Nativa das Américas e Índias Ocidentais, encontra-se distribuída desde o México até a América do Sul. No Brasil ocorre, principalmente, nos biomas da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Caatinga. Além do uso medicinal, esta espécie apresenta grande valor socioeconômico. Suas principais indicações são: antisséptica, antifúngica, antiviral, antibacteriana, antimalárica, antialérgica, imunomoduladora, antioxidante, adstringente, anti-inflamatória, analgésica, cicatrizante, hemostática, antitumoral, hipoglicemiante e antidepressiva[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11].
Árvore arbórea silvestre, perene, decídua, de 8 a 30 m de altura, tronco rugoso, com 60 a 100 cm de diâmetro, possui cerne duro, de coloração pardo-cinzenta, casca áspera, pardacenta, fibrosa, sulcada longitudinalmente, fissurada transversalmente, de ramos glabros, eretos, copa arredondada e irregular; folhas opostas, decíduas, longos pecioladas, palmaticomposta, com 5 a 7 folíolos, medindo de 5 a 15 cm de comprimento x 3 a 4 cm de largura, verde-escuro na face adaxial e verde-claro na abaxial, pubescentes em ambas as faces, coriáceos, oblongos, elípticos ou ovados, ápice acuminado e bordo serreado; inflorescências em panículas terminais, flores arroxeadas, lóbulos ondulados, corola tubulosa-afunilada, de 5 a 6 cm de comprimento, com tubo de coloração amarela; fruto do tipo cápsula linear, glabro, coriáceo, medindo de 11 a 38 cm de comprimento, contendo inúmeras sementes; as sementes são cordiformes, aladas (cor amarelada e curta), superfície lisa, lustrosa, de coloração marrom-clara transparente, com núcleo castanho, elíptico, medindo de 14 a 50 mm de comprimento x 10 a 80 mm de largura; raízes vigorosas e profundas[1,2,3,4,5,6,7].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Pau d’arco | Nordeste (Brasil) | Casca ou madeira | Anti-inflamatória de uso oral ou tópico (pele e mucosas), no tratamento de gastrite e úlceras gástricas. |
Cozimento: 100 g do material vegetal triturado em 1 L de solução hidroalcoólica (álcool de cereais diluído em 4 partes de água). Ferver por 5 a 10 minutos, coar, aguardar esfriar e filtrar. Realizar a extração 2 vezes. Armazenar a tintura em vidro âmbar. |
Uso oral: tomar meia xícara (de café) 3 vezes ao dia. Uso tópico: diluir a tintura em 1 a 2 partes de água antes de usar. |
- |
[
1 ,
2
]
|
Pau d’arco | Ceará (Brasil) | Entrecasca | Oral: adstringente e anti-inflamatória. Tópico: adstringente, anti-herpética, no tratamento de inflamações na boca, garganta e vagina. |
Infusão ou decocção. |
Uso oral (infusão) ou tópico (decocção). |
- |
[
3
]
|
Ipê-roxo-de-bola, ipê-rosa e pau d’arco-roxo | Brasil | Casca | Anti-infecciosa, antifúngica, diurética, adstringente, no tratamento de impetigo, alguns tipos de câncer, lúpus, psoríase, alergias e doença de Parkinson. |
Chá. |
- |
- |
[
4
]
|
Ipê-roxo-de-bola, ipê-rosa e pau d’arco-roxo | Brasil | - | Anti-inflamatória. |
Cozimento: 3 colheres (de sopa) do material vegetal (fragmentado) em 1 copo de água. |
Tomar 2 xícaras (médias) ao dia ou utilizar (mesma proporção) para uso tópico (pele e mucosas). |
- |
[
4
]
|
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco | Argentina | Casca | Antirreumática, para o tratamento de enfermidade pulmonar, renal, hepática e intestinal. |
Decocção. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco | Argentina | Casca | Antitumoral. |
Decocção ou extrato. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco | Argentina | Folha | Adstringente e antiblenorrágica. |
Infusão. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco. | Argentina | Flor | Expectorante. |
Infusão. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco | Argentina | Casca ou casca e folha | Vulnerária, adstringente, antisséptica e antitumoral. |
Decocção. |
Uso externo: na forma de gargarejo ou para lavar feridas e úlceras externas. |
- |
[
5
]
|
- | Bolívia | Córtex seco | Antitumoral. |
Decocção. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Ipê-roxo | Brasil | Lenho com casca | No tratamento da candidíase oral. |
Decocção: 1 colher (de sopa) do material vegetal em 1 copo cheio d’água. Ferver por 30 minutos, coar e deixar esfriar. |
Fazer bochecho e gargarejo de 2/2 horas após escovação. Utilizar por curto período, até 30 dias. |
Usar com cautela quando em associação com anticoagulantes, anti-inflamatórios não-esteroidas, corticoides, vitaminas E e K. Contraindicada em pacientes com hemofilia, grávidas e na lactação. |
[
6
]
|
Lapacho e pau d’Arco | América do Sul Tropical | Casca interna | Imunoestimulante e tônico geral. |
- |
- |
- |
[
7
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 35 g. concentrações para ensaio (in vitro): 0 à 400 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. |
