Leonurus cardiaca L.

Agripalma e motherwort (“erva-da-mãe”).

Família 
Informações gerais 

Nativa da Ásia Central e sudeste da Europa, muito difundida no norte da África e América do Norte. Atualmente, encontra-se espalhada por todo o mundo. Suas principais indicações medicinais são: cardioprotetora, antiarrítmica, anti-hipertensiva, vasodilatadora, antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória, miorrelaxante, analgésica, sedativa, neuroprotetora, uterotônica, antiespasmódica e nefroprotetora[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - WOJTYNIAK, K. et al. Leonurus cardiaca L. (motherwort): a review of its phytochemistry and pharmacology. Phytother Res, v. 27, n. 8, p.1115-1120, 2013. doi: 10.1002/ptr.4850
2 - FIERASCU, R. C. et al. Leonurus cardiaca L. as a source of bioactive compounds: an update of the European Medicines Agency Assessment Report (2010). Biomed Res Int, p.1-13, 2019. doi: 10.1155/2019/4303215
3 - WITKOWSKA, A. et al. Characterizations of white mulberry, sea-buckthorn, garlic, lily of the valley, motherwort, and hawthorn as potential candidates for managing cardiovascular disease-in vitro and ex vivo animal studies. Nutrients, v. 16, n. 9, p.1-19, 2024. doi: 10.3390/nu16091313
4 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 447-448.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 524-525.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, perene, de 1,20 m de altura, caules eretos, ocos, quadrangulares, estriados longitudinalmente, geralmente pubescentes, frequentemente vermelho-violeta; possui rizoma lenhoso e curto; as folhas são opostas, decussadas, longo-pecioladas, cobertas de pelos rígidos ou glabras, superfície verde-escura e a inferior verde clara, com proeminente venação palmada e reticulada, as inferiores são ovaladas-orbiculares, palmadas, cordadas na base, com 3 a 5 lóbulos (raramente 7 lóbulos), irregularmente dentados, enquanto que as superiores são inteiras ou ligeiramente trífidas, lanceoladas, com margem serrilhada, cuneadas na base; flores são de cor rosa, com cerca de 1 cm de comprimento, agrupadas em 6 a 12 formando cachos nas axilas das folhas superiores, dispostas em verticilos sésseis formando uma longa espiga; frutos em noz, marrom, triangular, medindo de 2,5 a 3 mm de comprimento, com um tujo de pelos na ponta[1,2,3,4,5].

Referências descrição da espécie
1 - ANGELONI, S. et al. Phytochemical profile and biological activities of crude and purified Leonurus cardiaca extracts. Plants (Basel), v. 10, n. 2, p.1-15, 2021. doi: 10.3390/plants10020195
2 - FIERASCU, R. C. et al. Leonurus cardiaca L. as a source of bioactive compounds: an update of the European Medicines Agency Assessment Report (2010). Biomed Res Int, p.1-13, 2019. doi: 10.1155/2019/4303215
3 - LONDRES. The Department of Health. British Pharmacopoeia 2012, vol. IV. London: Stationery Office Books, p. 3652, 2011.
4 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 447.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 524.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Motherwort Polônia -

Sedativa.

-

Usar 1,5 a 2,5 g de 2 a 3 vezes ao dia.

-

[ 1 ]
Motherwort Lituânia

Na prevenção de doenças cardiovasculares primárias e disfunção cardíaca relacionada ao estresse, ansiedade, nervosismo, hiperfunção da tireoide ou climatério.

-

-

-

[ 1 ]
Motherwor Alemanha -

Útil para o funcionamento do sistema cardiovascular.

-

-

-

[ 1 ]
Motherwort Letônia -

Útil na redução da tensão nervosa leve e em casos de distúrbios cardíacos manifestados como palpitações ou dor torácica (proveniente de pressão alta a longo prazo).

Tintura.

-

-

[ 1 ]
- Povos Cherokee, Delaware, Iroquois, Micmac, Mohegan e Shinnecock -

Sedativa, no tratamento da histeria e queixas femininas em geral.

