Nativa do Brasil, onde habita principalmente os biomas do Cerrado e Caatinga. Ocorre nas regiões Norte (Tocantins), Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Sul (Paraná). Suas principais indicações são: cicatrizante, antisséptica, antibacteriana, antiviral, antifúngica, antiedematogênica, anti-inflamatória, antinociceptiva, hipoglicemiante, adstringente, antiulcerogênica, antioxidante, antiprotozoária e antitumoral[1,2,3,4,5,6,7,8].
Árvore de pequeno porte, de 4 a 12 m de altura, hermafrodita, decídua, heliófita, de copa alongada, tronco de 20 a 30 cm de diâmetro, ereto, ramos curtos, tortuosos, intumescidos, os terminais ferrugíneo-tomentosos, possui casca grossa, clara, descamante (em árvores mais velhas), recurvada no sentido transversal, em média com 4 mm (ramos) a 12 mm de espessura (tronco); possui raiz pivotante; folhas alternas, compostas, pecioladas, paripinadas, com 5 a 6 pares de pina (juga), cada um com 5 a 7 pares de folíolos, membranáceos a cartáceos, geralmente, alternos ou subpostos, ovais ou orbiculares, base obtusa, ápice arredondado a emarginado, com cerca de 2 cm de comprimento e 1,5 cm de largura; flores com 6 mm de comprimento, de coloração avermelhada a creme-esverdeada, dispostas em inflorescências do tipo racemos axilares, densas, cilíndricas, com aproximadamente 100 flores, com cerca de 10 cm de comprimento e 1,5 cm de largura, as flores masculinas quanto as hermafroditas não produzem néctar, sendo então o pólen a única recompensa oferecida aos polinizadores; os frutos são vagens cilíndricas indeiscentes, sésseis, grossos, carnosos, marrom-escuro, linear-oblongo, com até 10 cm de comprimento e 2 cm de largura, contendo cerca de 12 sementes; as sementes são oblongas, achatadas, castanho-avermelhadas, medindo cerca de 6 a 9 mm x 1 a 3 mm[1,2,3,4,5,6,7].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Barbatimão | Brasil | Casca | Cicatrizante e antisséptica (pele e mucosas). |
Decocção: 3 g (3 colheres de sopa) em 1 L de água. |
Aplicar na forma de compressas no local afetado, 2 a 3 vezes ao dia. |
Utilizar em problemas de baixa gravidade e curto período de tempo (por até 30 dias). O uso interno pode ocasionar prisão de ventre e desconforto abdominal. Cautela ao associar com alcaloides. Não indicada para grávidas e lactantes. |
[
1
]
|
Barbatimão | Brasil | Casca | No tratamento de úlceras na perna. |
Decocção: 2 a 3 colheres (de sopa) da droga vegetal (pó) em ½ L de água. Ferver por 2 minutos. Esfriar e coar. |
Aplicar no local após higienização, até 2 vezes ao dia. Secar a ferida com gaze estéril, retirando o excesso da decocção. |
Utilizar em problemas de baixa gravidade e curto período de tempo (por até 30 dias). O uso interno pode ocasionar prisão de ventre e desconforto abdominal. Cautela ao associar com alcaloides. Não indicada para grávidas e lactantes. |
[
1
]
|
Barbatimão | Brasil | Casca | Anti-hemorrágica, antidiarreica, anti-hemorroidária, antisséptica (limpeza de ferimentos), no tratamento de leucorreia e conjuntivite. |
Decocção. |
- |
- |
[
2
]
|
Barbatimão | Brasil | Casca | No tratamento de queimaduras provenientes de radioterapia. |
Decocção. |
- |
- |
[
2
]
|
Barbatimão | Brasil | Casca | Anti-hemorroidária (uterina), no tratamento de corrimento vaginal, feridas ulcerosas e pele oleosa (associado ou não com outras plantas). |
Chá. |
Uso externo. |
- |
[
2
]
|
Barbatimão | Brasil | Casca | Anti-inflamatória (garganta), antidiarreica, anti-hemorrágica e no tratamento de corrimento vaginal. |
Extrato etanólico: maceração de 2 colheres (de sopa) do material vegetal (picado) em 1 xícara (de chá) de álcool de cereais a 50%. Deixar em repouso durante 3 dias. |
