Anacardium occidentale L.

Cajueiro e caju-da-mata.

Sinonímia 
Anacardium microcarpum Ducke
Família 
Informações gerais 

Originária da América Central e norte da América do Sul. Ocorre no nordeste do Brasil, especialmente nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. Muito cultivada para fins comerciais. Suas principais indicações são: adstringente, hipoglicemiante, anti-hipertensiva, antidiarreica, antisséptica, anti-inflamatória, analgésica e cicatrizante[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74-81.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 35-37..
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 56-57.
4 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 62.
5 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 28-29.
Descrição da espécie 

Árvore decídua, heliófita, de 5 a 15 m de altura, com tronco atarracado, grosso e tortuoso, com galhos longos, sinuosos, glabros e lisos, com copa alargada; seiva resinosa e transparente, discretamente avermelhada, ao corte do tronco; folhas simples, alternas, pecioladas, ovaladas, onduladas, oblongo-elípticas a arredondado-elípticas, glabras e coriáceas, medindo de 12 a 14 cm de comprimento x 6 a 8 cm de largura, de cor verde amarelada ou roxo avermelhada quando novas, com nervuras proeminentes em ambos os lados; flores pequenas, perfumadas, de cor avermelhada, dispostas em panículas terminais; frutos reniformes do tipo aquênio, com drupa lisa, de cor marrom-acinzentada, com cerca de 2 a 3 cm de comprimento x 1 cm de espessura, vulgarmente conhecidos como castanhas. O fruto comestível “caju”, é o pedúnculo floral que se desenvolveu formando um pseudofruto carnoso, grande, suculento, de cor amarelo ou vermelho[1,2,3,4,5].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 75.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 56.
3 - GUPTA, M. P. (editor). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 16.
4 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribenha. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 47.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 157.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
- Guatemala Raiz

Dor no estômago, tônico uterino e no tratamento da asma.

-

-

-

[ 1 ]
- Índia Fruto

Tratamento da lepra.

-

Uso externo.

-

[ 1 ]
- - Córtex seco

Antidiarreica.

-

-

-

[ 1 ]
- - Córtex seco

Tratamento de edemas nos pés.

Decocção: 40 g/L litro de água - por 15 minutos.

Escalda pés.

-

[ 1 ]
Acaya, acuyu, caju, marañón Bolívia (Kallawaya) Fruto

Tratamento de verrugas.

Partir o fruto (fresco) ao meio e aplicar sobre as verrugas.

Uso externo.

-

[ 1 ]
Acaya, acuyu, caju, marañón Bolívia (Kallawaya) Fruto seco

Dores estomacais.

Maceração aquosa do fruto cortado em pedaços pequenos.

-

-

[ 1 ]
Acaya, acuyu, caju, marañón Bolívia (Kallawaya) Fruto fresco

Tônico cerebral.

Maceração etanólica do fruto cortado em pedaços pequenos.

-

-

[ 1 ]
Acaya, acuyu, caju, marañón Bolívia (Kallawaya) Fruto seco (pó)

Parasitose intestinal.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
Cajú Brasil Castanha

Estimulante uterino.

-

-

A casca da castanha fresca pode provocar dermatite, eritema, edema e descamação.

[ 1 ]
- Nicarágua Córtex

Antidiarreica e erupções de pele.

-

Nos casos de diarreia associar com Psidium guajava (goiabeira).

-

[ 1 ]
- Gana (África) Córtex seco

Tratamento da infertilidade.

-

-

-

[ 1 ]
- Índia Fruto verde

Inseticida.

Suco.

-

-

[ 1 ]
- Índia Fruto fresco

Emoliente (pele ressecada).

-

-

-

[ 1 ]
- Índia Casca da semente seca

Tratamento da filariose.

-

-

-

[ 1 ]
- - Córtex

antidiarreica, hipoglicemiante e nos inchaços das articulações (sífilis).

Infusão.

-

-

[ 1 ]
- Índia Castanha tostada

Afrodisíaca.

-

-

-

[ 1 ]
- Índia Ocidental Folha

Tratamento de úlceras.

Decocção.

-

-

[ 1 ]
- Índia Ocidental Fruto

Desordens uterinas.

Suco.

-

-

[ 1 ]
- Índia Ocidental Córtex

Antidiabética.

-

-

-

[ 1 ]
- México Fruto e folha

Tratamento de verrugas.

Exsudado.

-

-

[ 1 ]
- Senegal (África) Fruto

Afrodisíaca.

-

Associado com Securinega virosa.

-

[ 1 ]
- Senegal (África) Córtex seco

Antidiarreica.

-

-

-

[ 1 ]
- Guiné (África) Fruto verde

Anti-hemorrágica e diurética.

-

-

-

[ 1 ]
- Guiné (África) Fruto maduro

Antiescorbútica.

-

-

-

[ 1 ]
- Tailândia Folha seca

Antidiabética.

-

-

-

[ 1 ]
Marañón China Fruto

Tratamento da lepra e nematoides intestinais.

-

-

-

[ 1 ]
- Europa Castanha seca

Antidiabética.

-

-

-

[ 1 ]
- - Flor

Debilidade devido longo período de doença.

Infusão.

-

-

[ 1 ]
- Haiti Córtex

Tratamento da amenorreia.

-

-

-

[ 1 ]
- - Córtex

Antimalárica e febrífuga.

Maceração em água por 24 horas.

-

-

[ 1 ]
- Cuba e Índia Castanha tostada e pulverizada

Afrodisíaca.

-

-

A castanha contém um óleo tóxico, por isso deve ser tostada antes da ingestão.

