Urticaceae

Cecropia pachystachya

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 63-66.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 329-331.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 520-521.
Descrição da espécie 

Arbórea, com até 30 m de altura; folhas simples, opostas cruzadas, pecioladas, palmatilobadas, com nervuras vermelhas, apresenta superfície pilosa em ambas as faces, sendo verde-escura na face adaxial e prateada na abaxial; as flores são pequenas e dispostas em receptáculos carnosos[1,2,3]

Referências descrição da espécie
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 63.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 330.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 520.  
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Ambay Paraguai Folha

Tratamento de afecções respiratórias.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 1 ]
Ambay, ambaíba, ambay guazu e palo de lija Argentina Folha seca

Expectorante, Antiasmática, antidiarreica, Antiespasmódica, emenagoga e nas afecções urinárias.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 1 , 2 ]
Ambay, ambaíba, ambay guazu e palo de lija Argentina Folha e córtex

Béquica.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 2 ]
Ambahu, embaúba, pau-de-preguiça e umbaúba-do-brejo Brasil Folha

Anti-hipertensiva.

Decocção: 1 a 2 folhas secas (20 g) em meio litro de água. Ferver por 10 minutos. Após esfriar manter em geladeira.

Tomar 1 xícara (chá) 1 a 3 vezes ao dia.

-

[ 3 ]
Ambahu, embaúba, pau-de-preguiça e umbaúba-do-brejo Brasil Folha (secas caídas das árvores

Diurética.

-

-

-

[ 3 ]
Torém, umbaúba, árvore da preguiça e embaiba Brasil Folha

diurética, anti-hipertensiva, anti-inflamatória e no tratamento de doenças cardiovasculares (angina e infarto).

Decocção: 1 colher (sobremesa) de folha bem picada em 1 xícara de água. Cozinhar por 3 minutos. Deixar esfriar por 10 minutos.

Tomar 3 xícaras ao dia.

-

[ 4 ]
Embaúba Brasil Folha e broto

Sedativa leve

Infusão: 1 a 2 colheres (sobremesa) da droga vegetal rasurada em 200 mL (1 xícara) de água fervente. Tampar bem. E deixar em infusão por 20 minutos. Coar.

Ingerir ao deitar.

Cautela ao associar com diuréticos, glicosídeos cardiotônicos, antiarrítmicos, anti-hipertensivos. Usar com cautela na gravidez e lactância.

[ 5 ]
Torém e imbaúba. Ceará (Brasil) Folha

Diurética e anti-hipertensiva.

Decocção: 1 a 2 folhas secas (20 g) em 150 mL de água.

Tomar 50 mL 3 vezes ao dia.

-

[ 6 ]
Embaúba Norte do Araguaia/MT (Brasil) Casca

antidiarreica, antianêmica, depurativa, hipoglicêmica, anti-hipertensiva, tônica cardíaca, diurética, gastroprotetora, cicatrizante, útil no tratamento de doenças venéreas, infecções em geral (sistema respiratório, digestivo, renal e pele), desnutrição, mal de Parkinson.

Decocção, infusão, maceração, suco ou xarope.

-

-

[ 7 ]

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 330.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 407.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 521.
4 - REIS, M. C. P.; LÉDA, P. H. O. Guia de plantas medicinais & aromáticas. Rio de Janeiro, 2008, p. 53.
5 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 129.
6 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. Fortaleza: UFC, 1991, p. 75.
7 - RIBEIRO, R. V. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants used by Ribeirinhos in the North Araguaia microregion, Mato Grosso, Brazil. J Ethnopharmacol, v. 205, p.69-102, 2017. doi: 10.1016/j.jep.2017.04.023

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico: maceração do material vegetal (pó) em etanol (2% p/v, material vegetal/etanol). Fração aquosa: com 500 mL de água. Dose para ensaio: 0,5 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar nefroctomizados submetidos a avaliação da função renal.

Observou-se a fração aquosa de C. pachystachya apresenta ação anti-inflamatória, melhorando a função renal.

