Vernonanthura polyanthes (Sprengel) Vega & Dematteis

Assapeixe, assa-peixe, assa-peixe-branco e chamarrita.

Sinonímia 
Vernonia polyanthes (Spreng.) Less.
Família 
Informações gerais 

Endêmica do Brasil, ocorre principalmente no Cerrado, nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. É uma planta melífera, sendo muito procurada pelas abelhas e pelos apicultores de todo país. Suas principais indicações são: expectorante, antitussígena, antimicrobiana, cicatrizante, antimicrobiana, hemostática, anti-inflamatória, hipotensora, vasodilatadora e diurética[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 166.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 249-251.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 293-294.
4 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 227-229.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 307-311.
Descrição da espécie 

Arbusto ou arvoreta, silvestre, heliófita, perene, ereta, anual, com ramos angulosos, pubescentes acinzentados, atinge em média 2,5 m de altura; as folhas são agudas, estreitas na base, alternadas, pecioladas, gríseo-pilosas, lanceoladas, margem inteira ou pouco serreada, rugosas e ásperas na face adaxial, cerosa e verde-clara na face abaxial, medindo de 10 a 24 cm de comprimento; inflorescências brancas, reunidas em número de 10 a 15 em panículas escorpioides, dispostas nos ápices dos ramos; frutos (sementes) em aquênios pequenos e escuros. A casca da raiz, quando extraída na escuridão, é fosforescente[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 166.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 249.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Assa-peixe Brasil Parte aérea

No tratamento de bronquite e tosse persistente.

Infusão: 3 g (1 colher de sopa) do material vegetal em 150 mL de água (1 xícara de chá).

Gargarejar e em seguida ingerir 1 xícara (150 mL) 3 vezes ao dia. Utilizar por até 30 dias. 

Não indicado na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Assa-peixe Brasil Parte aérea

No tratamento de dores musculares.

Infusão: 3 g (1 colher de sopa) do material vegetal em 150 mL de água (1 xícara de chá).

Aplicar sobre a área afetada 2 vezes ao dia/2 horas. Utilizar por até 30 dias.

Não indicado na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Assa-peixe Brasil Parte aérea

No tratamento de gripes e resfriados.

Infusão: 1 a 1,5 colheres (de sobremesa) do material vegetal em 200 mL de água (1 xícara de chá). Tampar e deixar em repouso por 20 minutos. Coar.

Ingerir até 4 xícaras ao dia. Pode-se associar xaropes e comprimidos antigripais. Utilizar por até 30 dias.

Não indicado na gravidez e lactação.

[ 1 ]
Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu Brasil Folha e raiz

Diurética, balsâmica, antirreumática e no tratamento de bronquite e tosse persistente.

Infusão ou decocção.

-

-

[ 2 ]
Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu Brasil Raiz

Diurética, no tratamento de hemoptise e abscessos internos.

Infusão. 

-

-

[ 2 ]
Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu Brasil Folha (fresca)

Diurética e litolítica.

Chá: 3 colheres (de sopa) do material vegetal picado em 1 L água quente. 

Tomar durante o dia, até às 17 horas.

-

[ 2 ]
Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu Brasil Folha

No tratamento de tosse noturna e bronquite.

Infusão: 1 colher (de sopa) em 1 xícara (de chá).

Tomar 1 xícara (de chá) 3 vezes ao dia.

-

[ 2 ]
Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu Brasil Folha (fresca)

No tratamento de afeções cutâneas, dores musculares e reumatismo.

Maceração: amassar 3 colheres (de sopa) do material vegetal picado.

Aplicar na área afetada 2 vezes ao dia/2 horas.

-

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 63.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 166.

Anti-hipertensiva

Anti-hipertensiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em etanol à 70%. Rendimento: 350 g. Doses para ensaio: 0,5 e 1,0 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar-Hannaver normotensos, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e urinários (sódio, potássio, creatinina e lítio), da função renal e aferição da pressão arterial.

