Hamamelis virginiana L.

Hamamélis.

Família 
Informações gerais 

Originária da América do Norte, amplamente distribuída no Canadá e Estados Unidos. Encontra-se cultivada na Europa como ornamental em parques e jardins, e também em países de regiões subtropicais. Suas principais indicações são: adstringente, hemostática, anti-inflamatória, antidiarreica, cicatrizante, fotoprotetora, antioxidante, venotônica, importante no tratamento de hemorroidas, hematomas, colite mucosa e varizes[1,2,3,4,5,6,7,8].

Referências informações gerais
1 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 112.
2 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 601-603.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 169-170.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 73-81.
5 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 131-134.
6 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 305-307, 564 e 785.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 821-824.
8 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 229-230.
Descrição da espécie 

Arbusto ou arvoreta, caducifólia, de 1 a 5 m de altura, muito ramificada, tronco com diâmetro de 40 centímetros, coberto por casca fina e marrom externamente, e avermelhada internamente, os ramos mais velhos são espessos, cinza-prateados a marrom-acinzentados, os ramos jovens são castanho-amarelados e pubescentes; as folhas são grandes, alternadas, lâmina ovalada ou obovada, margens crenada ou dentada, base oblíqua e assimétrica, ápice agudo a obtuso, de coloração verde ou marrom-esverdeada, com até 15 cm de comprimento, com pecíolo curto, venação pinada, inodoras, com sabor amargo e adstringente; as flores são amarelo-avermelhadas, com até 2 cm de comprimento, com 4 pétalas alargadas, reunidas em inflorescências na forma de cachos, nas axilas das folhas, que surgem no final do outono ou inverno, quando as folhas caem; os frutos capsulares, lenhosos, ovais, com 12 a 15 mm de comprimento, densamente pubescentes, contendo 2 sementes escuras[1,2,3,4,5].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74.
2 - LONDRES. The Department of Health. British Pharmacopoeia 2012, vol. IV. London: Stationery Office Books, p. 3593, 2011.
3 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 305.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 821-822.
5 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 229.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Hamamélis Brasil Casca

No tratamento de hemorroidas.

 Pomada: contendo 10% da tintura, ou decocção: 3 a 6 g (1 a 2 colher de sopa) em 150 mL de água (xícara de chá).

 Aplicar a pomada 3 vezes ao dia, após higienização do local, ou aplicar a decocção na forma de compressa de 2 a 3 vezes ao dia. 

Recomenda-se o uso por no máximo 4 semanas. Pode ocorrer irritação gastrointestinal, vômitos e prisão de ventre após o uso oral, sendo indicado a administração na forma de gargarejos e tópica. Cautela ao indicar para gestantes e na lactação.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 167.

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato.

In vitro:

m pele humana reconstituída (PHR) em meio de cultura, incubadas com tintas de tatuagem contendo o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), níveis de citocina IL-18 (ELISA) e histológica.

 

Observou-se que o extrato de H. virginiana não reduz significativamente os danos cutâneos provocados por tintas de tatuagem.

[ 1 ]
Folha

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de etanol à 70%. Rendimento: 29,8 g. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. Outras espécies em estudo: Polygonum bistorta e Guaiacum officinale.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de edema de pata induzido por carragenina, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da variação de espessura da pata.

Em ratos Wistar portadores de artrite induzida por adjuvante de Freund, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da variação de espessura da pata.

Observou-se que os extratos das espécies em estudo apresentam atividade anti-inflamatória, contudo P. bistorta demonstra-se mais potente.

[ 4 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Extrato: 15 g do material vegetal (pó) em metanol. Outras espécies em estudo: Althaea officinalis, Arnica montana, Calendula officinalis, Illicium verum e Melissa officinalis.

In vitro:

Em bactérias anaeróbicas e aeróbicas facultativas, isoladas do fluido crevicular gengival submetidas ao teste de microdiluição em caldo, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

 

Observou-se que o extrato etanólico de H. virginiana, A. montana e A. officinalis apresentam atividade antibacteriana mais potente.

[ 2 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato etanólico à 50%.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais através da eliminação de ânion superóxido, radical hidroxila e oxigênio singleto (Neo-tretazolium e Espectrometria de Ressonância de Spin de Elétrons).

Em lipossomas estimulados por AAPH, incubados com os extratos, com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA).

Em fibroblastos dérmicos de camundongos ICR expostas à íons superóxido e peróxido de hidrogênio, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).

 

Neste estudo das 65 plantas analisadas, observou-se que os extratos de Aesculus hippocastanum e Hamamelis virginiana apresentam atividade antioxidante mais potente.

[ 5 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Haste

Extrato etanólico à 95%.

In vitro:

Em protozoário Trypanosoma brucei brucei forma tripomastigota incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da concentração inibitória (CI50 e CI90).

Em células monocíticas humanas transformadas incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular.

 

Neste estudo dos 522 diferentes extratos vegetais, observou-se que as espécies Alnus rubra, Hoita macrostachta, Sabal minor, Syzygium aqueum, Hamamelis virginiana, Coccoloba pubescens, Rhus integrifolia e Nuphar luteum apresentam atividade antiparasitária mais potente.