Tomar 1 colher (de café) do extrato coado, diluído em um pouco de água, 2 a 3 vezes ao dia. |
- |
[
2
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em etanol. Rendimento: 44,8%. Frações: orgânica e aquosa. Rendimentos: 1,32 e 1,27 g, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 62,5 a 250 g/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10 a 1000 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células THP-1 estimuladas por LPS, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de TNF-α (ELISA) e viabilidade celular (MTT). In vivo: Em camundongos Swiss submetidos a administração de LPS na cavidade articular, pré-tratados com as frações vegetais, com a posterior análise da contagem de neutrófilos no lavado articular, expressão de CXCL1 e TNF-α (ELISA e PCR), e atividade de MPO no tecido periarticular. |
Neste estudo, dentre as 13 espécies vegetais, Campomanesia lineatifolia, Stryphnodendron adstringens, S. obovatum e Terminalia glabrescens reduzem os níveis de TNF-α, contudo, as frações de S. adstringens demonstram atividade anti-inflamatória mais potente (in vivo). |
[
10
] |
Anti-inflamatória e Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: maceração do material vegetal (seco) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 6,25 a 25 µg/mL. |
In vitro: Em macrófagos (M1 e M2) derivados da medula óssea de camundongos (C57BL/6), incubadas com o extrato vegetal, para análise da viabilidade celular (iodeto de propídio). Em macrófagos (M1 e M2) incubados com o extrato vegetal, estimulados por IFN-γ, LPS, IL-4 e IL-13, com posterior análise dos níveis de óxido nítrico, expressão de marcadores de membrana (TLR2, CD86, CD206, CCR7 e MHC-II), iNOS, IL-6 e IL-10.
|
O extrato de S. adstringens apresenta atividades anti-inflamatória e imunomoduladora. |
[
4
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule (casca) |
Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (seco) em 100 mL de etanol a 90%, n-butanol a 70% e n-hexano a 70%. Outras espécies em estudo: Schinus terebinthifolius, Croton campestres, Lafoensia pacari, Centaurium erythraea e Anacardium humile. |
In vitro: Em cultura de Candida albicans, Streptococcus mutans, Staphylococcus aureus e Aggregatibacter actinomycetemcomitans submetidos aos teste disco-difusão e microdiluição em ágar, com posterior análise do halo de inibição e concentração inibitória mínima (CIM), respectivamente.
|
Os extratos vegetais apresentam atividade antimicrobiana, principalmente, para S. mutans, S. aureus. |
[
20
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 30%. Dose para ensaio (in vivo): 90 mg/dia. |
In vitro: Em culturas de Pythium insidiosum incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da concentração fungicida mínima (CFM) e parâmetros morfológicos dos fragmentos de hifas (Microscopia Eletrônica de Varredura). In vivo: Em coelhos da Nova Zelândia infectados por P. insidiosum (zoósporos), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros macroscópicos, histopatológicos, bioquímicos hepático e renal (AST, ALT, fosfatase alcalina e ureia) e hematológicos. |
O extrato de S. adstringens apresenta atividade antifúngica (in vitro), exceto no ensaio in vivo. |
[
5
] |
Folha e caule (casca) |
Extrato: maceração do material vegetal (pó), folha e caule, em hexano e etanol/água a 90%, respectivamente. Concentrações para ensaios: 5 a 20 mg/mL; 0,98 a 1000 µg/mL. |
In vitro: Em culturas de Candida albicans e Trychophyton rubrum submetidas aos testes de disco-difusão e microdiluição em ágar, com posterior análise do halo de inibição e da concentração inibitória mínima (CIM), respectivamente.
