Nativa da América do Sul. Suas principais indicações são: anti-hipertensiva, anti-inflamatória, antisséptica, hipolipemiante, antiespasmódica, emenagoga, diurética e depurativa[1,2,3,4].
Planta anual, herbácea, medindo cerca de 20 a 50 cm de altura, ereta, pouco ramificada, de caule avermelhado, pilosidade glandulosa e áspera; folhas simples, opostas, ásperas, de cor mais clara na fase abaxial, com 1,5 a 3,5 cm de comprimento; as flores são de cor lilás, agrupadas de 2 a 4 nas axilas foliares[1].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Sete-sangrias | Brasil | Planta toda | No tratamento de acne e furúnculos. |
Tintura. |
Ingerir 30 a 40 gotas em 1 xícara de água (200 mL) antes das principais refeições até 4 vezes ao dia. |
Esta planta deve ser usada para problemas de baixa gravidade e por até 30 dias. Não utilizar durante a gravidez e lactação. |
[
1
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Sete-sangrias, pé-de-pinto, erva-de-sangue e guanxuma-vermelha | Brasil | Planta toda | diurética, anti-hipertensiva, e no tratamento da aterosclerose e palpitações do coração. |
Chá: 1 colher (chá) da planta picada em 1 xícara de água. |
Tomar 1 xícara de 1 a 3 vezes ao dia. |
Não é indicado o uso em crianças. |
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2
]
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Sete-sangrias, pé-de-pinto, erva-de-sangue e guanxuma-vermelha | Brasil | Planta toda | Para aliviar a sensação de respiração difícil, irritação das vias respiratórias, tosse dos cardíacos e insônia. |
Xarope: preparar o chá de 1 colher (chá) da planta picada em 1 xícara de água, e adicionar 1 xícara de açúcar, levar ao fogo até a dissolução. |
Tomar 1 colher (sopa) de 2 a 3 vezes ao dia. |
Não é indicado o uso em crianças. |
[
2
]
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Sete-sangrias, pé-de-pinto, erva-de-sangue e guanxuma-vermelha | Brasil | Planta toda | diurética, depurativa, ativadora da circulação sanguínea e da função intestinal, e contra o nervosismo. |
Extrato alcoólico: maceração por 8 dias de 2 colheres (sopa) da planta inteira picada em 1 xícara (média) de álcool de cereais à 70%. |
Tomar 1 colher (café) em água, de 2 a 3 vezes ao dia. |
Não é indicado o uso em crianças. |
[
2
]
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Sete-sangrias, pé-de-pinto, erva-de-sangue e guanxuma-vermelha | Brasil | Planta toda | No tratamento de infecções da pele em geral. |
Decocção: 1 colher (sopa) da planta picada em 1 copo de leite, cozinhar por 3 minutos. |
Aplicar na área afetada 2 vezes ao dia (manhã e noite). |
Não é indicado o uso em crianças. |
[
2
]
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Sete-sangrias | Porto Alegre-RS (Brasil) | - | Antisifilítica, diaforética, laxativa, diurética e febrífuga. |
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- |
- |
[
3
]
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Sete-sangrias | Brasil | Planta toda | No tratamento de doenças cardiovasculares, anti-hipertensiva, laxativa, diaforética e febrífuga. |
- |
- |
- |
[
4
]
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Referências bibliográficas
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração do material vegetal em etanol à 70%. Frações: butanol e acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,1 a 100 mg/mL. |
In vitro: Determinar a capacidade antioxidante através da eliminação de radical superóxido (enzima xantina oxidase), produção de TBARS, ensaio de desoxirribose (FeCl3 e NTA) e peroxidação lipídica (TBA).
|
Os extratos das folhas de C. carthagenensis apresentam atividade antioxidante potente, principalmente o hidroalcoólico (extrato bruto). |
[
6
] |
Antioxidante e Hipocolesterolemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: infusão de 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água fervente, com posterior precipitação com etanol. Rendimento: 10,34%. Doses para ensaio: 30, 100 e 300 mg/kg. |
In vitro: Em segmentos aórticos, torácicos, abdominais e ilíacos para análises macroscópica e histopatológica. In vivo: Em coelhos da Nova Zelândia portadores de dislipidemia e aterogênese induzidas por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, dos níveis plasmáticos de TG, CT, LDL, VLDL, HDL, TBARS e nitrato/nitrito, e GSH, GST, SOD e CAT em homogenato hepático. |
Observou-se que o extrato de C. carthagenensis apresenta atividade hipocolesterolemiante e antioxidante, reduzindo o desenvolvimento da aterosclerose. |
[
2
] |
Antioxidante e Vasodilatadora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: infusão de 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água fervente, com posterior precipitação com etanol. Rendimento: 10,34%. Doses para ensaio: 30, 100 e 300 mg/kg. |
In vitro: Em vasos mesentéricos e anéis da aorta de ratas normotensas, incubados com o extrato vegetal, para avaliar a resposta vasodilatadora. In vivo: Em ratas Wistar ovariectomizadas e com hipertensão renal induzida por obstrução do fluxo sanguíneo (clipe prata introduzido no rim esquerdo), com posterior análise da função renal, parâmetros cardiológicos e vasodilatadores, ensaios bioquímicos (ureia, creatinina, sódio, potássio, nitrito e ácido tiobarbitúrico), imunossorventes (nitrotirosina, vasopressina e aldosterona) e fluorimetria indireta (angiotensina), e quantificação dos níveis de SOD, LPO e GSH nos rins, aorta e coração. |
Observou-se que o extrato de C. carthagenensis apresenta atividade antioxidante e vasodilatadora, reduzindo a progressão da doença cardiorrenal. |
[
1
] |
Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 1575 g do material vegetal em etanol/água (70:30). Rendimento: 3,0%. Frações: diclorometano, acetato de etila e n-butanol. Rendimento: 0,09, 0,1 e 0,4%, respectivamente. Outras espécies em estudo: Lippia alba (folha), Tillandsia usneoides (parte aérea), Bromelia antiacantha (fruto), Araucaria angustifolia (folha) e Wilbrandia ebracteata (raiz). |
In vitro: Em cepas de Vírus do Herpes Simples tipo I (HSV-1 - KOS) e 29-R (aciclovir resistentes), e poliovírus tipo 2 (PV-2).
