Nativa do Brasil, ocorre nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Também pode ser encontrada no México e na Bolívia. O babaçu representa grande valor econômico, social e ecológico para o Brasil. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, analgésica, imunoestimulante, antitrombótica, cardioprotetora, diurética, antiespasmódica e cicatrizante[1,2,3].
Palmeira monocaule de porte elegante com até 25 m de altura, tronco ou estipe liso medindo cerca de 75 cm de diâmetro; com até 20 folhas grandes, planas e pinatipartidas; inflorescências pistiladas e andróginas, com flores estaminadas; frutos em drupas oblongas-elipsoides lisas, medindo cerca de 10 cm de comprimento e 5 cm de diâmetro, com epicarpo delgado e escuro na maturidade; mesocarpo fibroso, seco, farináceo e de cor esbranquiçada; endocarpo espesso, lenhoso e muito duro; possui cerca de 3 sementes ou amêndoas de cor castanho claro, superfície lisa, muito oleaginosas, medindo de 8 a 15 cm de comprimento[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Babaçu | Brasil | Semente | No tratamento de estrias e calosidades. |
Óleo. |
Aplicar sobre a pele 2 vezes ao dia. |
Usar por curto período de tempo, até 30 dias. Não usar na gravidez e lactação. |
[
1
]
|
Babaçu, uauassu e guaguaçu | Brasil | Mesocarpo | Antidismenorreica, antiartrítica, antiobesidade, anti-inflamatória, antitumoral e no tratamento de prisão de ventre e colite. |
Pó: não ultrapassar 1 colher (de chá) ao dia. |
Via oral. |
Dose alta pode aumentar os níveis glicêmicos e favorecer o desenvolvimento de bócio. |
[
2
]
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Referências bibliográficas
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Amêndoa |
Óleo: por prensagem de 500 g do material vegetal. Rendimento: 48%. |
In vitro: Em cepas de Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Shigella flexneri, Proteus vulgares, incubadas com extrato vegetal, submetidas aos testes de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e análise de sinergismo/antagonismo com antibióticos aminoglicosídeos.
|
O óleo de O. speciosa apresenta ação antibacteriana mais potente, para S. aureus e K. pneumoniae, e quando em associação aos antibióticos demonstra sinergismo para S. aureus e antagonismo para E. coli. |
[
3
] |
Antimicrobiana e Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Mesocarpo |
Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em 2000 mL de etanol. Rendimento: 7,9% (p/p). Concentrações para ensaio (in vitro): 0,9 mg/kg e 500 mg/kg. Doses para ensaio (in vivo): 125 mg/kg e 250 mg/kg. |
In vitro: Em cepas de Escherichia coli, Pseudomonas aureginosa, Enterococcus faecalis e Staphylococcus aureus e S. aureus (resistente à meticilina-MRSA) incubadas com extrato vegetal, submetidas ao teste de disco-difusão em ágar para determinar concentração mínima inibitória (CIM). In vivo: Em camundongos Swiss tratados com extrato vegetal, submetidos à sepse polimicrobiana induzida por ligadura e punção cecal (CLP), com posterior quantificação de colônias bacterianas (UFC) da cavidade e análise dos níveis de citocinas TNF-α, INF-γ e IL-6 (ELISA). |
Observou-se que o extrato O. speciosa apresenta atividade antimicrobiana e imunomoduladora, principalmente para E. faecalis e S. aureus (MRSA), além de inibir a expressão de TNF-α e IL-6. |
[
6
] |
Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (seco) em etanol. Rendimento: 29 g. Frações: hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. Doses para ensaio: 10, 30 e 100 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com extrato vegetal, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, lambedura de pata induzida por formalina e da placa quente, e análise do mecanismo de ação (atropina, naloxona, L-NAME e mecamilamina). |
Observou-se que o extrato etanólico e a fração de diclorometano apresentam atividade antinociceptiva mediada pelos receptores colinérgicos e opioides. |
[
2
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Amêndoa |
Extrato: 80 g do material vegetal em metanol. Rendimento: 5,20%. Outra espécie em estudo: Maurira flexuosa. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da produção de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), degradação da desoxirribose, capacidade de eliminação de radicais (DPPH), quelação de ferro e redução do íon férrico (FRAP).