[ 5 ]
Folha

Extrato aquoso: material vegetal (pó) em água (2% p/v, material vegetal/etanol). Dose para ensaio: 0,6 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar nefroctomizados submetidos a avaliação da função renal.

O extrato aquoso de C. pachystachya apresenta ação anti-inflamatória, reduzindo alterações funcionais e estruturais renais.

[ 7 ]
Parte aérea

Extrato de diclorometano: 1 kg do material vegetal (pó) em 5 L de diclorometano. Rendimento: 2,5%. Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vitro:

Em leucócitos polimorfonucleares humanos (PMN) para análise da atividade citotóxica.

 

In vivo:

Em ratas Swiss submetidas ao edema de pata induzido por carragenina.

Observou-se que o extrato de C. pachystachya reduz a viabilidade das células PMN, reduzindo o processo inflamatório.

[ 10 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato metanólico: maceração de 60 g do material vegetal (pó) em 600 mL de metanol. Rendimento: 26 g. Doses para ensaio: 100 e 300 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao edema de orelha induzido por óleo de cróton, contorções abdominais induzidas por ácido acético e teste da formalina.

O extrato metanólico de C. pachystachya apresentou atividades anti-inflamatória e antinociceptiva, principalmente na dose de 300 mg/kg.

[ 2 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato metanólico: maceração de 60 g do material vegetal (pó) em 600 mL de metanol. Rendimento: 26 g. Doses para ensaio: 0,1, 0,5 e 1,0 mg/orelha.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante: DPPH, ação redutora, sistema β-caroteno/ácido linoleico e TBARS.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao edema de orelha induzido por óleo de cróton, ácido araquidônico, capsaicina, etilfenilpropiolato e fenol.

O extrato metanólico de C. pachystachya apresenta atividades anti-inflamatória e antioxidante.

[ 8 ]

Antidepressiva e Antioxidante

Antidepressiva e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: infusão de 100 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de água. Doses para ensaio: 200 a 400 mg/kg.

In vitro:

Análise bioquímica no córtex pré-frontal e hipocampo (TBARS, redução do ácido nitrobenzóico-DTNB, calatase-CAT e superóxido dismutase-SOD e ensaio de glutationa peroxidase-GPx).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao estresse crônico imprevisível.

Observou-se que o extrato aquoso de C. pachystachya propriedades antidepressiva e antioxidante.

[ 6 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: infusão de 100 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de água. Doses para ensaio: 200 e 400 mg/kg.

In vitro:

Análise bioquímica no córtex pré-frontal e hipocampo (TBARS, reação com dinitrofenilhidrazina-DNPH, redução do ácido nitrobenzóico-DTNB, calatase-CAT e superóxido dismutase-SOD).

 

In vivo:

Em ratas Wistar submetidas ao experimento do estado de mania induzido por cetamina.

Observou-se que o extrato de C. pachystachya apresenta atividade preventiva contra o comportamento maníaco induzido.

[ 4 ]
Parte aérea

Extrato metanólico: material vegetal (pó) em metanol. Frações: n-hexano, clorofórmio e acetato de etila.

In vitro:

Em preparações microssomais hepáticas de ratos Wistar submetidos a ensaios de peroxidação lipídica induzida por Fe2+/ascorbato, por CCl4/NADH, radical DPPH e geração de radical superóxido.

 

O extrato metanólico de C. pachystachya apresentou atividade antioxidante, principalmente na eliminação de radicais superóxidos e DPPH.

[ 12 ]

Antioxidante e Cicatrizante

Antioxidante e Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 3 kg do material vegetal (pó) em acetato de etila. Rendimento: 82,4 g. Gel de carbopol: com 2 ou 5% de extrato vegetal. Dose para ensaio: 200 µL de gel.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante (DPPH, ação redutora e TBARS).

 

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao modelo de ferida por excisão da pele.