-

-

-

[ 2 ]
Agripalma e motherwort (“erva-da-mãe”) - Parte aérea

No tratamento de problemas menstruais e uterinos (emenagoga, reduz os sintomas da menopausa, alivia as dores do parto), cardíacos e circulatórios (tônica, taquicardia ou outros distúrbios cardíacos causados por ansiedade ou tensão).

Infusão: 1 a 2 colheres (de chá) do material vegetal em 1 xícara de água. Deixar em repouso de 10 a 15 minutos.

Tomar 3 vezes ao dia.

-

[ 3 ]
Agripalma e motherwort (“erva-da-mãe”) - Parte aérea

No tratamento de problemas menstruais e uterinos (emenagoga, reduz os sintomas da menopausa, alivia as dores do parto), cardíacos e circulatórios (tônica, taquicardia ou outros distúrbios cardíacos causados por ansiedade ou tensão).

Tintura.

Tomar 1 a 4 mL 3 vezes ao dia.

-

[ 3 ]

Referências bibliográficas

1 - WITKOWSKA, A. et al. Characterizations of white mulberry, sea-buckthorn, garlic, lily of the valley, motherwort, and hawthorn as potential candidates for managing cardiovascular disease-in vitro and ex vivo animal studies. Nutrients, v. 16, n. 9, p.1-19, 2024. doi: 10.3390/nu16091313
2 - MILLS, E. et al. Herbal medicines in pregnancy and lactation an evidence-based approach. United Kingdom: Taylor & Francis Group, 2006, p. 2.
3 - HOFFFMANN, D. O guia completo das plantas medicinais: ervas de A a Z para tratar doenças; restabelecer a saúde e o bem-estar. São Paulo: Cultrix, 2017, p. 344-345.

Ação nos receptores de GABA

Ação nos receptores de GABA
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 6 g do material vegetal (pó) em etanol a 45%. Rendimento: 21,96% (p/p). Outra espécie em estudo: Leonurus japonicus.

In vitro:

Em homogenato do cérebro de ratos Sprague-Dawley incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de ligação ao receptor GABAA (GABA e benzodiazepínico).

 

Os extratos vegetais podem atuar no tratamento de distúrbios neurológicos, pois interagem com o sítio do receptor GABA, exceto no sítio benzodiazepínico.

[ 4 ]

Antibacteriana e Antioxidante

Antibacteriana e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato (1:12 p/v): material vegetal em etanol/água (1:1), por extração clássica em temperatura ou assistida por micro-ondas. Nanopartículas de prata (AgNPs): contendo o extrato vegetal. Concentrações para ensaio: 1 a 5 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em culturas de Escherichia coli e Enterococcus faecalis submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, para determinar o halo de inibição (mm).

 

As AgNPs contendo o extrato vegetal apresenta atividade antioxidante (extração assistida por micro-ondas) e antibacteriana (ambos métodos de extração), principalmente na concentração de 5 mg/mL.

[ 5 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 100 g do material vegetal em 1 L de etanol a 96%. Doses para ensaio: 125 a 500 mg/mL.

In vivo:

Em camundongos NMRI pré-tratados com o extrato vegetal e submetidos aos testes de formalina, movimento da cauda e placa quente.

O extrato de L. cardiaca apresenta atividade antinociceptiva central e periférica, principalmente na dose de 500 mg/mL.

[ 7 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: 20 g do material vegetal (seco) em 100 ml de água. Concentrações para ensaio: 10 a 30 µL. Outras espécies em estudo: Semen persicae, Hedyotis difusa e Curcuma zedoaria.

In vitro:

Em fração de LDL-C isolada de amostras de sangue de voluntários saudáveis, submetidos a oxidação induzida por cobre, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise do tempo de oxidação (método espectrofotométrico).

 

Os extratos vegetais apresentam atividade antioxidante, contudo, os extratos de H. diffusa e S. persicae são mais potentes, principalmente no volume de 30 µL.

