Nativa da África, ocorre especialmente no deserto do Kalahari, Namíbia (onde floresce naturalmente), Angola e nos territórios de Transvaal. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, antirreutmática, analgésica, orexígena, espasmolítica, eupéptica, diurética e antiarrítmica[1,2,3,4,5].
Planta rasteira, perene, com raiz principal suculenta, de até 2 m de profundidade, com tubérculos secundários de até 25 cm de comprimento e 6 cm de espessura, possui hastes rastejantes com até 2 m de comprimento, que crescem a partir da raiz principal; as folhas são simples, opostas, com até 6,5 cm de comprimento e 4 cm de largura, denteadas, lobadas profundamente ou superficialmente, com 5 lobos principais; as flores são tubulares, de 5 a 6 cm de comprimento, roxa ou rosadas, às vezes brancas, com tubo interior amarelo; frutos capsulares, deiscentes, com até 15 cm de diâmetro, cobertos de espinhos recurvados; as sementes são de coloração marrom-escura ou preta[1].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Garra-do-diabo | Brasil | Raiz | Auxilia no tratamento de artrite e artrose. |
Tintura ou infusão (1 g do material vegetal em 150 mL de água). |
Tomar de 60 à 80 gotas da tintura em 1 xícara de água de 8/8 horas ou tomar 1 xícara (de chá) da infusão de 2 a 3 vezes ao dia. |
Pode ocasionar efeitos colaterais como diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal e reações alérgicas cutâneas. Administrar com cautela em pacientes com problemas cardíacos e em uso de antiarrítmicos. Não deve ser utilizada em casos de úlcera gástrica e duodenal, gravidez e lactação. |
[
1
]
|
- | África | Raiz secundária | Antiartrítica, analgésica, antidispéptica, antitérmica, depurativa, no tratamento de doenças renais, hepáticas, pancreáticas, estomacais e cutâneas (ferida, úlcera, furúnculo e tumor) e em casos de entorse. |
Infusão, decocção, tintura, pó e extrato. |
- |
- |
[
2
]
|
- | África | Raiz secundária | Cicatrizante de feridas e queimaduras. |
Pó: misturar com vaselina. |
Uso externo: diário. Pode ser aplicado no abdômen de mulheres que antecipam um parto difícil (usar raiz secundária fresca na forma de pomada). |
- |
[
2
]
|
- | Namíbia (Topnaar, África) | Raiz secundária | No tratamento de dores no estômago e pós-parto. |
Decocção ou in natura. |
- |
- |
[
2
]
|
- | África | Raiz | Antitussígena, antidiarreica, laxante, antissifilítica e no tratamento da gonorreia. |
Cortar em pequenos pedaços e cobrir com água fria. Deixar em repouso. |
Tomar 2 colheres de sopa do preparado diariamente. |
Em dose alta pode causar diarreia. |
[
2
]
|
- | África | Raiz secundária | No tratamento de dores nas costas. |
Associar com raiz seca de Clerodendrum uncinatum. Queimar as raízes, e utilizar a cinzas para o preparo de uma pomada.