[ 1 ]
- - Córtex

Antidiabética.

Maceração em água por 24 horas.

Uso interno.

-

[ 1 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Castanha tostada

Afrodisíaca, nutritiva e estimulante da memória.

-

-

-

[ 1 , 2 ]
- Cuba Resina

Tratamento de resfriado.

-

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Costa Rica Pseudofruto

Anti-hemorrágica nasal.

Suco.

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Costa Rica Pericarpo da castanha (substância negra)

No tratamento de calos e verrugas.

-

Uso externo.

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Panamá Pseudofruto

Afecção de garganta.

-

Ingerir o fruto em jejum.

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Panamá Pseudofruto

Diurética.

Suco.

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Panamá Córtex

Anti-inflamatória e antidiarreica.

-

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Panamá Planta toda

Anti-hipertensiva e diurética.

Decocção.

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Província Los Santos (Panamá) Córtex interno

Hipoglicemiante.

Infusão.

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Panamá (indígenas Kunas) Córtex

No tratamento de asma, resfriado e congestão.

Infusão com adição de açúcar.

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Panamá (indígenas Kunas) Castanha

Repelente de insetos.

Óleo.

-

-

[ 1 , 2 ]
Marañón Panamá Folha

Anti-hipertensiva e antidiarreica.

Infusão: 2 a 3 folhas.

Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Castanha

Rubefaciente e esfoliante.

Óleo.

Uso externo.

O óleo é irritante, pode ter tóxico quando usado internamente.

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Córtex

Antimalárica e febrífuga.

Maceração em álcool.

-

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Córtex e fruto

Anticancerígena e antitussígena.

-

-

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Fruto verde

Tratamento de enfermidades cutâneas (verrugas, acne e lúpus).

Sumo.

Aplicar em uma extensão regular.

Usar com cautela, pois pode provocar o aparecimento de úlceras.

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Flor

Adstringente, tônica e afrodisíaca.

Infusão.

-

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Córtex

Anti-inflamatória e no tratamento de dermatoses, aftas e infecção de garganta.

Maceração em água fria/24 horas.

Uso externo.

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Córtex

Anti-hipertensiva.

Tintura ou extrato.

Uso interno.

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Córtex

Antidiabética.

Maceração em água fria/24 horas.

Tomar 3 a 4 xícaras ao dia.

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Folha

No tratamento de úlceras bucais e gástricas, antiescorbútica e antiacnéica.

Decocção.

-

Usar dose baixa pois apresenta toxicidade.

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Folha

Antidisentérica.

Maceração no vinho.

-

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Pseudofruto

No tratamento de verrugas, lúpus e acne.

Suco.

-

Usar com cautela.

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Pseudofruto

Expectorante, anticatarral, antitussígena, antigripal e laxante.

Xarope.

-

-

[ 1 , 2 ]
Amarillo, anacardo, caujil, cujil, marey e merey Colômbia Castanha

Debilidade devido longo período de doença.

Tintura.

-

-

[ 1 , 2 ]
Cajueiro Ceará (Brasil) Semente (tegumento

Anti-inflamatória.

Cozimento: 1 colher (de chá) do pó vegetal em meia xícara de água.

Uso externo ou interno (tomar até 3 xícaras por dia).

-

[ 3 ]
Cajueiro, acajaíba, acajú e caju-manso Brasil Entrecasca

Antidiabética, adstringente, antidiarreica, depurativa, tônica e antiasmática.

-

Uso oral.

-

[ 4 ]
Cajueiro, acajaíba, acajú e caju-manso Brasil Entrecasca

Antisséptica e anti-inflamatória.

Cozimento.

Uso externo: na forma de bochecho e gargarejo. 

O líquido da castanha desta espécie pode provocar irritações cutâneas.

[ 4 ]
Marañón, cashewnut tree e kaschubaum Colômbia Fruto (castanha)

No tratamento de gastrite.

-

-

-

[ 5 ]
Marañón, cashewnut tree e kaschubaum Colômbia Fruto (casca)

No tratamento da lepra e elefantíase.

Extração do óleo.

Uso tópico.

Cautela pois pode provocar dermatite.

[ 5 ]
Marañón, cashewnut tree e kaschubaum Colômbia Fruto (castanha)

No tratamento de gastrite.

-

-

-

[ 5 ]
Marañón, cashewnut tree e kaschubaum Pseudofruto (carnoso)

Laxante e no tratamento de resfriados.

Extrato.

-

-

[ 5 ]
Cajueiro Ceará (Brasil) Casca

Adstringente e anti-inflamatório.

Decocção. 

Uso local.

-

[ 6 ]
Cajueiro Ceará (Brasil) Entrecasca

Adstringente e hipoglicemiante.

Infusão.

Uso interno.

-

[ 6 ]
Cajueiro Brasil Caule (casca) e folha

No tratamento de dor de garganta e gengivite. – –

Decocção: 1 a 2 colheres (de sobremesa) da droga vegetal rasurada em 1 xícara de água (200 mL). Ferver por 2 minutos e coar.

Fazer bochecho ou gargarejo por até 6 vezes ao dia. Não engolir.

Manter a preparação em geladeira por até 24 horas em recipiente fechado. Atenção ao associar com hipoglicemiantes, glicosídeos cardiotônicos, anti-inflamatórios não esteroidais, corticoides e anticoagulantes. Gestantes e lactantes devem evitar o uso excessivo.

[ 7 ]
Cajueiro Brasil Caule (casca) e folha

Antidiarreica (não infecciosa).

