pode ser acometida por doenças causadas pelo fungo Colletotricum spp. [ 1 , 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 83-84.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 292-293.

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