Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Pau d’arco, ipê-roxo, ipê-rosa, cabroe e tamanqueira.

Sinonímia 
Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb.
Família 
Informações gerais 

Nativa das Américas e Índias Ocidentais, encontra-se distribuída desde o México até a América do Sul. No Brasil ocorre, principalmente, nos biomas da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Caatinga. Além do uso medicinal, esta espécie apresenta grande valor socioeconômico. Suas principais indicações são: antisséptica, antifúngica, antiviral, antibacteriana, antimalárica, antialérgica, imunomoduladora, antioxidante, adstringente, anti-inflamatória, analgésica, cicatrizante, hemostática, antitumoral, hipoglicemiante e antidepressiva[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11].

Referências informações gerais
1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 135-137.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 229-232.
3 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 266-267.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 175-176.
5 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 273-277.
6 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 185-186.
7 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 175.
8 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 269-271.
9 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 223-229.
10 - SALOMÃO, A. N.; CAMILO, J. Handroanthus impetiginosus (ipê-roxo). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 801-812.
11 - MIRANDA, M. J. A. C. et al. Handroanthus impetiginosus (pau-d’arco). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 752-758.
Descrição da espécie 

Árvore arbórea silvestre, perene, decídua, de 8 a 30 m de altura, tronco rugoso, com 60 a 100 cm de diâmetro, possui cerne duro, de coloração pardo-cinzenta, casca áspera, pardacenta, fibrosa, sulcada longitudinalmente, fissurada transversalmente, de ramos glabros, eretos, copa arredondada e irregular; folhas opostas, decíduas, longos pecioladas, palmaticomposta, com 5 a 7 folíolos, medindo de 5 a 15 cm de comprimento x 3 a 4 cm de largura, verde-escuro na face adaxial e verde-claro na abaxial, pubescentes em ambas as faces, coriáceos, oblongos, elípticos ou ovados, ápice acuminado e bordo serreado; inflorescências em panículas terminais, flores arroxeadas, lóbulos ondulados, corola tubulosa-afunilada, de 5 a 6 cm de comprimento, com tubo de coloração amarela; fruto do tipo cápsula linear, glabro, coriáceo, medindo de 11 a 38 cm de comprimento, contendo inúmeras sementes; as sementes são cordiformes, aladas (cor amarelada e curta), superfície lisa, lustrosa, de coloração marrom-clara transparente, com núcleo castanho, elíptico, medindo de 14 a 50 mm de comprimento x 10 a 80 mm de largura; raízes vigorosas e profundas[1,2,3,4,5,6,7].

Referências descrição da espécie
1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 135-136.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p.229-230.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 175.
4 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 274.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 224.
6 - SALOMÃO, A. N.; CAMILO, J. Handroanthus impetiginosus (ipê-roxo). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 801-802.
7 - MIRANDA, M. J. A. C. et al. Handroanthus impetiginosus (pau-d’arco). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 752.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Pau d’arco Nordeste (Brasil) Casca ou madeira

Anti-inflamatória de uso oral ou tópico (pele e mucosas), no tratamento de gastrite e úlceras gástricas.

Cozimento: 100 g do material vegetal triturado em 1 L de solução hidroalcoólica (álcool de cereais diluído em 4 partes de água). Ferver por 5 a 10 minutos, coar, aguardar esfriar e filtrar. Realizar a extração 2 vezes. Armazenar a tintura em vidro âmbar.

Uso oral: tomar meia xícara (de café) 3 vezes ao dia. Uso tópico: diluir a tintura em 1 a 2 partes de água antes de usar.

-

[ 1 , 2 ]
Pau d’arco Ceará (Brasil) Entrecasca

Oral: adstringente e anti-inflamatória. Tópico: adstringente, anti-herpética, no tratamento de inflamações na boca, garganta e vagina.

Infusão ou decocção.

Uso oral (infusão) ou tópico (decocção). 

-

[ 3 ]
Ipê-roxo-de-bola, ipê-rosa e pau d’arco-roxo Brasil Casca

Anti-infecciosa, antifúngica, diurética, adstringente, no tratamento de impetigo, alguns tipos de câncer, lúpus, psoríase, alergias e doença de Parkinson.

Chá.

-

-

[ 4 ]
Ipê-roxo-de-bola, ipê-rosa e pau d’arco-roxo Brasil -

Anti-inflamatória.

Cozimento: 3 colheres (de sopa) do material vegetal (fragmentado) em 1 copo de água.

Tomar 2 xícaras (médias) ao dia ou utilizar (mesma proporção) para uso tópico (pele e mucosas). 

-

[ 4 ]
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco Argentina Casca

Antirreumática, para o tratamento de enfermidade pulmonar, renal, hepática e intestinal.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 5 ]
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco Argentina Casca

Antitumoral.