Decocção: 4,5 g (1 e 1/2 colher de sopa) da droga vegetal rasurada em 150 mL de água (1 xícara de chá).

Tomar 1 xícara 3 a 4 veze ao dia.

Atenção ao associar com hipoglicemiantes, glicosídeos cardiotônicos, anti-inflamatórios não esteroidais, corticoides e anticoagulantes. Gestantes e lactantes devem evitar o uso excessivo.

[ 7 ]
Cajueiro Brasil Caule (casca) e folha

Antisséptica e cicatrizante.

Decocção: 4,5 g (1 e 1/2 colher de sopa) da droga vegetal rasurada em 150 mL de água (1 xícara de chá). 

Uso tópico.

Atenção ao associar com hipoglicemiantes, glicosídeos cardiotônicos, anti-inflamatórios não esteroidais, corticoides e anticoagulantes. Gestantes e lactantes devem evitar o uso excessivo.

[ 7 ]
Cashew Ikwuano e Isiala Mbano (Sudeste da Nigéria) Folha

Antidiabética.

Material vegetal embebido em gin seco.

-

-

[ 8 ]
Caju Triângulo de Crajubar (Ceará, Brasil) Folha e casca

Antidiabética, antirreumática, anti-inflamatória, anti-hemorrágica, cicatrizante de feridas, no tratamento de retenção urinária e constipação.

Decocção e maceração.

-

-

[ 9 ]
Yalagué porto Planícies Costeiras de Guiné Caule (casca)

Antidiabética.

Decocção.

-

-

[ 10 ]
Caju ão Luiz (Maranhão, Brasil) -

No tratamento de afecções orais, como cicatrizante (aftas, pós-extração e erupção dentária).

-

-

-

[ 11 ]
Ahkryt e caju Indígenas Krahô (Tocantins, Brasil) Casca

Contraceptiva.

Decocção.

-

Contraindicado na gravidez.

[ 12 ]
Cajueiro branco Três Braços e Corte de Pedra (Bahia, Brasil) Casca ou pó

No tratamento de lesões cutâneas por Leishmania braziliensis.

Decocção.

Uso externo: na forma de banho.

-

[ 13 ]
Caju-roxo Comunidades Riação de Malha de pedra e Alto das Ameixas (Pernambuco, Brasil) -

Anti-inflamatória.

-

-

-

[ 14 ]

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 23-26.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 17-18.
3 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 70.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 56-57.
5 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 62.
6 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 89.
7 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 82.
8 - OYEDEMI, S. O. et al. Alpha-amylase inhibition and antioxidative capacity of some antidiabetic plants used by the traditional healers in Southeastern Nigeria. Sc World J, p.1-11, 2017. doi: 10.1155/2017/3592491
9 - BITU, V. C. N. et al. Ethnopharmacological study of plants sold for therapeutic purposes in public markets in Northeast Brazil, J Ethnopharmacol, v. 172, p.265-272, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.06.022
10 - DIALLO, A. et al. Management of diabetes in Guinean traditional medicine: an ethnobotanical investigation in the coastal lowlands. J Ethnopharmacol, v. 144, n. 2, p.353-361, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.09.020
11 - VIEIRA, D. R. P. et al. Plant species used in dental diseases: ethnopharmacology aspects and antimicrobial activity evaluation. J Ethnopharmacol, v. 155, n. 3, p.1441-1449, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2014.07.021
12 - RODRIGUES, E. et al. Plants of restricted use indicated by three cultures in Brazil (Caboclo-river dweller, Indian and Quilombola). J Ethnopharmacol, v. 111, n. 2, p.295-302, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.11.017
13 - FRANÇA, F. et al. Plants used in the treatment of leishmanial ulcers due to Leishmania (Viannia) braziliensis in an endemic area of Bahia, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop, v. 29, n. 3, p.229-232, 1996. doi: 10.1590/s0037-86821996000300002
14 - DE ALBUQUERQUE, U. P.; DE OLIBEIRA, R. F. Is the use-impact on native caatinga species in Brazil reduced by the high species richness of medicinal plants? J Ethnopharmacol, v. 113, n. 1, p.156-170, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2007.05.025

Afrodisíaca

Afrodisíaca
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha In vivo:

Em ratos Wistar machos, tratados com extrato vegetal e submetidos ao estresse por imobilização, com posterior análise do comportamento sexual, níveis de PDE-5, MAO-B, testosterona, corticosterona e óxido nítrico sintetase endotelial, transcrição da tirosina hidroxilase e parâmetros histológicos testiculares.

Observou-se que A. occidentale apresenta afrodisíaca, por estímulo do sistema dopaminérgico.

[ 12 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: material vegetal (pó) em metanol/água (1:1). Rendimento: 19,8%. Concentrações para ensaio: 25 a 100 mg/mL.

In vitro:

Em células gliais de ratos Sprague-Dawley incubadas com o extrato vegetal e estimuladas por lipopolissacarídeos (LPS), com posterior análise dos níveis de óxido nítrico, prostaglandina E e citocinas (TNF-α e IL-6), expressão de COX-2, iNOS e mPGES-1, translocação de NF-kBp65 (gene repórter Luciferase), fosforilação de IkB (ELISA), ativação de proteínas quinases e viabilidade celular (MTT).

 

O extrato de A. occidentale apresenta atividade anti-inflamatória por inibir a produção de citocinas e as vias NF-kB e MAPK.

