Justicia pectoralis
Erva perene, entouceirada, suberecta, de aproximadamente 40 a 70 cm de altura; folhas simples, membranáceas, opostas, lanceoladas, pecioladas, estreitas e longas, com cerca de 3 a 10 cm de comprimento; inflorescências terminais em panículas, compostas por flores pequenas e azuladas; os frutos são do tipo cápsula deiscente. A planta desprende um forte cheiro adocicado (cumarina) algum tempo depois da coleta[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Cúria, erva de Santo Antônio e erva do carpinteiro | Venezuela | - | Adstringente, expectorante, broncodilatadora, sedativa e anti-hemorrágica. |
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1
]
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Cúria, erva de Santo Antônio e erva do carpinteiro | Venezuela | Folha | Cicatrizante (feridas). |
Cataplasma. |
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[
1
]
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Cúria, erva de Santo Antônio e erva do carpinteiro | Venezuela | Raiz | Emenagoga. |
Decocção. |
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[
1
]
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Cúria, erva de Santo Antônio e erva do carpinteiro | Venezuela | - | Hepatoprotetora, antirreumática e nos casos de gota. |
Infusão. |
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[
1
]
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Cerebril, tilo crioulo e tilo cubano | Costa Rica | - | Tranquilizante. |
Infusão. |
Uso interno. |
- |
[
1
]
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Cerebril, tilo crioulo e tilo cubano | Costa Rica | Folha | Anticatarral e broncodilatadora. |
Decocção. |
Tomar 3 vezes ao dia. |
- |
[
1
]
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Tilo, tila, chá criolo e carpinteiro | Cuba e Colômbia (Zona Tropical) | Folha fresca ou seca ou planta toda | Sedativa, calmante, antigripal, antitussígena, expectorante, broncodilatadora, antiepiléptica, orexígena, analgésica e no tratamento da arteriosclerose. |
Decocção ou infusão e adoçar (uso interno) ou cozinhar em azeite (uso externo). |
Uso interno: tomar 3 vezes ao dia. Uso externo: na forma de cataplasma (problemas respiratórios). |
- |
[
1 ,
3
]
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- | Jamaica e Colômbia (Zona Tropical) | Planta toda ou sumo das folhas frescas | No tratamento de ferimentos cutâneos (cortes) sangrantes. |
- |
- |
- |
[
1 ,
3
]
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- | Haiti e Colômbia (Zona Tropical) | Folha | No tratamento de gastralgia e gastrite. |
- |
Uso interno. |
- |
[
1 ,
3
]
|
Curía e Santa Marta | Honduras | Planta toda | Dor de estômago, tosse e febre. |
Decocção. |
- |
- |
[
2
]
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Yakayú | Colômbia | Planta toda | Pneumonia e outras afecções pulmonares. |
Decocção. |
- |
- |
[
2
]
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- | Caribe e Colômbia (Zona Tropical) | Folha (pó) | Afrodisíaca. |
Maceração no vinho. |
- |
- |
[
2
]
|
- | América do Sul e Colômbia (Zona Tropical) | Folha (pó) | Alucinógena (associado com espécies do gênero Virola). |
Inalação. |
- |
- |
[
2
]
|
Tilo criollo, tilo jardín, té criollo e piri piri | Colômbia (Zona Tropical) | Talo e folha | Anticoagulante. |
- |
- |
- |
[
3
]
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Tilo criollo, tilo jardín, té criollo e piri piri | Colômbia (Zona Tropical) | Planta toda | Antianêmica e anti-hemorrágica. |
- |
Associar com folhas de Croton. |
- |
[
3
]
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Chambá | Botucatu-SP (Brasil) | Parte aérea | Antitussígena, expectorante e broncodilatadora. |
Infusão: 5 g (5 colheres de chá) em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Tomar 1 xícara (chá) de 2 a 3 vezes ao dia. |
Deve-se evitar em pacientes com problemas de coagulação ou em uso de anticoagulantes e analgésicos. |
[
4
]
|
Chambá | Indígenas da Amazônia (Brasil) | Folha | Aromatizante de misturas alucinógenas com sementes de Virolla. |
Pó: inalação (rapés sagrados). |
- |
- |
[
5
]
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Chambá | Nordeste (Brasil) | Folha | Broncodilatadora, anti-inflamatória, antiasmática, antitussígena, no tratamento de bronquite, chiado no peito e respiração difícil sem causa aparente. |
Lambedor ou xarope: misturar 30 a 40 folhas frescas de Plectranthus amboinicus (malvarisco) em 1 copo de açúcar (formando camadas) em fogo baixo, até formar uma uma mistura líquida, e adicionar (ainda quente) o decocto de chambá, a partir de um punhado de folhas picadas e 50 a 100 mL de água. Pode acrescentar poejo ou hortelã japoneza ao decoto de chambá. |
