Nativa da América Tropical e África Ocidental, ocorre também na Ásia, América Central e do Sul. É considerada planta invasora, sendo encontrada em estradas e terrenos baldios. Suas principais indicações são: antibacteriana, anti-inflamatória, antialérgica, analgésica, antirreumática, antiespasmódica, antisséptica, antifúngica, anti-helmíntica, antioxidante e cicatrizante. A. conyzoides produz alcaloides pirrolizidínicos, os quais apresentam efeitos hepatotóxico, pneumotóxico, carcinogênico e mutagênico; em decorrência disso, fitoterápicos produzidos a partir desta espécie, devem ser utilizados por curto período de tempo, não ultrapassando três semanas, e na forma diluída (decimal). A preparação do fitoterápico não deve incluir as flores, que são nessa espécie o principal órgão acumulador de alcaloides. Há relato de que extrato etanólico livre de acaloide pirrolizidínicos de A. conyzoides não apresenta toxicidade[1,2,3,4,5,6,7,8,9].
Erva anual, ereta, pilosa, de até 1 m de altura, muito ramificada, caule cilíndrico, verde em plantas jovens, com tempo tornam-se ligeiramente marrom, aromática de odor desagradável; possui raiz fasciculada e fibrosa que se fixam fracamente no solo; folhas simples, opostas, longo-pecioladas, ovadas ou deltoides, ásperas, serrilhadas, de 20 a 100 mm de comprimento x 5 a 50 mm de largura, com nervuras proeminentes; inflorescências ramificadas, em capítulos corimbos-paniculados terminais, com 30 a 70 flores, de cor branca a arroxeadas, carregadas por longos pedúnculos de 50 a 150 mm de comprimento x 5 mm de largura, com pecíolo reto com contorno convexo-côncavo; fruto do tipo aquênio, minúsculo e preto, com 5 facetas, esvoaçante, semente única[1,2,3,4].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Mentrasto, erva de São João, catinga de barão e maria preta | Brasil | Planta toda | Antirreumática, antidiarreica, febrífuga, carminativa, antiespasmódica e reguladora do ciclo menstrual. |
Decocção. |
Tomar 2 a 3 vezes ao dia. |
- |
[
1
]
|
Mentrasto, erva de São João, catinga de barão e maria preta | Brasil | Planta toda | Antitussígena e anticatarral. |
Decocção com adição de açúcar. |
- |
[
1
]
|
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Mentrasto, catinga-de-bode, erva-de-São-João, maria-preta e picão-roxo | Brasil | - | Hemostática e cicatrizante. |
- |
- |
- |
[
2
]
|
Mentrasto, catinga-de-bode, erva-de-São-João, maria-preta e picão-roxo | Brasil | Folha (fresca ou seca) | Analgésica (dores reumáticas ou de traumatismos). |
Extrato alcoólico a 20% ou unguento. |
Uso externo: compressa ou fricção. |
- |
[
2
]
|
Mentrasto, catinga-de-bode, erva-de-São-João, maria-preta e picão-roxo | Brasil | Folha (fresca ou seca) | Analgésica, anti-inflamatória, antirreumática e no tratamento de cólicas menstruais. |
Decocção: 30 a 40 do material vegetal (fresco) ou 15 a 20 g do material vegetal (seco) em 500 mL de água. |
Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia. |
É indicado interromper o tratamento por 1 semana a cada 30 dias. |
[
2 ,
3
]
|
Mentrasto, catinga-de-bode, erva-de-São-João, maria-preta e picão-roxo | Brasil | Folha | Analgésica, anti-inflamatória, antirreumática, antitérmica e no tratamento de cólicas menstruais. |
Pó: misturar 1 colher (de café) do material vegetal em mel, leite ou água. |
Tomar 3 a 4 vezes ao dia. |
É indicado interromper o tratamento por 1 semana a cada 30 dias. |
[
2 ,
3
]
|
Mentrasto | Ceará (Brasil) | Folha | Analgésica e anti-inflamatória (reumatismo, artrite e cólica menstrual). |
Pó: cápsulas de 200 a 250 mg. |
Tomar 2 cápsulas 3 vezes ao dia. |
É indicado interromper o tratamento por 1 semana a cada 30 dias. |
[
3 ,
4
]
|
Mentrasto | Ceará (Brasil) | Folha | Analgésica e anti-inflamatória (reumatismo, artrite e cólica menstrual). |
Chá: 4 a 6 g do material vegetal (fresco) ou 2 a 3 folhas secas. |
Tomar 2 a 3 xícaras ao dia. |
É indicado interromper o tratamento por 1 semana a cada 30 dias. |
[
4
]
|