Decocção ou extrato.

Uso interno.

-

[ 5 ]
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco Argentina Folha

Adstringente e antiblenorrágica.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 5 ]
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco. Argentina Flor

Expectorante.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 5 ]
Lapacho, lapacho rosado, siempre viva e pau d’arco Argentina Casca ou casca e folha

Vulnerária, adstringente, antisséptica e antitumoral.

Decocção.

Uso externo: na forma de gargarejo ou para lavar feridas e úlceras externas.

-

[ 5 ]
- Bolívia Córtex seco

Antitumoral.

Decocção.

Uso interno.

-

[ 5 ]
Ipê-roxo Brasil Lenho com casca

No tratamento da candidíase oral.

Decocção: 1 colher (de sopa) do material vegetal em 1 copo cheio d’água. Ferver por 30 minutos, coar e deixar esfriar.

Fazer bochecho e gargarejo de 2/2 horas após escovação. Utilizar por curto período, até 30 dias.

Usar com cautela quando em associação com anticoagulantes, anti-inflamatórios não-esteroidas, corticoides, vitaminas E e K.  Contraindicada em pacientes com hemofilia, grávidas e na lactação.

[ 6 ]
Lapacho e pau d’Arco América do Sul Tropical Casca interna

Imunoestimulante e tônico geral.

-

-

-

[ 7 ]

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 136-137.
2 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 267.
3 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 190-191.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 175-176.
5 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 274.
6 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 175.
7 - EVANS, W. C. Trease and Evans Pharmacognosy. 16 ed. Philadelphia: Saunders, 2009, p. 68.

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 35 g. concentrações para ensaio (in vitro): 0 à 400 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 100 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos (RAW264.7) pré-incubados com o extrato vegetal para análise da viabilidade celular (MTT), e estimulados por lipopolissacarídeo (LPS), com posterior análise da produção de PGE2, NO, COX-2, iNOS e ERK.

 

In vivo:

Em ratos portadores de edema de orelha induzido por ácido araquidônico e óleo de cróton, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura do edema.

Observou-se que o extrato aquoso de T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória, pois suprime a produção de PGE2.

[ 5 ]
-

Extrato etanólico (Tabetri®). Concentrações par ensaio (in vitro): 0 à 300 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 0 à 240 mg/kg.

In vitro:

Em esplenócitos isolados de camundongos normais, incubados com o extrato vegetal, estimulados por concavalina A ou lipopolissacarídeo (LPS), com posterior análise dos níveis de expressão de IL-4, IL-5, IL-12, IFN-γ e GAPDH.

 

In vivo:

Em camundongos NC/Nga portadores de dermatite atópica induzida por 2,4-dinitroclorobenzeno (DNCB), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histopatológica e níveis de expressão de histamina, proteína total, IgE, IL-4, IL-5, IL-12, IFN-γ, Syk, IKK, IkBα, p65 e β-actina.

Observou-se que T. avellanedae apresenta efetividade no tratamento de dermatite atópica, devido a atividade anti-inflamatória potente.

[ 10 ]
Entrecasca

Extrato: 500 g do material vegetal (seco) em 5 L de água. Doses para ensaio (in vitro): 100 à 2700 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 5%.

In vitro:

Em macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular; e análise da expressão de iNOS e arginase na presença de IFN-γ, em macrofagos M1 e M2, respectivamente.

 

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 portadores de colite induzida por dextrano sulfato de sódio, pré-suplementados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros clínicos e histológicos.

Observou-se que o extrato de T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória.

[ 12 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em 12 L de etanol à 70%. Rendimento: 13%. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos ICR tratados com o extrato vegetal, submetidos aos teste da placa quente, contorções abdominais e permeabilidade vascular induzidas por ácido acético, edema de orelha induzido por 12-O-tetradecanoilforbol13-acetato e ácido araquidônico, e em ratos Sprague-Dawley submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina.

Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória e antinociceptiva, dose-dependente, além da ausência de efeitos tóxicos.

[ 14 ]

Anti-inflamatória e Condroprotetora

Anti-inflamatória e Condroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato etanólico (Tabetri®). Concentrações para ensaio (in vitro): 0 à 300 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30, 60 e 120 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos (RAW 264.7) estimulados por lipopolissacarídeo (LPS), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de nitrito, PGE2, LTB4, IL-1β, IL-6, iNOS, COX-2, p85, IKKα/β, Ikβα, p50, p65, p38, JNK, ERK, c-Jun, c-Fos, Src, Syk, IRAK4 e β-actina.

Em macrófagos (RAW-264.7) e em células de condrossarcoma (SW1353) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).