[ 6 ]
Parte aérea

Extrato: 50 g do material vegetal (seco) em clorofórmio, posteriormente, em 500 mL de metanol. Rendimento: 16,4%. Outras espécies em estudo: Lamium album, Marrubium vulgare, Stachys officinalis, Lamium purpureum e Galeopsis speciosa.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH, ensaio do fosfomolibdênio e inibição da peroxidação do ácido linoleico (reação de Fenton).

 

Os extratos das espécies em estudo, pertencentes à família Lamiaceae, apresentam atividade antioxidante promissora.

[ 8 ]
-

Extrato fluido (1:5): percolação do material vegetal (seco) em etanol a 70% (v/v). Outras espécies em estudo: Ginkgo biloba e Crataegus monogyna.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS.

 

O extrato fluido de L. cardiaca apresenta atividade antioxidante mais potente.

[ 10 ]

Antioxidante e Genoprotetora

Antioxidante e Genoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: maceração de 10 g do material vegetal (pó) em 100 mL de metanol a 70%, etanol a 70% ou água quente. Outras espécies em estudo: Glechoma hederacea, Hyssopus officinalis, Lavandula angustifolia, Marrubium vulgare e Sideritis scardica.

In vitro:

Determinar as atividades antioxidante através da eliminação do radical DPPH; genoprotetora em plasmídeo pUC19 Escherichia coli XL1-Blue; antigenotóxica em Salmonella typhimurium e fibroblastos de pulmão de humanos normais; e citotoxicidade em cultura de células MRC-5 (MTT).

 

Os extratos das espécies em estudo, pertencentes a família Lamiaceae, apresentam atividade antioxidante e genoprotetora, sendo promissor na proteção do DNA de agentes oxidantes.

[ 9 ]

Antioxidante e Inibidora enzimática

Antioxidante e Inibidora enzimática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 5,1 g do material vegetal (pó, 1 mm) em 150 mL de etanol a 70% (v/v). Rendimento: 25,5% (p/p).

Extrato: 40 g do material vegetal (pó, 6 mm) em 600 mL de etanol a 70% (v/v). Rendimento: 21,7% (p/p).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS, poder redutor (FRAP e CUPRAC), capacidade quelante de íons ferrosos e ensaio do fosfomolibdênio.

Determinar a atividade inibitória das enzimas acetilcolinesterase (ACh), butirilcolinesterase (BChE), tirosinase, α-glicosidase e α-amilase.

 

Os extratos de L. cardicaca apresentam atividades antioxidante e inibidora das enzimas BChE, ACh, tirosinase e α-glicosidase.

[ 1 ]

Cardioprotetora

Cardioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato (1:5): percolação do material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 6,8 a 18,2 µg/mL.

In vitro:

Em mitocôndrias cardíacas isoladas do homogenato do coração de ratos Wistar, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da taxa de respiração mitocondrial e níveis de espécies reativas ao oxigênio.

 

O extrato de L. cardiaca apresenta atividade cardioprotetora, devido a ação antioxidante promissora.

[ 2 ]
-

Extrato. Concentrações para ensaio: 3 e 4,5 mg/mL; 50 a 350 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de Staphylococcus aureus incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de adesão (microscopia de força atômica), morfologia celular e composição de fosfolipídios e ácidos graxos na membrana celular (CLAE).

Em plasma isolado do sangue da veia ulnar de voluntários saudáveis, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão de GP IIb/IIIa.

 

O extrato de L. cardíaca previne a adesão bacteriana, além da ação antiplaquetária, sendo promissor para o tratamento da endocardite estafilocócica.