Mentrasto | Ceará (Brasil) | Planta toda | Analgésica, anti-inflamatória, antirreumática, emenagoga, tônica, antidiarreica, carminativa e no tratamento de cólicas menstruais. |
Infusão. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Retentina, chuva e wild ageratum | Colômbia (Zona Tropical) | Folha | Anticatarral e no tratamento de resfriados e problemas digestivos. |
Infusão. |
- |
Uso com cautela pois apresenta toxicidade. |
[
6
]
|
Mentrasto, catinga-de-bode e agerato | Brasil | Parte aérea | No tratamento de cólicas menstruais e intestinais. |
Tintura. |
Tomar 40 a 60 gotas em meia xícara (100 mL) de água até 4 vezes ao dia, antes das refeições. |
O tratamento com esta planta não deve ultrapassar 30 dias. Não utilizar na gravidez ou lactação. |
[
7
]
|
Catinga-de-bode e mentrasto | Brasil | Parte aérea | No tratamento de hematomas (pancadas ou quedas). |
Tintura ou alcoolatura. |
Aplicar sobre a área afetada até 3 vezes ao dia. |
O tratamento com esta planta não deve ultrapassar 30 dias, com pausa de 30 dias para retomar o tratamento. Não utilizar na gravidez ou lactação. |
[
7
]
|
Catinga-de-bode e mentrasto | Brasil | Parte aérea | Antirreumática e no tratamento de dores articulares (artrite e artrose). |
Infusão: 2 a 3 g (2 a 3 colheres de chá) em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Utilizar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia). |
O tratamento com esta planta não deve ultrapassar 30 dias, com pausa de 30 dias para retomar o tratamento. Não utilizar na gravidez ou lactação. |
[
7
]
|
Imi-seu | Sudeste da Nigéria | Folha | Purgativa, cicatrizante (úlceras e feridas), anti-infecciosa, febrífuga, antirreumática, no tratamento de doenças mentais, cutâneas, pneumonia e dor de dente. |
- |
- |
- |
[
8
]
|
Z’herbe à femme | Trinidad e Tobago (Caribe) | - | No tratamento de doenças da próstata e do sistema reprodutor feminino. |
- |
- |
- |
[
9
]
|
Ogba okukp | Rivers/Nigéria (povos indígenas) | Folha | No tratamento de doenças de pele. |
Cataplasma ou sumo. |
Uso externo: aplicar no local 2 vezes ao dia/5 dias. |
- |
[
10
]
|
Sialmutri e uchondi | Sudeste de Assame (Índia) | Folha | No tratamento de doenças do sistema digestivo. |
Infusão. |
- |
- |
[
11
]
|
- | Distrito de Udham Singh Nagar (Uttarakhand, Índia) | Folha | Hemostática. |
Suco. |
Uso tópico. |
- |
[
12
]
|
- | Nigéria | Folha e ramo aéreo | Antidiarreica. |
Decocção: associar com Annona senegalensis (casca). |
Tomar 3 vezes ao dia. |
- |
[
13
]
|
- | Nigéria | Planta toda | Hipoglicemiante. |
Maceração: associar com Stachytarpheta indica e Sorghum guinensis. |
Tomar 2 vezes ao dia. |
- |
[
13
]
|
- | Camarões | Folha | No tratamento da sífilis e "craw-craw". |
Associar com outras ervas. |
- |
- |
[
13
]
|
- | Gana | - | Antifúngica e antibacteriana. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
- | Nepal Ocidental | Folha | No tratamento de feridas e cortes. |
Suco. |
- |
- |
[
13
]
|
- | Gabão | Folha | No tratamento de helmintíase. |
Decocção. |
- |
- |
[
13
]
|
- | Congo | Folha | Analgésica (dor crônica), antimicrobiana e anti-inflamatória. |
Extrato. |
- |
- |
[
13
]
|
- | Países africanos | - | Hipoglicemiante, antiofídica, antiasmática, antiespasmódica, hemostática, no tratamento de doenças contagiosas, psicológicas, pneumonia, feridas, queimaduras, sarna e dispneia. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
- | Tanzânia | Folha (fresca) | Cicatrizante de feridas. |
Maceração. |
- |
- |
[
13
]
|
- | Tanzânia | Raiz | Antitussígena e no tratamento de congestão no peito. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
- | Indonésia | - | Antifúngica, antibacteriana, no tratamento de feridas, eczemas e úlceras. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
- | Índia | Folha | Hemostática. |
Extrato. |
- |
- |
[
13
]
|
- | Índia | Caule e folha | Anti-helmíntica e cicatrizante de feridas. |
- |
- |
- |
[
13
]
|
- | Índia | Folha | Cicatrizante de feridas e cortes. |
Pasta. |
- |
- |
[
13
]
|
- | Aborígenes australianos | Planta toda | Cicatrizante de feridas. |
Maceração. |
Uso externo. |
- |
[
14
]
|