Observou-se que o gel contendo extrato de C. pachystachya apresenta atividade cicatrizante, principalmente à 5%, bem como potente ação antioxidante.

[ 3 ]

Antioxidante e Hipoglicemiante

Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato metanólico: maceração de 60 g do material vegetal (pó) em 600 mL de metanol. 

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante: DPPH e ação redutora.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana.

O extrato metanólico das folhas de C. pachystachya apresenta atividades hipoglicêmica e antioxidante.

[ 9 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato etanólico: maceração de 50 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol. Fração: acetato de etila, hexano, diclorometano e butanol.

In vitro:

Em cultura de Leishmania amazonensis (MHOM/Br/75/Josefa) na forma proamatigota isolada de humano, análises da enzima arginase e da toxicidade em esplenócitos.

 

Observou-se que o C. pachystachya apresenta atividade antileshimaniose, inibindo a arginase, e a fração de acetato de etila não foi citotóxica na maior concentração (200 µg/mL).

[ 1 ]

Cardiotônica e Sedativa

Cardiotônica e Sedativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: decocção de 20 g do material vegetal (seco) em 100 mL de água. Rendimento: 9-10% (p/p). Doses para ensaio: 180, 320 e 600 mg/kg, e 0,015-9 mg/10 mL Krebs.

In vitro:

Em coração de ratos Wistar para medidas de contratilidade.

 

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de campo aberto.

Observou-se que o extrato de C. pachystachya apresenta atividades cardiotônica e sedativa.

[ 11 ]

Hipotensora

Hipotensora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha (floresta tropical ou região montanhosa)

Extrato aquoso: decocção de 20 g do material vegetal (seco) em 100 mL de água. Rendimento: 9-10%.

Extrato metanólico: 1 kg do material vegetal (pó) em 6 L de n-hexano, com resíduo extraído com 4 L de metanol.

In vivo:

Em ratos Wistar normotensos submetidos a análise da pressão arterial, frequência cardíaca e efeito diurético.

O extrato aquoso de C. pachystachya colhida em floresta neotropical apresenta ação hipotensora mais potente, contudo, nenhum dos extratos apresentaram atividade diurética.

[ 13 ]
Ensaios toxicológicos

Mutagenicidade e Genotoxicidade

Mutagenicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso: infusão de 310,8 g do material vegetal (triturada) em água (1:10 planta:solvente). Rendimento: 9,2%. Doses para ensaio: 500, 1000 e 2000 mg/kg.

In vitro:

Avaliação da mutagenicidade pelo ensaio de Salmonella/microssoma (TA98, TA97A, TA100, TA102 e TA1535).

 

In vivo:

Em ratos CF-1 submetidos ao teste do Cometa e micronúcleo.

Observou-se que o extrato de C. pachystachya apresenta genotoxicidade para o tecido cerebral, e mutagenicidade apenas na linhagem TA102.

[ 14 ]

Sinais de toxicidade e Efeito ansiolítico

Sinais de toxicidade e Efeito ansiolítico
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso:  infusão de 20 g do material vegetal (seco) em 1 L de água. Dose para ensaio: 0,76 g/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste do teste de labirinto em cruz elevado, à excisão do fígado, pulmão e rim, para análise anatômica, histológica e do fluido de lavagem broncoalveolar.

Observou-se ausência de sinais de toxicidade e efeito ansiolítico, após tratamento com o extrato aquoso de C. pachystachya.

