Sedum dendroideum DC.

Bálsamo.

Família 
Informações gerais 

Ocorre naturalmente na Índia e África do Sul. Cultivada para fins medicinais e ornamentais. Suas principais indicações são: cicatrizante, anti-inflamatória, emoliente, antiulcerogênica, analgésica e antimicrobiana[1].

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 221-223.
Descrição da espécie 

Espécie perene, suculenta, sublenhosa e xerófita; as folhas são alternas, simples, de 1 a 5 cm de comprimento x 1 a 2 cm de largura, sésseis, glabras, brilhantes, face abaxial com coloração verde mais clara, oboval, ápice obtuso, base decurrente e margem lisa, como nervura central aparente; flores amarelas, dispostas em panículas[1].

Referências descrição da espécie
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 221-222.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Bálsamo Brasil Folha

Antitumoral e cicatrizante de feridas.

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[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - SCHMIDT, C. et al. Biological studies on brazilian plants used in wound healing. J Ethnopharmacol, v. 122, n. 3, p.523-532, 2009. doi: 10.1016/j.jep.2009.01.022

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1,9 L): suco de 2,12 kg do material vegetal (fresco). Rendimento: 44,9 g. Dose para ensaio: 1g/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss, tratados com extratos vegetais, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, da placa quente, dor induzida por formalina, edema de orelha induzido pelo óleo de cróton e locomotor (Rota-rod).

Observou-se que o suco fresco de S. dendroideum apresenta atividade anti-inflamatória e antinociceptiva.

[ 3 ]

Antioxidante e Gastroprotetora

Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (100 g/L): infusão de 1,25 kg do material vegetal (seco) em água. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 à 1000 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 80 à 600 mg / kg.

In vitro:

Determinar atividade antioxidante através do radical DPPH.

Em células de carcinoma do cólon humano (Caco-2), incubadas com extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT).

 

In vivo:

Em ratas Wistar e camundongos Swiss, portadores de lesões gástricas agudas induzidas por etanol e indometacina, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise da dose efetiva média (DE50), níveis de óxido nítrico, glutatidona e muco gástrico no tecido estomacal, produção de secreção gástrica por ligadura do piloro, esvaziamento gástrico e motilidade intestinal (corante vermelho fenol).

O extrato S. dendroideum apresenta atividade antioxidante, gastroprotetora, além de aumentar a motilidade intestinal, com DE50 = 191,0 mg/kg (via oral) e 19,0 mg/kg (via intraperitoneal), sem relatos de citotoxicidade.

[ 1 ]
Folha

Extrato etanólico à 70%. Rendimento: 9,21%. Doses para ensaio: 25, 50 e 100 mg/kg.

In vitro:

Determinar atividade antioxidante através do radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de úlceras gástricas agudas induzidas por etanol e indometacina, e crônicas induzidas por ácido acético, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros que avalie as lesões do tecido estomacal e toxicidade subaguda (DE).

Em ratos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por etanol, tratados com dose efetiva (DE), com posterior análise dos níveis de óxido nítrico e produção de secreção gástrica por ligadura do piloro.

Observou-se que o extrato de S. dendroideum apresenta atividade antioxidante e gastroprotetora, com DE = 50 mg/kg, além da ausência de efeitos tóxicos.

[ 2 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (fresco). Dose para ensaio: 13 mL/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de gastrite erosiva induzida por indometacina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos.

Observou-se que o extrato de S. drendoideum não apresentou efetividade na redução das lesões gástricas.

[ 5 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: suco a partir do material vegetal (fresco). Dose para ensaio: 400 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de diabetes induzidos por estreptozotocina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise dos níveis plasmáticos de insulina.

Observou-se que o extrato de S. dendroideum apresenta atividade hipoglicemiante.

[ 4 ]
Ensaios toxicológicos

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico à 70%. Rendimento: 9,21%. Dose para ensaio: 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar submetidas aos testes de toxicidade aguda.

Observou-se que o extrato de S. dendroideum não apresenta toxicidade na dose de 2000 mg/kg.

