Hancornia speciosa Gomes

Mangaba, mangabeira, mangabeira-do-cerrado e mangabeira-do-Norte.

Família 
Informações gerais 

Nativa do Brasil, ocorrendo principalmente no Bioma Cerrado. Pode ser encontrada também no Paraguai, Bolívia, Peru e Venezuela. Esta espécie é muito utilizada pela medicina tradicional, e apresenta grande potencial para a indústria alimentícia. Suas principais indicações são: cicatrizante, anti-inflamatória e antialérgica[1,2,3].

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 134-135.
2 - PEREIRA, A. V. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 237-246.
3 - DA SILVA JÚNIOR, J. F. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 177-192.
Descrição da espécie 

Árvore de porte médio, podendo chegar até 15 m de altura, com tronco tortuoso e ereto, de 20 a 30 cm de diâmetro, de casca áspera descamante, ramos lisos (até 1 ano de idade), avermelhados, de copa ampla, decídua ou semidecídua; folhas simples, opostas, elípticas a oblongas ou elípticas a lanceoladas, de forma e tamanho variados, base aguda a obtusa, ápice acuminado, coriáceas, pilosas ou glabras, curto-pecioladas; inflorescência do tipo dicásio ou cimeira terminal, com até 7 flores, hermafroditas, brancas, em forma de campânula alongada; fruto tipo baga, com casca muito fina, de forma (arredondados a elípticos) e tamanho variados (cerca de 3 cm de diâmetro), verde e firmes quando imaturos, verde-amarelados, macios e moles quando maduros, com manchas ou estrias avermelhadas, com polpa adocicada, carnoso-viscosa; as sementes são discoides, achatadas, castanho-claras, medindo cerca de 7 a 8 mm de diâmetro, de 2 até 30 unidades por fruto. Toda a planta exsuda látex branco a rosáceo [1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - DURIGAN, G. et al. Plantas do cerrado paulista: imagens de uma paisagem ameaçada. São Paulo: Páginas & Letras Editora Gráfica, 2004, p. 30.
2 - PEREIRA, A. V. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 238.
3 - DA SILVA JÚNIOR, J. F. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 177.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências

Angiogênica

Angiogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Látex

Solução (1:1): látex/água.

In vitro:

Em fibroblastos NIH-3T3 de ratos incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (corante vermelho neutro) e danos no DNA (teste do Cometa).

Em membrana corioalantóica de embrião de galinha incubadas com filtros contendo o extrato vegetal, com posterior análise histológica dos vasos sanguíneos.

 

Observou-se que a solução aquosa contendo o látex de H. speciosa apresenta atividade angiogênica, além da ausência de efeitos citotóxicos e genotóxicos.

[ 3 ]

Anti-hipertensiva

Anti-hipertensiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: percolação de 251,8 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Rendimento: 69,1 g. Doses para ensaio: 1, 10 e 100 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória da enzima conversora de angiotensina (método colorimétrico), níveis de angiotensina II e de nitrito (espectrofotometria) no plasma de ratos tratados com o extrato vegetal.

 

In vivo:

Em ratos normotensos submetidos a administração do extrato vegetal, com posterior análise da pressão arterial por pletismografia da cauda.

Observou-se que o extrato etanólico das folhas de H. speciosa apresenta atividade hipotensora.

[ 5 ]

Anti-hipertensiva e Vasorelaxante

Anti-hipertensiva e Vasorelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: percolação de 250 g do material vegetal em 17,5 L de etanol à 96%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,1 à 300 g/L; 1 e 3 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 0,03, 0,1 e 1 mg/kg.

In vitro:

Em artéria mesentérica de camundongos incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros miográficos (com fenilefrina), níveis de óxido nítrico e peróxido de hidrogênio.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de hipertensão induzida por nefrectomia associada a ingestão ou não de DOCA-sal, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da pressão arterial e níveis plasmáticos de nitrito.

Observou-se que o H. speciosa apresenta atividade hipotensora, dose-dependente, bem com vasodilatadora.

[ 17 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato (1:10 p/v): decocção de 500 g do material vegetal (fresco) em água à 100°C. rendimento: 0,5%. Doses para ensaio: 20 à 60 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss e BALB/c portadores de inflamação peritoneal induzida por carragenina, edema de orelha induzida por xileno e inflamação através do modelo de bolsa de ar induzido por zimosam, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de leucócitos (Câmara de Neubauer), IL-1β, IL-6, IL-12 e TNF-α (ELISA) e peso da orelha.