[ 4 ]
Caule (casca)

Extrato (1:10 p/v): maceração do material vegetal (pó) em acetona/água (70:30). Concentrações para ensaio: 12,5 a 100 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss (Mus musculus) tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina, bradicinina, prostaglandina e peritonite induzida por carragenina, com posterior análise dos níveis de IL-1, IL-6, IL-10 e TNF-α (ELISA) e fenotipagem de leucócitos (Citometria de Fluxo).

Observou-se que o extrato de A. occidentale apresenta antividade anti-inflamatória.

[ 16 ]
Tronco

Goma: 15% em gel de carbopol a 2%.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de periodontite induzida por ligadura, tratados com gel, com posterior análise da expressão de COX-2, NOS-2, INF-γ, OSCAR, IL-10, TGFβ1 e MYD88 no tecido gengival.

O gel contendo a goma de A. occidentale apresenta atividade anti-inflamatória, comparável à clorexidina.

[ 19 ]
Flor

Extrato etanólico. Rendimento: 21,46%. Dose para ensaio: 5 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de diabetes induzido por estreptozotocina e sepsia por exposição da cavidade peritoneal, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da contagem celular do baço, medula óssea, peritoneal e pulmonar, unidade formadoras de colônias (UFC), oxidação de diidrorradamina-123, níveis de óxido nítrico, IL-6, IL-10, IL-12, MCP-1, IFN-γ e TNF-α.

O extrato da flor de A. occidentale apresenta atividade anti-inflamatória, prolongando o tempo de vida dos animais em estudo.

[ 21 ]
Caule (casca)

Extrato: material vegetal (pó) em metanol/água (1:1). Concentrações para ensaio: 25 a 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com extrato vegetal e submetidos aos testes de choque séptico e permeabilidade microvascular induzidos por lipopolissacarídeo (LPS), com posterior análise dos níveis de alanina e aspartato aminotransferases e extravasamento de plasma na pele.

Observou-se que o extrato de A. occidentale apresenta ação anti-inflamatória, dose-dependente.

[ 23 ]
Tronco

Goma: 50 e 150 mg/g, em gel de carbopol a 2%.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de periodontite induzida por ligadura, tratados com gel, com posterior análise de parâmetros bioquímicos, hematológicos e histopatológicos, lesões hepáticas e renais, perda óssea alveolar, atividade de MPO e expressão de TNF-α, IL-1β, RANK, RANKL, OPG e GAPDH no tecido gengival.

O gel contendo a goma de A. occidentale apresenta atividade anti-inflamatória, sendo promissor para o tratamento da periodontite.

[ 27 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (castanha)

Pó. Doses para ensaio: 30 a 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley e camundongos CD1 portadores de edema de pata e colite induzidos por carragenina e DNBS, respectivamente, pré-tratados com o pó vegetal, com posterior análise de parâmetros macroscópicos e histológicos, níveis de TNF-α, IL-8 e MDA, expressão de IKB-α, NF-kB p65, iNOS e MnSOD.

O fruto (castanha) de A. occidentale apresenta atividade antioxidante e anti-inflamatória, sendo promissora para o tratamento de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII).

[ 10 ]
Fruto (castanha)

Pó. Dose para ensaio: 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de lesões intestinais por isquemia-reperfusão (artéria mesentérica superior), pré-tratados com o pó vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (peroxidação lipídica, proteína carbonila, atividade de MPO e enzimas antioxidantes), níveis de TNF-α, IL6 e IL-1β, expressão de NRF2, iNOS, IKB-α, NF-kB, ICAM-1, P-selectina, PARP e nitrotirosina, permeabilidade intestinal e translocação bacteriana.

Observou-se que o fruto (castanha) de A. occidentalis apresenta atividade antioxidante potente, através da ativação das vias NRF2 e NF-kB, além da ação anti-inflamatória.

[ 11 ]

Anti-inflamatória e Broncodilatadora

Anti-inflamatória e Broncodilatadora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 2 kg do material vegetal (pó) em 10 L de etanol. Rendimento: 16%. Doses para ensaio: 250, 375 e 500 mg/kg.

In vivo:

Em porquinos-da-Índia submetidos à broncoconstrição induzida por histamina, e em ratos Wistar submetidos ao edema de pata induzido por histamina.

O extrato etanólico de A. occidentale aumentou significativamente as atividades broncodilatadora e anti-inflamatória.

[ 1 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato metanólico a 60%. Rendimento: 28 g de 153,5 g de extrato seco. Concentração para ensaio: 20mg/mL.

In vitro:

Em cepas de Bacillus cereus, B. stearothermophilus, B. subtilis, Clostridium sporogenes, Corynebacterium pyogenes, Eschericia coli, Klebsiella pneumoniae, Micrococcus luteus, Proteus vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, P. fluorescens, Shigela dysenteriae, Staphylococcus aureus, S. faecalis e Candida albicans, submetidas aos testes de disco-difusão, com posterior análise da zona de inibição (mm) e concentração inibitória mínima (CIM).

 

O extrato metanólico de A. occidentale apresenta atividade antibacteriana, exceto em culturas de E. coli (bactéria) e C. albicans (fungo).

[ 9 ]
Folha e casca

Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 50 mL de etanol a 80%. Outras espécies em estudo: Angeiossus schimperi, Guiera senegalensis, Bauhinia thonningii, Cassia goratensis, Butyrospernum parkii, Khaya senegalensis e Boswellia dalzeili.

In vitro:

Em culturas de Staphylococcus aureus, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Streptococcus pneumoniae, Enterococcus faecalis, Enterobacter spp., Acinetobacter spp. e Corynebacterium pyogenes, submetidas ao teste de difusão em placa.