In vitro: Em macrófagos (RAW264.7) pré-incubados com o extrato vegetal para análise da viabilidade celular (MTT), e estimulados por lipopolissacarídeo (LPS), com posterior análise da produção de PGE2, NO, COX-2, iNOS e ERK. In vivo: Em ratos portadores de edema de orelha induzido por ácido araquidônico e óleo de cróton, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura do edema. |
Observou-se que o extrato aquoso de T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória, pois suprime a produção de PGE2. |
[
5
] |
- |
Extrato etanólico (Tabetri®). Concentrações par ensaio (in vitro): 0 à 300 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 0 à 240 mg/kg. |
In vitro: Em esplenócitos isolados de camundongos normais, incubados com o extrato vegetal, estimulados por concavalina A ou lipopolissacarídeo (LPS), com posterior análise dos níveis de expressão de IL-4, IL-5, IL-12, IFN-γ e GAPDH. In vivo: Em camundongos NC/Nga portadores de dermatite atópica induzida por 2,4-dinitroclorobenzeno (DNCB), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histopatológica e níveis de expressão de histamina, proteína total, IgE, IL-4, IL-5, IL-12, IFN-γ, Syk, IKK, IkBα, p65 e β-actina. |
Observou-se que T. avellanedae apresenta efetividade no tratamento de dermatite atópica, devido a atividade anti-inflamatória potente. |
[
10
] |
Entrecasca |
Extrato: 500 g do material vegetal (seco) em 5 L de água. Doses para ensaio (in vitro): 100 à 2700 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 5%. |
In vitro: Em macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular; e análise da expressão de iNOS e arginase na presença de IFN-γ, em macrofagos M1 e M2, respectivamente. In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de colite induzida por dextrano sulfato de sódio, pré-suplementados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros clínicos e histológicos. |
Observou-se que o extrato de T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória. |
[
12
] |
Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em 12 L de etanol à 70%. Rendimento: 13%. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos ICR tratados com o extrato vegetal, submetidos aos teste da placa quente, contorções abdominais e permeabilidade vascular induzidas por ácido acético, edema de orelha induzido por 12-O-tetradecanoilforbol13-acetato e ácido araquidônico, e em ratos Sprague-Dawley submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina. |
Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória e antinociceptiva, dose-dependente, além da ausência de efeitos tóxicos. |
[
14
] |
Anti-inflamatória e Condroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico (Tabetri®). Concentrações para ensaio (in vitro): 0 à 300 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30, 60 e 120 mg/kg. |
In vitro: Em macrófagos (RAW 264.7) estimulados por lipopolissacarídeo (LPS), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de nitrito, PGE2, LTB4, IL-1β, IL-6, iNOS, COX-2, p85, IKKα/β, Ikβα, p50, p65, p38, JNK, ERK, c-Jun, c-Fos, Src, Syk, IRAK4 e β-actina. Em macrófagos (RAW-264.7) e em células de condrossarcoma (SW1353) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT). Determinar a atividade das enzimas quinases (Syk, Src e IRAK4) após incubadas com o extrato vegetal. In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de osteoartrite induzida por monoiodoacetato (MIA), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de sensibilidade à dor, peso corporal, ensaios histológicos, histoquímicos e radiográficos da cartilagem, níveis de PGE2, LTB4, IL-1β e IL-6. |
O extrato etanólico de T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória (sinalização das vias NF-kB e AP-1) e condroprotetora, além da ausência de toxicidade. |
[
2
] |
Antiagregante plaquetária e Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
Extrato: 3 kg do material vegetal (seco) em 25 L de metanol. Rendimento: 12,13%. Frações: n-hexano, clorofórmio, acetato de etila, butanol e água. Concentrações para ensaio: 5 à 200 µg/mL. |
In vitro: Determinar a agregação plaquetária em plaquetas isoladas de coelhos, incubadas com as frações vegetais, colágeno, ácido araquidônico, trombina e fator ativador de plaquetas (PAF). Em plaquetas isoladas de coelhos marcadas por [3H]AA, incubadas com as frações vegetais e estimuladas por colágeno, com posterior análise dos níveis de ácido araquidônico. Em células musculares lisas vasculares (VSMC) marcadas com [3H]timidina, incubadas com as frações vegetais e estimuladas por PDGF-BB, com posterior análise da proliferação celular e da fosforilação de ERK1/2 MAPK.