Tomar de 1 a 2 colheres (de sopa) 2 ou 3 vezes ao dia. Manter em geladeira, e consumir até 1 mês depois do preparo. |
Crianças devem tomar a metade da dose. |
[
5 ,
6
]
|
Grama carpinteiro | Trinidad e Tobago | Folha | No tratamento de doenças da próstata. |
- |
- |
- |
[
7
]
|
Tilo | Costa Rica | Planta toda | Calmante. |
Decocção. |
Via oral. |
- |
[
8
]
|
Zeb chapantyè | Martinica e Dominica | No tratamento de entorse. |
Maceração. |
Uso externo: aplicar no local. |
- |
[
8
]
|
|
Tilo | Cuba | Parte aérea | Calmante e antitérmica. |
Decocção. |
Via oral. |
- |
[
8
]
|
Zeb chapantyè | Dominica | Planta toda | Anti-hemorrágica (nasal). |
Decocção. |
Via oral. |
- |
[
8
]
|
Chapantye | Haití | Folha | No tratamento de dores no estômago.
|
Decocção. |
Via oral. |
- |
[
8
]
|
- | Santa Lucía | Caule e folha | No tratamento de abscessos. |
Decocção. |
Via oral. |
- |
[
8
]
|
Curia | Venezuela | Caule e folha | Antiparasitária (intestinal). |
Decocção. |
Via oral. |
- |
[
8
]
|
Zeb chapantyè | Martinica e Dominica | Folha | Antirreumática. |
Maceração: com etanol. |
Uso externo: friccionar no local. |
- |
[
8
]
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- | Barbados e Porto Rico | - | Expectorante. |
- |
- |
- |
[
8
]
|
- | Jamaica | - | Cicatrizante.
|
- |
- |
- |
[
8
]
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Tilo | Cuba | - | Expectorante e sedativa. |
- |
- |
- |
[
8
]
|
Referências bibliográficas
Ansiolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato (1:7,5 p/v): maceração de 50 g do material vegetal (seco) em etanol a 20%. Rendimento 3,8%. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com extratos vegetal, submetidos aos testes comportamentais de labirinto em cruz elevado, campo aberto, locomotor (Rota-rod), claro/escuro e tempo de sono induzido por pentobarbital. |
Observou-se que o extrato de J. pectoralis apresenta atividade ansiolítica, além da ausência de alteração no sistema locomotor e ação sedativa. |
[
5
] |
Anti-histamínica e Broncodilatadora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção de 23,72 g do material vegetal (fresco) em 273,2 L de água. Concentração para ensaio (in vitro): 3,3 mg/kg. Dose para ensaio (in vivo): 3,3 mg. |
In vitro: Em músculo liso traqueal de porquinhos-da-Índia incubados com histamina e extrato vegetal, com posterior análise da contração muscular. In vivo: Em porquinhos-da-Índia portadores de pápulas induzidas por ovalbumina (OVA), tratados como o extrato vegetal e histamina, com posterior análise do diâmetro das pápulas. |
Observou-se que o extrato de J. pectoralis apresenta atividades anti-histamínica, anti-inflamatória e broncodilatadora. |
[
3
] |
Anti-inflamatória e Broncodilatadora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato etanólico a 20%. Rendimento: 12%. Doses para ensaio: 50, 200 e 400 mg/kg. Outras espécies em estudo: Torresea cearensis, Eclipta alba, Pterodon polygaliflorus e Hybanthus ipecacuanha. |
In vitro: Em fragmentos da traqueia de porquinhos-da-Índia incubados com extrato vegetal, e submetidos ao teste de contratilidade muscular induzido por carbacol. In vivo: Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais e submetidos a testes antinociceptivos e anti-inflamatórios (contorções abdominais induzidas por ácido acético, lambida de pata induzida por formalina, e edema de pata induzido por carragenina e dextrana). |
Os extratos vegetais demonstram atividades antinociceptiva e anti-inflamatória, contudo a ação broncodilatadora apresenta-se mais potente para as espécies J. pectoralis e P. polygaliflorus. |
[
9
] |
Anti-inflamatória e Hormonal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (seco) em 5 L de metanol. Frações: éter de petróleo, acetato de etila, acetato de etila e água. |
In vitro: Em células de câncer de mama humano estrógeno dependente (MCF-7 K1) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular. Em células de câncer de mama humano (MCF-7) transfectadas com o gene repórter Luciferase (ERE 2), incubadas com o extrato vegetal na presença de antagonista para o receptor de estrógeno, e análise da expressão dos genes pS2, PR e PTGES. Em células osteossarcoma de humano (U2-OS) transfectadas com o gene repórter Luciferase (ERβ-CALUX) incubadas com o extrato vegetal com posterior análise dos níveis de estradiol. Determinar a concentração inibitória média (CI50) através da ligação dos extratos vegetais e frações ao receptor 3H-progesterona, e a afinidade de ligação aos receptores ERα e ERβ. Determinar a atividade da enzima COX 2, incubada com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de prostaglandinas E2, por imunoensaio.