|
Uso externo. |
- |
[
2
]
|
Kakamasha | Molapo (África do Sul) | - | Antitérmica, analgésica, antiartrítica, laxante (dose alta), antidiarreica (dose baixa), no tratamento de doenças infecciosas, venéreas, úlcera péptica, infertilidade (associar com raiz de Ziziphus mucronata), útil no trabalho de parto e para expelir a placenta. |
Infusão e in natura. |
- |
Não usar na gestação. |
[
2
]
|
- | Ghanzi, Dekar e Tswana (Botswana, África) | Raiz | Analgésica, antiartrítica, depurativa, antigripal, antiasmática, antidismenorreica, laxante (dose baixa), antidiabética, orexígena, no tratamento da tuberculose, úlcera péptica e para expelir a placenta. |
Chá: 100 a 200 mg do material vegetal (pó) em água ou como alimento. |
Uso interno: diário. |
- |
[
2
]
|
Referências bibliográficas
Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: 300 g do material vegetal em etanol à 70%. Rendimento: 41,6%. Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos à incisão plantar e lesão do nervo poupado (SNI), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do comportamento à dor (limiar de retirada mecânica e vocalização ultrassônica). |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, em casos de dor aguda no pós-operatório e dor neuropática crônica. |
[
7
] |
Raiz |
Extrato seco. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,125 à 100 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 200 e 500 mg/kg. |
In vitro: Em células renais embrionárias de humanos (Hek293a) incubadas com o extrato vegetal, submetidas ao ensaio de resazurina e ativação do receptor grelinérgico (GHS-R1α) por ensaios de mobilização de cálcio e internalização. In vivo: Em camundongos C57BL/6 submetidos a administração do extrato vegetal, com posterior análise de ativação do receptor GHS-R1α e ingestão de alimentos. |
Observou-se que H. promcubens apresenta atividade antiobesidade mediada por inibição do receptor GHS-R1α. |
[
13
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato etanólico. |
In vitro: Em orelhas suína submetidas a cortes de 2 cm2, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da permeabilidade cutânea e expressão de COX-2, 5-LOX, iNOS e PGE-2, por Western blotting, Imuno-histoquímica e ELISA.
|
Observou-se que o extrato etanólico de H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, pois inibe principalmente, a expressão de COX-2 e PGE-2. |
[
32
] |
Raiz secundária |
Extrato aquoso. Rendimento: 1 g. Doses para ensaio: 100 mg/kg e 1 g/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de inflamação nas patas traseiras induzida por carragenina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do volume do edema. Em ratos Sprague-Dawley portadores de artrite induzida por Mycobacterium tuberculosis, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal e volume do edema. |
Observou-se que H. procumbens em doses altas apresenta atividade anti-inflamatória significativa. |
[
33
] |
Raiz |
Extrato: 75 g do material vegetal (pó) em 250 mL de etanol, e fitoterápicos comercializados: comprimido, cápsula, tintura e pó. |
In vitro: Em orelhas suína submetidas a cortes de 2 cm2, incubadas com o extrato vegetal e fitoterápicos comercializados, com posterior análise da expressão de COX-2 por Western blotting.
|
Observou-se que H. procumbens modula a expressão de COX-2, dependente da concentração glicosídeos. |
[
34
] |
Raiz secundária |
Extrato: 300 g do material vegetal (pó) em 3 L de etanol à 50%. Rendimento: 61,4%. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 à 500 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 50 mg/kg. |
In vitro: Em macrófagos de camundongos (RAW 264.7) estimulados por LPS, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-1β, IL-6 e TNF-α por ELISA e da viabilidade celular por ensaio colorimétrico. In vivo: Em ratas SD portadoras de artrite crônica induzida por Mycobacterium butyricum, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura do edema. |
Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória em modelo de artrite crônica. |
[
35
] |
Raiz |
Extrato. Doses para ensaio: 100 à 800 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar adrenalectomizados e portadores de inflamação nas patas traseiras induzida por carragenina, pré-tratados (via oral ou intraperitoneal) com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de leucócitos. |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente via intraperitoneal, independente da hiperatividade adrenal. |
[
36
] |
Raiz |
Extrato: material vegetal (seco) em etanol à 60% (v/v). Padronizado com 1,7% de harpagosídeo. Concentrações para ensaio: 10 à 250 µg/mL. |
In vitro: Em células monocíticas de humanos (THP-1) estimuladas por lipopolissarídeos (LPS), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio WST-1), níveis de citocinas inflamatórias (IFN-γ, TNF-α, IL-1α, IL-1β, IL-2, IL-4, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12 e IL-17A), fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos (ELISA).