|
Neste estudo, dentre os 57 extratos vegetais, os extratos de Kielmeyera coriacea, Renealmia alpinia, Stryphnodendron adstringens e Tabebuia caraiba apresentam atividade antifúngica promissora, principalmente para T. rubrum (CIM = 23,23 a 170,39 µg/mL). |
[
19
] |
Antiofídica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato (1/10 p/v): material vegetal (pó) em acetona/água (7:3 v/v). Rendimento: 42,3%. Frações: acetato de etila e água. Rendimentos: 27,2 e 72,1%, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 e 300 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 150 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade proteolítica do extrato e frações vegetais, na presença do substrato azocaseína; em plasma humano incubado com veneno de Bothrops jararacussu, extrato e frações vegetais, com posterior análise do tempo de coagulação. In vivo: Em camundongos submetidos a administração subcutânea, subplantar e muscular (tibial anterior) do veneno de B. jararacuçu (incubado ou não com o extrato e frações vegetais), pré (prevenção) ou pós-tratados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise da atividade hemorrágica, edematogênica e miotóxica, respectivamente. |
O extrato e a fração aquosa de S. adstringens apresentam atividade antiofídica mais potente, independente do tratamento (incubação, pré ou pós-tratamento). |
[
6
] |
Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: maceração de 300 g do material vegetal (fresco) em 2 L de água. Rendimento: 2,3%. Concentrações para ensaio: 0 a 500 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS. Em eritrócitos isolados de humanos saudáveis incubados com o extrato vegetal, com posterior análise das atividades hemolítica e inibidora da hemólise oxidativa (APPH, agente oxidativo), e dos níveis de MDA. Em células mononucleares de sangue periférico de humanos (PBMC) e células B16F10Nex-2, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT). Em cultura de células B16F10Nex-2 incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise do perfil de morte celular (anexina V-FITC e iodeto de propídio), fases do ciclo celular, níveis de espécies reativas ao oxigênio, potencial de membrana mitocondrial e atividade de caspase-3 (citometria de fluxo).
|
O extrato aquoso de S. adstringens apresenta atividade antioxidante e antitumoral. |
[
7
] |
Antioxidante e Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: 2 kg do material vegetal (pó) em 20 L de acetona/água. Gel (uso tópico): contendo 1% do extrato vegetal seco. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, posteriormente, a indução de duas feridas (1 cm2 cada) na região cervical, tratados topicamente com o fitoterápico, com posterior análise de parâmetros histológicos, expressão de VEGF e COX-2 (Western blotting) e espectroscopia fotoacústica (permeabilidade cutânea). |
O gel contendo 1% do extrato de S. adstringens apresenta atividades antioxidante e cicatrizante promissoras. |
[
2
] |
Antiprotozoária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: 120 g do material vegetal (pó) em acetona a 70%. Rendimento: 50 g. Frações: acetato de etila e água. Concentrações para ensaio: 100 a 5000 µg/mL. |
In vitro: Em protozoários não patogênicos, Herpetomonas samuelpessoai, incubados com o extrato e fração de acetato de etila, com posterior análise do crescimento celular (CI50), ultraestrutural (microscopia eletrônica) e parâmetros bioquímicos (proteína e succinato citocromo c redutase).
|
O extrato e a fração de acetato de etila apresentam atividade antiprotozoária (CI50 = 538 e 634 µg/mL, respectivamente), sendo promissores para o tratamento de infecções causadas por Trypanosoma cruzi (doença de Chagas) e Leishmania spp. (leishimaniose). |
[
12
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato (1:5 pó vegetal/solvente): 100 g do material vegetal (pó) em etanol/água (7:3). Rendimento: 17%. Concentrações para ensaio: 6,25 a 300 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de câncer cervical humano (CaSki, SiHa e HeLa) e queratinócitos normais (HaCaT) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTS) e índice de seletividade.
