Apium graveolens L.

Aipo.

Família 
Informações gerais 

Originária da Costa do Mediterrâneo, ocorre na Ásia, Índia, África, América do Norte e do Sul. No Brasil é habitual o cultivo do aipo nas regiões Sul e Sudeste. Muito apreciada na culinária de vários países. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, antirreumática, antisséptica das vias urinárias, antioxidante, antiflatulenta, antidispéptica, anti-hipertensiva, afrodisíaca, sedativa, depurativa, expectorante e antiescorbútica[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 96-101.
2 - BARNES, J. et al. Plantas medicinales. 1 ed. Barcelona: Pharma Editores, S.L., 2005, p. 85-87.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 72.
4 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 146-148.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 172-174.
Descrição da espécie 

Planta herbácea ereta, ereta, bienal, aromática, de 30 a 100 cm de comprimento, com talos esverdeados e estriados; folhas pinadas compostas, com 3 a 5 folíolos, cortáceas, verdes brilhantes, pecioladas, de margens serreadas; flores pequenas, em forma de estrela, branco-esverdeadas a amarelo, reunidas em umbelas terminais, pecioladas ou sésseis; fruto quase esférico; as raízes podem ser tuberosas ou comuns dependendo da variedade, selvagem (fusiforme) e cultivada (carnuda, redonda e tuberosa)[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 96.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 72.
3 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 172.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Aipo, salsão, sabão-doce e celeri Brasil Folha

No tratamento da colite crônica e anemia.

Decocção.

Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.

-

[ 1 ]
Aipo Brasil Parte aérea (folha e talo)

Sedativa leve.

In natura.

Ingerir de 50 a 70 g do material vegetal (com ou sem sal) pouco antes de deitar.

Cuidado ao associar com anticoagulantes, bem com uso em pacientes hipertensos, gestantes e lactantes. Evitar exposição ao sol após manipular esta planta.

[ 2 ]
- Líbano (indígenas) Folha e broto

Anti-hipertensiva.

Suco fresco.

Tomar 1 xícara 2 vezes/semana.

-

[ 3 ]
Celery Trinidad e Tabago -

Tônica renal e cardíaca.

-

-

-

[ 4 ]
Céleri Ilhas Maurício (África) Folha

No tratamento do diabetes tipo 2, hipertensão e gota.

Decocção.

Tomar 1 xícara 2 vezes/semana.

-

[ 5 ]

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 72.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 43.
3 - SAMAHA, A. A. et al. Antihypertensive indigenous Lebanese plants: ethnopharmacology and a clinical trial. Biomolecules, v. 9, n. 7, p.1-16, 2019. doi: 10.3390/biom9070292
4 - LANS, C. A. Ethnomedicines used in Trinidad and Tobago for urinary problems and diabetes mellitus. J Ethnobiol Ethnomed, v. 2, p.1-11, 2006. doi: 10.1186/1746-4269-2-45
5 - MOOTOOSAMY, A.; MAHOMOODALLY, M. F. Ethnomedicinal application of native remedies used against diabetes and related complications in Mauritius. J Ethnopharmacol, v. 151, n. 1, p.413-444, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2013.10.069

Analgésica

Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Rizoma

Extrato: suco misturado com azeite de oliva (1: 1). Outra espécie em estudo: Petroselinum sativum.

In vivo:

Em camundongos tratados com extratos vegetais, submetidos ao teste de indução de sono com pentobarbital e ação analgésica de aminopirina e paracetamol no teste da placa quente, com posterior análise da atividade da enzima citocromo P450 em homogenato hepático.

Observou-se que A. graveolens apresenta sinergismo apenas para a atividade analgésica, contudo reduz a concentração de enzimas do citocromo P450.

[ 20 ]

Anti-hiperuricêmica

Anti-hiperuricêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: 200 g do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Rendimento: 16% (p/p). Dose para ensaio: 500 mg/kg. Outra espécie em estudo: Petroselinum crispum.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de hiperuricemia induzida, tratados com extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise de parâmetros bioquímicos (GPT, GOT, ácido úrico, creatinina, BUN, IL-1β, TNF-α, IL-10, MDA, GSH, GPX e CAT), histológicos e imuno-histoquímicos, expressão gênica (URAT-1, GLUT-9, OAT-1 e OAT-3) e atividade da enzima xantina oxidase em homogenato hepático.