|
Observou-se que o H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente pela supressão de TNF-α, IL-6 e IL-8. |
[
4
] |
Raiz secundária |
Extrato (via intraperitoneal): maceração de 30 g do material vegetal (seco) em água. Extrato (via oral e intraduodenal): maceração de 220 g do material vegetal (fresco) em água, adicionado ciclodextrina (veículo). Doses para ensaio: 100 à 1600 mg/kg. |
In vivo: Em ratos OFA submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, pré-tratados (via oral, intraperitoneal e intraduodenal) com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura do edema. |
Observou-se que H. procumbens quando administrado por via intraduodenal apresenta atividade anti-inflamatória mais potente. |
[
37
] |
Raiz |
Pascoe®-Agil: comprimidos de 240 mg (a partir do extrato hidroalcoólico). Padronizado com: 2,9% de harpagosídeo. |
In vitro: Em monócitos periféricos isolados de humanos saudáveis, estimulados por lipopolissacarídeos (LPS), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-1β, IL-6, TNF-α, PGE2 e expressão de MAPK, JNK e IkBα. Em células RAW 264.7 submetidas ao teste de Luciferase através da transfecção com plasmídeos (AP-1, KBF e COX-2), estimuladas por LPS, com posterior análise da expressão de AP-1, IkBα, MAPK, p38MAPK e JNK.
|
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, pois suprime a liberação de marcadores inflamatórios, bem como a transcrição de genes mediados pela via AP-1. |
[
5
] |
Raiz secundária |
Extrato. Doses para ensaio (in vivo): 20 à 6000 mg/kg e 2 g/kg. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 à 100000 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade inibitória da prostaglandina sintetase na presença do ácido araquidônico (substrato) e extrato vegetal. In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de edema de pata e artrite, induzido por carragenina e Mycobacterium butyricum, respectivamente, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura da pata. |
Observou-se que H. procumbens não apresenta atividade anti-inflamatória significativa nas doses indicadas. |
[
40
] |
Raiz secundária |
Jucurba®: contendo 210 e 480 mg de extrato seco. |
In vitro: Em condrócitos humanos incubados com citocina IL-1β e fitoterápico, com posterior análise dos níveis de MMPs (MMP-1, MMP-3 e MMP-9) por Western blotting.
|
Observou-se que o fitoterápico apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente na dose de 480 mg. |
[
16
] |
- |
Extrato hidroalcoólico (60% etanol v/v): padronizado com 2,9% de harpagosídeo. |
In vitro: Em monócitos primários de humanos estimulados por lipopolissacarídeos, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-1β, IL-6, TNF-α e PGE2 (EIA/ELISA).
|
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, reduzindo principalmente os níveis de TNF-α. |
[
17
] |
- |
Extrato metanólico. Outras espécies em estudo: Sutherlandia frutescens, Aspalathus linearis e Vignea subterranean. |
In vitro: Em células epiteliais mamárias normais de humanos (MCF10A) incubadas com 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA) e extratos vegetais, com posterior análise da expressão de COX-2. In vivo: Em camundongos ICR tratados topicamente com os extratos vegetais, com posterior análise da expressão de fatores de transcrição (AMPcíclico, FN, IL-6, NF-kB e E-box) e COX-2, após indução com TPA. |
Observou-se que os extratos vegetais suprimem a expressão de COX-2, principalmente as espécies Sutherlandia frutescens e Vignea subterranean. |
[
18
] |
Raiz |
Extrato metanólico. Doses para ensaio: 200 e 400 µg. Outra espécie em estudo: Sutherlandia frutescens. |
In vivo: Em camundongos ICR submetidos a administração tópica com os extratos vegetais e 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA), com posterior análise da expressão de COX-2 (Western blotting), concentração de proteínas nucleares, níveis de NF-kB (EMSA) e atividade catalítica de ERK (teste MAPK). |
Observou-se que os extratos de H. procumbens e S. frutescens inibem a expressão de COX-2. |
[
29
] |
Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato etanólico à 60%. Doses para ensaio: 25 à 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de artrite plantar induzida por Adjuvante Freund, submetidos ao tratamento agudo e crônico com o extrato vegetal, consequentemente ao teste de placa quente, com posterior análise do peso corporal e espessura da pata direita. |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória. |
[
11
] |
Raiz |
Extrato: maceração de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Outra espécie em estudo: Harpagophytum zeyheri. Rendimento: 60%. Doses para ensaio: 100 à 1200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos OFA portadores de contorções abdominais induzidas por ácido acético e carragenina, respectivamente, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do número de contorções, alongamentos e volume da pata direita. |
Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade analgésica e anti-inflamatória. |
[
20
] |
- |
Extrato aquoso. Rendimento: 20,59%. Concentrações para ensaio: 0,001 à 1 mg/mL. |
In vitro: Em fibroblastos de camundongos (L929) estimulados por lipopolissacarídeos (LPS), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (Ensaio MTT), expressão de COX-1, COX-2 e iNOS (RT-PCR), e dos níveis de PGE2 e óxido nítrico (imunoensaio).