|
Neste estudo, das 13 espécies vegetais, Annona crassiflora e Stryphnodendron adstringens apresentam atividade antitumoral mais potente, além de seletividade. |
[
16
] |
Antiulcerogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: material vegetal (seco) em acetona/água (7:3). Rendimento: 1142 g. Frações: acetato de etila e aquosa, n-butanol e aquosa. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões gástricas induzidas por estresse agudo, etanol acidificado e indometacina, pré-tratados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise do número de lesões gástricas e índice de ulcerativo. |
O extrato e frações de S. adstringens apresentam atividade antiulcerogênica, principalmente, em lesões induzidas por estresse agudo e etanol acidificado, sendo comparável à cimetidina. |
[
9
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a fistulotomia seguida de esfincteroplastia primária, tratados com o extrato vegetal (em esponja hemostática estéril inserida no local), com posterior análise parâmetros histológicos e histopatológicos. |
O extrato de S. adstringens apresenta resultados promissores para o tratamento das fístulas transesfincterianas. |
[
1
] |
Caule (casca) |
Extrato: 2 kg do material vegetal (pó) em acetona/água. Biomembranas polimétricas: contendo 1% do extrato vegeral seco. Outra espécie em estudo: Abarema cochliacarpa. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP). In vivo: Em ratos Wistar portadores de excisões dermoepidérmicas circulares dorsais (8 mm de diâmetro), tratados com as membranas contendo os extratos vegetais, com posterior análise do índice de retração da ferida, parâmetros histológicos e histoquímicos. |
As biomembranas polimétricas contendo os extratos vegetais apresentam atividade cicatrizante, devido as ações antioxidante e anti-inflamatória. |
[
3
] |
Casca |
Extrato: decocção de 20 g do material vegetal em 150 mL de água. Pomada (60 g): contendo 10% do extrato vegetal. Outra espécie em estudo: Tabebuia avellanedae. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de hipertensão venosa induzida por ligadura da veia femoral e ferimento cutâneo por excisão (1,5 cm de diâmetro) até exposição da fáscia muscular, tratados topicamente com os fitoterápicos, com posterior análise de parâmetros macroscópicos e histológicos. |
As pomadas contendo o extrato de S. adstringens ou T. avellanedae apresentam atividade cicatrizante promissora, comparável à sulfadiazina de prata a 1%. |
[
13
] |
Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: maceração de 4,3 kg do material vegetal (pó) em 5 L/kg de metanol. Rendimento: 1,2 kg. Frações: hexano, diclorometano e acetona (rendimento: 60 g). Doses para ensaio: 100 a 800 mg/kg. |
In vivo: Em ratos albinos portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, indometacina, estresse por contenção, ácido acético, pré-tratados com a fração vegetal em acetona, com posterior análise do índice de lesões. Em ratos albinos portadores de secreção ácida estimulada no estômago induzida por ligação do piloro ou administração de betanecol), tratados com a fração vegetal em acetona, com posterior análise do volume do suco gástrico, pH e acidez total. |
A fração em acetona de S. adstringens apresenta atividade gastroprotetora, principalmente nas lesões por etanol e estresse por contenção, nas doses de 400 e 800 mg/kg, por ação antissecretória do suco gástrico. |
[
14
] |
Inibidora enzimática (α-amilase e α-glicosidase)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato: maceração de 400 g do material vegetal (pó) em 2 L hexano, seguidamente, 2 L de etanol. |
In vitro: Determinar a atividade inibitória das enzimas α-amilase e α-glicosidase.