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Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade antioxidante, contudo M. flexuosa exibe ação mais potente. |
[
5
] |
Endocarpo, Flor e folha |
Extrato: maceração do material vegetal em etanol 96%. |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante através do radical DPPH. Em estirpes de Saccharamyces cerevisiae incubadas com os extratos vegetais, submetidas ao estresse oxidativo induzido por terc-butil-hidroperóxido (TBH), com posterior análise da viabilidade celular.
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Observou-se que os extratos das espécies vegetais deste estudo apresentam atividade antioxidante. |
[
7
] |
Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Semente |
Extrato: maceração do material vegetal em etanol. Concentração para ensaio (em sistema nanoparticulado): 300 µg/mL. |
In vitro: Em culturas celulares estromal e de tecido prostático de humanos portadores de hiperplasia prostática (BPH), incubados com o extrato vegetal em sistema nanoparticulado, com posterior análise com posterior análise da viabilidade (ensaio MTT) e morfologia celular (coloração de actina), citotoxicidade (LDH), imuno-histoquímica (PCNA), apoptose e histomorfometria.
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Observou-se que o extrato de O. speciosa apresenta atividade antiproliferativa. |
[
1
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Fruto (epicarpo e mesocarpo) |
Extrato: maceração de 1200 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Rendimento: 3%. Concentrações para ensaio: 100, 300 e 1200 µg/mL. |
In vitro: Em células leucêmicas de humanos (K-562, MDR multirresistente, K-562 Lucena 1 e HL-60), câncer de mama de humanos (MCF-7), linfócitos de sangue periférico de humanos e fibroblastos de camundongos (3T3-L1), incubados com extrato vegetal, com posterior análise da citotoxicidade (teste de aderência celular), atividade da enzima 6-fosfofruto-1-quinase (PFK), microscopia e parâmetros cinéticos.
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Observou-se que o extrato de O. speciosa apresenta atividade citotóxica, dose-dependente, principalmente para linhagens tumorais. |
[
4
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca, fragmentada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Lesões orgânicas ou teciduais e infecções de repetição.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
1,4 a 1,6 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por decocção, por 5 minutos.
Infecções de repetição.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do decocto duas a três vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Tintura de Annona muricata, Leonurus sibiricus, Orbignya speciosa, Rosa alba, Stachytarpheta caynnensis e Tabebuia avellanedae |
1:1:1:1:1:1 |
Em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas desejadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.
Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.
Uso oral: Tomar 30 gotas, 2 vezes ao dia, por 60 dias.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Fase A: (infusos/decoctos) |
|
Água destilada |
1000 mL |
Annona muricata (entrecasca seca) |
5 g |
Leonurus sibiricus (planta toda seca) |
5 g |
Orbignya speciosa (folha seca) |
7,5 g |
Rosa alba (pétala seca) |
2,5 g |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
5 g |
Tabebuia avellanedae (entrecasca seca) |
7,5 g |
Thuja occidentale (folha seca) |
2,5 g |
Fase B: (alcoolaturas) |
|
Annona muricata (entrecasca) |
5 mL |
Cayaponia tayuya (raiz) |
10 mL |
Leonurus sibiricus (planta toda) |
10 mL |
Orbignya speciosa (folha) |
5 mL |
Rosa alba (pétala) |
10 mL |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
2,5 mL |
Tabebuia avellanedae (entrecasca) |
15 mL |
Thuja occidentale (folha) |
15 mL |
Nipagin® 0,2% |
2 g |
Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.
Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.
Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
Ácidos graxos
láurico, cáprico, mirístico, palmítico, esteárico, oleico, linoleico, araquidônico e capróico.
Alcaloides
Amidos
Aminoácidos
Carotenoides
Cumarinas
Esteroides
Flavonoides
Glicosídeos
Mucilagens
Óleos fixos
Proteínas
Resinas
Sais minerais
cálcio, fosforo e ferro.
Saponinas
Taninos
Triterpenos
Vitaminas
B1, B2, E.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 8 semanas, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 15 dias[1,2].
em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].
não há dados na literatura.
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
é realizada através dos frutos [ 1 ] .
os microrganismos Rhynostomus barbirostris, Homa zinotus coriaceus, Rhyncophorus patmarum e Rhyndrophorus sp. podem danos à palmeira, enquanto que as amêndoas podem ser atacadas por Bruchus nualeorum [ 1 ] .
Referências bibliográficas