|
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória. |
[
21
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 500 mg do material vegetal (pó) em água ou água/etanol (50:50 v/v). Concentrações para ensaio: 100 à 1000 µg/mL. |
In vitro: Em células de mioblastos (C2C12) de camundongos, de adenocarcinoma colorretal (HCT116) de humanos, estimuladas por lipopolissacarídeos (LPS) e peróxido de hidrogênio, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e níveis de espécies reativas ao oxigênio (fluorescência). Em cólon isolado de ratos Sprague-Dawley incubados com lipopolissacarídeos (LPS) e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de prostaglandinas (PGE2 e 8-iso PGF2α) por radioimunoensaio, de serotonina (5-HT) e fator de necrose tumoral (TNF-α) por expressão gênica.
|
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, demonstrado de efetividade no tratamento da colite ulcerativa. |
[
1
] |
- |
Extrato aquoso (com precipitação etanólica). Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vitro: Em células microgliais murino (BV-2), pós lesão na medula espinhal, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de alterações neuroquímicas (níveis de óxido nítrico, espécies reativas ao oxigênio, expressão de Iba1, Nrf2, NQO1, cPLA2 e heme oxigenasse-1). In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos a lesão na medula espinhal, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da função locomotora e respostas a estímulos mecânicos. |
Observou-se que H. procumbens apresenta efetividade no tratamento da neuroinflamação induzida por lesão na medula espinhal. |
[
12
] |
Raiz |
Extrato e tintura. Concentrações para ensaio: 300 à 1000 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante do extrato e tintura vegetais através do radical DPPH. Em macrófagos RAW 264.7 estimulados por lipopolissacarídeo (LPS), incubados como o extrato e tintura vegetais, com posterior análise dos níveis de nitrito. Em neutrófilos de humanos incubados com o extrato e tintura vegetais, estimulados por formilmetionil leucina fenilalanina (fMLP), ácido araquidônico (AA) e lipopolissacarídeo, com posterior análise dos níveis de ânion superóxido, mieloperoxidase e da viabilidade celular.
|
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, além de efeitos citotóxicos insignificativos. |
[
15
] |
Raiz |
Extrato aquoso (a partir do pó vegetal): dissolvido em etanol e butanol, padronizado com 8,9% e 27% de harpagosídeo, respectivamente. |
In vitro: Em células mesangiais de rato estimuladas por IL-1β, com posterior análise dos níveis de iNOS (Northern blotting e Western blotting) e nitrato (ELISA), e transfectadas com plasmídeo contendo promotor iNOS e gene repórter Luciferase. Em cérebro de ratos (rico em lipídeos) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da ação antioxidante.
