Originária da América do Norte, amplamente distribuída no Canadá e Estados Unidos. Encontra-se cultivada na Europa como ornamental em parques e jardins, e também em países de regiões subtropicais. Suas principais indicações são: adstringente, hemostática, anti-inflamatória, antidiarreica, cicatrizante, fotoprotetora, antioxidante, venotônica, importante no tratamento de hemorroidas, hematomas, colite mucosa e varizes[1,2,3,4,5,6,7,8].
Arbusto ou arvoreta, caducifólia, de 1 a 5 m de altura, muito ramificada, tronco com diâmetro de 40 centímetros, coberto por casca fina e marrom externamente, e avermelhada internamente, os ramos mais velhos são espessos, cinza-prateados a marrom-acinzentados, os ramos jovens são castanho-amarelados e pubescentes; as folhas são grandes, alternadas, lâmina ovalada ou obovada, margens crenada ou dentada, base oblíqua e assimétrica, ápice agudo a obtuso, de coloração verde ou marrom-esverdeada, com até 15 cm de comprimento, com pecíolo curto, venação pinada, inodoras, com sabor amargo e adstringente; as flores são amarelo-avermelhadas, com até 2 cm de comprimento, com 4 pétalas alargadas, reunidas em inflorescências na forma de cachos, nas axilas das folhas, que surgem no final do outono ou inverno, quando as folhas caem; os frutos capsulares, lenhosos, ovais, com 12 a 15 mm de comprimento, densamente pubescentes, contendo 2 sementes escuras[1,2,3,4,5].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Hamamélis | Brasil | Casca | No tratamento de hemorroidas. |
Pomada: contendo 10% da tintura, ou decocção: 3 a 6 g (1 a 2 colher de sopa) em 150 mL de água (xícara de chá). |
Aplicar a pomada 3 vezes ao dia, após higienização do local, ou aplicar a decocção na forma de compressa de 2 a 3 vezes ao dia. |
Recomenda-se o uso por no máximo 4 semanas. Pode ocorrer irritação gastrointestinal, vômitos e prisão de ventre após o uso oral, sendo indicado a administração na forma de gargarejos e tópica. Cautela ao indicar para gestantes e na lactação. |
[
1
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. |
In vitro: m pele humana reconstituída (PHR) em meio de cultura, incubadas com tintas de tatuagem contendo o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), níveis de citocina IL-18 (ELISA) e histológica.
|
Observou-se que o extrato de H. virginiana não reduz significativamente os danos cutâneos provocados por tintas de tatuagem. |
[
1
] |
Folha |
Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de etanol à 70%. Rendimento: 29,8 g. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. Outras espécies em estudo: Polygonum bistorta e Guaiacum officinale. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de edema de pata induzido por carragenina, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da variação de espessura da pata. Em ratos Wistar portadores de artrite induzida por adjuvante de Freund, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da variação de espessura da pata. |
Observou-se que os extratos das espécies em estudo apresentam atividade anti-inflamatória, contudo P. bistorta demonstra-se mais potente. |
[
4
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Extrato: 15 g do material vegetal (pó) em metanol. Outras espécies em estudo: Althaea officinalis, Arnica montana, Calendula officinalis, Illicium verum e Melissa officinalis. |
In vitro: Em bactérias anaeróbicas e aeróbicas facultativas, isoladas do fluido crevicular gengival submetidas ao teste de microdiluição em caldo, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).
|
Observou-se que o extrato etanólico de H. virginiana, A. montana e A. officinalis apresentam atividade antibacteriana mais potente. |
[
2
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico à 50%. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais através da eliminação de ânion superóxido, radical hidroxila e oxigênio singleto (Neo-tretazolium e Espectrometria de Ressonância de Spin de Elétrons). Em lipossomas estimulados por AAPH, incubados com os extratos, com posterior análise da peroxidação lipídica (MDA). Em fibroblastos dérmicos de camundongos ICR expostas à íons superóxido e peróxido de hidrogênio, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).
|
Neste estudo das 65 plantas analisadas, observou-se que os extratos de Aesculus hippocastanum e Hamamelis virginiana apresentam atividade antioxidante mais potente. |
[
5
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Haste |
Extrato etanólico à 95%. |
In vitro: Em protozoário Trypanosoma brucei brucei forma tripomastigota incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da concentração inibitória (CI50 e CI90). Em células monocíticas humanas transformadas incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular.
|
Neste estudo dos 522 diferentes extratos vegetais, observou-se que as espécies Alnus rubra, Hoita macrostachta, Sabal minor, Syzygium aqueum, Hamamelis virginiana, Coccoloba pubescens, Rhus integrifolia e Nuphar luteum apresentam atividade antiparasitária mais potente. |
[
3
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
|
Componente |
Quantidade |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Varizes e hemorroidas.