Observou-se que o extrato V. polyanthes apresenta atividade anti-hipertensiva, dose-dependente, atuando como vasodilatador.

[ 4 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 850 mL de n-hexano. Rendimento: 420 g. Fração acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,1 à 1,0 mg/orelha.

In vivo:

Em camundongos Swiss (Mus musculus) submetidos ao teste de edema de orelha induzido por óleo de cróton, ácido araquidônico (AA), fenol e etil fenilpropiolato (EPP), capsaicina, pré-tratados (via tópica) com o extrato e fração vegetais, com posterior análise histopatológica e atividade das enzimas mieloperoxidase (MPO) e N-acetil-β-D-glucosaminidase (NAG).

Observou-se que o extrato de V. polyanthes apresenta atividade anti-inflamatória significativa.

[ 1 ]

Anti-inflamatória e Antinociceptiva

Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 450 g do material vegetal em 2,5 L de etanol à 95%. Rendimento: 36,68 g. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss tratados com extratos vegetais, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, dor induzida por formalina, placa quente, edema de pata e pleurisia induzidos por carragenina.

Observou-se que o extrato de V. polyanthes apresenta atividade anti-inflamatória e antinociceptiva.

[ 6 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: metanólico. Rendimento:  62,5 mg/mL. Óleo essencial. Rendimento: 0,15%. Outras espécies em estudo: Eugenia uniflora, Baccharis dracunculifolia e Matricaria chamonilla.

In vitro:

Em cepas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus, submetidas ao teste de diluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM90%) dos extratos vegetais e óleos essenciais.

 

Observou-se que os extratos e óleos vegetais apresentam atividade antibacteriana, principalmente contra cepas de S. aureus.

[ 7 ]

Antifúngica e Genotóxica

Antifúngica e Genotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 3 g do material vegetal (seco) em 150 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,001 à 0,016 g/mL.

In vitro:

Em células somáticas de Drosophila melanogaster incubadas com o extrato vegetal, associado ou não com doxorrubicina, com posterior análise de genotoxicidade e antigenotoxicidade.

Em cepas de Candida albicans e Candida parapsilosis, submetidas ao teste de difusão-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição.

 

O extrato V. polyanthes apresenta ausência de efeitos genotóxico, antigenotóxico e antifúngico, contudo quando associado à doxorrubicina apresenta atividade genotóxica potencializada.

[ 5 ]

Antifúngica e Leishmanicida

Antifúngica e Leishmanicida
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 50 g do material vegetal (seco) em metanol. Rendimento: 10% (p/p).

In vitro:

Em culturas de Leishmania amazonensis e L. chagasi (forma promastigota), incubadas com extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade parasitária (MTT), para determinar a concentração inibitória media (CI50); e em cepas de Candida albicans e Cryptococcus neoformans, submetidas aos testes de disco-difusão e microdiluição em ágar, para determinar o halo de inibição e concentração mínima inibitória (CIM).

 

Neste estudo, dentre as 20 espécies vegetais, os extratos de Vernonia polyanthes e Ocimum gratissimum apresentam atividade leishmanicida mais potente, enquanto que os extratos de Schinus terebinthifolius, O. gratissimum, Cajanus cajan, Piper aduncum, Bixa orellana e Syzygium cumini apresentam atividade antifúngica mais potente.

[ 9 ]

Antileishmaniose

Antileishmaniose
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial: por hidrodestilação.

In vitro:

Em protozóarios Leishmania infantum (forma de promastigota) incubados com o óleo vegetal, submetidos ao ensaio MTT para determinar concentração inibitória mínima (CIM).

Em macrófagos incubados com o óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).

 

Observou-se que o óleo essencial de V. polyanthes apresenta atividade leishmanicida (CI50 = 19,4 µg/mL) e citotoxicidade (< 10 µg/mL).