|
Observou-se que extratos de H. procumbens com alto teor de harpagosídeo apresentam atividade anti-inflamatória (inibe a transcrição de iNOS) e antioxidante. |
[
27
] |
Anti-inflamatória e Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz secundária |
Extrato: percolação de 750 g do material vegetal (pó) em 1500 L de água. Rendimento: 1:1,5 (extrato/medicamento), contendo 1,8% de harpagosídeo. Doses para ensaio: 50, 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos OFA e camundongos Swiss submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, contorções abdominais induzida por ácido acetilsalicílico e da placa quente, tratados com o extrato vegetal (após tratamento com ácido clorídrico ou não). |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e gastroprotetora, sendo esta última reduzida após tratamento com ácido clorídrico. |
[
25
] |
Raiz secundária |
Extrato: percolação de 750 g do material vegetal (pó) em 1500 L de água. Rendimento: 1:1,5 (extrato/medicamento), contendo 1,8% de harpagosídeo. Doses para ensaio: 50, 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos OFA e camundongos Swiss submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, contorções abdominais induzida por ácido acetilsalicílico e da placa quente, tratados com o extrato vegetal (após tratamento com ácido clorídrico ou não). |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e gastroprotetora, sendo esta última reduzida após tratamento com ácido clorídrico. |
[
25
] |
Anti-inflamatória e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 1,556%. Doses para ensaio: 25 à 800 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb/C tratados com o extrato vegetal, submetidos ao teste de placa quente e contorções abdominais induzidas por ácido acético. Em ratos Wistar portadores de edema de pata induzido por albumina e diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura da pata e dos níveis glicêmicos, respectivamente. |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e hipoglicemiante. |
[
19
] |
Antiartrítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: padronizado com 14% de harpagosídeo. |
In vivo: Em coelhos portadores de osteoartrite de joelho induzido por meniscetomia medial e transecção do ligamento cruzado anterior do joelho direito, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise das articulações por macroscópica e Ressonância Magnética. |
Observou-se que H. procumbens não apresenta efetividade no tratamento da osteoartrite de joelho. |
[
28
] |
Anticonvulsivante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz secundária |
Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 3,556%. Doses para ensaio: 50 à 800 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb/C portadores de convulsões induzidas por pentilenotetrazol, picrotoxina e bicuculina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de efeitos no sistema nervoso central (depressão, ataxia e epilepsia). |
Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade anticonvulsivante. |
[
26
] |
Antigenotóxica e Antimutagênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: percolação de 20 g do material vegetal (pó) em etanol/água (50:50 v/v). Extrato: decocção de 20 g do material vegetal (pó) em 300 mL de água. |
In vitro: Em linfócitos humanos incubados com 1-nitropireno (1-NPy) e extrato vegetal, submetidos ao ensaio do micronúcleo com bloqueio da citocinese (CBMN).
|
Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade antimutagênica e antigenotoxicidade. |
[
9
] |
Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: material vegetal (seco) em etanol à 70%. Rendimento 28,5%. DER: 3,5:1. Doses para ensaio: 300 e 800 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley submetidos à alodinia mecânica (com filamentos de von Frey) e hiperalgesia térmica induzidos por carragenina, tratados com o extrato vegetal, na presença de protoporfirina IX zinco (II) (inibidor de heme oxigenase-1, HO-1), hemina (substrato de heme oxigenasse-1) e molécula doadora de monóxido de carbono (CO). |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade antinociceptiva, mediada pela via HO-1/CO. |
[
10
] |
- |
Extrato. Doses para ensaio: 400, 600 e 800 mg/kg. |
In vivo: Em ratos portadores de dor neuropática induzida por constrição crônica do nervo ciático, tratados com o extrato vegetal e morfina, com posterior análise da alodinia mecânica (com filamentos de von Frey) e hiperalgesia térmica. |
Observou-se que a associação de H. procumbens e morfina apresenta efeito sinérgico para atividade antinociceptiva. |
[
22
] |
- |
Extrato: padronizado com 1,9% de harpagosídeo. Doses para ensaio: 30 à 1000 mg/kg. Outra espécie em estudo: Hypericum perforatum. |
In vivo: Em camundongos ICR tratados com os extratos vegetais (associados ou não à morfina), submetidos aos testes da formalina, suspensão da cauda, campo aberto, análise dos níveis de óxido nítrico e morfina no cérebro, medula espinhal e plasma. |
Observou-se que H. procumbens e H. perforatum apresentam atividade antinociceptiva, pois suprimem os níveis de óxido nítrico. |
[
23
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Tintura: com diferentes datas de validade (dentro do prazo de validade ou não). |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através dos radicais DPPH, ABTS e íons ferro (FRAP).