Determinar a atividade das enzimas quinases (Syk, Src e IRAK4) após incubadas com o extrato vegetal.

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de osteoartrite induzida por monoiodoacetato (MIA), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de sensibilidade à dor, peso corporal, ensaios histológicos, histoquímicos e radiográficos da cartilagem, níveis de PGE2, LTB4, IL-1β e IL-6.

O extrato etanólico de T. avellanedae apresenta atividade anti-inflamatória (sinalização das vias NF-kB e AP-1) e condroprotetora, além da ausência de toxicidade.

[ 2 ]

Antiagregante plaquetária e Antiproliferativa

Antiagregante plaquetária e Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato: 3 kg do material vegetal (seco) em 25 L de metanol. Rendimento: 12,13%. Frações: n-hexano, clorofórmio, acetato de etila, butanol e água. Concentrações para ensaio: 5 à 200 µg/mL.

In vitro:

Determinar a agregação plaquetária em plaquetas isoladas de coelhos, incubadas com as frações vegetais, colágeno, ácido araquidônico, trombina e fator ativador de plaquetas (PAF).

Em plaquetas isoladas de coelhos marcadas por [3H]AA, incubadas com as frações vegetais e estimuladas por colágeno, com posterior análise dos níveis de ácido araquidônico.

Em células musculares lisas vasculares (VSMC) marcadas com [3H]timidina, incubadas com as frações vegetais e estimuladas por PDGF-BB, com posterior análise da proliferação celular e da fosforilação de ERK1/2 MAPK.

 

Observou-se que a fração de clorofórmio de T. impetiginosa apresenta atividade antiagregante plaquetária e antiproliferativa, mais potente.

[ 17 ]

Antidepressiva

Antidepressiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: 5 kg do material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 18,4%. Doses para ensaio: 10, 30 e 100 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de comportamentos depressivos induzidos por bulbectomia, tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de campo aberto, suspensão da cauda, borrifagem de sacarose, com posterior análise da fosforilação de Akt, CREB, GSK-3b, ERK1/2 e níveis de BDNF no homogenato do hipocampo.

Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade antidepressiva através da modulação das vias ERK1 e BDNF.

[ 16 ]
Casca

Extrato: maceração de 5 kg do material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 18,4%. Dose para ensaio: 1 e 30 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração do extrato vegetal, NMDA, L-arginina, ODQ, 7-nitroindazol, MK-801 e sildenafil, com posterior análise dos testes de suspensão da cauda e do campo aberto, níveis de óxido nítrico e macroscopia do tecido cerebral.

Observou-se que T. avellanaedae apresenta atividade antidepressiva, por inibição dos receptores NMDA e da síntese de NO-cGMP.

[ 20 ]
Casca

Extrato: maceração de 5 kg do material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 919,2 g. Dose para ensaio: 1 e 300 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração do extrato vegetal, cetanserina, prazosina, ioimbina, propranolol, sulpirida, fluoxetina, desipramina, bupropiona, halobenzazepina, com posterior realização dos testes de natação forçada, suspensão da cauda e do campo aberto.

Observou-se que T. avellanaedae apresenta atividade antidepressiva dependente do sistema monoaminérgico.

[ 24 ]

Antidislipidêmica

Antidislipidêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato etanólico. Outras espécies em estudo: Carum carvi, Calendula officinalis, Elettaria cardamomum, Helianthus annuus, Linum usitatissimum, Arctium lappa e Thymus vulgaris.

In vivo:

Em ratos Wistar suplementados com dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis plasmáticos de triglicerídeos pós-prandial.

Observou-se que o T. impetiginosa apresenta atividade antidislipidêmica mais potente.

[ 13 ]

Antiedematogênica e Antinociceptiva

Antiedematogênica e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina, contorções induzidas por ácido acético e dor neurogênica induzida por formalina.

O extrato aquoso da entrecasca de T. avellanedae apresenta atividade antinociceptiva e antiedematogênica, principalmente nas doses de 200 e 400 mg/kg.

[ 18 ]

Antigenotóxica

Antigenotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Tintura. Doses para ensaio (in vivo): 500 à 2000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com a tintura vegetal, com posterior análise da dose máxima tolerada (DMT), através da letalidade e teste do micronúcleo em eritrócitos da medula óssea (eritrócitos normocromáticos e eritrócitos policromáticos).

Em camundongos Siwss tratados com a tintura vegetal e doxorrubicina (induz a genotoxicidade), com posterior análise da clastogenicidade e aneugenicidade em células da medula óssea.

Observou-se que a tintura de H. impetiginosus apresenta atividade antigenotóxica, além da baixa toxicidade e ausência de genotoxicidade.