|
Observou-se que a fração de clorofórmio de T. impetiginosa apresenta atividade antiagregante plaquetária e antiproliferativa, mais potente. |
[
17
] |
Antidepressiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: 5 kg do material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 18,4%. Doses para ensaio: 10, 30 e 100 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de comportamentos depressivos induzidos por bulbectomia, tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de campo aberto, suspensão da cauda, borrifagem de sacarose, com posterior análise da fosforilação de Akt, CREB, GSK-3b, ERK1/2 e níveis de BDNF no homogenato do hipocampo. |
Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade antidepressiva através da modulação das vias ERK1 e BDNF. |
[
16
] |
Casca |
Extrato: maceração de 5 kg do material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 18,4%. Dose para ensaio: 1 e 30 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos a administração do extrato vegetal, NMDA, L-arginina, ODQ, 7-nitroindazol, MK-801 e sildenafil, com posterior análise dos testes de suspensão da cauda e do campo aberto, níveis de óxido nítrico e macroscopia do tecido cerebral. |
Observou-se que T. avellanaedae apresenta atividade antidepressiva, por inibição dos receptores NMDA e da síntese de NO-cGMP. |
[
20
] |
Casca |
Extrato: maceração de 5 kg do material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 919,2 g. Dose para ensaio: 1 e 300 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos a administração do extrato vegetal, cetanserina, prazosina, ioimbina, propranolol, sulpirida, fluoxetina, desipramina, bupropiona, halobenzazepina, com posterior realização dos testes de natação forçada, suspensão da cauda e do campo aberto. |
Observou-se que T. avellanaedae apresenta atividade antidepressiva dependente do sistema monoaminérgico. |
[
24
] |
Antidislipidêmica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato etanólico. Outras espécies em estudo: Carum carvi, Calendula officinalis, Elettaria cardamomum, Helianthus annuus, Linum usitatissimum, Arctium lappa e Thymus vulgaris. |
In vivo: Em ratos Wistar suplementados com dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis plasmáticos de triglicerídeos pós-prandial. |
Observou-se que o T. impetiginosa apresenta atividade antidislipidêmica mais potente. |
[
13
] |
Antiedematogênica e Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina, contorções induzidas por ácido acético e dor neurogênica induzida por formalina. |
O extrato aquoso da entrecasca de T. avellanedae apresenta atividade antinociceptiva e antiedematogênica, principalmente nas doses de 200 e 400 mg/kg. |
[
18
] |
Antigenotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Tintura. Doses para ensaio (in vivo): 500 à 2000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com a tintura vegetal, com posterior análise da dose máxima tolerada (DMT), através da letalidade e teste do micronúcleo em eritrócitos da medula óssea (eritrócitos normocromáticos e eritrócitos policromáticos). Em camundongos Siwss tratados com a tintura vegetal e doxorrubicina (induz a genotoxicidade), com posterior análise da clastogenicidade e aneugenicidade em células da medula óssea. |
Observou-se que a tintura de H. impetiginosus apresenta atividade antigenotóxica, além da baixa toxicidade e ausência de genotoxicidade. |
[
8
] |
Antiobesidade
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 12 L de metanol. Rendimento: 110 g. Fração: n-butanol. Rendimento: 31,6 g. Dose para ensaio: 0,5%. |
In vivo: Em camundongos fêmeas portadoras de obesidade induzida por remoção dos ovários, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do peso das trompas, coração, rim, fígado, baço e gorduras internas, parâmetros bioquímicos plasmáticos (glicose, triglicerídeos, colesterol total, colesterol lipoproteína de alta densidade reduzido, adiponectina e resistina) e das fezes (triglicerídeos). |
Observou-se que o extrato de T. avellanedae apresenta atividade antiobesidade em ratas ovariectomizadas. |
[
11
] |
Casca |
Extrato etanólico à 70%. Rendimento: 12%. Dose para ensaio: 150 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos C57BL/6 portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos plasmáticos e hepáticos (HDL, colesterol total, triglicerídeos, insulina e leptina), histopatológicos, expressão de genes (FAS, SCD1, ACLS, ACS, GPAM, PPARγ, C/EBPα, FABP4 e β-actina) e proteica. |
O extrato hidroalcoólico de T. avellanedae apresenta atividade antiobesidade, pois regula a expressão de marcadores do metabolismo lipídico. |
[
21
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
Extrato: 500 mg do material vegetal (pó) em 2 mL de água. Extrato: 250 mg do material vegetal (pó) em 1 mL de água. Dose para ensaio (in vivo): 5,000 mg/kg. |
In vitro: Em células de hepatoma humano (HepG2) transfectadas pelo plasmídeo ARE-Luciferase e por ensaio de silencimento gênico (RNAi), com posterior análise da expressão de Nrf2. Em células intestinais de camundongos C57Bl/6NCrl tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da expressão de Nrf2.