[ 3 ]

Antiulcerogênica

Antiulcerogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: material vegetal (pó) em metanol e clorofórmio. Rendimento: 45,1% e 54,8%, respectivamente. Doses para ensaio: 12,5 à 1000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, piroxicam e ligadura do piloro, pré-tratados com extratos vegetais, L-NAME e NEM, com posterior análise das lesões gástricas, histológica, secreção gástrica, muco gástrico, níveis de óxido nítrico e grupamentos sulfidrilo endógenos.

Observou-se que o extrato de clorofórmio apresenta atividade antiulcerogênica mais potente.

[ 2 ]
Ensaios toxicológicos

Antigenotóxica e Genotóxica

Antigenotóxica e Genotóxica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 3 g do material vegetal (seco) em 150 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,001 à 0,016 g/mL.

In vitro:

Em células somáticas de Drosophila melanogaster incubadas com o extrato vegetal, associado ou não com doxorrubicina, com posterior análise de genotoxicidade e antigenotoxicidade.

 

O extrato V. polyanthes apresenta ausência de efeitos genotóxico e antigenotóxico, contudo quando associado à doxorrubicina apresenta atividade genotóxica potencializada.

[ 5 ]

Citotoxicidade e Genotoxicidade

Citotoxicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato aquoso. Frações: aquosa, n-butanol e acetato de etila.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante do extrato e frações vegetais através do radical DPPH.

Em eritrócitos humanos incubados com com o extrato e frações vegetais, com posterior análise da citotoxicidade; e em linfócitos humanos incubados com o extrato e frações vegetais, associado ou não à doxorrubicina, com posterior análise de citotoxicidade/anticitotoxicidade e genotoxicidade/antigenotoxicidade.

 

O extrato e frações apresentam toxicidade em eritrócitos, genotoxicidade e citotoxicidade em linfócitos, contudo quando em associação com a doxorrubicina observa-se aumento da citotoxicidade e redução da genotoxicidade.

[ 8 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 450 g do material vegetal em 2,5 L de etanol à 95%. Rendimento: 36,68 g. Doses para ensaio: 0,5 à 3 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar e camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda para determinar a DL50.

Observou-se que o extrato de V. polyanthes apresenta toxicidade, com DL50 = 2,78 g/kg.

[ 6 ]

Referências bibliográficas

1 - RODRIGUES, K, C. M. et al. Evidence of bioactive compounds from Vernonia polyanthes leaves with topical anti-inflammatory potential. Int J Mol Sci, v. 17, n. 12, p.1-16, 2016. doi: 10.3390/ijms17121929
2 - BARBASTEFANO, V. et al. Vernonia polyanthes as a new source of antiulcer drugs. Fitoterapia, v. 78, n. 7-8, p.545-551, 2007. doi: 10.1016/j.fitote.2007.07.003
3 - MOREIRA, R. R. D. et al. Composition and leishmanicidal activity of the essential oil of Vernonia polyanthes Less (Asteraceae). Nat Prod Res, v. 31, n. 24, p.2905-2908, 2017. doi: 10.1080/14786419.2017.1299723
4 - DA SILVEIRA, R. R. et al. Effect of the crude extract of Vernonia polyanthes Less. on blood pressure and renal sodium excretion in unanesthetized rats. Phytomedicine, v. 10, n. 2-3, p.127-131, 2003. doi: 10.1078/094471103321659825
5 - GERRA-SANTOS, I. J. et al. Vernonanthura polyanthes leaves aqueous extract enhances doxorubicin genotoxicity in somatic cells of Drosophila melanogaster and presents no antifungal activity against Candida spp. Braz J Biol, v. 76, n. 4, p.928-936, 2016. doi: 10.1590/1519-6984.04615
6 - TEMPONI, V. S. et al. Antinociceptive and anti-inflammatory effects of ethanol extract from Vernonia polyanthes leaves in rodents. Int J Mol Sci, v. 13, n. 3, p.3887-3899, 2012. doi: 10.3390/ijms13033887
7 - SILVA, N. C. C. et al. Antimicrobial activity and phytochemical analysis of crude extracts and essential oils from medicinal plants. Nat Prod Res, v. 26, n. 16, p.1510-1514, 2012. doi: 10.1080/14786419.2011.564582
8 - ROCHA, J. D. et al. In vitro hematotoxicity of Vernonanthura polyanthes leaf aqueous extract and its fractions. Drug Chem Toxicol, p.1-9, 2020. doi: 10.1080/01480545.2020.1802481
9 - BRAGA, F. G. et al. Antileishmanial and antifungal activity of plants used in traditional medicine in Brazil. J Ethnopharmacol, v. 111, n. 2, p.396-402, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.12.006