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - DA LUZ, B. B. et al. Chemical composition, antioxidant and gastrointestinal properties of Sedum dendroideum Moc & Sessé Ex DC leaves tea infusion. J Ethnopharmacol, v. 231, p.141-151, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2018.11.019
2 - CARRASCO, V. et al. Antiulcer activities of the hydroethanolic extract of Sedum dendroideum Moc et Sessé ex DC. (balsam). J Ethnopharmacol, v. 158, n. (Pt A), p.345-351, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.10.042
3 - DE MELO, G. O. et al. Phytochemical and pharmacological study of Sedum dendroideum leaf juice. J Ethnopharmacol, v. 102, n. 2, p.217-220, 2005. doi: 10.1016/j.jep.2005.06.015
4 - DA SILVA, D. et al. Antidiabetic activity of Sedum dendroideum: metabolic enzymes as putative targets for the bioactive flavonoid kaempferitrin. IUBMB Life, v. 66, n. 5, p.361-370, 2014. doi: 10.1002/iub.1270
5 - BARACHO, N. C. V. et al. Effects of the administration of aqueous extract of de Sedum dendroideum on the histopathology of erosive induced gastritis by means of indomethacin in rats. Acta Cir Bras, v. 29, n. 1, p.24-29, 2014. doi: 10.1590/S0102-86502014000100004

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Alcaloides

Compostos cianogênicos

Fenóis

Flavonoides

campferol, miricetina e quercetina.

Polissacarídeos

Taninos

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 223.
2 - DA LUZ, B. B. et al. Chemical composition, antioxidant and gastrointestinal properties of Sedum dendroideum Moc & Sessé Ex DC leaves tea infusion. J Ethnopharmacol, v. 231, p.141-151, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2018.11.019
3 - DE OLIVEIRA, A. F. et al. Chemical structure and anti-inflammatory effect of polysaccharides obtained from infusion of Sedum dendroideum leaves. Int J Biol Macromol, v. 105, n. (Pt 1), p.940-946, 2017. doi: 10.1016/j.ijbiomac.2017.07.122
4 - DE OLIVEIRA, A. F. et al. Gastroprotective activity of a pectic polysaccharide fraction obtained from infusion of Sedum dendroideum leaves. Phytomedicine, v. 41, p.7-12, 2018. doi: 10.1016/j.phymed.2018.01.015
5 - DE MELO, G. O. et al. Phytochemical and pharmacological study of Sedum dendroideum leaf juice. J Ethnopharmacol, v. 102, n. 2, p.217-220, 2005. doi: 10.1016/j.jep.2005.06.015
6 - DE MELO, G. O. et al. Antinociceptive and anti-inflammatory kaempferol glycosides from Sedum dendroideum. J Ethnopharmacol, v. 124, n. 2, p.228-232, 2009. doi: 10.1016/j.jep.2009.04.024 2009
7 - CARRASCO, V. et al. Antiulcer activities of the hydroethanolic extract of Sedum dendroideum Moc et Sessé ex DC. (balsam). J Ethnopharmacol, v. 158, n. (Pt A), p.345-351, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.10.042

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável.

Contraindicações: 

não há dados na literatura.

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode reduzir a produção de espermatozoides viáveis, sendo considerada como um espermicida potente[1].

Interações medicamentosas: 

a associação com Alternanthera brasiliana (perpétua-do-mato) potencializa o processo de cicatrização[1].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 223.

Propagação: 

por estaca de folha ou caule. Estacas a partir do caule são mais utilizadas, assim, deve-se cortar um ramo de 15 cm contendo 4 gemas, deixar 2 pares de folhas cortadas o meio parte superior da estaca, e introduzir 2 gemas em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1). As mudas devem permanecer no viveiro (sombrite 50%) por 45 dias. Realizar a irrigação 1 vez ao dia para o rápido desenvolvimento das raízes. Após este período, o plantio deve ser realizado com espaçamento de 30 cm entre plantas e 30 cm entre linhas e a pleno sol. No campo a muda deve ser irrigada diariamente por 2 meses [ 1 ] .

Propagação por estacas.

Propagação por estacas.

Mudas.

Mudas.

Tratos culturais & Manejo: 

após dois meses de plantio, a irrigação deve ser realizada apenas em período de estiagem prolongada. Esta espécie não sobrevive em áreas sombreadas, contudo, desenvolve-se melhor em solo bem drenado e tolera secas e geadas [ 1 ] .

Colheita: 

realizada 1 ano após o plantio, 10 cm acima do solo, em estações não chuvosas e antes do florescimento. A sabedoria popular recomenda que as partes aéreas das plantas deva ser realizada preferencialmente na lua cheia [ 1 ] .

Pós-colheita: 

as folhas devem ser lavadas com água para retirada de impurezas e deixar secar por 6 horas para reduzir o excesso de água. Em seguida o fitoterápico deve ser preparado (sempre a partir da planta fresca) [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 222-223.

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