|
Observou-se que C. carthagenensis apresenta atividade potente contra o vírus HSV-1, enquanto que T. usneoides e L. alba foram efetivos para cepas 29-R e ao vírus PV-2. |
[
5
] |
Ausência de ação diurética
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: infusão de 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água fervente, com posterior precipitação com etanol. Rendimento: 16%. Doses para ensaio: 30, 100 e 300 mg/kg. Outras espécies em estudo: Phyllanthus tenellus e Echinodorus grandiflorus. Rendimento: 15 e 13%, respectivamente. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos ao teste de atividade diurética aguda, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (níveis urinários e plasmáticos de sódio e potássio, pH e densidade da urina, concentração plasmática de proteínas totais, ureia e creatinina, atividade da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), e análise da secreção de sódio, potássio, cloreto e bicarbonato), estudo hemodinâmico e ensaio de eliminação de estresse oxidativo (DPPH, AAPH, NO e NOx). |
Observou-se que o extrato de C. carthagenensis não apresenta atividade diurética, sendo esta ação identificada apenas para E. grandiflorus. |
[
3
] |
Hipocolesterolemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: infusão de 20 g do material vegetal (pó) em 1 L de água fervente. Outra espécie em estudo: Campomanesia xanthocarpa (folha). |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a alimentação hipercalórica, e ao tratamento crônico (4 semanas) com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (colesterol total, triglicerídeos, glicose, ureia, creatinina, albumina e fosfatase alcalina) e histológicos (pulmão e fígado). |
Observou que o extrato de C. carthagenensis apresenta atividade hipocolesterolemiante, enquanto que C. xanthocarpa reduz o peso corporal e os níveis glicêmicos. |
[
7
] |
Vasodilatadora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Parte aérea |
Extrato: 18 g do material vegetal (pó) em água (2%, p/v). Rendimento: 3,3 g. Extrato: 1000 g do material vegetal (pó) em etanol. Rendimento: 171 g. Frações: em água, n-hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. |
In vitro: Em anéis da aorta de ratos Wistar com endotélio funcional pré-contraído com fenilefrina e incubados com extratos e frações da espécie vegetal em estudo.
|
Observou-se que C. carthagenensis apresenta atividade vasodilatadora, devido ao sinergismo entre as substâncias químicas como: flavonoides, proantocianidinas, taninos e fenóis. |
[
4
] |
Vasorelaxante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato hidroalcoólico. Frações: butanol e acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,1 µg/mL a 3 mg/mL. |
In vitro: Em anéis da aorta torácica de ratos, pré-contraídas com fenilefrina, e incubadas com extrato e frações da espécie vegetal em estudo.
|
A fração butanólica apresentou atividade vasorelaxante mais pontente (IC50 = 6,8 µg/mL), endotélio-dependente (via NO/cGMP) ou endotélio-independente. |
[
8
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Parte aérea seca |
100 g |
Parte aérea fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de parte aérea seca, fragmentada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de parte aérea fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Hipertensão arterial leve a moderada.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Parte aérea seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Hipertensão arterial leve a moderada.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três a quatro vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos graxos livres
ácido láurico e ácido mirístico.
Fitosteróis
β-sitosterol, estigmasterol e ergosterol.
Flavonoides
apigenina, luteolina, campferol, quercetina, quercetina-5-O-glucopiranósideo, quercetina-3-O-arabinofuranosídeo, quercetina-3-sulfato, ramnetina, isoramnetina e miricetina.
Mucilagens
Polissacarídeos
manitol.
Proantocianidinas
Saponinas
Taninos
Triterpenos pentacíclicos
β-amirina, ácido betulínico, ácido ursólico, epifriedehnol e cartagenol.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Utilizar por curto período de tempo, por até 30 dias[3,4].
em crianças, gestantes, lactantes e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3,5].
não há dados na literatura.
na hipertensão arterial, associar com Cactus grandiflorus (cacto), Cecropia peltata (embaúba), Passiflora alata (maracujá doce), Crataegus oxyacantha (cratego) ou Allium sativum (alho)[3,5].
Referências bibliográficas
por sementes [ 1 ] .
Referências bibliográficas