[ 8 ]

Antiobesidade

Antiobesidade
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 12 L de metanol. Rendimento: 110 g. Fração: n-butanol. Rendimento: 31,6 g. Dose para ensaio: 0,5%.

In vivo:

Em camundongos fêmeas portadoras de obesidade induzida por remoção dos ovários, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do peso das trompas, coração, rim, fígado, baço e gorduras internas, parâmetros bioquímicos plasmáticos (glicose, triglicerídeos, colesterol total, colesterol lipoproteína de alta densidade reduzido, adiponectina e resistina) e das fezes (triglicerídeos).

Observou-se que o extrato de T. avellanedae apresenta atividade antiobesidade em ratas ovariectomizadas.

[ 11 ]
Casca

Extrato etanólico à 70%. Rendimento: 12%. Dose para ensaio: 150 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos plasmáticos e hepáticos (HDL, colesterol total, triglicerídeos, insulina e leptina), histopatológicos, expressão de genes (FAS, SCD1, ACLS, ACS, GPAM, PPARγ, C/EBPα, FABP4 e β-actina) e proteica.

O extrato hidroalcoólico de T. avellanedae apresenta atividade antiobesidade, pois regula a expressão de marcadores do metabolismo lipídico.

[ 21 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato: 500 mg do material vegetal (pó) em 2 mL de água. Extrato: 250 mg do material vegetal (pó) em 1 mL de água. Dose para ensaio (in vivo): 5,000 mg/kg.

In vitro:

Em células de hepatoma humano (HepG2) transfectadas pelo plasmídeo ARE-Luciferase e por ensaio de silencimento gênico (RNAi), com posterior análise da expressão de Nrf2.

Em células intestinais de camundongos C57Bl/6NCrl tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da expressão de Nrf2.

 

Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade antioxidante, pois estimula a expressão de Nrf2 (via MEK/ERK1), principalmente no intestino.

[ 6 ]

Antioxidante e Antiproliferativa

Antioxidante e Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 10 g do material vegetal (triturado) em 300 mL de metanol. Concentração para ensaio: 10 à 250 µg/mL.

In vitro:

Em células de carcinoma humano mucoepidermoide de pulmão (NCI-H292) e de laringe (HEp-2) submetidas ao ensaio MTT.

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH.

 

Neste estudo das 14 plantas, as espécies Annona muricata, Lantana camara, Handroanthus impetiginosus e Mentzelia aspera apresentam atividade antiproliferativa mais potente, enquanto que Poincianella pyramidalis, Jatropha mollissima, Anadenanthera colubrina e Croton blanchetianus demonstram propriedade antioxidante mais potente.

[ 1 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato: infusão de 2 g do material vegetal (seco) em 200 mL de água.

Extrato: 4 g do material vegetal (seco) em 40 mL de metanol. Concentração final: 8 e 20 mg/mL.

Formulações: comprimido (5:1), diluído em 100 mL de água e xarope (10% do extrato vegetal). Concentrações finais: 5 e 0,94 mg/mL, respectivamente.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante (radical DPPH, redução do íon férrico, branqueamento do β-caroteno e inibição da peroxidação lipídica) dos extratos vegetais, comprimido e xarope.

Em células tumorais (MCF-7, NCI-H460, HeLa e HepG2) e em células suínas hepáticas normais (PLP2), incubadas com os extratos vegetais com posterior análise da citotoxicidade.

 

Observou-se que o extrato metanólico de T. impetiginosa apresenta atividade antioxidante e antitumoral, mais potente, além da ausência de citotoxicidade.

[ 3 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato: material vegetal (pó) em água. Concentrações para ensaio: 0,05 à 1,5 mg/mL.

In vitro:

Em células de câncer de mama (MCF-7) dependentes de estrogênio, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular, ciclo celular, indução de apoptose/necrose, ensaio clonogênico e expressão gênica (DUSP 4 e 10, GTSE 1, ciclina B1, CYP 1A1 e OKL 38).

 

Observou-se que o T. avellanedae apresenta atividade antiproliferativa em células MCF-7 dependente de estrogênio.

[ 7 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca In vivo:

Em camundongos CBA/Ca haplótipos H-2K, tratados com o extrato vegetal e 7,12-dimetilben[a]antraceto (DMBA), com posterior análise da expressão de marcadores oncológicos/supressores (c-myc, Bcl-2, p53 e Ha-ras) em homogenato do fígado, pulmão, rim e baço.

Observou-se que o chá CoDTM reduz a expressão de genes oncológicos/supressores.

[ 15 ]
Entrecasca

Extrato: 7 g do material vegetal em 100 mL de etanol/água (2:8 v/v). Rendimento: 17,7 g/100 g. Doses para ensaio: 30, 120 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos BALB/c submetidos ao transplanta de células de carcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do tecido hematopoiético (fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos, e diferenciação de celular na medula óssea e baço).

Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade antitumoral, além de aumentar a taxa de sobrevida, principalmente na dose de 120 mg/kg.

[ 22 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 95%. Rendimento: 18,4%. Doses para ensaio: 30, 100 e 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por ácido acético, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histopatológica, conteúdo do muco gástrico e proliferação celular (PCNA).

Observou-se que o H. impetiginosus apresenta atividade cicatrizante de lesões gástricas, principalmente nas doses de 100 e 300 mg/kg.

[ 9 ]
Casca

Extrato: decocção de 20 g do material vegetal em 150 mL de água. Pomada: contendo 10% do extrato vegetal. Outra espécie em estudo: Stryphnodendron adstringens.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão venosa induzida por ligadura da veia femoral direita, e ferida cutânea de 1,5 cm de diâmetro, tratados topicamente com o fitoterápico, com poserior análise macroscópica e histológica.

Observou-se T. avellanedae e S. adstringens apresentam atividade cicatrizante de feridas cutâneas associadas à hipertensão venosa.

[ 19 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato (1:1 p/v): maceração do material vegetal em etanol à 95%. Rendimento: 18,38%. Concentrações para ensaio (in vitro): 10, 100 e 1000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 30 à 1000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade da enzima H+, K+, ATPase na presença do extrato vegetal.

 

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, ibuprofeno e ácido acético, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise morfológica das lesões gástricas, produção de muco na parede gástrica e acidez total.

Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos a técnica de ligadura do piloro, tratados com o extrato vegetal, histamina e betanecol, com posterior análise do volume do suco gástrico e acidez total. 

Observou-se que o extrato etanólico de T. avellanedae apresenta atividade gastroprotetora, dose-dependente.

[ 23 ]

Imunomoduladora

Imunomoduladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato: decocção de 100 g do material vegetal (fragmentado) em 100 mL água.

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (fragmentado) em 100 mL etanol à 100%.

In vitro:

Em linfócitos de humanos incubados com os extratos vegetais e anti-CD3, com posterior análise da proliferação e viabilidade celular.

Em amostra de sangue de voluntários saudáveis, incubadas com concanvanalina, forbol-12-miristato-13-acetato (PMA)/ionomicina e extratos vegetais, com posterior análise da expressão de CD-25 e CD-71, e dos níveis de IL-2, TNF-α e da proliferação celular.

 

Observou-se que T. avellanedae apresenta atividade imunomoduladora, além da ausência de citotoxicidade.

[ 4 ]
Ensaios toxicológicos

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Entrecasca

Extrato (1:10 p/v): material vegetal (pó) em água. Rendimento: 8,9%. Doses para ensaio: 1, 3 e 5 g/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato aquoso de T. avellanedae apresenta sinais de toxicidade leves e ausência de óbitos até a dose de 5 g/kg.

[ 18 ]