 

Observou-se que os extratos de A. occidentale e A. schimperi apresentam atividade antibacteriana, principalmente contra E. coli e P. aeruginosa.

[ 35 ]
Folha

Extrato: maceração de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água ou água/etanol. Outras espécies em estudo: Daniellia oliveri, Diospyros mespiliformis, Khaya senegalensis, Manihot esculenta, Ocimum gratissimum, Pterocarpus erinaceus, Rauvolfia vomitoria, Senna italica e Vernonia amygdalina.

In vitro:

Em culturas de Salmonella typhimurium, Escherichia coli, Shigella spp., Salmonella spp. e Campylobacter spp. submetidas ao teste de disco-difusão e microdiluição em ágar, para determinar o halo de inibição e as concentrações bactericida mínima e inibitória mínima, respectivamente, e teste de permeabilidade através da membrana externa bacteriana.

 

Os extratos de A. occidentale apresentam atividade antibacteriana mais potente.

[ 37 ]

Antiofídica

Antiofídica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências

Extrato: material vegetal (seco) em 100 mL de etanol a 95%.

In vitro:

Determinar a atividade enzimática (proteolítica, hialuronidase, hemolítica e coagulante) do extrato vegetal. Em camundongos albinos submetidos a administração do veneno de Vipera russelii (pré-incubado com o extrato vegetal) ou separadamente do extrato vegetal, com posterior análise da atividade hemorrágica; testes de edema de pata induzido por veneno de serpente, miotoxicidade, letalidade (CL50), histopatológico, microscópico e níveis de proteínas.

 

Observou-se que o extrato A. occidentale apresenta atividade antiofídica significativa.

[ 22 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 15g do material vegetal (pó) em 150 mL de metanol. Outras espécies em estudo: Chlrophora excelsa, Strophanthus hispidus, Picralina nitida, Persia americana, Loranthus micranthus, Ceiba pentandra, Synsepalum dulcificum e Anthocleista djalonensis.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da redução de íons ferrosos (FRAP), eliminação dos radicais DPPH e ABTS, e atividade inibitória da enzima α-amilase.

 

Observou-se que os extratos de A. occidentale e C. pentandra apresentam atividade antioxidante significativa, além de inibir a enzima α-amilase.

[ 7 ]
Fruto (casca)

Óleo: material vegetal (pó) em metanol. Doses para ensaio: 50 e 100 µL; tópico: 2,5 e 5%.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de enzimas antioxidantes (GSH, SOD, CAT, GST e metilglioxalase I) e níveis de peroxidação lipídica, em homogenato hepático, citosol e microssoma; em camundongos portadores de papiloma cutâneo induzido por DMBA, submetidos a administração tópica do óleo vegetal, com posterior análise do tamanho (mm) do tumor.

O óleo da casca do fruto (castanha) de A. occidentale apresenta atividade antioxidante, contudo não demonstra ação antitumoral.

[ 26 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: material vegetal (pó) em 900 mL de etanol a 70%. Rendimento: 28,9%. Concentrações para ensaio (in vitro): 7,5 e 15 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): via subcutânea - 300 mg/kg; via tópica - 40% em vaselina.

In vitro:

Em amostras de sangue de coelho infectadas por Leishmania brasilensis (forma promastigota), incubadas com extrato vegetal, com posterior análise da curva de crescimento da forma parasitária.

 

In vivo:

Em hamsters infectados por Leishmania brasilensis (forma promastigota), no dorso da pata, tratados com extrato vegetal e com posterior análise histológica (fígado e baço), largura e comprimento da lesão cutânea.

O extrato de A. occidentale apresenta atividade antiparasitária, apenas no modelo experimental in vitro

[ 36 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule

Goma.

In vitro:

Em células humanas de câncer colorretal (HCT116), de próstata (PC3), glioblastoma (SNB19), leucemia promielocítica (HL60), melanoma (B16F10) e linhagem epitelial renal normal (HEK293), incubadas com a goma vegetal, com posterior análise da morfologia e viabilidade celular (Microscopia Atômica e MTT).

 

A goma de A. occidentale apresenta atividade antiproliferativa, principalmente para HCT116, B16F10 e HL60, além da ausência de citotoxicidade para HEK293.

[ 2 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Tronco

Goma. Rendimento: 98%. Doses para ensaio (in vivo): 50 e 100 mg/kg.

In vitro:

Em células humanas de câncer colorretal (HCT116), de próstata (PC3), glioblastoma (SF-295), leucemia promielocítica (HL60), melanoma (B16F10), incubadas com a goma vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).

 

In vivo:

Em ratos Mus musculus (C57bl/6) infectados por células B16-F10 e tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do tumor (FTIR), parâmetros hematológicos, histopatológicos, níveis de GSH, MDA e MPO, expressão de capspase-3 e γ-H2AX.

A goma de A. occidentale apresenta atividade antitumoral (in vivo), além de baixa toxicidade.

[ 5 ]
Folha

Extrato hidroalcoólico. Concentrações para ensaio: 45 a 256 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de células leucêmicas (Jurkat) e de linfócitos T normais incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (CI50) e indução de apoptose.

 

Observou-se que o extrato de A. occidentale apresenta atividade antitumoral, além de baixa citotoxicidade para linfócitos normais.

[ 6 ]

Antiulcerogênica

Antiulcerogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: percolação de 100 g de material vegetal (pó) em 1000 mL de etanol a 70%. Rendimento: 26,11%. Frações: diclorometano e metanol. Doses para ensaio: 100, 200, 400 e 800 mg/kg.