|
Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade antioxidante, pois estimula a expressão de Nrf2 (via MEK/ERK1), principalmente no intestino. |
[
6
] |
Antioxidante e Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 10 g do material vegetal (triturado) em 300 mL de metanol. Concentração para ensaio: 10 à 250 µg/mL. |
In vitro: Em células de carcinoma humano mucoepidermoide de pulmão (NCI-H292) e de laringe (HEp-2) submetidas ao ensaio MTT. Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH.
|
Neste estudo das 14 plantas, as espécies Annona muricata, Lantana camara, Handroanthus impetiginosus e Mentzelia aspera apresentam atividade antiproliferativa mais potente, enquanto que Poincianella pyramidalis, Jatropha mollissima, Anadenanthera colubrina e Croton blanchetianus demonstram propriedade antioxidante mais potente. |
[
1
] |
Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
Extrato: infusão de 2 g do material vegetal (seco) em 200 mL de água. Extrato: 4 g do material vegetal (seco) em 40 mL de metanol. Concentração final: 8 e 20 mg/mL. Formulações: comprimido (5:1), diluído em 100 mL de água e xarope (10% do extrato vegetal). Concentrações finais: 5 e 0,94 mg/mL, respectivamente. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante (radical DPPH, redução do íon férrico, branqueamento do β-caroteno e inibição da peroxidação lipídica) dos extratos vegetais, comprimido e xarope. Em células tumorais (MCF-7, NCI-H460, HeLa e HepG2) e em células suínas hepáticas normais (PLP2), incubadas com os extratos vegetais com posterior análise da citotoxicidade.
|
Observou-se que o extrato metanólico de T. impetiginosa apresenta atividade antioxidante e antitumoral, mais potente, além da ausência de citotoxicidade. |
[
3
] |
Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
Extrato: material vegetal (pó) em água. Concentrações para ensaio: 0,05 à 1,5 mg/mL. |
In vitro: Em células de câncer de mama (MCF-7) dependentes de estrogênio, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular, ciclo celular, indução de apoptose/necrose, ensaio clonogênico e expressão gênica (DUSP 4 e 10, GTSE 1, ciclina B1, CYP 1A1 e OKL 38).
