Hamamelidaceae

Hamamelis virginiana

Referências informações gerais
1 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 112.
2 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 601-603.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 169-170.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 73-81.
5 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 131-134.
6 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 305-307, 564 e 785.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 821-824.
8 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 229-230.
Descrição da espécie 

Arbusto ou arvoreta, caducifólia, de 1 a 5 m de altura, muito ramificada, tronco com diâmetro de 40 centímetros, coberto por casca fina e marrom externamente, e avermelhada internamente, os ramos mais velhos são espessos, cinza-prateados a marrom-acinzentados, os ramos jovens são castanho-amarelados e pubescentes; as folhas são grandes, alternadas, lâmina ovalada ou obovada, margens crenada ou dentada, base oblíqua e assimétrica, ápice agudo a obtuso, de coloração verde ou marrom-esverdeada, com até 15 cm de comprimento, com pecíolo curto, venação pinada, inodoras, com sabor amargo e adstri

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74.
2 - LONDRES. The Department of Health. British Pharmacopoeia 2012, vol. IV. London: Stationery Office Books, p. 3593, 2011.
3 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 305.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 821-822.
5 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 229.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Hamamélis Brasil Casca

No tratamento de hemorroidas.

 Pomada: contendo 10% da tintura, ou decocção: 3 a 6 g (1 a 2 colher de sopa) em 150 mL de água (xícara de chá).

 Aplicar a pomada 3 vezes ao dia, após higienização do local, ou aplicar a decocção na forma de compressa de 2 a 3 vezes ao dia. 

Recomenda-se o uso por no máximo 4 semanas. Pode ocorrer irritação gastrointestinal, vômitos e prisão de ventre após o uso oral, sendo indicado a administração na forma de gargarejos e tópica. Cautela ao indicar para gestantes e na lactação.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 167.

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato.

In vitro:

m pele humana reconstituída (PHR) em meio de cultura, incubadas com tintas de tatuagem contendo o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), níveis de citocina IL-18 (ELISA) e histológica.

 

Observou-se que o extrato de H. virginiana não reduz significativamente os danos cutâneos provocados por tintas de tatuagem.

[ 1 ]
Folha

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de etanol à 70%. Rendimento: 29,8 g. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. Outras espécies em estudo: Polygonum bistorta e Guaiacum officinale.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de edema de pata induzido por carragenina, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da variação de espessura da pata.

Em ratos Wistar portadores de artrite induzida por adjuvante de Freund, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da variação de espessura da pata.

Observou-se que os extratos das espécies em estudo apresentam atividade anti-inflamatória, contudo P. bistorta demonstra-se mais potente.

[ 4 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Extrato: 15 g do material vegetal (pó) em metanol. Outras espécies em estudo: Althaea officinalis, Arnica montana, Calendula officinalis, Illicium verum e Melissa officinalis.

In vitro:

Em bactérias anaeróbicas e aeróbicas facultativas, isoladas do fluido crevicular gengival submetidas ao teste de microdiluição em caldo, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

 

Observou-se que o extrato etanólico de H. virginiana, A. montana e A. officinalis apresentam atividade antibacteriana mais potente.

[ 2 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato etanólico à 50%.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais através da eliminação de ânion superóxido, radical hidroxila e oxigênio singleto (Neo-tretazolium e Espectrometria de Ressonância de Spin de Elétrons).

Em lipossomas estimulados por AAPH, incubados com os extratos, com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA).

Em fibroblastos dérmicos de camundongos ICR expostas à íons superóxido e peróxido de hidrogênio, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).

 

Neste estudo das 65 plantas analisadas, observou-se que os extratos de Aesculus hippocastanum e Hamamelis virginiana apresentam atividade antioxidante mais potente.

[ 5 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Haste

Extrato etanólico à 95%.

In vitro:

Em protozoário Trypanosoma brucei brucei forma tripomastigota incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da concentração inibitória (CI50 e CI90).

Em células monocíticas humanas transformadas incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular.