Observou-se que os extratos de A. graveolens e P. crispum apresentam atividade anti-hiperuricêmica, principalmente quando em associação.

[ 8 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 100 g do material vegetal em 2 L de etanol a 80%, com posterior adição de HCl 1N e NaOH 1N. Concentração para ensaio: 0 a 400 µg/mL.

In vivo:

Em esplenócitos primários isolados do baço de camundongos BALB/c, estimulados por concanavalina A, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade e proliferação celular, níveis de células CD4 (citometria de fluxo), citocinas (IFN‐γ, TNF‐α), IL‐4, IL‐6, IL‐31, IL‐17 e óxido nítrico, e expressão de IL‐31, PKC, PKC, IkBα, IkBα, IKK, IKK, NF‐kB/p65, NFkB/p65, iNOS e COX‐2 (Western blotting e RT-PCR).

O extrato hidrolisado ácido das folhas de A. graveolens apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente por regulação negativa da ativação de NF-kB/p65.

[ 13 ]
Parte aérea

Extrato: 50 g de material vegetal (pó) em etanol a 80%. Rendimento: 9,48 g. Dose para ensaio: 358,7 mg/kg (10 mL/kg). Outras espécies em estudo: Myrtus communis, Matricaria chamomilla, Withania somnifera e Achillea santolina.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do volume do edema.

Os extratos das espécies W. somnifera e A. graveolens apresentam atividade anti-inflamatória, mais potentes.

[ 24 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 100 g de material vegetal (seco) em etanol a 80%. Rendimento: 34 g/kg. Doses para ensaio: 200 a 400 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, placa quente, edema de orelha induzido por xileno e granuloma induzido por pellets de algodão.

Neste estudo, das 11 espécies vegetais, Mentha piperita, Cinnamomum zeylanicum, Apium graveolens, Eucalyptus camaldulentis, Ruta graveolens, Jasminum officinale, Commiphora molmol e Beta vulgaris apresentam atividade antinociceptiva e anti-inflamatória.

[ 19 ]

Antiaderente

Antiaderente
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de etanol/água (1:1 v/v). Rendimento: 20% (p/p). Concentrações para ensaio (in vitro): 100 a 2000 µg/mL; 0,05 a 1 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 500 e 750 mg/kg.

In vitro:

Em cultura de Escherichia coli (NU14 e UTI89) submetidas aos testes de difusão em ágar, aderência em microplaca e anti-quórum sensing.

Em células de carcinoma humano da bexiga urinária (T24) e renal (A498) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT) e teste de adesão (citometria de fluxo).

 

In vivo:

Em camundongos BALB/c submetidos a infecção por Escherichia coli (NU14), pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise da concentração bacteriana em homogenato da bexiga.

O extrato de A. graveolens apresenta atividade antiaderente, concentração dependente, contudo não demonstra citotoxicidade.

[ 2 ]

Antiaterogênica

Antiaterogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 350 g do material vegetal (pó) por extração com CO2 supercrítico. Rendimento: 98 g. Concentrações para ensaio: 0 a 200 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de macrófagos (RAW264.7) portadores de lesões induzidas por ox-LDL, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de colesterol total intracelular (ensaio colorimétrico), citocinas (TNF-α e IL-6), viabilidade celular (MTT), apoptose (citometria de fluxo/microscopia confocal) e expressão de NF-kBp65 e notch1 (Western blotting).

 

Observou-se que o extrato de A. graveolens apresenta atividade antiaterogênica promissora, através da via notch1/NF-kBp65.

[ 25 ]

Antiaterosclerótica e Hepatoprotetora

Antiaterosclerótica e Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Óleo essencial. Dose para ensaio: 50 µL/kg.

In vivo:

Em ratos Rattus norvegicus submetidos a administração do óleo vegetal e di(2-etilhexil) ftalato (DEHP), com posterior análise do peso corporal e hepático, parâmetros bioquímicos (CT, TG, HDL, LDL, NO, TBARS, AST, ALT, proteína e endotelina I) e expressão hepática de PPARα (RT-PCR). 