|
Observou-se que J. pectoralis é agonista dos receptores de estrogênio e progesterona, além de demonstrar ação anti-inflamatória. |
[
6
] |
Anti-inflamatória e Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato (1:7,5 p/v): maceração do material vegetal em etanol à 20%. Dose para ensaio (in vivo): 380 mg/kg. |
In vitro: Em anéis traqueais de ratos Wistar portadores de sensibilidade à ovalbumina, incubados com Ca2+, KCl ou ACh, na presença ou ausência do extrato vegetal, com posterior análise de contratilidade do músculo liso. In vivo: Em ratos Wistar portadores de hipersensibilidade à ovalbunina (OVA), submetidos inalação de ovalbumina e tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da contratilidade do músculo da traqueia, dos níveis de citocinas (IL-β1 e TNF-α) e expressão gênica (TRPC1, TRPC4, TRPC5 e TRPC6). |
Observou-se que o extrato de J. pectoralis apresenta atividade anti-inflamatória e relaxante da musculatura lisa. |
[
2
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato etanólico/diclorometano (1:1). Frações: éter de petróleo e acetato de etila. Concentração para ensaio: 1000 µg/mL. |
In vitro: Em cepas de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella typhimurium, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis e Enterococcus faecalis incubadas com os extratos vegetais e submetidas ao teste de diluição em ágar, com posterior análise do crescimento bacteriano.
|
O estudo demonstra que das 51 plantas analisadas, os extratos de Neurolaena lobata, Manihot utilíssima e Justicia pectoralis apresentam atividade antibacteriana mais potente. |
[
8
] |
Antibacteriana e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato (10% p/v): material vegetal (seco) em água ou acetona:água (7:3 v/v). |
In vitro: Em células mononucleares de sangue periférico humano (PBMCs), esplenócitos de camundongos Balb/c e linhagens celulares neoplásicas TOLEDO (linfoma de células B), K562 (leucemia mielóide crônica), DU-145 (câncer de próstata) e PANC-1 (câncer de pâncreas) incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade através dos ensaios MTT e exclusão do corante de azul de tripan. Em cepas de Acinetobacter baumanii e Krebsiella pneumoniae isoladas e submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM). Em esplenócitos de camundongos Balb/c incubados com extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de citocinas (IL-17 e IFN-γ) por imunoabsorção enzimática (ELISA).
|
Observou-se que ambos os extratos vegetais apresentam atividade antitumoral e baixa toxicidade, contudo o extrato orgânico exibiu maior ação antibacteriana e anti-inflamatória. |
[
1
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Afecções das vias respiratórias superiores e inferiores.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Justicia pectoralis (folha - tintura 20% p/v em etanol 70%) |
100 mL |
Xarope simples |
900 mL |
Com o auxílio de uma proveta, medir a quantidade necessária do xarope simples e acrescentar a tintura e alcoolatura de acordo com a formula padrão. Misturar até a preparação se tornar homogenia.
Pode preparar o xarope simples no momento que for preparar o xarope composto, de acordo com a técnica descrita em xarope simples. Inicia-se o processo com a preparação do xarope simples, efetuando os cálculos de acordo com a quantidade de xarope simples necessário para a quantidade de xarope composto, na sequência, em uma temperatura abaixo de 50°C, acrescentar a tintura, homogeneizar, filtrar se necessário, envasar em frascos âmbar esterilizados e etiquetar.