- | Ilha Gau (Arquipélago Fiji) | - | Anti-inflamatória, antinociceptiva, antitussígena, antitetânica, no tratamento de dores no estômago, queimadura de pele e feridas infectadas. |
- |
- |
- |
[
15
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato hidroalcoólico: material vegetal em etanol a 70%. Dose para ensaio: 250 mg/kg. |
In vivo: Em ratos albinos Wistar submetidos ao teste de granuloma induzido por “pellets” de algodão (inflamação subaguda) e artrite induzida por formaldeído (inflamação crônica), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise das glândulas suprarrenais e volume das patas. |
O extrato de A. conyzoides apresenta atividade anti-inflamatória. |
[
12
] |
Folha |
Extrato: maceração de 1 kg de material vegetal (triturado) em 3 L de etanol. Rendimento: 60 g. Concentrações para ensaio: 10 a 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de pleurisia induzida por carragenina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de mediadores inflamatórios no fluido da cavidade pleural (leucócitos, proteínas, MPO, ADA, NOx, Il-10, IL-17A, IL-6, TNF e IFN-γ). |
Observou-se que o extrato de A. conyzoides apresenta ação anti-inflamatória. |
[
13
] |
Anti-inflamatória e Reguladora hormonal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (pó) em 10 L de água, posteriormente, em mais 10 L de água. Rendimento: 53,53 g. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Sprague-Dawley portadores de síndrome do ovário policístico (SOP) induzido por valerato de estradiol, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos plasmáticos e ovarianos (glicose, TG, CT, HDL, LDL, VLDL, FSH, LH, T, E2, P, PCR, IL-6, IL-18, TNF-α, MDA, SOD, CAT e PT) e histomorfológicos do útero e ovários. |
O extrato de A. conyzoides apresenta resultados promissores para o tratamento da SOP, devido as ações hipoglicemiante, antioxidante, anti-inflamatória e reguladora hormonal. |
[
26
] |
Antibacteriana e Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 6%. Concentração para ensaios: 20 mg/mL. Outras espécies em estudo: Anthocleista djalonensis, Napoleonaea imperialis, Ocimum gratissimum e Psidium guajava |
In vitro: Em culturas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Proteus spp. e Shigella spp. submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm). In vivo: Em ratos albinos portadores de incisão circular cutânea (20 mm) induzida, tratados com extratos vegetais, com posterior análise de cicatrização. |
Os extratos de A. conyzoides, O. gratissimum e N. imperialis apresentam atividade cicatrizante mais potente, enquanto que apenas N. imperialis demonstra ação antibacteriana significativa. |
[
15
] |
Antibacteriana e Citotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 10 g de material vegetal em etanol a 95%. Rendimento: 11,19 g. Frações: éter de petróleo, clorofórmio e acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,024 a 250 mg/mL; 2 a 3,9 mg/mL. Outra espécie em estudo: Parkia biglobosa. |
In vitro: Em culturas de Escherichia coli, Pseudomonas aureginosa, Staphylococcus aureus (resistente ou não a meticilina) e Clostridium perfringes, submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e zona de inibição (mm). Em cultura de células de câncer de pulmão de humanos (SK-MES 1 e SK-LU 1) e em fibroblasto da pele de humanos (FS5), incubados com extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).
|
Observou-se que os extratos e frações de A. conyzoides e P. biglobosa apresentam atividade antibacteriana (E. coli e S. aureus) e citotóxica (SK-MES 1). |
[
2
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato metanólico. Sabonetes: de Theobroma cacao (pó da vagem) ou Elaies guineenses (pó do fruto), com incorporação do extrato vegetal. Outra espécie em estudo: Aloe vera. |
In vitro: Em cultura de Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Candida spp., Aspergillus clavatus e Trychophyton spp., submetidas ao tes de disco-difusão em ágar, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM) e zona de inibição (mm).