[ 15 ]

Referências bibliográficas

1 - CRUZ, E. M. et al. Leishmanicidal activity of Cecropia pachystachya flavonoids: arginase inhibition and altered mitochondrial DNA arrangement. Phytochemistry, v. 89, p.71-77, 2013. doi: 10.1016/j.phytochem.2013.01.014
2 - ARAGÃO, D. M. et al. Anti-inflammatory, antinociceptive and cytotoxic effects of the methanol extract of Cecropia pachystachya Trécul. Phytother, v. 27, n. 6, p.926-930, 2013. doi: 10.1002/ptr.4811
3 - DUQUE, A. P. et al. In vivo wound healing activity of gels containing Cecropia pachystachya leaves. J Pharm Pharmacol, v. 68, n. 1, p.128-138, 2016. doi: 10.1111/jphp.12496
4 - GAZAL, M. et al. Preventive effect of Cecropia pachystachya against ketamine-induced manic behavior and oxidative stress in rats. Neurochem Res, v. 40, n. 7, p.1421-1430, 2015. doi: 10.1007/s11064-015-1610-5
5 - MAQUIAVELI, C. C. et al. Cecropia pachystachya extract attenuated the renal lesion in 5/6 nephrectomized rats by reducing inflammation and renal arginase activity. J Ethnopharmacol, v. 158 Pt A, p.49-57, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.09.042
6 - GAZAL, M. et al. Antidepressant-like effects of aqueous extract from Cecropia pachystachya leaves in a mouse model of chronic unpredictable stress. Brain Res Bull, v. 108, p.10-17, 2014. doi: 10.1016/j.brainresbull.2014.07.007
7 - MAQUIAVELI, C. C. et al. Brazilian embauba (Cecropia pachystachya) extract reduces renal lesions in 5/6 nephrectomized rats. J Renin Angiotensin Aldosterone Syst, v. 15, n. 4, p.430-439, 2014. doi: 10.1177/1470320313501219
8 - ARAGÃO, D. M. et al. Anti-inflammatory, antinociceptive and cytotoxic effects of the methanol extract of Cecropia pachystachya Trécul. Phytother Res, v. 27, n. 6, p.926-930, 2013. doi: 10.1002/ptr.4811
9 -
10 - CONSOLINI, A. E. et al. Cardiotonic and sedative effects of Cecropia pachystachya Mart. (ambay) on isolated rat hearts and conscious mice. J Ethnopharmacol, v. 106, n. 1, p.90-96, 2006. doi: 10.1016/j.jep.2005.12.006
11 - CONSOLINI, A. E. et al. Cardiotonic and sedative effects of Cecropia pachystachya Mart. (ambay) on isolated rat hearts and conscious mice. J Ethnopharmacol, v. 106, n. 1, p.90-96, 2006. doi: 10.1016/j.jep.2005.12.006
12 - VELÁZQUEZ, E. et al. Antioxidant activity of Paraguayan plant extracts. Fitoterapia, v.74, n. 1-2, p.91-97, 2003. doi: 10.1016/S0367-326X(02)00293-9
13 - CONSOLINI, A. E.; MIGLIORI, G. N. Cardiovascular effects of the South American medicinal plant Cecropia pachystachya (ambay) on rats. J Ethnopharmacol, v. 96, n. 3, p.417-422, 2005
14 - MENDONÇA, E. D. et al. Genotoxic, mutagenic and antigenotoxic effects of Cecropia pachystachya Trécul aqueous extract using in vivo and in vitro assays. J Ethnopharmacol, v. 193, p.214-220, 2016. doi: 10.1016/j.jep.2016.07.046
15 - BIGLIANI, M. C. et al. Effects of Cecropia pachystachya and Larrea divaricata aqueous extracts in mice. Hum Exp Toxicol, v. 29, n. 7, p.601-606, 2010. doi: 10.1177/0960327109358613

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Componente

Quantidade

Etanol/água 70%

1000 mL

Folha seca

100 g

 
Modo de preparo

Tintura: pesar 200 g de folha seca e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol/água 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Hipertensão arterial leve e retenção hídrica.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Alpinia speciosa (folha seca)

5 g

Cecropia spp. (folha seca)

10 g

Lippia alba (folha e sumidade florida seca)

5 g

Olea europaea (folha seca)

10 g

Phalaris canariensis (semente seca)

10 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Alpinia speciosa (folha)

2,5 mL

Cecropia spp. (Folha)

5 mL

Crataegus rhipidophylla (folha -tintura)

20 mL

Lippia alba (folha)

2,5 mL

Olea europaea (folha)

5 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as sementes em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar as folhas secas pesadas e rasuradas e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Hipertensão arterial e insuficiência cardíaca leve.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa ou chá, 2 a 3 vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 78-80.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 328-329.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos

gálico, clorogênico, tânico, margárico, araquidônico, tricosanoico, pentacosanoico, cerótico, esteárico, behênico, lignocêrico, nonadecanóico, hneicosanóico e tricosanóico.