Observou-se que o óleo essencial de A. graveolens apresenta atividade antiaterosclerótica e hepatoprotetora.

[ 26 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 150 g do material vegetal (pó) em éter de petróleo, seguidamente, em acetona. Rendimento: 2,1% (p/p). Concentrações para ensaio: 0,05 a 0,5 mg/mL.

Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água ou etanol/água (1: 1 v/v). Rendimento: 13,4% e 13,7% (p/p), respectivamente.

In vitro:

Em cultura de Escherichia coli uropatogênica (NU14) incubadas com os extratos vegetais, posteriormente da proliferação celular.

Em cultura de células de carcinoma da bexiga urinária de humanos (T24) incubadas com NU14 (marcadas com fluorescência) e tratadas com os extratos vegetais, com posterior análise de aderência (citometria de fluxo) e expressão de 16S rRNA, fimH, sfaG e fliC (qPCR).

 

O extrato de acetona dos frutos de A. graveolens apresenta atividade antiaderente mais potente, com CI50 = 85 µg/mL.

[ 5 ]

Antibacteriana e Antiulcerogênica

Antibacteriana e Antiulcerogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea, semente e folha

Extrato (parte aérea): aquoso (decocção) e metanólico. Rendimento: 9,5 e 19,42% (p/p) (p/p). Extrato (semente): aquoso. Rendimento: 11% (p/p).

Óleo essencial: 450 g do material vegetal (folha fresca) em 1000 mL de água, por hidrodestilação. 0,25% (v/p).

Concentrações para ensaio (in vitro): 500 e 700 mg. Doses para ensaio (in vivo): 100 a 300 mg/kg.

In vitro:

Em cultura de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus submetidas aos testes de disco-difusão e diluição ágar, com posterior análise da zona de inibição (mm) e concentrações inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM), respectivamente.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de úlcera gástrica induzida por ácido clorídrico e etanol, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do índice de lesão (mm), volume e pH da secreção gástrica.

Observou-se que os extratos de A. graveolens apresentam atividade antiulcerogênica, principalmente na dose de 300 mg, e antibacteriana (extratos e óleo essencial).

[ 10 ]

Anticarcinogênica e Antiproliferativa

Anticarcinogênica e Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em 2000 mL de éter de petróleo e metanol, seguidamente. Rendimento: 42 g. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores hepatocarcinogênese, estresse oxidativo e alto nível de γ-GT hepático, induzido por dietilnitrosoamina, 2-acetilaminofluorina e hepatectomia parcial, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (QR, GST, GGT, GSH, ODC e PT), expressão de [3H] tiamina hepática e histoquímica enzimática (γ-GT).

O extrato metanólico de A. graveolens apresenta atividade anticarcinogênica e antiproliferativa, dose dependente.

[ 22 ]

Antidepressiva e Melhora a função cognitiva

Antidepressiva e Melhora a função cognitiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato (1:10): material vegetal (seco) em metanol a 70%. Doses para ensaio: 65 a 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 tratados com o extrato vegetal (subagudo), com posterior análise dos testes comportamentais de locomoção espontânea, natação forçada, suspensão de cauda, labirinto aquático Morris e reconhecimento de objeto, parâmetros bioquímicos em homogenato do tecido cerebral (níveis de proteínas, peroxidação lipídica, ânion superóxido, atividade de MAO-A, AChE e GPx), histológicos e quantificação de neurônios viáveis.

O extrato de A. graveolens apresenta atividade antidepressiva e melhora a função cognitiva, associadas a ação antioxidante potente.

[ 7 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e raiz

Extrato: maceração 200 g de material vegetal (pó) em 4 L de metanol a 70%. Frações: éter, clorofórmio, acetato de etila, n-butanol e água. Concentrações para ensaio: 50 a 200 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH, OH, e inibição da peroxidação lipossomal.

 

In vivo:

Em camundongos Balb/c tratados com os extratos vegetais (folha), associado ou não com tetracloreto de carbono, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (GSHPx, GSHR, Px, CAT, SOD, GSH e LPx).