In vivo:

Em ratas albinas Wistar portadoras de lesões gástricas induzidas por ácido clorídrico e etanol, pré-tratadas com extrato e frações vegetais, com posterior análise do tamanho da lesão e dose efetiva média (DE50).

Observou-se que o extrato e a fração metanólica de A. occidentale apresentam atividade antiulcerogênica, significativa.

[ 20 ]

Antiviral

Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 8 g do material vegetal em 100 mL de água. Rendimento: 16,2 (p/p). Concentração para ensaio: 4 µg/mL.

In vitro:

Em células renais de macaco Rhesus africano (MA-104) infectadas por rotavírus símio (AS-11) e humano (HCR3), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da atividade antiviral (TCID50) e concentração máxima não tóxica (MNTC).

 

Neste estudo, das 12 especies, Artocarpus integrifolia, Myristica fragrans e Spongias lutea apresentam atividade antiviral para o rotavírus humano, enquanto que Anacardium occidentale demonstra eficácia apenas para o rotavírus símio.

[ 8 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Tronco

Goma. Doses para ensaio: 1 a 30 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesões gastrointestinais induzidas por naproxeno, pré-tratados com a goma vegetal, com posterior análise histológica, morfométrica, níveis de GSH, MDA e MPO, produção da secreção gástrica e aderência de muco na parede gástrica.

A goma de A. occidentale apresenta atividade gastroprotetora, devido as propriedades anti-inflamatória e aumento da aderência do muco gástrico.

[ 24 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: decocção de 60 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de água. Rendimento: 15%. Dose para ensaio: 175 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de peso corporal, ingestão de alimentos e líquidos, e níveis de glicemia e glicosúria.

Observou-se que o extrato de A. occidentale apresenta atividade hipoglicemiante, estabelecendo controle da glicosúria e do peso corporal.

[ 30 ]
Folha, Casca, semente e pseudofruto

Extrato hidroalcoólico. Concentrações para ensaio: 25 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em mioblastos de camundongos (C2C12) incubados com extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio LDH), captação de desoxiglicose e expressão de fosfo-AMPKa, fosfo-Akt e fosfo-receptor-β de insulina; e em mitocôndrias hepáticas de ratos Wistar incubadas com succinato e extratos vegetais, com posterior análise do consumo de oxigênio.

 

O extrato da semente de A. occidentale apresenta atividade antidiabética significativa, por estímulo da glicólise e captação da glicose.

[ 17 ]
Folha

Extrato: 400 g do material vegetal (pó) em 1500 mL de metanol. Rendimento: 13,70%. 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hiperglicemia (moderada e severa) induzida por aloxana, tratados com o extrato vegetal, associado ou não com tolbutamida, com posterior análise dos níveis glicêmicos.

O extrato metanólico das folhas de A. occidentale apresenta atividade hipoglicemiante (em casos moderados), comparável ao medicamento de referência tolbutamida.

[ 25 ]

Hipotensora

Hipotensora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: maceração de 50 g do material vegetal (pó) em 250 mL de n-hexano, posteriormente, em água. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,01 a 10 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 0,83 a 279 mg/kg.

In vitro:

Em coelhos normotensos submetidos a administração de atropina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de pressão arterial.

Em coração isolado de rato Wistar incubados com extrato vegetal, com posterior análise de contratilidade.

 

Observou-se que o extrato de A. occidentale apresenta atividade hipotensora, dose-dependente, além da ação cardioinibidora.

[ 15 ]

Indutora da secreção de ácido gástrico

Indutora da secreção de ácido gástrico
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a administração intragástrica por perfusão contínua do extrato vegetal, associado ou não com atropina (bloqueador dos receptores muscarínicos) e cimetidina (antagonista dos receptores histamínicos H2), com posterior análise dos níveis de ácido gástrico.

O extrato aquoso das folhas de A. occidentale aumenta a secreção de ácido gástrico, com reversão desta ação na presença de atropina e cimetidina.

[ 31 ]

Vasorelaxante

Vasorelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL metanol. Rendimento: 30% (p/p). Concentrações para ensaio: 2,5 a 37,0 µg/mL. Outras espécies em estudo: Capsicum frutescens, Carica papaya, Cymbopogon citratus, Gynandropsis gynandra, Ipomoea batata, Mentha arvensis, Moringa citrifolia e Piper betle.

In vitro:

Em anéis aórticos torácicos descendentes, com ou sem endotélio, isolados de ratos Wistar, incubados com extratos vegetais, noradrenalina e NOLA, e em artéria mesentérica superior perfundida com extratos vegetais, acetilcolina, histamina, indometacina e NOLA, com posterior análise de contratilidade vascular.

 

Os extratos de I. batatas, P. betle, A. occidentale, G. gynandra, C. papaya e C. citratus apresentam atividade vasorelaxante mais potente.

[ 32 ]
Ensaios toxicológicos

Antimutagênica e Mutagênica

Antimutagênica e Mutagênica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: 1,3 kg do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 62,28 g. Concentrações para ensaio: 500 a 2000 µg/mL. 

In vitro:

Em culturas de fibroblastos de pulmão de Hamster chinês incubadas com extrato vegetal, associando ou não com doxorrubicina, com posterior análise do teste de aberrações cromossômicas (CA)

 

Observou-se que A. occidentale apresenta atividade antimutagênica (500 e 2000 µg/mL), contudo demonstra ausência de mutagenicidade nas concentrações em estudo.