Alcaloides

cecropina (córtex).

Esteroides

β-sitosterol.

Flavonoides

isovitexina, orientina, isoorientina, isoientina, vitexina e rutina.

Mucilagens

Óleos essenciais

limoneno, δ-cadineno, calameno, α-copaeno e derivados oxigenados de farnesilo e geranilo.

Outras substâncias

resinas, α e β-amirina, ambainina (princípio hidrogenado), ambaína, cecropidina, procianidinas e glicosídeos cardiotônicos.

Polifenóis

catequina e epicatequina.

Procianidinas

B2, B5 e C1.

Triterpenoides

α-amirina, ácidos pomólico, tormentico e ursólico.

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 330.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 407.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 65-66.

Propagação: 

é realizada por sementes. Deve-se preparar uma sementeira que tenha pelo menos 15 cm de altura (caixa de madeira ou plástico com orifícios no fundo para permitir o escoamento do excesso de água), contendo substrato industrializado ou solo e areia (1:1). Posteriormente, deve-se passar uma régua sob o substrato para que a superfície fique homogênea, e em seguida faz-se a distribuição de uma camada fina de sementes na superfície do substrato, molhando em seguida com um borrifador de água. A semente desta espécie apresenta comportamento fotoblástico, germinando melhor na presença de luz, portanto não é recomendado que o substrato seja lançado sobre as sementes. Após a semeadura deve-se colocar a sementeira sob armação plástica e fazer irrigação diariamente. Após 40 dias quando as plântulas apresentarem de 5 a 6 folhas, faz-se o transplante para saquinho plástico (10 cm de largura por 15 cm de comprimento) e mantém-se a muda em viveiro por 60 dias. Depois deste período, a muda deve ser transferida para local definitivo (pleno sol) em covas de 20x20x20 cm com adubação de 1 kg de esterco, com espaçamento de 1 m entre plantas e 2 m entre linhas. A embaúba é exigente em água sendo recomendado o plantio em áreas com boa disponibilidade de água [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

em coleções de plantas medicinais a irrigação deve ser realizada em dias alternados [ 1 ] .

Colheita: 

para a colheita das sementes, deve-se forrar o chão com lona e derruba-se os frutos com auxílio de tesoura de poda com haste longa. Posteriormente, o fruto é raspado com espátula para a retirada das sementes (que são minúsculas), sendo então realizado o beneficiamento, que é a limpeza e retirada de partes do fruto que são desnecessárias para a germinação das sementes. Em seguida as sementes são pesadas e acondicionadas em frascos etiquetados e armazenados em local adequado. A colheita das folhas deve ser realizada no estágio juvenil, quando apresentam menor tamanho e tonalidade mais clara em relação as folhas mais velhas. Deve-se colher com auxílio de tesoura de poda com haste longa. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia [ 1 ] .

Pós-colheita: 

o medicamento fitoterápico deve ser preparado a partir das folhas secas, e o processo de secagem é realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Após este procedimento a droga vegetal deve ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada dentro do período de 6 meses. A droga vegetal deve ser moída em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh e posteriormente ser utilizada para a preparação de tinturas e extratos. Drogas vegetais moídas não devem ser armazenadas por período superior a 6 meses [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

as sementes apresentam baixa taxa de germinação (30%) e a passagem de sementes pelo sistema digestório de aves dispersoras aumenta a porcentagem de germinação (45%) e o vigor das plântulas [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 63-65.

Referências bibliográficas

Parceiros