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 64, 2011.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

                                                                 * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Tosses em geral e infecções das vias aéreas superiores.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Tosses em geral e infecções das vias aéreas superiores.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 298-299.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 202-203.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fixos

Alcaloides

Compostos fenólicos

Cumarinas

Ésteres metílicos

caprilato, perlagonato, caprato, undecanoato, laurato, tridecanoato, palmitato.

Esteróis

estigmasterol.

Flavonoides

luteolina apegenina, rutina, hirsutinolida, aurone, velutina e genkwanina.

Heterosídeos cardiotônicos

Óleos essenciais

cariofileno, mirceno, zerumbona, biciclogermacreno, α-humuleno e germacreno D.

Quinonas

Sais minerais

Saponinas

Taninos

Triterpenoides

α e β-amirina, lupeol e seus isômeros acetilados, germanicol, taraxasterol, carbenoxolona, ácido oleanólico e ácido ursólico.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 251.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 63.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 166.
4 - RODRIGUES, K, C. M. et al. Evidence of bioactive compounds from Vernonia polyanthes leaves with topical anti-inflammatory potential. Int J Mol Sci, v. 17, n. 12, p.1-16, 2016. doi: 10.3390/ijms17121929
5 - MOREIRA, R. R. D. et al. Composition and leishmanicidal activity of the essential oil of Vernonia polyanthes Less (Asteraceae). Nat Prod Res, v. 31, n. 24, p.2905-2908, 2017. doi: 10.1080/14786419.2017.1299723
6 - TEMPONI, V. S. et al. Antinociceptive and anti-inflammatory effects of ethanol extract from Vernonia polyanthes leaves in rodents. Int J Mol Sci, v. 13, n. 3, p.3887-3899, 2012. doi: 10.3390/ijms13033887
7 - SILVA, N. C. C. et al. Antimicrobial activity and phytochemical analysis of crude extracts and essential oils from medicinal plants. Nat Prod Res, v. 26, n. 16, p.1510-1514, 2012. doi: 10.1080/14786419.2011.564582
8 - BARBASTEFANO, V. et al. Vernonia polyanthes as a new source of antiulcer drugs. Fitoterapia, v. 78, n. 7-8, p.545-551, 2007. doi: 10.1016/j.fitote.2007.07.003
9 - BRAGA, F. G. et al. Antileishmanial and antifungal activity of plants used in traditional medicine in Brazil. J Ethnopharmacol, v. 111, n. 2, p.396-402, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.12.006
10 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 308-309.

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional prescritor. O uso contínuo não deve ultrapassar 20 dias, podendo repetir o tratamento, se necessários, após intervalo de 7 dias[1,2].

Contraindicações: 

em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode apresentar hepatotoxicidade[3].

Interações medicamentosas: 

para o tratamento de infecções das vias aéreas associar com Mikania levigata (guaco)[4]

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 299.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 203.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 310.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 251.

Propagação: 

sementes (principalmente) e estaca. A germinação das sementes deve ser realizada em bandeja de isopor contendo substrato organo-mineral, a taxa de germinação menor que 40%. As estacas podem ser enraizadas em areia ou solo leve [ 1 , 2 , 3 ] .

Propagação.

Propagação.

Propagação.

Propagação.

Colheita: 

a parte aérea deve ser colhida no outono, antes da floração [ 3 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 250-251.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 166.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 308.

Parceiros