Uso oral: tomar em diluição decimal (DH1 ou DH5) 2 vezes ao dia ou 1 gota por quilo de peso, dividida em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Uso tópico: incorporar em pomada, creme ou gel.
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Dimorphandra mollis (tintura a 10% em etanol 70%) |
10 mL |
Hamamelis virginiana (tintura a 10% em etanol 70%) |
10 mL |
Rosmarinus officinalis (tintura a 10% em etanol 70%) |
10 mL |
Creme base não iônico |
70 g |
Pesar o creme base e incorporar as tinturas.
Varizes e hemorroidas.
Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
ácido gálico.
Ácidos graxos
oleína e palmitina.
Catequinas
epicatequina, galocatequina, epigalocatequina, galato epicatequina e galato epigalocatequina.
Flavonoides
campferol, quercetol, mircetina, quercetina, astragalina, quercitrina, isoquercitrina, afzelina e miricitrina.
Mucilagens
Óleos essenciais
hexen-2-ol, hexenol, α e β-iononas, eugenol, safrol e α-terpineol, nerol e geraniol.
Outras substâncias
colina, hamamelose, hamamelina, flobafeno e oxalato de cálcio.
Proantocianidinas
Resinas
hamamelina e hamamamelitanino.
Saponinas
Sesquiterpenos
Taninos
hamamelitaninos A, B e G (hidrolisável) e monogaloil hamamelose.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável.
em menores de 12 anos, gestantes e lactantes[1,3,4].
a grande quantidade de taninos é o fator limitante para o uso interno em doses habituais (exceto em diluições decimais) e/ou por tempo prolongado, pois pode provocar irritação gástrica, vômitos e danos hepáticos. Pode ocorrer sedação, salivação abundante e irritação gástrica (náuseas e vômitos), dependendo da dose e da sensibilidade dos pacientes. Pode causar obstipação intestinal dependendo da dose (taninos) e hepatotoxicidade em doses elevadas (extrato seco) pela ação sinérgica dos taninos e safrol. Há relatos da ocorrência de dermatite de contato. Não há registros de toxicidade quanto ao uso tópico durante a gravidez e lactação[1,2,3,4,5,6].
nas formulações, via oral, para o tratamento de varizes e hemorroidas, sempre associar com vitamina C, para potencializar o seu efeito e diminuir a fragilidade capilar. Interessante associar também com Ruta graveolens (aruuda) ou Aesculus hippocastanum (castanha-da-Índia). Para problemas circulatórios associar com Arctium lappa (bardana) e para o tratamento de hemorroidas associar a pomada de hamamélis com Polygonum spp. (erva-de-bicho), Plantago major (tanchagem) ou Ranunculus ficaria (ficária). Associar com Pluchea quitoc (quitoco) nos casos de hemorragias uterinas e menstruações de fluxo muito intenso. O uso de hamamélis associada com Tanacetum vulgaris (catinga-de-mulata) é indicado para o tratamento de menstruações excessivas, desde que acompanhadas por um especialista para que o diagnóstico seja claro. Evitar associação de hamamélis com sais de ferro, principalmente em pacientes anêmicos, pela interferência na absorção deste mineral (taninos). Evitar uso concomitante com anticoagulantes, pelo seu efeito antagônico. Incompatibilidades: extrato fluido de Hydrastis canadensis (hidrastis), taninos, sais de cobre, pepsina, gelatina, alcaloides, preparados de ópio e quina[2,4,6].
Referências bibliográficas
por estacas [ 1 ] .
as cascas devem ser colhidas no outono e as folhas no verão. Segundo a sabedoria popular, a colheita da parte aérea da planta deve ser realizada, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que a parte subterrânea deve ser realizada na lua minguante [ 1 ] .
Referências bibliográficas