|
Neste estudo, a base de sabonete com adição dos extratos de A. conyzoides ou A. vera não demonstram resultados promissores. |
[
3
] |
Antinociceptiva e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em 1,2 L de etanol a 80%. Rendimento: 13,86%. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 100 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 250 e 500 mg/kg. |
In vitro: Determinar atividade antioxidante (eliminação dos radicais DPPH e óxido nítrico, redução e capacidade quelante de íons ferrosos). In vivo: Em camundongos Swiss portadores de contorções abdominais induzidas por ácido acético, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros clínicos. |
Observou-se que o extrato hidroalcoólico de A. conyzoides apresenta atividade antioxidante e antinociceptiva, dose-dependente.
|
[
10
] |
Antioxidante e Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Óleo essencial: 200 g de material vegetal (seco) submetido à hidrodestilação. Outras espécies em estudo: Ocimum basilicum, O. americanum, Hyptis spicigera, Lippia multiflora, Eucalyptus camaldulensis e Zingiber officinale. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS, e atividade da enzima lipoxigenase. Em células de câncer prostático (LNCaP e PC-3) e de glioblastoma humano (SF-763 e SF-767), incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).
|
Observou-se que os óleos essenciais de A. conyzoides, L. multiflora, O. basilicum e Z. officinale apresentam atividades antiproliferativa, antioxidante e anti-inflamatória mais potentes. |
[
4
] |
Folha |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol, seguidamente em n-hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Wistar virgens portadoras de danos hepáticos e uterinos induzidos por glutamato monossódico, tratadas com o extrato e frações vegetais, com posterior análise da proteína mitocondrial, atividade da ATPase FoF1 mitocondrial e caspases-3 e 9, fragmentação do DNA hepático, parâmetros oxidativos (MDA, SOD e GSH-Px) e de parâmetros histopatológicos (hepático e uterino). |
A fração de clorofórmio de A. conyzoides apresenta atividades antioxidante e antiproliferativa mais potentes, por indução da apoptose mediada por mitocôndrias. |
[
27
] |
Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico: 1 kg do material vegetal (pó) em etanol 95%. Rendimento: 120 g. Doses para ensaio: 500 e 750 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos albinos Wistar portadores de úlceras gástricas induzidas por ibuprofeno, etanol e estresse por contenção ao frio, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior analise de parâmetros histopatológicos. |
Observou-se que o extrato de A. conyzoides apresenta atividade antioxidante e gastroprotetora, principalmente na dose de 750 mg/kg. |
[
17
] |
Antioxidante e Radioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Planta toda |
Extrato etanólico a 95%. Doses para ensaio (in vivo): 0 a 900 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante do extrato vegetal através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em camundongos tratados com o extrato vegetal (via oral ou intraperitoneal), submetidos posteriormente a radiação gama (6 a 11 Gγ), para análise de parâmetros clínicos (gastrointestinais e hematológicos). |
O extrato de A. conyzoides apresenta atividade radioprotetora, principalmente na dose de 75 mg/kg, bem com antioxidante. |
[
19
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração de 40 g do material vegetal (seco) em etanol/água. Concentrações para ensaio: 0,03125 a 1,0 mg/mL. Outras espécies em estudo: Handroanthus impetiginosus e Ruta graveolens. |
In vitro: Em cultura de macrófagos murino (J774.G8), de Leishmania amazonensis (promastigota) e Trypanosoma cruzi (tripamastigota), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT) e concentração inibitória parasitária média (CI50); em macrófagos peritoneais de camundongos Balb/c, infectados com L. amazonensis e T. cruzi (pré-tratados com os extratos vegetais), com posterior análise da invasão celular e multiplicação parasitária (imunofluorescência), e dosagem de nitrito (ensaio Griess).
|
Os extratos vegetais em estudo apresentam atividade antiparasitária, sendo promissores para o tratamento da leishmaniose e doença de Chagas. |
[
6
] |
Folha e flor (branca, roxa e branca-arroxeada) |
Extrato: maceração do material vegetal (pó) em etanol absoluto. |
In vitro: Em cultura de trofozoítos de Giardia duodenalis incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade e parâmetros ultraestruturais.