|
Observou-se que o T. avellanedae apresenta atividade antiproliferativa em células MCF-7 dependente de estrogênio. |
[
7
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
In vivo: Em camundongos CBA/Ca haplótipos H-2K, tratados com o extrato vegetal e 7,12-dimetilben[a]antraceto (DMBA), com posterior análise da expressão de marcadores oncológicos/supressores (c-myc, Bcl-2, p53 e Ha-ras) em homogenato do fígado, pulmão, rim e baço. |
Observou-se que o chá CoDTM reduz a expressão de genes oncológicos/supressores. |
[
15
] |
|
Entrecasca |
Extrato: 7 g do material vegetal em 100 mL de etanol/água (2:8 v/v). Rendimento: 17,7 g/100 g. Doses para ensaio: 30, 120 e 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c submetidos ao transplanta de células de carcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do tecido hematopoiético (fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos, e diferenciação de celular na medula óssea e baço). |
Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade antitumoral, além de aumentar a taxa de sobrevida, principalmente na dose de 120 mg/kg. |
[
22
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 18,4%. Doses para ensaio: 30, 100 e 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por ácido acético, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histopatológica, conteúdo do muco gástrico e proliferação celular (PCNA). |
Observou-se que o H. impetiginosus apresenta atividade cicatrizante de lesões gástricas, principalmente nas doses de 100 e 300 mg/kg. |
[
9
] |
Casca |
Extrato: decocção de 20 g do material vegetal em 150 mL de água. Pomada: contendo 10% do extrato vegetal. Outra espécie em estudo: Stryphnodendron adstringens. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de hipertensão venosa induzida por ligadura da veia femoral direita, e ferida cutânea de 1,5 cm de diâmetro, tratados topicamente com o fitoterápico, com poserior análise macroscópica e histológica. |
Observou-se T. avellanedae e S. adstringens apresentam atividade cicatrizante de feridas cutâneas associadas à hipertensão venosa. |
[
19
] |
Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato (1:1 p/v): maceração do material vegetal em etanol à 95%. Rendimento: 18,38%. Concentrações para ensaio (in vitro): 10, 100 e 1000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30 à 1000 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade da enzima H+, K+, ATPase na presença do extrato vegetal. In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, ibuprofeno e ácido acético, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise morfológica das lesões gástricas, produção de muco na parede gástrica e acidez total. Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos a técnica de ligadura do piloro, tratados com o extrato vegetal, histamina e betanecol, com posterior análise do volume do suco gástrico e acidez total. |
Observou-se que o extrato etanólico de T. avellanedae apresenta atividade gastroprotetora, dose-dependente. |
[
23
] |
Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Entrecasca |
Extrato: decocção de 100 g do material vegetal (fragmentado) em 100 mL água. Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (fragmentado) em 100 mL etanol à 100%. |
In vitro: Em linfócitos de humanos incubados com os extratos vegetais e anti-CD3, com posterior análise da proliferação e viabilidade celular. Em amostra de sangue de voluntários saudáveis, incubadas com concanvanalina, forbol-12-miristato-13-acetato (PMA)/ionomicina e extratos vegetais, com posterior análise da expressão de CD-25 e CD-71, e dos níveis de IL-2, TNF-α e da proliferação celular.
|
Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade imunomoduladora, além da ausência de citotoxicidade. |
[
4
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Entrecasca seca |
100 g |
Entrecasca fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de entrecasca seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de entrecasca fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Processo inflamatórios da pele incluindo eczema, psoríase e infecções fúngicas.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Fase A: (infusos/decoctos) |
|
Água destilada |
1000 mL |
Annona muricata (entrecasca seca) |
5 g |
Leonurus sibiricus (planta toda seca) |
5 g |
Orbignya speciosa (folha seca) |
7,5 g |
Rosa alba (pétala seca) |
2,5 g |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
5 g |
Tabebuia avellanedae (entrecasca seca) |
7,5 g |
Thuja occidentale (folha seca) |
2,5 g |
Fase B: (alcoolaturas) |
|
Annona muricata (entrecasca) |
5 mL |
Cayaponia tayuya (raiz) |
10 mL |
Leonurus sibiricus (planta toda) |
10 mL |
Orbignya speciosa (folha) |
5 mL |
Rosa alba (pétala) |
10 mL |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
2,5 mL |
Tabebuia avellanedae (entrecasca) |
15 mL |
Thuja occidentale (folha) |
15 mL |
Nipagin® 0,2% |
2 g |
Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.
Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.
Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Tintura de Annona muricata, Leonurus sibiricus, Orbignya speciosa, Rosa alba, Stachytarpheta caynnensis e Tabebuia avellanedae |
1:1:1:1:1:1 |
Em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas desejadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.
Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.
Uso oral: Tomar 30 gotas, 2 vezes ao dia, por 60 dias.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Entrecasca seca pulverizada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de café rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 10 minutos.
Processos inflamatórios da pele, incluindo eczema, psoríase e infecções fúngicas.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: borrifar o infuso sobre as lesões de pele duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos graxos
oleico, linoleico e linolênico.
Ácidos orgânicos
ácido oxálico.
Açúcares
glicose.
Alcaloides
tecomina.
Antraquinonas
ácido antraquinona-2-carboxílico, antraquinona-2-aldeído, metilantraquinona, hidroxiantraquinona, metoxiantraquinona, metilantraquinona, ortoquinona e furanonaftoquinona.
Flavonoides
quercetina, rutina, crisantemina e cianidina-3-O-β-D-rutinosídeo e peonidin-3-cinamil-soforosídeo.
Glicosídeos iridoides
avelanedaesídeos.
Lignanas
cicloolivil.