Referências bibliográficas

1 - DE MELO, J. G. et al. Antiproliferative activity, antioxidant capacity and tannin content in plants of semi-arid Northeastern Brazil. Molecules, v. 15, n. 12, p.8534-8542, 2010. doi: 10.3390/molecules15128534
2 - PARK, J. G. et al. Tabetri™ (Tabebuia avellanedae ethanol extract) ameliorates osteoarthritis symptoms induced by monoiodoacetate through its anti-inflammatory and chondroprotective activities. Mediators Inflamm, p.1-14, 2017. doi: 10.1155/2017/3619879
3 - PIRES, T. C. S. P. et al. Bioactive properties of Tabebuia impetiginosa-based phytopreparations and phytoformulations: a comparison between extracts and dietary supplements. Molecules, v. 20, n. 12, p.22863-22871, 2015. doi: 10.3390/molecules201219885
4 - BÖHLER, T. et al. Tabebuia avellanedae extracts inhibit IL-2-independent T-lymphocyte activation and proliferation. Transpl Immunol, v. 18, n. 4, p.319-323, 2008. doi: 10.1016/j.trim.2007.08.005
5 - BYEON, S. E. et al. In vitro and in vivo anti-inflammatory effects of taheebo, a water extract from the inner bark of Tabebuia avellanedae. J Ethnopharmacol, v. 119, n. 1, p.145-152, 2008. doi: 10.1016/j.jep.2008.06.016
6 - RICHTER, M. et al. Pau d'arco activates Nrf2-dependent gene expression via the MEK/ERK-pathway. J Toxicol Sci, v. 39, n. 2, p.353-361, 2014. doi: 10.2131/jts.39.353
7 - MUKHERJEE, B. et al. Growth inhibition of estrogen receptor positive human breast cancer cells by taheebo from the inner bark of Tabebuia avellandae tree. Int J Mol Med, v. 24, n. 2, p.253-260, 2009. doi: 10.3892/ijmm_00000228
8 - BARIOLLO, M. F. G. et al. Reduction of doxorubicin-induced genotoxicity by Handroanthus impetiginosus in mouse bone marrow revealed by micronucleus assay. Braz J Biol, v. 78, n. 1, p.1-12, 2018. doi: 10.1590/1519-6984.18515
9 - PEREIRA, I. T. et al. Antiulcer effect of bark extract of Tabebuia avellanedae: activation of cell proliferation in gastric mucosa during the healing process. Phytother Res, v. 27, n. 7, p.1067-1073, 2013. doi: 10.1002/ptr.4835
10 - PARK, J. G. et al. Tabetri™ (Tabebuia avellanedae ethanol extract) ameliorates atopic dermatitis symptoms in mice. Mediators Inflamm, p.1-11, 2018. doi: 10.1155/2018/9079527
11 - IWAMOTO, K. et al. The anti-obesity effect of taheebo (Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb) extract in ovariectomized mice and the identification of a potential anti-obesity compound. Biochem Biophys Res Commun, v. 478, n. 3, p.1136-1140, 2016. doi: 10.1016/j.bbrc.2016.08.081
12 - PARK, H. J. et al. Oral administration of taheebo (Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb.) water extract prevents dss-induced colitis in mice by up-regulating type II T helper immune responses. BMC Complement Altern Med, v. 17, n. 1, p.1-14, 2017. doi: 10.1186/s12906-017-1952-4
13 - KIAGE-MOKUA, B. N. et al. Lapacho tea (Tabebuia impetiginosa) extract inhibits pancreatic lipase and delays postprandial triglyceride increase in rats. Phytother Res, v. 26, n. 12, p.1878-1883, 2012. doi: 10.1002/ptr.4659
14 - LEE, M. H. et al. Analgesic and anti-inflammatory effects in animal models of an ethanolic extract of taheebo, the inner bark of Tabebuia avellanedae. Mol Med Rep, v. 6, n. 4, p.791-796, 2012. doi: 10.3892/mmr.2012.989
15 - BUDÁN, F. et al. Mixtures of Uncaria and Tabebuia extracts are potentially chemopreventive in CBA/Ca mice: a long-term experiment. Phytother Res, v. 25, n. 4, p.493-500, 2011. doi: 10.1002/ptr.3281
16 - FREITAS, A. E. et al. Antidepressant-like action of the bark ethanolic extract from Tabebuia avellanedae in the olfactory bulbectomized mice. J Ethnopharmacol, v. 145, n. 3, p.737-745, 2013. doi: 10.1016/j.jep.2012.11.040
17 - SON, D. J. et al. Inhibitory effects of Tabebuia impetiginosa inner bark extract on platelet aggregation and vascular smooth muscle cell proliferation through suppressions of arachidonic acid liberation and ERK1/2 MAPK activation. J Ethnopharmacol, v. 108, n. 1, p.148-151, 2006. doi: 10.1016/j.jep.2006.04.016
18 - DE MIRANDA, F. G. et al. Antinociceptive and antiedematogenic properties and acute toxicity of Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb. inner bark aqueous extract. BMC Pharmacol, v. 1, p.1-5, 2001. doi: 10.1186/1471-2210-1-6
19 - COELHO, J. M. et al. Effects of silver sulfadiazine, ipê roxo (Tabebuia avellanedae) extract and barbatimão (Stryphnodendron adstringens) extract on cutaneous wound healing in rats. Rev Col Bras Cir, v. 37, n. 1, p.45-51, 2010. doi: 10.1590/s0100-69912010000100010
20 - FREITAS, A. E. et al. NMDA receptors and the L-arginine-nitric oxide-cyclic guanosine monophosphate pathway are implicated in the antidepressant-like action of the ethanolic extract from Tabebuia avellanedae in mice. J Med Food, v. 16, n. 11, p.1030-1038, 2013. doi: 10.1089/jmf.2012.0276
21 - CHOI, W. H. et al. Ethanolic extract of taheebo attenuates increase in body weight and fatty liver in mice fed a high-fat diet. Molecules, v. 19, n. 10, p.16013-16023, 2014. doi: 10.3390/molecules191016013
22 - QUEIROZ, M. L. S. et al. Comparative studies of the effects of Tabebuia avellanedae bark extract and beta-lapachone on the hematopoietic response of tumour-bearing mice. J Ethnopharmacol, v. 117, n. 2, p.228-235, 2008. doi: 10.1016/j.jep.2008.01.034
23 - TWARDOWSCHY, A. et al. Antiulcerogenic activity of bark extract of Tabebuia avellanedae, Lorentz ex Griseb. J Ethnopharmacol, v. 118, n. 3, p.455-459, 2008. doi: 10.1016/j.jep.2008.05.013
24 - FREITAS, A. E. et al. NMDA receptors and the L-arginine-nitric oxide-cyclic guanosine monophosphate pathway are implicated in the antidepressant-like action of the ethanolic extract from Tabebuia avellanedae in mice. J Med Food, v. 16, n. 11, p.1030-1038, 2013. doi: 10.1089/jmf.2012.0276