|
Os extratos de A. conyzoides provenientes de flores roxas e de folhas de indivíduos de flores branco-arroxeadas, apresentam atividade antigiardíase mais potente. |
[
29
] |
Antitrombótica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol. Dose para ensaio: 100 mg/kg. Outras espécies em estudo: Azadiractha indica, Bridelia ferruginea, Commiphora molmol, Garcinia kola e Curcuma longa. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de trombose induzida por ADP/adrenalina, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da análise de parâmetros antitrombóticos. |
Neste estudo apenas o extrato metanólico de A. conyzoides não apresenta atividade antitrombótica. |
[
23
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extratos: material vegetal (pó) em etanol a 70%, água ou metanol. Doses para ensaio: 30 a 200 mg/kg. Outras espécies em estudo: Dillenia pentagyna, Blumea lanceolaria, Pontentilla fulgens e Taxus baccata. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de ascite de linfoma Dalton, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de glutationa e proteínas nas células tumorais e hepáticas. |
Neste estudo, os extratos metanólico de D. pentagyna e aquosos de A. conyzoides e P. fulgens apresentam atividade antitumoral mais potentes. |
[
22
] |
Cardioprotetora e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 2500 g do material vegetal (pó) em etanol a 96%. Rendimento: 387,2 g. doses para ensaio: 250 e 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT, TG, HDL, LDL, CAT, SOD, GPx e MDA) e histológicos do tecido cardíaco. |
O extrato de A. conyzoides apresenta atividades hipoglicemiante, hipolipemiante e cardioprotetora. |
[
25
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 10 a 20 g de material vegetal (picado) em etanol a 50% (p/v). Dose para ensaio: 40 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a incisão cutânea dorsal (2 cm2), tratados topicamente com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos, biofísicos e histopatológicos. |
Observou-se que o extrato tópico de A. conyzoides apresenta atividade cicatrizante, pois estimula a proliferação celular e a síntese de colágeno. |
[
7
] |
Citotóxica e Trombolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Planta toda |
Extrato: 500 g do material vegetal (pó) em 2 L de etanol. Rendimento: 4,4 a 5,6% (p/p). Concentrações para ensaio: 20 a 800 μg/mL. Outras espécies em estudo: Clausena suffruticosa, Leea indica, Leucas aspera, Senna sophera e Solanum torvum. |
In vitro: Em amostras de sangue de humanos saudáveis, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da lise de coágulos. Determinar a citotoxicidade através de bioensaio em Artemia salina.
|
Observou-se que A. conyzoides não apresenta atividade trombolítica significativa, contudo, demonstra citotoxicidade potente. |
[
5
] |
Espasmolítica e Miorrelaxante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato hidroalcoólico: 100 g do material vegetal em 1500 mL de etanol/água (70:30 v/v). Fração: aquosa. Concentrações para ensaio: 0,1 a 0,4 mg/mL. |
In vitro: Em duodeno, jejuno e útero isolados de ratos Wistar, incubados com a fração aquosa, ocitocina, histamina e cloreto de cálcio, com posterior análise da contratilidade muscular.
|
Observou-se que a fração aquosa apresenta atividade espasmolítica e miorrelaxante. |
[
21
] |
Esquistossomicida
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 10, 50 e 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de vermes adultos de Schistosoma mansoni incubados com óleo essencial, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT) e desenvolvimento dos ovos.
|
Observou-se que o óleo essencial de A. conyzoides apresenta atividade esquistossomicida, principalmente na concentração de 100 µg/mL. |
[
16
] |
Estimuladora da hematopoiese
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato etanólico. Doses para ensaio: 200, 400 e 500 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a administração do extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros hematológicos. |
O extrato etanólico das folhas de A. conyzoides estimula o sistema hematopoiético, principalmente nas doses de 400 e 500 mg/kg. |
[
14
] |
Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção de 138 g de material vegetal (pó) em 2,25 L de água. Rendimento de 29% (p/p). Doses para ensaio: 100, 200 e 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos albinos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do teste de tolerância à glicose e do nível de glicemia. |
Observou-se que o extrato de A. conyzoides reduziu os níveis de glicose, principalmente nas doses de 200 e 300 mg/kg. |
[
9
] |
Extrato aquoso. Dose para ensaio: 500 mg/kg. Outra espécie em estudo: Commelina africana. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com os extratos vegetais com posterior análise da glicemia em jejum. |
Observou-se que o extrato de A. conyzoides apresenta baixa atividade hipoglicemiante, se comparado ao de C. africana. |
[
8
] |