 

Neste estudo dos 522 diferentes extratos vegetais, observou-se que as espécies Alnus rubra, Hoita macrostachta, Sabal minor, Syzygium aqueum, Hamamelis virginiana, Coccoloba pubescens, Rhus integrifolia e Nuphar luteum apresentam atividade antiparasitária mais potente.

[ 3 ]

Referências bibliográficas

1 - BIL, W. et al. Comparison of the skin sensitization potential of 3 red and 2 black tattoo inks using interleukin-18 as a biomarker in a reconstructed human skin model. Contact Dermatitis, v. 79, n. 6, p.336-345, 2018. doi: 10.1111/cod.13092
2 - IAUK, L. et al. Antibacterial activity of medicinal plant extracts against periodontopathic bacteria. Phytother Res, v. 17, n. 6, p.599-604, 2003. doi: 10.1002/ptr.1188
3 - JAIN, S. et al. Screening North American plant extracts in vitro against Trypanosoma brucei for discovery of new antitrypanosomal drug leads. BMC Complement Altern Med, v. 16, p.1-6, 2016. doi: 10.1186/s12906-016-1122-0
4 - DUWIEJUA, M. et al. Anti-inflammatory activity of Polygonum bistorta, Guaiacum officinale and Hamamelis virginiana in rats. J Pharm Pharmacol, v. 46, n. 4, p.286-290, 1994. doi: 10.1111/j.2042-7158.1994.tb03795.x
5 - MASAKI, H. et al. Active-oxygen scavenging activity of plant extracts. Biol Pharm Bull, v. 18, n. 1, p.162-166, 1995. doi: 10.1248/bpb.18.162

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 33, 2011.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 97, 2021.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 100, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Componente

Quantidade

Etanol/água 70%

1000 mL

Folha seca

100 g

Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Varizes e hemorroidas.

Posologia

Uso oral: tomar em diluição decimal (DH1 ou DH5) 2 vezes ao dia ou 1 gota por quilo de peso, dividida em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Uso tópico: incorporar em pomada, creme ou gel.

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Dimorphandra mollis (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Hamamelis virginiana (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Rosmarinus officinalis (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Creme base não iônico

70 g

 
Modo de preparo

Pesar o creme base e incorporar as tinturas.

Principais indicações

Varizes e hemorroidas.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 137-140.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 368-369.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

ácido gálico.

Ácidos graxos

oleína e palmitina.

Catequinas

epicatequina, galocatequina, epigalocatequina, galato epicatequina e galato epigalocatequina.

Flavonoides

campferol, quercetol, mircetina, quercetina, astragalina, quercitrina, isoquercitrina, afzelina e miricitrina.

Mucilagens

Óleos essenciais

hexen-2-ol, hexenol, α e β-iononas, eugenol, safrol e α-terpineol, nerol e geraniol.

Outras substâncias

colina, hamamelose, hamamelina, flobafeno e oxalato de cálcio.

Proantocianidinas

Resinas

hamamelina e hamamamelitanino.

Saponinas

Sesquiterpenos

Taninos

hamamelitaninos A, B e G (hidrolisável) e monogaloil hamamelose.

Referências bibliográficas

1 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 601.
2 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 169.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74.
4 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 167.
5 - AYDIN, B. et al. Evidence to the role of interflavan linkages and galloylation of proanthocyanidins at sustaining long-term dentin biomodification. Dent Mater, v. 35, n. 2, p.328-334, 2019. doi: 10.1016/j.dental.2018.11.029
6 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 305.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 822.

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2022
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Tipo: Internacional
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Ano de Publicação: 2017
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Ano de Publicação: 1926
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Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 99 e 101, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 139-140.
3 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 602.
4 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 307 e 564.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 822.
6 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 170.

Propagação: 

por estacas [ 1 ] .

Colheita: 

as cascas devem ser colhidas no outono e as folhas no verão. Segundo a sabedoria popular, a colheita da parte aérea da planta deve ser realizada, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que a parte subterrânea deve ser realizada na lua minguante [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74.

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