Observou-se que o extrato aquoso do fruto de H. speciosa apresenta atividade anti-inflamatória.

[ 10 ]
Fruto

Extrato (1:10 p/v): decocção de 500 g do material vegetal (fresco) em água à 100°C. Rendimento: 0,5%. Frações: diclorometano, acetato de etila e n-butanol. Doses para ensaio: 20 à 40 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos BALB/c portadores de peritonite induzida por veneno liofilizado de Tityus serrulatus, pré-tratados com o extrato vegetal e frações, com posterior contagem de leucócitos, análise dos níveis de citocinas (IL-1β, IL-6 e IL-12) e histopatológica pulmonar.

Observou-se que H. speciosa apresenta atividade anti-inflamatória contra o veneno de T. serrulatus.

[ 11 ]
Látex

Solução: látex/água (2:1). Dose para ensaio: 0,01 à 1,3 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos BALB/c e ratos Wistar submetidos aos testes de contorções abdominais induzida por ácido acético, da formalina em pata traseira, placa quente, edema de pata e bolsa de ar subcutânea, com posterior análise do número de contorções e lambidas, volume do edema, níveis de proteína, TNF-α, IL-6, PGE2, NO, iNOS e COX2.

Observou-se que o látex de H. speciosa apresenta atividade anti-inflamatória.

[ 15 ]
Fruto

Suco (1:1 p/v): 800 g do material vegetal (fresco) em água. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de edema pulmonar induzido por veneno liofilizado de Tityus serrulatus, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da permeabilidade vascular e dos níveis de MDA, IL-1β, IL-6 e TNF-α no tecido pulmonar, níveis de óxido nítrico e peroxidação lipídica (MDA) no tecido renal, e parâmetros bioquímicos (AST, ALT, LDH, CK, ureia, creatinina, albumina e amilase).

Observou-se que H. speciosa apresenta atividade anti-inflamatória contra o veneno de T. serrulatus.

[ 23 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:10 p/v): maceração do material vegetal (seco) em etanol à 96%. Rendimento: 28%. Concentrações para ensaios (in vitro): 2,5 à 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 200 mg/kg.

In vitro:

Em eritrócitos de humanos saudáveis incubados com extrato vegetal e AAPH, com posterior análise dos níveis de hemólise.

Em cepas de Salmonella typhimurium para o Teste de Ames.

Determinar a atividade inibitória (CI50) das enzimas acetilcolinesterase (AChE), butiriltiocolinesterase (BChE), tirosinase, hialuronidase, α-amilase, α-glucosidase, lipase, incubadas com o extrato vegetal na presença de substratos específicos, por espectrofotometria.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana, submetidos ao tratamento agudo e crônico com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis glicêmicos.

Observou-se que H. speciosa apresenta atividades antioxidante, antimutagênica, anti-inflamatória, hipoglicemiante, além de inibir a função de enzimas relacionadas às doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer.

[ 1 ]
Folha

Extrato: percolação de 251,8 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Rendimento: 69,1 g. Frações: acetato de etila/metanol e metanol.

In vitro:

Em células de hepatoma humano (HepG2) transfectadas pelo plasmídeo ARE-Luciferase, incubadas com o extrato vegetal, frações e 12-O-tetradecanoil-13-acetato (TPA) com posterior análise dos níveis de NF-kB; determinar a atividade inibitória da enzima aromatase e atividade da ornitina descaboxilase em células T24 (estimuladas por TPA).

Em células humanas de carcinoma de pulmão (LU1), da próstata (LNCaP), hepática (HepG2) e de mama (MCF-7) incubadas com o extrato vegetal e frações, com posterior análise da proliferação celular.

 

Observou-se que H. speciosa apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, contudo não demonstra ação antitumoral.

[ 18 ]

Anti-inflamatória e Cicatrizante

Anti-inflamatória e Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico à 96%. Fração: acetato de etila/metanol. Concentrações para ensaio: 10 à 100 µg/mL.

In vitro:

Em células monocíticas agudas de humanos (THP-1), estimuladas por lipopolissacarídeo (LPS), incubadas com o extrato vegetal e fração, com posterior análise dos níveis de TNF-α (ELISA) e a viabilidade celular (MTT).

Em fibroblastos gengivais de humanos submetidos a lesões, incubados com o extrato vegetal e frações, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), proliferação e migração celular (coloração DAPI e microscopia de fluorescência invertida).