[ 28 ]

Carcinogênica

Carcinogênica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (casca)

Óleo: diluído em acetona. Concentrações para ensaio: 1 a 2%.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de papiloma cutâneo, induzido por DMBA, óleo de cróton e óleo essencial, com posterior análise de parâmetros histopatológicos.

Observou-se que o óleo de A. occidentale não apresenta potencial carcinogênico, exceto quando associado com óleo de cróton e DMBA.

[ 34 ]

Carcinogênica e Mutagênica

Carcinogênica e Mutagênica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (casca)

Extrato: 20g do material vegetal em 250 mL de éter de petróleo. Concentrações para ensaio: 2 a 10%.

In vitro:

Em cepas de Salmonella typhimurium submetidas ao teste de Ames.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de tumorigenêse cutânea induzida por DMBA, óleo de cróton e extrato vegetal, com posterior análise de carcinogenicidade.

Observou-se que o extrato de A. occidentale não apresenta potencial mutagênico e carcinogênico.

[ 33 ]

Citotoxicidade e Genotoxicidade

Citotoxicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: 1,3 kg do material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 61,28 g. Concentrações para ensaio: 500 a 6000 µg/mL.

In vitro:

Em fibroblastos de pulmão de Hamster chinês (V79) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular, genotoxicidade e antigenotoxicidade (ensaio Cometa).

 

O extrato de A. occidentale, até a concentração de 1000 µg/mL, apresenta atividade antigenotóxica, além ausência de citotoxicidade e genotoxicidade.

[ 14 ]

Genotoxicidade e Toxicidade aguda e subaguda

Genotoxicidade e Toxicidade aguda e subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol a 70%. 

In vitro:

Em linhagens de Salmonella typhimurium para o teste de Ames.

 

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos aos testes de toxicidade aguda, subaguda e genotoxicidade (teste do micronúcleo).

Em ratos Wistar submetidos aos testes de toxicidade aguda, subaguda e genotoxicidade (teste do micronúcleo).

[ 18 ]

Hepatotoxicidade e Mutagenicidade

Hepatotoxicidade e Mutagenicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (casca)

Óleo essencial: 20 g do material vegetal em 250 mL de éter de petróleo. Concentrações para ensaio: 25 a 100%.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a depilação da pele, tratados topicamente com óleo vegetal, com posterior análise da atividade de enzimas transaminases séricas, parâmetros histológicos dos hepatócitos e potencial clastogênico em micronúcleo de células da medula óssea.

Observou-se que o óleo da casca do fruto de A. occidentale apresenta hepatotoxicidade e mutagenicidade.

[ 3 ]

Indutora de lesões gástricas

Indutora de lesões gástricas
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (castanha)

Extrato: percolação de 50 g do material vegetal (pó) em metanol a 80%. Doses para ensaio: 200 a 800 mg/kg.

In vivo:

Em ratos albinos submetidos a administração do extrato vegetal ou indometacina, com posterior análise do índice de lesões gástricas.

O extrato hidrometanólico do fruto de A. occidentale, em doses acima de 200 mg/kg, aumenta o índice de lesões gástricas, porém inferior ao de indometacina.

[ 29 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: percolação de 100 g de material vegetal (pó) em 1000 mL de etanol a 70%. Rendimento: 26,11%.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Observou-se que o extrato de A. occidentale não apresenta toxicidade, até a dose de 2000 mg/kg.

[ 20 ]

Toxicidade aguda e subcrônica

Toxicidade aguda e subcrônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Em células RAW 264,7 incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (MTT).

In vitro:

Em células RAW 264,7 incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (MTT).

 

In vivo:

Em ratos Wistar (machos e fêmeas) submetidos aos testes de toxicidade aguda e subcrônica.

Observou-se que o extrato etanólico das folhas de A. occidentale não apresenta toxicidade in vitro e in vivo nas concentrações/doses analisadas.

[ 13 ]

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27 - SOUZA FILHO, M. D. et al. Orabase formulation with cashew gum polysaccharide decreases inflammatory and bone loss hallmarks in experimental periodontitis. Int J Biol Macromol, v. 107(Pt A), p.1093-1101, 2018. doi: 10.1016/j.ijbiomac.2017.09.087
28 - BARCELOS, G. R. M. et al. Evaluation of mutagenicity and antimutagenicity of cashew stem bark methanolic extract in vitro. J Ethnopharmacol, v. 114, n. 2, p.268-273, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2007.08.006
29 - BEHRAVAN, E. et al. Comparison of gastric ulcerogenicity of percolated extract of Anacardium occidentale (cashew nut) with indomethacin in rats. Pak J Pharm Sci, v. 25, n. 1, p.111-115, 2012.
30 - KAMTCHOUING, P. et al. Protective role of Anacardium occidentale extract against streptozotocin-induced diabetes in rats. J Ethnopharm, v. 62, n. 2, p.95-99, 1998.
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32 - Vasorelaxation induced by common edible tropical plant extracts in isolated rat aorta and mesenteric vascular bed. J Ethnopharmacol, v. 92, n. 2-3, p.311-316, 2004. doi: 10.1016/j.jep.2004.03.019
33 - GEORGE, J.; KUTTAN, R. Mutagenic, carcinogenic and cocarcinogenic activity of cashewnut shell liquid. Cancer Lett, v. 112, n. 1, p.11-16, 1997. doi: 10.1016/S0304-3835(96)04540-5
34 - BANERJEE, S.; RAO, A. R. Promoting action of cashew nut shell oil in DMBA-initiated mouse skin tumour model system. Cancer Lett, v. 62, n. 2, p.149-152, 1992. doi: 10.1016/0304-3835(92)90185-x
35 - KUDI, A. C. et al. Screening of some Nigerian medicinal plants for antibacterial activity. J Ethnopharmacol, v.67, n. 2, p.225-228, 1999. doi: 10.1016/s0378-8741(98)00214-1
36 - FRANÇA, F. et al. An evaluation of the effect of a bark extract from the cashew (Anacardium occidentale L.) on infection by Leishmania (Viannia) braziliensis. Rev Soc Bras Med Trop, v. 26, n. 3, p.151-155, 1993. doi: 10.1590/s0037-86821993000300004
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Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 39, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Entrecasca do galho seco