Formulário de Fitoterápico

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 51-52, 2018.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Entrecasca seca

100 g

Entrecasca fresca

200 g

                                                                  * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de entrecasca seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de entrecasca fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Processo inflamatórios da pele incluindo eczema, psoríase e infecções fúngicas.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Annona muricata (entrecasca seca)

5 g

Leonurus sibiricus (planta toda seca)

5 g

Orbignya speciosa (folha seca)

7,5 g

Rosa alba (pétala seca)

2,5 g

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

5 g

Tabebuia avellanedae (entrecasca seca)

7,5 g

Thuja occidentale (folha seca)

2,5 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Annona muricata (entrecasca)

5 mL

Cayaponia tayuya (raiz)

10 mL

Leonurus sibiricus (planta toda)

10 mL

Orbignya speciosa (folha)

5 mL

Rosa alba (pétala)

10 mL

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

2,5 mL

Tabebuia avellanedae (entrecasca)

15 mL

Thuja occidentale (folha)

15 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as entrecascas em água fervente e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar folhas e flores secas e pesadas, após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa, 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Tintura de Annona muricata, Leonurus sibiricus, Orbignya speciosa, Rosa alba, Stachytarpheta caynnensis e Tabebuia avellanedae

    1:1:1:1:1:1

 
Modo de preparo

Em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas desejadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.

Principais indicações

Esgotamento físico e mental, estados de convalescença, imunodeficiências secundárias.

Posologia

Uso oral: Tomar 30 gotas, 2 vezes ao dia, por 60 dias.

Farmácia da Natureza
[ 4 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Entrecasca seca pulverizada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de café rasa

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 10 minutos.

Principais indicações

Processos inflamatórios da pele, incluindo eczema, psoríase e infecções fúngicas.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: borrifar o infuso sobre as lesões de pele duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 273-276.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 330-331.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 313-314.
4 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 182-184.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 , 12 , 13 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos

oleico, linoleico e linolênico.

Ácidos orgânicos

ácido oxálico.

Açúcares

glicose.

Alcaloides

tecomina.

Antraquinonas

ácido antraquinona-2-carboxílico, antraquinona-2-aldeído, metilantraquinona, hidroxiantraquinona, metoxiantraquinona, metilantraquinona, ortoquinona e furanonaftoquinona.

Flavonoides

quercetina, rutina, crisantemina e cianidina-3-O-β-D-rutinosídeo e peonidin-3-cinamil-soforosídeo.

Glicosídeos iridoides

avelanedaesídeos.

Lignanas

cicloolivil.

Minerais

zinco, ferro, manganês, selênio, cromo, cobre, cálcio, potássio, boro, enxofre, magnésio, fósforo, estrôncio e germânio.

Monoterpenos

ajugol.

Naftoquinona

lapachol, α-lapachol, α e β-lapachona, dehidro-α-lapachona, lapacherol, menaquinona, xiloidona, tabebuína, tectoquinona, desoxilapachol e ftiolol.

Óleos essenciais

4-metoxifenol, 4-metoxibenzil álcool, 1,2-propanodiol, 4-metoxibenzaldeido, elemicin, trans-anatole, carvona e linalol.

Outras substâncias

ácido benzoico, carnosol, coenzima Q, ácido anísico, vanilina, ácido vanilínico, ácido verátrico e aldeído verátrico.

Resinas

Saponinas esteroidais

Vitaminas

α e γ-tocoferol.

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 136.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 231.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 175.
4 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 275-276.
5 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 185.
6 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 175.
7 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 225.
8 - SALOMÃO, A. N.; CAMILO, J. Handroanthus impetiginosus (ipê-roxo). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 803-804.
9 - PIRES, T. C. S. P. et al. Bioactive properties of Tabebuia impetiginosa-based phytopreparations and phytoformulations: a comparison between extracts and dietary supplements. Molecules, v. 20, n. 12, p.22863-22871, 2015. doi: 10.3390/molecules201219885
10 - MACEDO, L. et al. β-Lapachone activity in synergy with conventional antimicrobials against methicillin resistant Staphylococcus aureus strains. Phytomedicine, v. 21, n. 1, p.25-29, 2013. doi: 10.1016/j.phymed.2013.08.010
11 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 190.
12 - SUO, M. R.; YAN, S. Y. Iridoid glycosides from Tabebuia avellanedae. Chem Biodivers, v. 13, n. 12, p.1611-1616, 2016. doi: 10.1002/cbdv.201600018
13 - ZHANG, L. et al. Iridoid esters from Tabebuia avellanedae and their in vitro anti-inflammatory activities. Planta Med, v. 83, n. 1-2, p.164-171, 2017. doi: 10.1055/s-0042-110322

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias[1,3,4].

