Macrosiphonia velame (A. St.-Hil.) Müll. Arg.

Velame, velame branco e losna-do-campo.

Sinonímia 
Mandevilla velame (A.St.-Hil.) Pichon
Família 
Informações gerais 

Nativa do Cerrado brasileiro. Pode ser encontrada nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Suas principais indicações são: antimicrobiana, antirreumática, anti-inflamatória, depurativa, antisséptica, cicatrizante e antialérgica[1,2].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 181-184.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 168-169.
Descrição da espécie 

Planta herbácea ou subarbusto ereto, de 20 a 50 cm de altura; as folhas são simples, opostas, ovado-lanceoladas, ápice agudo ou acuminado, base obtusa a arredondada, com pecíolos curtos, prateadas e muito pubescentes (em ambas as faces), de 4 a 5 cm de comprimento; inflorescência terminal, com 1 ou 2 flores, grandes, de cor branca e com o interior amarelo; fruto formado por 2 folículos lineares lanados, com até 30 cm de comprimento[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 181-184.
2 - DURIGAN, G. et al. Plantas do cerrado paulista: imagens de uma paisagem ameaçada. São Paulo: Páginas & Letras Editora Gráfica, 2004, p. 33.
3 - SILVA, G. et al. Pequenas plantas do cerrado: Mandevilla velame (A.St.-Hil.) Pichon. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo: Rettec, 2018, p. 71. Disponível em: http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/2018/12/plantaspequenasdocerrado.pdf. Acesso em: 16 mar. 2020.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 840 g do material vegetal (pó) em metanol. Frações: n-hexano, clorofórmio e acetato de etila. Outras espécies em estudo: Garcinia achachairu, Rubus niveus e Pilea microphylla.

In vitro:

Em cepas de Escherichia coli, Staphyloccocus aureus, S. saprophyticus, Bacillus subtilis e Candida albicans submetidas ao ensaio de diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima dos extratos vegetais e frações (CIM).

 

Observou-se que os extratos e frações de R. niveus e M. velame apresentam atividade antimicrobiana mais potente, principalmente contra S. aureus (CIM = 125 à 1000 µg/mL).

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - MELIM, C. et al. Antimicrobial Activity of extracts and fractions from aerial parts of selected plants (Garcinia achachairu, Macrosiphonia velame, Rubus niveus and Pilea microphylla) against some pathogenic microorganisms. Nat Prod Commun, v. 8, n. 11, p.1567-1569, 2013. doi: 10.1177/1934578X1300801117

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Raiz seca

100 g

Raiz fresca

200 g

                                                               * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de raiz seca, pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de raiz fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Afecções inflamatórias e infecciosas da pele.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 167-168.

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas e abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

não há dados na literatura.

Interações medicamentosas: 

associar com Arctium lappa (bardana) paras os quadros de erisipela. Para o tratamento de doenças venéreas associar com Cayaponia tayuya (taiuiá) e Pterodon emarginatus (sucupira). Associar com Thuya occidentalis (tuia) para o tratamento da hipertrofia benigna da próstata[1,2].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 168.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 182-183.

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