100 g

Entrecasca do galho fresco

200 g

                                                                * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de entrecasca do galho seco, pulverizado e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de entrecasca do galho fresco, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Como coadjuvante no tratamento do diabetes mellitus tipo 2.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Anacardium occidentale (entrecasca)

5 g

Annona muricata (entrecasca)

5 g

Bauhinia forficata (folha seca)

10 g

Caesalpinia ferrea (casca do ramo)

10 g

Syzygium cumini (entrecasca)

10 g

Fase B (alcoolaturas)

 

Anacardium occidentale (entrecasca)

2,5 mL

Annona muricata (entrecasca)

2,5 mL

Caesalpinia ferrea (casca do ramo)

5 mL

Eugenia punicifolia (folha)

20 mL

Syzygium cumini (entrecasca)

5 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as entrecascas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; em seguida colocar as folhas secas pesadas e rasuradas e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Diabetes mellitus tipo 2.

Posologia

Uso oral: tomar 1 colher de chá, 2 a 3 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Entrecasca do galho seca fragmentada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de café cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por decocção, por 5 minutos.

Principais indicações

Como coadjuvante no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 e infecções bacterianas em geral.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do decocto duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o decocto duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 40-41.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 327-328.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 28-29.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos

ácidos oleico e linolênico.

Alcaloides

Alcanos

n-eicosano.

Cetonas

acetofenona.

Compostos fenólicos

ácido gálico, ácido cafeico, ácido elágico, ácido ferúlico, ácido vanílico, ácido trans-cinâmico, ácido siríngico, ácido 3,4-dihidroxibenzóico, cardol, ácido anacárdico, ácido gentísico, cardanol e naringenina.

Corantes

Cumarinas

Fitosteróis

campesterol e β-sitosterol.

Flavonoides

rutina, miricetina, quercetina, catequina, (-)-epiafzelequina, agathisflavona, apigenina, epicatequina, galocatequina, leucocianidina e robustaflavona.

Monossacarídeos

galactose, glicose e arabinose.

Óleos essenciais

limoneno, kaempferol e α-selineno.

Outras substâncias

anacardol, álcool araquidílico, resorcinol, pentadecilresorcinole e pentadecilfenol.

Resinas

acajucica.

Saponinas

Taninos

Triterpenoides

α-amirina e cicloartenol.

Vitaminas

C.

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 28.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995. p. 18-19.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 57.
4 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribenha. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 48.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 157.
6 - DIAS, C. C. Q. et al. Cashew nuts (Anacardium occidentale L.) decrease visceral fat, yet augment glucose in dyslipidemic rats. PLoS One, v. 14, n. 12, p.1-22, 2019. doi: 10.1371/journal.pone.0225736
7 - VILAR, M. S. A. et al. Assessment of phenolic compounds and anti-inflammatory activity of ethyl acetate phase of Anacardium occidentale L. bark. Molecules, v. 21, n. 8, p.1-17, 2016. doi: 10.3390/molecules21081087
8 - KONAN, N. A.; BACCHI, E. M. Antiulcerogenic effect and acute toxicity of a hydroethanolic extract from the cashew (Anacardium occidentale L.) leaves. J Ethnopharmacol, v. 112, n. 2, p.237-242, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2007.03.003
9 - AKINPELU, D. A. et al. Antimicrobial activity of Anacardium occidentale bark. Fitoterapia, v. 72, n. 3, p.286-287, 2001. doi: 10.1016/s0367-326x(00)00310-5

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 2 meses. A casca das sementes (in natura) pode ser irritante a pele devido a presença dos alquilfenois, assim o óleo das cascas apresenta ação cáustica e corrosiva, podendo provocar lesões na pele e febre em caso de contanto com grandes extensões[1,2,4,5].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes, menores de 18 anos, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e pacientes portadores de doenças crônicas (alergias, cardíacas, renais ou hepáticas)[1,2,3,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

não há dados na literatura.

Interações medicamentosas: 

não utilizar concomitantemente com anticoagulantes, corticoides e anti-inflamatórios[5].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 41.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 29.
3 - RODRIGUES, E. Plants of restricted use indicated by three cultures in Brazil (Caboclo-river dweller, Indian and Quilombola). J Ethnopharmacol, v. 111, n. 2, p. 295-302, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.11.017
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 157.
5 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 38, 2021.

Propagação: 

a reprodução é feita por sementes [ 1 , 2 ] .

Tratos culturais & manejo: 

o desenvolvimento da planta é favorecido por clima quente, acima de 22°C. O florescimento ocorre em período de seca, nos meses de agosto a outubro e a colheita dos frutos de dezembro a abril [ 1 ] .

Pós-Colheita: 

a planta atinge em média 3 m de altura ao 3 anos, nesse período a entrecasca deve ser retirada a partir dos ramos laterais e não do tronco [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 75.
2 - MATOS, F. J. A. Farmácias Vivas. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1994, p. 70.

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