Os extratos de A. graveolens apresentam atividade antioxidante (in vitro), enquanto que in vivo, o extrato de n-butanol demonstra-se mais potente.

[ 18 ]

Antioxidante e Gastroprotetora

Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato etanólico: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 3 L de etanol a 96%. Rendimento: 5,2%. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos portadores de úlceras gástricas induzidas por indometacina, agentes necrosantes e estresse de contenção hipotérmica, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise das lesões gástricas.

Em ratos Wistar submetidos a ligadura do piloro, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do muco gástrico e concentração de grupos sulfidril não proteicos, níveis de MDA (homogenato do estômago) e parâmetros histopatológicos.

Observou que o extrato de A. graveolens apresenta atividade gastroprotetora e antioxidante.

[ 11 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 70%. Rendimento: 44,45%. Concentrações para ensaio: 1000 a 3000 µg/mL.

In vitro:

Em células de carcinoma prostático humano (LNCaP) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio XTT), níveis de PARP (ELISA) e expressão do fator de crescimento endotelial vascular-VEGF (PCR).

 

Observou-se que A. graveolens apresenta atividade antiproliferativa, concentração e tempo dependentes, pois induz apoptose e reduz a angiogênese.

[ 4 ]
Semente

Nanoemulsão: contendo o óleo essencial, água e surfactante. Proporção óleo/surfactante: 1:1, 1:2 e 1:3, por sonificação em tempo variado (0 a 20 minutos).

In vitro:

Em carcinoma oral de células escamosas (SAS) incubadas com óleo essencial ou nanoemulsão, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), teste clonogênico (violeta de cristal) e apoptose (citometria de fluxo).

Em cultura de Staphylococcus aureus (ATCC 29213) incubadas com a nanoelmusão, com posterior análise dos ensaios de disco-difusão em ágar, permeabilidade de membrana e microscopia eletrônica de varredura.

 

A nanoemulsão, 1:3/20 minutos, apresenta atividade antiproliferativa (CI50 = 1,4 µg/mL) e antibacteriana, mais potente.

[ 6 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 3 L de etanol à 96%. Rendimento: 5,2%. Doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos albino Wistar submetidos a modelos experimentais indutores de úlcera gástrica.

Observou que o extrato de A. graveolens apresenta atividade gastroprotetora significativa, bem como ausência de toxicidade aguda.

[ 11 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 200 g do material vegetal (pó) em éter de petróleo e metanol. Rendimento: 24,6 g. Dose para ensaio: 200 mg/kg. Outra espécie em estudo: Hygrophila auriculata.

In vivo:

Em ratos albinos Porton portadores de hepatotoxicidade induzida por paracetamol e tioacetamida, pré-tratados com extratos vegetais, com posterior análise da função hepática (SGOT, SGPT, SGPT, SALP, SSDH, SGLDH, SBRN e HTG) e parâmetros histológicos.

Observou-se que os extratos metanólicos de A. graveolens e H. auriculata apresentam atividade hepatoprotetora relevante.

[ 14 ]
Semente

Extrato: 8 kg de material vegetal (pó) em éter de petróleo, acetona e metanol. Rendimento: 400, 500 e 100 g, respectivamente. Dose para ensaio: 250 mg/kg. Outra espécie em estudo: Cotron oblongifolius.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (SGOT, SGPT, fosfatase alcalina, proteína total e albumina).

Os extratos metanólicos de A. graveolens e C. oblongifolius apresentam atividade hepatoprotetora mais potente, sendo comparável ao medicamento similarina.

[ 21 ]

Hipocolesterolemiante

Hipocolesterolemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hiperlipidemia induzida por dieta hipercalórica, suplementados com o extrato vegetal, com posterior análise da pressão arterial, parâmetros bioquímicos (CT, HDL, LDL, TG e HL) e níveis de P450 microssomal hepático.

O extrato de A. graveolens apresenta atividade hipocolesterolemiante, pois reduz a atividade da lipase hepática (HL) e aumenta os níveis de P450 microssomal hepático.

[ 23 ]

Hipolipemiante

Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: maceração do material vegetal em água (150 mL/kg). Rendimento: 1,9-3,1%. Dose para ensaio: 0,9 e 1,3 g.