|
Neste estudo, das 14 espécies vegetais, Eugenia dysenterica, Stryphnodendron adstringens, Pouteria caimito, Pouteria ramiflora e Pouteria torta apresentam atividade inibitória em ambas as enzimas digestivas, sendo promissoras para o tratamento do diabetes. |
[
17
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule (casca) |
Extrato. Fração: acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,07 a 300 µg/mL; 0,05 a 5 mg/mL. Outras espécies em estudo: Guazuma ulmifolia, Limonium brasiliense, Paullinia cupana, Poincianella pluviosa e Trichilia catigua. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e atividade da enzima xantina oxidase. Determinar a atividade inibitória da enzima acetilcolinesterase (AChE) na presença dos extratos e frações em microplacas. Em cultura de células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com o peptídeo Aβ25-35 e frações vegetais de acetato de etila, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), do potencial de membrana mitocondrial, níveis de espécies reativas ao oxigênio, peroxidação lipídica, expressão de genes relacionados a doença de Alzheimer (A2M, ACHE, ADAM10, APOE, APP, GSK3β, LRP1, MAPT, PSEN1 e PSEN2).
|
As frações de S. adstringens, P. pluviosa e L. brasiliense apresentam atividade neuroprotetora, contudo, a espécie S. adstringens demonstra resultados promissores para o tratamento de demências, como a doença de Alzheimer. |
[
15
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Componente |
Quantidade |
Fase A |
|
Polietilenoglicol 400 |
37 g |
Polietilenoglicol 1500 |
15 g |
Polietilenoglicol 4000 |
20 g |
Fase B |
|
Propilenoglicol 500 |
12 mL |
Água destilada |
11,8 mL |
Nipagin® 0,2% |
0,2 g |
Extrato seco da entrecasca de Stryphnodendron adstringens - min. 22% de polifenóis (RDE: 12, 16:1) |
4 g |
Levar a Fase A e a Fase B separadamente ao fogo até atingirem 80˚C. Misturar as duas fases vertendo a fase B sobre a fase A, e deixar esfriar. Envasar e etiquetar.
Ulcerações cutâneas em geral, em especial úlceras de pressão.
Uso tópico: após a limpeza da área afetada, passar o creme 1 a 2 vezes ao dia e cobrir com gaze.
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Entrecasca de galho seca pulverizada |
2,9 a 3,1 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por decocção, por 5 minutos.
Ulcerações cutâneas e mucosas em geral, em especial úlceras de pressão.
Uso tópico: aplicar o decocto sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: fazer bochechos com o decocto duas a três vezes ao dia.
Farma Verde
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Fase A |
|
Polietilenoglicol 400 |
456,48 g |
Polietilenoglicol 1500 |
181,32 g |
Polietilenoglicol 4000 |
243,99 g |
Fase B |
|
Propilenoglicol |
150 mL |
Água purificada |
150 mL |
Metilparabeno 0,2% |
2,0 g |
Extrato aquoso seco das cascas |
50 g |
O extrato seco deve ser obtido com água seguindo a RDE 12-16:1 e deve conter, no mínimo, 22% de polifenóis. Levar a Fase A e a Fase B separadamente ao fogo até atingirem a temperatura de 85˚ C. Misturar as duas fases, vertendo a fase B sobre a fase A, e deixar esfriar. Envasar e etiquetar (PEREIRA, 2014).
Como cicatrizante e antisséptico da pele e mucosas (BRASIL, 2006; COELHO et al., 2010; LORENZI & MATOS, 2002; SOUZA et al., 2007; HERNANDES et al., 2010; MINATEL et al, 2010; NASCIMENTO et al., 2013, RICARDO, 2017, PEREIRA, 2014).
Uso externo: após higienização, aplicar nas áreas afetadas de uma a duas vezes ao dia (PEREIRA, 2014).
Referências bibliográficas
Carboidratos
dextrose e sacarose.
Flavonoides
Mucilagens
Outras substâncias
goma e corante.