[ 3 ]

Referências bibliográficas

1 - ANGELONI, S. et al. Phytochemical profile and biological activities of crude and purified Leonurus cardiaca extracts. Plants (Basel), v. 10, n. 2, p.1-15, 2021. doi: 10.3390/plants10020195
2 - BERNATONIENE, J. et al. The effect of Leonurus cardiaca herb extract and some of its flavonoids on mitochondrial oxidative phosphorylation in the heart. Planta Med, v. 80, n. 7, p.525-532, 2014. doi: 10.1055/s-0034-1368426
3 - SADOWSKA, B. et al. Molecular mechanisms of Leonurus cardiaca L. extract activity in prevention of staphylococcal endocarditis-study on in vitro and ex vivo models. Molecules, v. 24, n. 18, p.1-15, 2019. doi: 10.3390/molecules24183318
4 - RAUWALD, H. W. et al. GABAA receptor binding assays of standardized Leonurus cardiaca and Leonurus japonicus extracts as well as their isolated constituents. Planta Med, v. 81, n. 12-13, p.1103-1110, 2015. doi: 10.1055/s-0035-1546234
5 - FIERASCU, I. C. et al. Phytosynthesis of silver nanoparticles using Leonurus cardiaca L. extracts. Materials (Basel), v. 16, n. 9, p.1-25, 2023. doi: 10.3390/ma16093472
6 - JI, S. et al. Antioxidant effect of aqueous extract of four plants with therapeutic potential on gynecological diseases; Semen persicae, Leonurus cardiaca, Hedyotis diffusa, and Curcuma zedoaria. Eur J Med Res, v. 22, n. 1, p.1-8, 2017. doi: 10.1186/s40001-017-0293-6
7 - REZAEE-ASL, M. et al. The study of analgesic effects of Leonurus cardiaca L. in mice by formalin, tail flick and hot plate tests. Int Sch Res Notices, p. 1-5, 2014. doi: 10.1155/2014/687697
8 - MATKOWSKI, A.; PIOTROWSKA, M. Antioxidant and free radical scavenging activities of some medicinal plants from the Lamiaceae. Fitoterapia, v. 77, n. 5, p.346-353, 2006. doi: 10.1016/j.fitote.2006.04.004
9 - OALDE, M. et al. A comprehensive assessment of the chemical composition, antioxidant, genoprotective and antigenotoxic activities of Lamiaceae species using different experimental models in vitro. Food Funct, v. 12, n. 7, p.3233-3245, 2021. doi: 10.1039/d1fo00447f
10 - BERNATONIENE, J. et al. The comparison of anti-oxidative kinetics in vitro of the fluid extract from maidenhair tree, motherwort and hawthorn. Acta Pol Pharm, v. 66, n. 4, p.415-421, 2009.

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 54-55, 2018.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 113-115, 2021.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

ácidos clorogênico, rosmarínico, cafeico, p-cumárico, p-hidroxibenzóico, vanílico, ferúlico e cafeico 4-rutinosíde.

Alcaloides

estaquidrina, betonicina, turicina, leonurina, 4- guanidino-1-butanol, leonuridina e leonurinia.

Aminas

colina.

Esteróis

β-sitosterol e estigmasterol.

Flavonoides

quercetina, caempferol, rutina, hiperosídeo, quercitrina, isoquercitrina, astragalina, apigenina, vitexina, isovitexina, genkwanina, orientina, lavandulifoliosídeo e verbacosídeo.

Iridoides

leonurida, ajugosídeo, ajugol, galiridosídeo e reptosídeo.

Óleos essenciais

germacreno D, epicedrol, β-cariofileno, α-cariofileno (α-humuleno), espatulenol, α e β-pineno, 1,8-cineol, linalol e limoneno.

Outras substâncias

cicloleonuripeptídeos (A, B, C, D), ácido cítrico, ácido málico, ácido oleico, colina e ácido cafeico 4-rutinosídeo.

Taninos

pirogalol e catequina.

Terpenos

garpagida, reptosídeo, leocardina, leosibiricina, 19-acetoxipregaleopsina, 15-O-etilleopersina C, 15-O-metilleopersina C, 15-EPI-O-metilleopersina C, ácido ursólico, ácido oleanólico, ácido corosólico, ácido euscáfico e ilelatifol D.

