Ocorre desde o México até a Argentina. No Brasil é encontrada, principalmente, no bioma Cerrado, nos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás. Além do valor medicinal esta espécie também apresenta considerável valor ornamental. Suas principais indicações são: antifúngica, antisséptica, anti-inflamatória, cicatrizante, cardiotônica, diurética e desintoxicante[1,2,3].
Planta subarbustiva, arbustiva ou arvoreta, com até 2 m de altura, caules cilíndricos, raramente tetragonais, curtos e glabros, com casca espessa, fendida longitudinalmente; folhas simples, opostas, subopostas, rígidas, coriáceas, geralmente glabras, sésseis ou curto-pecioladas, obovadas ou ovadas, elípticas ou oblanceoladas, base aguda à obtusa, ápice arrendondado ou agudo, medindo de 10,5 a 21,0 cm de comprimento x 3,5 a 14,5 cm de largura, com nervura principal espessa e de cor amarelada; as flores são amarelas ou alaranjadas, em grandes inflorescências terminais, em panículas multifloras, piramidal ou cilíndrica, de eixo amarelo ou avermelhado; fruto em drupa ovoide, com cerca de 4,5 mm de comprimento, de coloração roxo-escura a negra[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: maceração de 800 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de etanol. Rendimento: 17,3%. Concentrações para ensaio: 0,1 à 1,0 mg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de edema de orelha induzido por administração tópica de óleo de cróton, ácido araquidônico, fenol e capsaicina, submetidos ao tratamento com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de proteína total, atividade da mieloperoxidase (MPO) e N-acetil-β-D-glucosaminidase (NAG) em homogenato do tecido, e análise histopatológica. |
Observou-se que o extrato etanólico de P. rigida apresenta atividade anti-inflamatória tópica. |
[
1
] |
Antiedematogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha, raízes e flor |
Extrato (folha): 613 g do material vegetal (pó) em etanol absoluto. Rendimento:18,0 g. Frações: n-hexano, clorofórmio e metanol. Extrato (raiz): 220,0 g do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento:10,2 g. Frações: n-hexano, clorofórmio e acetato de etila. Extrato (flor): 50,6 g do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento 2,8 g. Frações: n-hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol. Concentração para ensaio: 1,25, 2,5 e 5,0 mg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com extratos vegetais e submetidos ao teste de edema de orelha induzido por administração tópica de óleo de cróton. |
Observou-se que a fração de n-hexano, a partir do extrato etanólico da folha, de P. rigida apresenta atividade antiedematogênica tópica significativa. |
[
2
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca, pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Infecções urinárias.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de café rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Infecções urinárias.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três a seis vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Alcaloides indolícos
vallesiachotamina.
Ciclotídeos
parigidina-br3.
Diterpenos
fitol.
Flavonoides
quercetina e 3-O-β-D-glucosídeo.
Glicosídeos iridoides
loganina, secoxiloganina e swerosídeo.
Triterpenos
ácido betulínico e lupeol.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias[1,2].
em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].
não há dados na literatura.
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
é realizada por sementes e estacas [ 1 ] .
as folhas adultas devem ser colhidas antes da floração, seguidamente colocadas para secar, e finalmente picadas. A colheita das partes aéreas da planta deve ser realizada, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, segundo a sabedoria popular [ 1 ] .
Referências bibliográficas