In vivo:

Em ratos Wistar com hiperlipidemia induzida por dieta hipercalórica.

Observou-se redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos nos animais tratados com extrato de A. graveolens.

[ 23 ]
Semente

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 90%. Rendimento: 13,14%. Frações: clorofórmio e aquosa ácida. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de hiperlipidemia induzida por óleo de oliva, pré-tratados com extrato e frações vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos de (CT, TG, LDL e HDL) e histopatológicos.

Observou-se que o extrato e as frações de A. graveolens apresentam atividade hipolipemiante, contudo aumenta os níveis de colesterol-HDL.

[ 12 ]

Hipotensora

Hipotensora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 250 mL de n-hexano, metanol ou etanol/água (80:20 v/v). Concentrações para ensaio: 100 a 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar normotensos ou hipertensos induzidos por acetato de deoxicorticosterona, tratados com extratos vegetais, com posterior análise da pressão arterial e frequência cardíaca.

O extrato hexânico de A. graveolens apresenta atividade hipotensiva mais potente, em ratos hipertensos, contudo houve aumento da frequência cardíaca.

[ 3 ]

Neuroprotetora

Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato metanólico. Dose para ensaio: 125 a 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a oclusão da artéria cerebral média, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise da dimensão do infarto cerebral, densidade dos neurônios (córtex e hipocampo), parâmetros antioxidativos (níveis de proteínas, MDA, CAT e GSH-Px), expressão de IL-6, Bax e Bcl-2 e atividade de SOD de mitocôndrias isoladas de homogenato cerebral (córtex e hipocampo). 

Observou-se que o extrato de A. graveolens apresenta atividade neuroprotetora, através das ações anti-inflamatória, antioxidante e antiapoptótica.

[ 1 ]
Planta toda

Extrato (1:1): material vegetal (pó) em metanol a 70%. Rendimento: 16,0%. Doses para ensaio: 125 a 375 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 portadores da doença de Parkinson induzida por MPTP, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de testes comportamentais como rota rod, feixe estreito, força de arrasto, caminhada em grade, natação e tremor em repouso e parâmetros neuroquímicos (atividade de MAO-A e B, peroxidação lipídica, níveis de GPx e ânion superóxido) e imuno-histoquímicos.

O extrato de A. graveolens apresenta atividade neuroprotetora, pois reduz a atividade das MAOs e aumenta os níveis de neurônios dopaminérgicos.

[ 9 ]

Protetora do sistema reprodutor masculino

Protetora do sistema reprodutor masculino
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de etanol a 70%. Dose para ensaio: 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesão testicular induzida por valproato de sódio, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise do peso dos testículos e epidídimos, contagem e motilidade dos espermatozoides, parâmetros bioquímicos (testosterona, LH, FSH, GSH, MDA, PT e SOD) e histológicos.

O extrato hidroalcoólico das sementes de A. graveolens apresenta atividade protetora do sistema reprodutor masculino, contra as lesões estimuladas por valproato de sódio.

[ 15 ]
-

Óleo essencial. Concentração para ensaio: 50 µg/kg.

In vivo:

Em ratos albinos Wistar portadores de lesões testiculares induzidas por di-(2-etilhexil) ftalato (DEHP), pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal e dos testículos, parâmetros bioquímicos (testosterona, colesterol e proteína total) e histológicos, e expressão de 17β-HSDIII e 3β-HSD (RT-PCR).

Observou-se que o óleo essencial de A. graveolens apresenta atividade protetora do sistema reprodutor masculino, frente a toxicidade induzida por DEHP.

[ 17 ]

Vasorelaxante

Vasorelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: maceração do material vegetal (seco) em hexano, diclorometano, acetato de etila e metanol, seguidamente. Concentrações para ensaio: 0,15 a 200 µg/mL.

In vitro:

Em anéis aórticos de ratos Wistar, com ou sem endotélio, submetidos as contrações induzidas por norepinefrina e cloreto de potássio (indução de cálcio extracelular), incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da contratilidade muscular.

 

Os extratos de diclorometano e acetato de etila apresentam atividade vasorelaxante, mais potente, mediada provavelmente por antagonismo ao cálcio.