Referências bibliográficas

1 - WOJTYNIAK, K. et al. Leonurus cardiaca L. (motherwort): a review of its phytochemistry and pharmacology. Phytother Res, v. 27, n. 8, p.1115-1120, 2013. doi: 10.1002/ptr.4850
2 - ANGELONI, S. et al. Phytochemical profile and biological activities of crude and purified Leonurus cardiaca extracts. Plants (Basel), v. 10, n. 2, p.1-15, 2021. doi: 10.3390/plants10020195
3 - FIERASCU, R. C. et al. Leonurus cardiaca L. as a source of bioactive compounds: an update of the European Medicines Agency Assessment Report (2010). Biomed Res Int, p.1-13, 2019. doi: 10.1155/2019/4303215
4 - AGNIHOTRI, V. K. et al. New labdane diterpenes from Leonurus cardiaca. Planta Med, v. 74, n. 10, p.1288-1290, 2008. doi: 10.1055/s-2008-1081304
5 - WITKOWSKA, A. et al. Characterizations of white mulberry, sea-buckthorn, garlic, lily of the valley, motherwort, and hawthorn as potential candidates for managing cardiovascular disease-in vitro and ex vivo animal studies. Nutrients, v. 16, n. 9, p.1-19, 2024. doi: 10.3390/nu16091313
6 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 447.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 524.

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2010
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 4 semanas. Em caso de cirurgia o médico deve ser consultado para suspenção do fitoterápico[2].

Contraindicações: 

em menores de 18 anos, lactantes e devido à falta de estudos científicos robustos o uso na gravidez também é contraindicado[1,2,3,4,5].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

as folhas podem causar reações alérgicas, como dermatite de contato, principalmente, em pacientes sensíveis a esta espécie vegetal. Não são conhecidos riscos à saúde com administração adequada e doses terapêuticas indicadas. Pode alterar o ciclo menstrual. Efeitos adversos como diarreia, sangramento uterino e irritação estomacal podem ocorrer com a ingestão de 3,0 g do extrato em pó/dia[1,2,3,6].

Interações medicamentosas: 

o uso excessivo pode interagir na terapia atual de doenças cárdicas, com por exemplo, os glicosídeos cardiotônicos e anti-hipertensivos. Pode potencializar o efeito de antitrombóticos e antiplaquetários, aumentando o risco de sangramentos. Também pode potencializar a ação da varfarina (anticoagulante, inibe agregação plaquetária). O uso concomitante com benzodiazepínicos pode aumentar o efeito sedativo, levando ao quadro de coma[1,4].

Referências bibliográficas

1 - WOJTYNIAK, K. et al. Leonurus cardiaca L. (motherwort): a review of its phytochemistry and pharmacology. Phytother Res, v. 27, n. 8, p.1115-1120, 2013. doi: 10.1002/ptr.4850
2 - FIERASCU, R. C. et al. Leonurus cardiaca L. as a source of bioactive compounds: an update of the European Medicines Agency Assessment Report (2010). Biomed Res Int, p.1-13, 2019. doi: 10.1155/2019/4303215
3 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 448.
4 - HUNTLEY, A. Drug-herb interactions with herbal medicines for menopause. J Br Menopause Soc, v. 10, n. 4, p.162-165, 2004.  doi: 10.1258/1362180042721067
5 - ______. Leonurus cardiaca. Reprotox, 14 de nov. de 2024. Disponível em: <https://reprotox.org/member/agents/22382>. Acesso em: 20 de ago. de 2025.
6 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 524.

Colheita: 

as partes aéreas devem ser colhidas durante o período da floração, entre os meses de junho a setembro [ 1 , 2 , 3 ] .

Pós-colheita: 

a secagem do material vegetal deve ser realizada em temperatura a 35°C [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - WOJTYNIAK, K. et al. Leonurus cardiaca L. (motherwort): a review of its phytochemistry and pharmacology. Phytother Res, v. 27, n. 8, p.1115-1120, 2013. doi: 10.1002/ptr.4850
2 - HOFFFMANN, D. O guia completo das plantas medicinais: ervas de A a Z para tratar doenças; restabelecer a saúde e o bem-estar. São Paulo: Cultrix, 2017, p. 344.
3 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 524.

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