Resinas
Taninos
ácido gálico, ácido elágico, catequina, epicatequina, lobafeno, prodelfinidinas, prorobinetinidinas, proantocianidinas, profisetenidina, galocatequina, epigalocatequina, metilgalocatequina e metilepigalocatequina.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias[1,4].
em gestantes e lactantes[1,3,4].
cautela com o uso interno e por período prologando, pois podem causar prisão de ventre, desconforto abdominal, deambulação lenta, piloereção, taquicardia discreta, excitabilidade e hiperglicemia. Os frutos e as sementes são altamente tóxicos[3,5,6].
esta espécie vegetal é rica em taninos e não deve ser usada concomitantemente com plantas ricas em alcaloides, devido a incompatibilidade resultando a formação de sais insolúveis. Potencializa os efeitos cicatrizante e antisséptico da Calendula officinalis (calêndula), para uso tópico, diminuindo o tempo de tratamento, principalmente de úlceras varicosas[1,2,3].
Referências bibliográficas
é frequentemente realizada por sementes, em sacos plásticos (15 cm de diâmetro e 25 cm de profundidade), contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1). Introduzir 2 sementes em cada saco plástico, a uma profundidade de 2 cm. Transferir para viveiro, sem nenhuma cobertura, ou seja, a pleno sol. O barbatimão é uma espécie de crescimento muito lendo. O plantio deve ser realizado em novembro e as mudas medindo 5 cm devem ser plantadas em local definitivo no final de dezembro, para que possam ser irrigadas naturalmente pelas chuvas de janeiro a março. As mudas a partir de 2 meses começam a enraizar no solo e ao serem retiradas o sistema radicular é danificado. O plantio no campo, a pleno sol, é realizado em covas de 20x20 cm, com 1 kg de esterco, com espaçamento de 3 m entre plantas e 3 m entre linhas. Existe uma alternativa para a produção de mudas para esta espécie, a micropropagação [ 2 , 3 , 4 ] .
a sobrevivência de plântulas germinadas a partir de sementes é totalmente dependente da irradiação solar, assim, plântulas que recebem baixa incidência de irradiação solar não sobrevivem. A irrigação das mudas deve ser realizada pela manhã e no final da tarde, contudo, no mês anterior ao plantio em local definitivo, deve-se reduzir a irrigação para o endurecimento das mudas. Esta espécie resiste a períodos de estiagem, não necessitando ser irrigada [ 2 , 3 ] .
a entrecasca é colhida de ramos laterais e o corte do galho é realizado em bisel. A sabedoria popular recomenda que a colheita de entrecasca deva ser realizada, preferencialmente, na lua nova. A melhor época de colheita das cascas e folhas é no outono e inverno, respectivamente. As sementes devem ser colhidas manualmente, a partir de frutos maduros de várias plantas, em seguida separar a sementes, descartando as que estão predadas ou chochas (podem ser atacadas por besouros do gênero Bruchus). Posteriormente, pesar, acondicionar em frasco de vidro com tampa, etiquetar e armazenar em câmara fria. A viabilidade da semente é de 2 anos [ 1 , 2 ] .
a separação da entrecasca do cerne é feita manualmente com um instrumento de corte. Para o preparo do fitoterápico a entrecasca de ser seca em estufa com ar circulante a temperatura de 40°C/36 horas e moída em moinho de faca até a granulometria de 40 mesh. A droga vegetal moída deve ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada no período máximo de 6 meses [ 2 ] .
as sementes apresentam dormência e a escarificação (mecânica ou química) pode ser útil. As sementes escarificadas germinam em 7 dias, enquanto que as não escarificadas germinam em 20 dias. As espécies de abelhas Trigoma sponipes, Apis mellifera e Bombus morio, entre outras, são consideradas os principais polinizadores, enquanto que vespas, mariposas e moscas são mencionadas como polinizadores adicionais. O barbatimão apresenta elevado nível de autogamia. Espécies da família Fabaceae podem ser acometidas por fêmeas de besouros Oncideres saga, interrompendo o fluxo da seiva no vegetal [ 2 , 3 , 4 , 5 ] .
Referências bibliográficas