[ 16 ]
Ensaios toxicológicos

Letalidade

Letalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 50 g de material vegetal (pó) em etanol a 80%. Rendimento: 9,48 g.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração do extrato vegetal para determinar a dose letal média (DL50).

O extrato hidroalcoólico da parte aérea de A. graveolens apresenta letalidade, com DL50 = 3587 mg/kg.

[ 24 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato etanólico: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 3 L de etanol a 96%. Rendimento: 5,2%. Doses para ensaio: 0,25 a 12 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Observou-se que o extrato de A. graveolens não apresenta toxicidade durante um período de 14 dias, contudo demonstra DL50 = 7,55 g/kg.

[ 11 ]

Referências bibliográficas

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Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

clorogênico e cafeico.

Ácidos graxos

linolêico, mirístico, miristícico, miristoleico, oleico, palmítico, palmitoleico, petroselínico, esteárico e hexadecanóico.

Aminoácidos e proteínas

tirosina, colina e asparagina.

Carboidratos

manitol e inositol.

Cumarinas

apigravina, apiumetina, apiumosídeo, apimosida, bergapteno, celerina, celerosídeo, isoimperatorina, isopimpinelina, ostenol, rutaretina, sesilina, umbeliferona, 8-hidroxi-5-metoxipsoraleno e xantotoxina.

Flavonoides

apigenina, apiina, isoquercitrina, luteolina, chrisoeriol glicosídeo, graveobiosídeo A e B.

Ftalídeos

sedanenolídeo, Z-ligustilida, 3-n-butilftalida, 3-butiliden fitalida, sedanenolídeo, 4-dihidrofitalida, 3-isobutiliden fitalida.

Minerais

sódio e potássio.

Óleos essenciais

limoneno, mirceno, α e β-pineno, β-felendreno, β-selineno, γ-terpineno, sedananida, selenina, α e β-eudesmol, α-terpineol, carveol, p-cimeno, dihidrocarvona, acetato de geranil, santalol, apiol, sabineno, linalol, α-cedreno, timol e α-acetato de terpinil.

Outras substâncias

falcarinol e falcarindiol.

Saponinas

Taninos

Triterpenos

11,21-dioxo-2β,3β,15α-trihidroxiurs-12-eno-2-O-β-D-glucopiranosídeo, 11,21-dioxo-3β,15α,24-trihidroxiurs-12-ene-24-O-β-D-glucopiranosídeo e 11,21-dioxo-3β,15α,24-trihidroxiolean-12-eno-24-O-β-D-glucopiranosídeo.

Vitaminas

A e B.

Referências bibliográficas

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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável.

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes e pacientes com problemas renais (óleo)[2,3].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode provocar náuseas, vômitos e enjoos se administrado em dose excessiva ou em caso de hipersensibilidade ao sabor desta espécie vegetal. Evitar o uso em crianças abaixo de 2 anos, exceto na forma de alimentos. Possui propriedade fotossensibilizante, devido a presença das furanocumarinas (principalmente, em talos que doentes, indicado pelo escurecimento), como por exemplo o psoraleno. Há relatos de quadros alérgicos após a ingestão dos talos de aipo[1,2,3].

Interações medicamentosas: 

não há dados na literatura.

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 100.
2 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 147-148.
3 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 173.

Propagação: 

a propagação é realizada por sementes, por semeadura direta em canteiros, com espaçamento de 10 cm e profundidade de 1 cm, ou a partir de mudas produzidas em viveiros. Neste último caso, o transplantio deverá ser realizado de mudas com 5 a 6 folhas e com 10 cm de altura, com espaçamento de 30 a 40 cm. A época do plantio é de março à maio [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

prefere clima temperado entre 18 e 22°C, não suportando calor e frio intenso. O solo deve ser argiloso, úmido, profundo, bem drenado, não muito ácido e rico em nutrientes. A adubação com esterco orgânico, é recomendado, e as regas devem ser diárias [ 1 ] .

Pós-Colheita: 

a colheita é realizada após 4 meses do plantio, quando os pecíolos estão firmes e crocantes, folhas viçosas e bulbo compacto de cor creme [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 97.

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