Redutora da hiperplasia prostática
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: material vegetal (seco) em etanol a 90%. Doses para ensaio: 20 a 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de hiperplasia prostática benigna (HPB) induzida por propionato de testosterona, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso da próstata e corporal, parâmetros bioquímicos plasmáticos e prostáticos (T, DHT, 5α-redutase, PSA, AST, ALT, CRE, ALB, TG, CT e BUN), histopatológicos (hematoxilina e eosina), apoptose (TUNEL), expressão de 5α-redutase 1 e 2, SRC-1, PCNA, PSA, COX-2, PGE2, AR, Bax, Bcl-2, caspase-3 e 9, ADP e PARP (Imunoblotting). |
O extrato de A. conyzoides apresenta resultados promissores para o tratamento da HPB, devido a ação anti-inflamatória, e por inibição estrogênica e indução da apoptose. |
[
28
] |
Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,01 a 10 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 0,1 a 5 g/kg. |
In vitro: Em íleo isolado de porquinhos-da-Índia incubados com extrato vegetal, acetilcolina, atropina, histamina e difenidramina, com posterior análise da contratilidade muscular. In vivo: Em camundongos e ratos submetidos aos testes de sono induzido por pentobarbital, imersão da cauda em água quente, contorções abdominais induzidas por ácido acético, edema de pata induzido por carragenina, dextrana, adjuvante de Freund e formaldeído. |
Observou-se que o extrato A. conyzoides apresenta atividade relaxante vascular, contudo não demonstra ação anti-inflamatória e analgésica. |
[
18
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Planta seca |
100 g |
Planta fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de planta seca fragmentada e colocar em frasco de vidro âmbar. Em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de planta fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar. Em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Processos inflamatórios e infecciosos das vias aéreas superiores.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componentes |
Quantidade |
Planta toda rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Processos inflamatórios e infecciosos das vias aéreas superiores.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos graxos
oleico, palmítico, esteárico, linoleico, linolênico e hexadecenóico.
Alcaloides acetilcromenos
encecalina, dimetoxiencecalina e dimetilencecalina.
Alcaloides pirrolizidínicos
licopsamina, 1,2- desifropirrolizidinico e equinatina.
Aminoácidos
cistina, leucina, histidina, arginina, serina, alanina, tirosina, valina, fenilalanina, treonina e glicina.
Cumarinas
fenilpropenos.
Esteroides
β-sitosterol, estigmasterol, brassicasterol, espinosterol e diidrobrassicasterrol.
Flavonoides
geconiflavona, eupalestina, nobiletina, 5’-metoxinobiletina, hexametoxiflavona, quercetina, caempferol, lindero-flavona e sinensetina.
Hidrocarbonetos
Lignanas
sesamina.
Minerais
P, K, Na, Mg, Ca, Fe, Zn, Mn e Cu.
Mucilagens
Óleos essenciais
precoceno, acetato de bornila, E-cariofileno, β-cariofileno, muroleno, cadineno, muuroleno, óxido de cariofileno, fenilpropenos, α-pineno, sabineno, limoneno, felandreno, β-sesquifelandreno, 1,8-cineol, terpineno, terpinoleno, linalol, α-terpineol, citronelol, eugenol, germacreno, biciclogermacreno, nerolidol, elemol e α-humuleno.
Outras substâncias
fitomelano.
Princípios amargos
Saponinas
Taninos
Vitaminas
A, B1, B2, B3, B6, C e E.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].
em crianças, gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,7].
as flores contêm alcaloides pirrolizidínicos, e por isso, são potencialmente hepatotóxicas, contudo, estudos tem demonstrado que formulações farmacêuticas livres destes constituintes ou sem as flores (forma vegetativa) não apresentam toxicidade. Devido ao potencial tóxico desta espécie não se deve ultrapassar as doses recomendadas e a duração do tratamento não deve ser superior a 3 semanas. A planta fresca pode apresentar um odor desagradável e nauseante para algumas pessoas[1,2,3,4,5,6,7,8,9].
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
por sementes (são fotoblásticas positivas), com temperatura ideal para germinação de 20 a 25°C, ou por estaquia. O plantio deve ser realizado em canteiros semi-sombreados, em solo úmido e rico em matéria orgânica [ 1 , 2 , 3 ] .
deve ser realizada preferentemente antes da floração, pois contém menores teores de alcaloides pirrolizidínicos. As partes aéreas das plantas devem ser coletadas preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que as partes subterrâneas devem ser colhidas na lua minguante, buscando uma maior concentração de princípios ativos [ 1 ] .
pode ser confundida com a espécie Praxelis clematidea, que também possui flores roxas, assim, a correta identificação por especialistas se faz necessária, e com o avanço científico, a identificação de marcadores moleculares também pode ser útil, como por exemplo, sequências de regiões do cloroplasto [ 4 ] .
Referências bibliográficas