Minerais
zinco, ferro, manganês, selênio, cromo, cobre, cálcio, potássio, boro, enxofre, magnésio, fósforo, estrôncio e germânio.
Monoterpenos
ajugol.
Naftoquinona
lapachol, α-lapachol, α e β-lapachona, dehidro-α-lapachona, lapacherol, menaquinona, xiloidona, tabebuína, tectoquinona, desoxilapachol e ftiolol.
Óleos essenciais
4-metoxifenol, 4-metoxibenzil álcool, 1,2-propanodiol, 4-metoxibenzaldeido, elemicin, trans-anatole, carvona e linalol.
Outras substâncias
ácido benzoico, carnosol, coenzima Q, ácido anísico, vanilina, ácido vanilínico, ácido verátrico e aldeído verátrico.
Resinas
Saponinas esteroidais
Vitaminas
α e γ-tocoferol.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[1,3,4].
em menores de 12 anos, gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e portadores de hemofilia[1,3].
doses altas por tempo prologado pode provocar sangramentos (efeito anticoagulante), problemas gastrointestinais (taninos), náuseas, vômitos, tonturas, anemia, anorexia e perda de peso. O uso do córtex como matéria prima de diversas formas farmacêuticas é muito mais seguro do que o uso do lapachol isoladamente[1,3].
pode potencializar o efeito dos anticoagulantes. Cautela ao associar com anticoagulantes, anti-inflamatórios não-esteroidais, corticoides, vitaminas E e K[1,4].
Referências bibliográficas
é realizada por sementes. Deve-se introduzir 2 sementes em um único saco plástico, contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), com profundidade de 2 cm. A germinação ocorre em 10 a 30 dias após a semeadura. As sementes podem ser semeadas em canteiro, sendo necessário a repicagem das plântulas após 3 a 5 semanas após o início da germinação. As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 3 a 6 meses após a emergência das plântulas. Posteriormente, as mudas devem ser transferidas para local definitivo no campo (a pleno sol) em covas de 20x20 cm contendo 1 kg de esterco, com espaçamento de 3 m entre plantas e 4 m entre ruas. A propagação por estacas de raiz também pode ser realizada, contudo esta técnica é trabalhosa e pouco material para produção de mudas, bem como por enxertia [ 1 , 2 , 3 ] .
as plantas jovens são exigentes à fósforo e nitrogênio. É uma planta resistente a períodos de estiagem, não necessitando ser irrigada [ 1 , 2 , 3 ] .
a entrecasca deve ser colhida de ramos laterais e o corte é realizado em bisel. A separação da entrecasca do cerne é realizada manualmente com instrumento de corte. Segundo a sabedoria popular, a colheita da entrecasca deve ser realizada preferencialmente na lua nova. As sementes devem ser colhidas a partir dos frutos maduros, estes podem estar aderidos à planta ou lançados ao chão. Em geral, as sementes apresentam alto teor de umidade, e a secagem é um procedimento fundamental. Pode ser realizada em estufa de ar circulante à 38°C ou em sala aclimatada à 20 e 40°C. Posteriormente, devem ser pesadas e acondicionadas em frasco de vidro com tampa, etiquetados e armazenados em temperatura ambiente [ 1 ] .
para o preparo do fitoterápico, a entrecasca deve ser seca em estufa de ar circulante a temperatura de 40°C/36 horas, posteriormente moída em moinho de faca, até granulometria de 40 mesh. O armazenamento da droga vegetal moída deve ser realizado no período máximo de 6 meses, em ambiente não úmido. A temperatura ambiente reduz a viabilidade das sementes, assim devem ser conservadas em ambiente com temperatura de 20°C e umidade de 4,2 e 8,4%, ou em temperatura à -10°C e umidade inferior à 12,5% [ 1 ] .
as sementes devem ser acondicionadas em ambientes com umidade de 7 a 8% para obter viabilidade de 1 ano, aproximadamente. Estas podem ser atacadas por diferentes gêneros de fungos (Aspergillus, Curvularia, Penicillium, Pestalotia e Fusarium), sendo indicado a assepsia para reduzir os danos no desenvolvimento das plântulas. Este procedimento é realizado com a imersão da semente em álcool à 70%/1 minuto, posteriormente, em solução de hipoclorito de sódio à 2%/3 minutos. O ipê-roxo também pode ser acometido por fungos Oidium spp. (nas folhas) e Apiosphaeria guaranitica (na planta) [ 2 , 3 ] .
Referências bibliográficas