Tosses secas e produtivas em geral.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa ou chá, 2 a 3 vezes ao dia, durante 7 a 10 dias.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Justicia pectoralis (folha tintura 10% p/v em etanol 70%) |
100 mL |
Achyrocline satureioides (flor - tintura 10% p/v em etanol 70%) |
100 mL |
Xarope simples |
800 mL |
Com o auxílio de uma proveta, medir a quantidade necessária do xarope simples e acrescentar as tinturas e alcoolaturas de acordo com a fórmula padrão. Misturar até a preparação se tornar homogênea.
Pode preparar o xarope simples no momento que for preparar o xarope composto, de acordo com a técnica descrita em xarope simples. Inicia-se o processo com a preparação do xarope simples, efetuando os cálculos de acordo com a quantidade de xarope simples necessário para a quantidade de xarope composto, na sequência, em uma temperatura abaixo de 50°C, acrescentar as tinturas, homogeneizar, filtrar, se necessário, envasar em frascos âmbar esterilizados e etiquetar.
Tosses secas e produtivas em geral.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa ou chá, 2 a 3 vezes ao dia, durante 7 a 10 dias.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Afecções das vias respiratórias superiores e inferiores.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Uso oral: crianças acima de 3 anos devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
ácido cafeico.
Ácidos graxos insaturados
palmítico e esteárico.
Alcaloides indólicos
Aminoácidos
betaína, fosfoserina, hidroxiprolina, treonina, serina, asparagina, prolina, glicina, alanina, ácidos α-aminobutírico e γ-aminobutírico, valina, isoleucina, leucina, fenilalanina, ornitina e lisina.
Cumarinas
1,2-benzopirona, dihidrocumarina e umbeliferona.
Fitosteróis
β-sitosterol.
Flavonoides
apigenina, swetiajaponina, swertesina e seus derivados.
Lignanas
justicidina B.
Minerais
cálcio, ferro e potássio.
Óleos essenciais
Outras substâncias
2-metoxi-4-cromono, 3-isocromona, ácido 3-fenilpropiônico, ácido propiônico 3-(2-hidroxifenil), éster metílico do propiônico 3-(2-hidroxifenil) e ácido trimetilsilil 3-fenilpropiônico.
Polifenóis
ácido elágico.
Saponinas
Triptaminas
Vitaminas
tiamina, riboflavina, niacina e ácido ascórbico.
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
por divisão de ramos destacados lateralmente da planta mãe ou por estacas de 15 cm de comprimento, contendo de 5 a 7 pares de gemas e com apenas um par de folhas na parte apical da estaca. Estacas ou ramos enraizados devem ser inseridos em sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1). Transferir para viveiro (sombrite 50%) permanecendo por 60 dias, posteriormente a este período devem ser transferidas para o plantio em local definitivo, em canteiros semi-sombreados com espaçamento de 30 cm entre plantas e 40 cm entre linhas. Plantas cultivadas a pleno sol apresentam maior teor de cumarina [ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 ] .
a irrigação deve ser realizada em dias alternados. Pode-se realizar a adubação, se necessário, com 5 kg de composto orgânico ou esterco (curtido e peneirado) para cada 1 m2 [ 1 , 2 ] .
deve-se iniciar 3 meses após o plantio, antes do florescimento, no período da manhã entre 9 e 10 horas e 10 cm acima do solo. Segundo a sabedoria popular recomenda-se que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia [ 1 , 2 , 4 ] .
a secagem deve ser realizada em estufa de ar circulante, a temperatura de 45°C/36 horas, posteriormente a droga vegetal deve ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada dentro do período de 4 meses. A cumarina, substância química presente nesta espécie é muito volátil e com o tempo pode ocorrer redução deste composto, comprometendo a qualidade do fitoterápico. A droga vegetal deve ser moída em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh, e posteriormente ser utilizada na preparação de tinturas e extrato [ 1 , 2 ] .
as folhas tornam-se amareladas quando a planta é cultivada em pleno sol ou verdes escuras em ambientes de sombra. Alguns autores afirmam que adubações orgânicas e minerais não influenciam o crescimento e a produção de biomassa da planta, contudo reduz o teor de óleo essencial na folhas. O fitoterápico pose ser preparado a partir das folhas frescas, caso não seja possível realizar a secagem adequada, evitando assim o crescimento de fungos. Plantas desidratadas inadequadamente e contaminadas por fungos, podem provocar quadros hemorrágicos, pela transformação da cumarina em dicumarol [ 2 , 4 ] .
Referências bibliográficas