Contraindicações: 

em menores de 12 anos, gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e portadores de hemofilia[1,3].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

doses altas por tempo prologado pode provocar sangramentos (efeito anticoagulante), problemas gastrointestinais (taninos), náuseas, vômitos, tonturas, anemia, anorexia e perda de peso. O uso do córtex como matéria prima de diversas formas farmacêuticas é muito mais seguro do que o uso do lapachol isoladamente[1,3].

Interações medicamentosas: 

pode potencializar o efeito dos anticoagulantes. Cautela ao associar com anticoagulantes, anti-inflamatórios não-esteroidais, corticoides, vitaminas E e K[1,4].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 275-276.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 186.
4 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 175.

Propagação: 

é realizada por sementes. Deve-se introduzir 2 sementes em um único saco plástico, contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), com profundidade de 2 cm. A germinação ocorre em 10 a 30 dias após a semeadura. As sementes podem ser semeadas em canteiro, sendo necessário a repicagem das plântulas após 3 a 5 semanas após o início da germinação. As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 3 a 6 meses após a emergência das plântulas. Posteriormente, as mudas devem ser transferidas para local definitivo no campo (a pleno sol) em covas de 20x20 cm contendo 1 kg de esterco, com espaçamento de 3 m entre plantas e 4 m entre ruas. A propagação por estacas de raiz também pode ser realizada, contudo esta técnica é trabalhosa e pouco material para produção de mudas, bem como por enxertia [ 1 , 2 , 3 ] .

Tratos culturais & Manejo: 

as plantas jovens são exigentes à fósforo e nitrogênio. É uma planta resistente a períodos de estiagem, não necessitando ser irrigada [ 1 , 2 , 3 ] .

Colheita: 

a entrecasca deve ser colhida de ramos laterais e o corte é realizado em bisel.  A separação da entrecasca do cerne é realizada manualmente com instrumento de corte. Segundo a sabedoria popular, a colheita da entrecasca deve ser realizada preferencialmente na lua nova. As sementes devem ser colhidas a partir dos frutos maduros, estes podem estar aderidos à planta ou lançados ao chão. Em geral, as sementes apresentam alto teor de umidade, e a secagem é um procedimento fundamental. Pode ser realizada em estufa de ar circulante à 38°C ou em sala aclimatada à 20 e 40°C. Posteriormente, devem ser pesadas e acondicionadas em frasco de vidro com tampa, etiquetados e armazenados em temperatura ambiente [ 1 ] .

Pós-colheita: 

para o preparo do fitoterápico, a entrecasca deve ser seca em estufa de ar circulante a temperatura de 40°C/36 horas, posteriormente moída em moinho de faca, até granulometria de 40 mesh. O armazenamento da droga vegetal moída deve ser realizado no período máximo de 6 meses, em ambiente não úmido. A temperatura ambiente reduz a viabilidade das sementes, assim devem ser conservadas em ambiente com temperatura de 20°C e umidade de 4,2 e 8,4%, ou em temperatura à -10°C e umidade inferior à 12,5% [ 1 ] .

Problemas & Soluções: 

as sementes devem ser acondicionadas em ambientes com umidade de 7 a 8% para obter viabilidade de 1 ano, aproximadamente. Estas podem ser atacadas por diferentes gêneros de fungos (Aspergillus, Curvularia, Penicillium, Pestalotia e Fusarium), sendo indicado a assepsia para reduzir os danos no desenvolvimento das plântulas. Este procedimento é realizado com a imersão da semente em álcool à 70%/1 minuto, posteriormente, em solução de hipoclorito de sódio à 2%/3 minutos. O ipê-roxo também pode ser acometido por fungos Oidium spp. (nas folhas) e Apiosphaeria guaranitica (na planta) [ 2 , 3 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 230-231.
2 - SALOMÃO, A. N.; CAMILO, J. Handroanthus impetiginosus (ipê-roxo). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 804-808.
3 - MIRANDA, M. J. A. C. et al. Handroanthus impetiginosus (pau-d’arco). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília, DF: MMA, 2018. p. 754-755.

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