 

Observou-se que H. speciosa apresenta atividade anti-inflamatória e cicatrizante.

[ 13 ]

Anti-inflamatória e Laxante

Anti-inflamatória e Laxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: material vegetal (maduro) sem sementes. Doses para ensaio: 5, 10 e 15 mL/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração do extrato vegetal, com posterior análise da motilidade intestinal através da ingestão de carvão e remoção de uma porção intestinal (piloro até início do ceco), parâmetros bioquímicos plasmáticos e histopatológicos.

Observou-se que a polpa dos frutos de H. speciosa apresenta atividade anti-inflamatória e laxante.

[ 6 ]

Antibacteriana e Gastroprotetora

Antibacteriana e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: maceração e infusão de 200 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol/água e água, respectivamente. Rendimento: 1,25 e 5%, respectivamente. Doses para ensaio: 250, 500 e 1000 mg/kg.

In vitro:

Em cepas de Helicobacter pylori isoladas de humanos portadores de úlcera duodenal, submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) do extrato hidroalcoólico vegetal.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss e ratos Wistar portadores de lesões gástricas induzidas por indometacina, betanecol, ácido clorídrico/etanol, estresse por restrição hipotérmica e ligadura do piloro, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da extensão e índice das lesões e do conteúdo ácido da secreção gástrica.

Observou-se que o extrato hidroalcoólico das cascas de H. speciosa apresenta atividade gastroprotetora, principalmente na dose de 500 mg/kg, e antibacteriana (CIM = 125 g/mL), além da ausência de efeitos tóxicos.

[ 7 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Outras espécies em estudo: Virola surinamensis, Qualea grandiflora, Alchornea castaneifolia e Curatella americana.

In vitro:

Em cepas de Trichosporon spp., Rhodotorula rubra, Candida guilliermondii, C. tropicalis, C. albicans, Cephalosporium spp., Aspergillus flavus, A. parasituns, Penicillium spp., Microsporum canis, M. gypseum, Trichophyton rubrum, T. mentagrophytes, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e S. epidermidis submetidas ao ensaio de disco-difusão em ágar.

 

Observou-se que Q. grandiflora, V. surinamensis e H. speciosa apresentam atividade antimicrobiana mais potente.

[ 26 ]

Antimicrobiana e Antioxidante

Antimicrobiana e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato (1:10): maceração do material vegetal em etanol à 96%. Rendimento: 28%.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH e em eritrócitos humanos incubados com AAPH e extrato vegetal, com posterior análise da inibição da hemólise e da produção de malondialdeído (MDA).

Em cepas de Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus e Candida albicans submetidos ao teste de microdiluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e concentração fungicida mínina (CFM), e em cepas de Colletotrichum acatatum, Fusarium culmorum, Mucor piriformis, Microsporum canis, M. audouinii e Trichophyton spp. submetidas ao teste de disco-difusão em ágar.

Em células de leucemia mieloide aguda (Kasumi-1) incubadas com o extrato vegetal com submetidas ao ensaio anexina/iodeto de propídio, análise do potencial de membrana mitocondrial e morte celular.

 

Observou-se que H. speciosa apresenta atividade antioxidante, antimicrobiana e citotóxica em células Kasumi-1.

[ 9 ]

Antimutagênica

Antimutagênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Polpa dos frutos maduros. Doses para ensaio:10, 20 e 40 mL/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração de cloridrato de doxorrubicina e cloridrato de 1,2-dimetil-hidrazina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de células da medula óssea (teste do micronúcleo), sangue periférico (teste do Cometa), células do cólon (índice de apoptose) e tecido hepático (peroxidação lipídica – MDA).

Observou-se que H. speciosa apresenta atividade antimutagênica, demonstrando ausência de mutagenicidade.

[ 24 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências

Extrato etanólico (1:5 m/v). PEG microesferas: contendo 100 ng/mL do extrato etanólico vegetal. Concentrações para ensaio: 50 e 100 ng/mL.

In vitro:

Em células mononucleares, isoladas da amostra de sangue de voluntários saudáveis, e células de câncer de mama (MCF-7), incubadas com PEG microesferas contendo o extrato vegetal ou não, com posterior análise da viabilidade celular (método colorimétrico Laranja de Acridina), níveis do radical ânion superóxido (citocromo C) e da enzima CuZn-superóxido dismutase (redução do Tetrazólio nitroazul).