[ 3 ]

Referências bibliográficas

1 - BIL, W. et al. Comparison of the skin sensitization potential of 3 red and 2 black tattoo inks using interleukin-18 as a biomarker in a reconstructed human skin model. Contact Dermatitis, v. 79, n. 6, p.336-345, 2018. doi: 10.1111/cod.13092
2 - IAUK, L. et al. Antibacterial activity of medicinal plant extracts against periodontopathic bacteria. Phytother Res, v. 17, n. 6, p.599-604, 2003. doi: 10.1002/ptr.1188
3 - JAIN, S. et al. Screening North American plant extracts in vitro against Trypanosoma brucei for discovery of new antitrypanosomal drug leads. BMC Complement Altern Med, v. 16, p.1-6, 2016. doi: 10.1186/s12906-016-1122-0
4 - DUWIEJUA, M. et al. Anti-inflammatory activity of Polygonum bistorta, Guaiacum officinale and Hamamelis virginiana in rats. J Pharm Pharmacol, v. 46, n. 4, p.286-290, 1994. doi: 10.1111/j.2042-7158.1994.tb03795.x
5 - MASAKI, H. et al. Active-oxygen scavenging activity of plant extracts. Biol Pharm Bull, v. 18, n. 1, p.162-166, 1995. doi: 10.1248/bpb.18.162

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 33, 2011.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 97, 2021.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 100, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Componente

Quantidade

Etanol/água 70%

1000 mL

Folha seca

100 g

Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Varizes e hemorroidas.

Posologia

Uso oral: tomar em diluição decimal (DH1 ou DH5) 2 vezes ao dia ou 1 gota por quilo de peso, dividida em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Uso tópico: incorporar em pomada, creme ou gel.

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Dimorphandra mollis (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Hamamelis virginiana (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Rosmarinus officinalis (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Creme base não iônico

70 g

 
Modo de preparo

Pesar o creme base e incorporar as tinturas.

Principais indicações

Varizes e hemorroidas.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 137-140.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 368-369.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

ácido gálico.

Ácidos graxos

oleína e palmitina.

Catequinas

epicatequina, galocatequina, epigalocatequina, galato epicatequina e galato epigalocatequina.

Flavonoides

campferol, quercetol, mircetina, quercetina, astragalina, quercitrina, isoquercitrina, afzelina e miricitrina.

Mucilagens

Óleos essenciais

hexen-2-ol, hexenol, α e β-iononas, eugenol, safrol e α-terpineol, nerol e geraniol.

Outras substâncias

colina, hamamelose, hamamelina, flobafeno e oxalato de cálcio.

Proantocianidinas

Resinas

hamamelina e hamamamelitanino.

Saponinas

Sesquiterpenos

Taninos

hamamelitaninos A, B e G (hidrolisável) e monogaloil hamamelose.

Referências bibliográficas

1 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 601.
2 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 169.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74.
4 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 167.
5 - AYDIN, B. et al. Evidence to the role of interflavan linkages and galloylation of proanthocyanidins at sustaining long-term dentin biomodification. Dent Mater, v. 35, n. 2, p.328-334, 2019. doi: 10.1016/j.dental.2018.11.029
6 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 305.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 822.

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2022
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Tipo: Internacional
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Ano de Publicação: 2022
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Tipo: Internacional
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
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Tipo de Monografia: Farmacopeia
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
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Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2009
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2009
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Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2002
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Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1996
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Ano de Publicação: 1959
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Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável.

Contraindicações: 

em menores de 12 anos, gestantes e lactantes[1,3,4].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

a grande quantidade de taninos é o fator limitante para o uso interno em doses habituais (exceto em diluições decimais) e/ou por tempo prolongado, pois pode provocar irritação gástrica, vômitos e danos hepáticos. Pode ocorrer sedação, salivação abundante e irritação gástrica (náuseas e vômitos), dependendo da dose e da sensibilidade dos pacientes. Pode causar obstipação intestinal dependendo da dose (taninos) e hepatotoxicidade em doses elevadas (extrato seco) pela ação sinérgica dos taninos e safrol.  Há relatos da ocorrência de dermatite de contato. Não há registros de toxicidade quanto ao uso tópico durante a gravidez e lactação[1,2,3,4,5,6].

Interações medicamentosas: 

nas formulações, via oral, para o tratamento de varizes e hemorroidas, sempre associar com vitamina C, para potencializar o seu efeito e diminuir a fragilidade capilar. Interessante associar também com Ruta graveolens (aruuda) ou Aesculus hippocastanum (castanha-da-Índia). Para problemas circulatórios associar com Arctium lappa (bardana) e para o tratamento de hemorroidas associar a pomada de hamamélis com Polygonum spp. (erva-de-bicho), Plantago major (tanchagem) ou Ranunculus ficaria (ficária). Associar com Pluchea quitoc (quitoco) nos casos de hemorragias uterinas e menstruações de fluxo muito intenso. O uso de hamamélis associada com Tanacetum vulgaris (catinga-de-mulata) é indicado para o tratamento de menstruações excessivas, desde que acompanhadas por um especialista para que o diagnóstico seja claro. Evitar associação de hamamélis com sais de ferro, principalmente em pacientes anêmicos, pela interferência na absorção deste mineral (taninos). Evitar uso concomitante com anticoagulantes, pelo seu efeito antagônico. Incompatibilidades: extrato fluido de Hydrastis canadensis (hidrastis), taninos, sais de cobre, pepsina, gelatina, alcaloides, preparados de ópio e quina[2,4,6].

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 99 e 101, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 139-140.
3 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 602.
4 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2 ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 307 e 564.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 822.
6 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 170.

Propagação: 

por estacas [ 1 ] .

Colheita: 

as cascas devem ser colhidas no outono e as folhas no verão. Segundo a sabedoria popular, a colheita da parte aérea da planta deve ser realizada, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que a parte subterrânea deve ser realizada na lua minguante [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74.

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