 

Observou-se que o extrato de H. speciosa apresenta atividade antitumoral e antioxidante, associado ou não ao PEG microesferas, além da ausência de citotoxicidade.

[ 14 ]

Antioxidante e Inibidora enzimática (AChE)

Antioxidante e Inibidora enzimática (AChE)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato etanólico à 70%.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais através do radical DPPH, ABTS e sistema β-caroteno/ácido linoleico, e a atividade inibitória da enzima acetilcolinesterase (AChE).

 

Neste estudo dentre as 12 especies vegetais, Hancornia speciosa, Myracrodruon urundeuva, Copaifera langsdorffi, Stryphnodendron coriaceum, Psidium guajava e Mangifera indica apresentam propriedades antioxidante, além de inibir a AChE.

[ 20 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Látex, Folha, galho e fruto

Extrato: maceração do material vegetal (seco) em hexano e metanol. Frações: diclorometano, acetato de etila, metanol/acetato de etila e metanol/clorofórmio. Extrato: material vegetal (fresco) em diclorometano. Outras plantas em estudo: Annona pickelli, A. salzmannii, Guatteria blepharophylla, G. hispida, Jatropha curcas, Kielmeyera rugosa, Lippia gracilis e Hyptis calida.

In vitro:

Em células humanas, de câncer do cólon (HCT-8), melanoma (MDA-MB-435), glioblastoma (SF-295) e leucêmica promielocítica (HL-60), submetidas ao ensaio MTT.

 

Observou-se que H. speciosa não apresenta atividade antitumoral significativa, contudo, G. blepharophylla, G. hispida, J. curcas, K. rugosa e L. gracilis demonstram potente citotoxicidade.

[ 27 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: percolação de 100 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Rendimento: 23,45 g. Frações: n-hexano, diclorometano, diclorometano/acetato de etila e acetato de etila. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,3 à 1000 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória de α-glucosidase na presença do substrato p-nitrofenil-α-D-glucopiranosídeo, extrato e frações vegetais.

Em adipócitos isolados da camada de gordura epididimal incubados com insulina, extrato vegetal e fração de diclorometano, com posterior análise da captação de 2-desoxi-[3H]glicose.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a ingestão de carboidrato, extrato vegetal e frações, com posterior análise dos níveis glicêmicos.

O extrato bruto e a fração de diclorometano apresentam atividade hipoglicemiante, pois inibe a α-glucosidase intestinal e estimula a capacitação de glicose por adipócitos.

[ 12 ]
Folha

Extrato: decocção de 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água, ferver por 5 minutos. Dose para ensaio: 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar portadoras de diabetes induzido por estretozotocina, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos e água, parâmetros bioquímicos (proteína e colesterol total, TG, LDL-c, HDL-c, ALT e AST).

Observou-se que H. speciosa apresenta atividade hipoglicemiante, além a ausência de efeitos tóxicos.

[ 21 ]

Neoformação óssea

Neoformação óssea
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Látex

Soluções: contendo 5 e 50% de látex em água.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesão de 5 mm no osso parietal superior do crânio, tratados com a solução contendo o látex vegetal durante 15 e 30 dias, com posterior análise de parâmetros histológicos.

Neste estudo, a solução contendo o látex de H. speciosa não demonstra efetividade na neoformação óssea.

[ 2 ]
Látex

Solução aquosa (1:1). Gel de carbopol à 1%: contendo 5% (v/v) de látex.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesão óssea induzida, na parte superior do crânio, ou normais, tratados com o gel contendo o látex vegetal (via tópica), com posterior análise da formação do tecido ósseo e proliferação celular (BrdU).

O látex de H. speciosa apresenta estimula a neoformação óssea.

[ 8 ]

Quimiopreventiva

Quimiopreventiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: percolação de 251,8 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Rendimento: 69,1 g. Frações: n-hexano, diclorometano, acetato de etila, diclorometano/acetato de etila, acetato de etila/metanol, metanol e metanol/água. Outras espécies em estudo: Davilla elliptica, Jacaranda caroba, Mansoa hirsuta, Remija ferrugina, Solanum paniculatum e Xyris pterygoblephara.

In vitro:

Em células HepG2 transfectadas com plasmídeo ARE-luciferase e em células embrionárias de rim de humanos, transfectadas com plasmídeo-luciferase estimuladas por acetato 12-O-tetradecanoil-13, incubadas com os extratos vegetais e frações, com posterior análise da expressão do gene ARE (codifica proteínas protetoras) e dos níveis de NF-kB (CI50).

Em células tumorais da bexiga de humanos (T24) estimuladas por acetato 12-O-tetradecanoil-13, incubadas com os extratos vegetais e frações, com posterior análise da atividade da enzima ornitina descaboxilase (ODC).

Determinar a atividade inibitória de COX-1, na presença dos extratos vegetais e frações, ácido araquidônico e indometacina, com posterior quantificação dos níveis de PGE2 por ELISA.

 

Observou-se que as espécies H. speciosa, M. hirsuta e J. caroba apresentam potencial quimiopreventivo, além da ausência de citotoxicidade.

[ 25 ]

Vasodilatadora

Vasodilatadora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Concentrações para ensaio: 0,1 à 100 µg/mL

In vitro:

Em anéis da aorta de ratos Wistar incubados com o extrato vegetal, fenilefrina, acetilcolina, L-NAME, atropina, indometacina, 3-morfolinossidnonimina, superóxido dismutase e wortmanina, com posterior análise dos efeitos vasorelaxantes.

 

Observou-se que o extrato etanólico de H. speciosa apresenta atividade vasodilatadora dependente de óxido nítrico.

[ 19 ]
Folha

Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Concentrações para ensaio: 0,1 à 100 µg/mL

In vitro:

Em anéis da aorta de ratos Wistar incubados com o extrato vegetal, fenilefrina, cloreto de potássio, L-NAME, indometacina, cloreto de bário, com posterior análise dos efeitos vasorelaxantes.

 

Observou-se que o extrato etanólico de H. speciosa apresenta atividade vasodilatadora dependente da produção de óxido nítrico, ativação de canais de potássio e fator hiperpolarizante derivado do endotélio.

[ 22 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade

Citotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Látex

Solução aquosa (1:1). Concentração para ensaio: 0 à 1,2 mg/mL.

In vitro:

Em células da calvária de ratos Wistar recém-nascidos, incubadas com o látex vegetal e submetidas ao ensaio MTT.

 

Observou-se que o látex de H. speciosa reduz a viabilidade celular em concentrações acima de 0,6 mg/mL.

[ 8 ]

Citotoxicidade e Genotoxicidade

Citotoxicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Látex

Solução: contendo 1, 5 e 10% de látex em água.

In vitro:

Determinar a citotoxicidade e genotoxicidade da solução aquosa contendo o látex vegetal em células meristemáticas das raízes de Allium cepa.

 

Observou-se que o látex de H. speciosa não apresenta efeitos citotóxicos e genotóxicos significativos, nas doses indicadas.

[ 4 ]
Látex

Solução: látex/água (1:1). Concentrações para ensaio: 0,1, 0,2 e 0,4%.

In vitro:

Em nanopartículas de prata (AgNP) contendo o látex vegetal, com posterior análise da liberação do látex por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET) e Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), e ensaios de citotoxicidade e genotoxicidade em Allium cepa.

 

Observou-se a combinação de AgNP e látex de H. speciosa apresenta ausência de efeitos tóxicos na dose de 0,1%.

[ 16 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: maceração de 200 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol/água. Rendimento: 1,25%. Dose para ensaio: 5 g/kg.

In vivo:

Em ratos submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato hidroalcoólico das cascas de H. speciosa apresenta ausência de efeitos tóxicos na dose de 5 g/kg.

[ 7 ]
Látex

Solução: látex/água (2:1). Dose para ensaio: 0,5 à 1,5 e 100 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos BALB/c e ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O látex de H. speciosa não apresenta sinais de toxicidade nas doses em estudo.

[ 15 ]

Referências bibliográficas

1 - DOS SANTOS, U. P. et al. Physicochemical characterization, microbiological quality and safety, and pharmacological potential of Hancornia speciosa Gomes. Oxid Med Cell Longev, p.1-17, 2018. doi: 10.1155/2018/2976985
2 - FELIPETTI, F. A. et al. Oral administrations of Hancornia speciosa Gomes latex do not increase bone neoformation. Rev Bras Ortop (São Paulo), v. 54, n. 6, p.692-696, 2019. doi: 10.1055/s-0039-1697019
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Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Entrecasca ou folha seca

100 g

Entrecasca ou folha fresca

200 g

                                                              * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de entrecasca ou folha seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de entrecasca ou folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Úlceras cutâneas.

Posologia

Uso tópico: incorporar em pomada, creme ou gel.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 140-141.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

gálico, vanílico, o-cumárico, rosmarínico, clorogênico, protocatecuico, isoclorogênico, 3 e 5-feruloilquínico,

Ácidos graxos

linoleico e linolênico.

Carboidratos

Fibras

Flavonoides

quercetina, naringenin-7-O-glicosídeo, rutina, catequina, isoquercitrina, kaempferol-rutinosídeo, kaempferol-hexosídeo, isorhamnetina-3-O-rutinosídeo, catequina-pentosídeo, eriodctiol, procianidinas (B e C) e proantocianidinas polimétricas.

Minerais

ferro, manganês e zinco.

Outras substâncias

ácido quinínico, ácido quinico, ácido coumaroilquínico e bornesitol.

Proteínas

Taninos

Terpenos

ésteres de lupeol, α e β-amirina.

Vitaminas

ácido ascórbico.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. V. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 240.
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6 - PEREIRA, A. C. et al. Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae) as a potential anti-diabetic drug. J Ethnopharmacol, v. 161, p.30-35, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2014.11.050
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9 - DE LIMA, J. P. et al. First evaluation of the antimutagenic effect of mangaba fruit in vivo and its phenolic profile identification. Food Res Int, v. 75, p.216-224, 2015. doi: 10.1016/j.foodres.2015.05.045
10 - RODRIGUES, C. M. et al. Metabolic fingerprinting using direct flow injection Electrospray Ionization Tandem Mass Spectrometry for the characterization of proanthocyanidins from the barks of Hancornia speciosa. Rapid Commum Mass Spectrom, v. 21, n. 12, p.1907-1914, 2007. doi: 10.1002/rcm.3036
11 - DA SILVA JÚNIOR, J. F. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 178-179.

Propagação: 

por sementes, porém estas são recalcitrantes, e devem ser semeadas entre 2 a 4 dias após a extração do fruto. As sementes devem ser selecionadas a partir de plantas produtivas e frutos saudáveis. A semeadura deve ser realizada adicionando 2 sementes (1 cm de profundidade) em sacos plásticos (de 12x18 cm) ou tubetes (5,2x19 cm) contendo substrato areno-argiloso. O uso de esterco bovino prejudica o desenvolvimento desta espécie. Transferir para viveiro com sombrite ou cobertura de palha. A emergência das plantas inicia cerca de 21 a 30 dias após a semeadura. Após 60 dias ou quando as plantas atingirem 7 cm de altura, deve-se iniciar o processo de desbaste (deixando apenas 1 muda, mais vigorosas, por saquinho) e adaptação a exposição solar (retirando gradativamente a cobertura de palha). O plantio em local definitivo deve ser realizado com mudas de 15 a 30 cm de altura (de 4 a 6 meses após a semeadura), com espaçamento de 5 a 7 metros. Procedimentos de enxertia (borbulhia ou garfagem) também podem ser utilizados para esta espécie, a partir de mudas oriundas de sementes. O plantio de mudas enxertadas, deve ser realizado de forma intercalada para que ocorra a troca de pólen (fecundação cruzada é essencial para a frutificação). Épocas chuvosas são as mais indicadas para o plantio, em solos arenosos, em covas de 30x30 cm e com capacidade de 27 litros de solo. Pode-se adicionar, no máximo, 10% do volume da cova de esterco [ 1 , 2 ] .

Tratos culturais & Manejo: 

esta espécie é muito resiste à solos ácidos, contudo, faz-se necessário a adição de cálcio e magnésio ao solo. Não se faz necessário, a irrigação em cultivos desta espécie, contudo a presença de água favorece a sobrevivência e o desenvolvimento [ 1 , 2 ] .

Pós-colheita: 

o armazenamento das sementes despolpadas deve ser realizado em sacos plásticos, em geladeira (gaveta inferior), a temperatura próxima de 10°C e por 1 mês [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

pode ser atacada por pulgão, cochonilha, formigas e fungos (Cylindrocladium clavatum e Fusarium solani) durante o período de desenvolvimento, enquanto que na fase adulta pode ser acometida por fungos Colletotrichum gloeosporioides e Lasiodiplodia theobromae [ 1 , 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. V. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 242-243.
2 - DA SILVA JÚNIOR, J. F. et al. Hancornia speciosa (mangaba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 181-186.

Referências bibliográficas

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