|
Observou-se que a tintura de H. procumbens apresenta atividade antioxidante, com estabilidade significativa por período de 4 anos após a data de fabricação. |
[
2
] |
Raiz |
Extrato: infusão de 5 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Concentrações para ensaio: 20 à 2000 µg/mL. Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Frações: clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. Concentrações para ensaio: 0,5 à 200 µg/mL. |
In vitro: Em homogenato cerebral (sobrenadante) de ratos Wistar, incubados com os extratos vegetais e agentes pró-oxidantes, com posterior análise da peroxidação lipídica, oxidação de tióis e atividade da enzima catalase. Em córtex cerebral de ratos Wistar incubados com agentes pró-oxidantes e extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT) e dos níveis de proteínas totais.
|
Observou-se que H. promcubens apresenta atividade antioxidante, dose-dependente, principalmente a fração de acetato de etila. |
[
6
] |
Antioxidante e Redutora de movimentos orais involuntários
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Frações: clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. Doses para ensaio: 10, 30 e 100 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar portadores de discinesia orofacial induzida por flufenazina, tratados com a fração de acetato de etila, com posterior análise de parâmetros comportamentais (movimentos de mastigação no vazio, atividade locomotora e exploratória), bioquímicos plasmáticos e teciduais (cerebral e hepático). |
Observou-se que a fração de acetato de etila de H. procumbens apresenta atividade antioxidante e efetividade no tratamento de movimentos orais involuntários. |
[
8
] |
Cardioprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz secundária |
Extrato metanólico: padronizado com 8,5% de harpagosídeos e 10,5% de iridoides totais. Rendimento: 20%. Concentração para ensaio: 1 e 2 mg. |
In vitro: Em corações isolados de ratos submetidos ao modelo de isquemia e reperfusão cardíaca (Método de Langendorff) com o extrato vegetal e digitoxina, com posterior análise do exame eletrocardiograma.
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Observou-se que H. procumbens apresenta atividade cardioprotetora contra arritmias de reperfusão. |
[
39
] |
Raiz secundária |
Extrato metanólico: padronizado com 2,09% de harpagosídeo. Rendimento: 20%. Doses para ensaio: 25 à 400 mg/kg. |
In vitro: Em corações isolados de coelhos submetidos a perfusão através da circulação coronária (Método de Langendorff) com o extrato vegetal, aconitina, cloreto de cálcio e epinefrina/clorofórmio, com posterior análise da frequência cardíaca. In vivo: Em ratos Wistar portadores de arritmia cardíaca induzida por aconitina, cloreto de cálcio e epinefrina/clorofórmio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da frequência cardíaca e do exame eletrocardiograma. |
Observou-se que H. procumbens apresenta atividade cardioprotetora contra arritmias induzidas, além das ações hipotensora e redução da frequência cardíaca (efeito inotrópico). |
[
31
] |
Citotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Arpadol®: extrato seco padronizado com 5% de harpagosídeo. Concentrações para ensaio: 300, 500 e 700 µM. |
In vitro: Em carcinoma hepatocelular de humanos (HepG2/C3A) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT), genotoxicidade (Ensaio do Cometa), cinética da proliferação celular (analisador Muse), ciclo celular (fluorescência), apoptose (citometria de fluxo) e expressão de genes envolvidos no ciclo celular (RT-qPCR).
|
Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade citotóxica. |
[
3
] |
Espasmogênica e Uterotônica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz secundária |
Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 3,56%. Concentrações para ensaio: 10 à 1000 µg/mL. |
In vitro: Em segmentos tubulares do corno uterino de ratas Wistar prenhes ou em período estro induzido por estilboestrol, incubados com o extrato vegetal e ocitocina, com posterior análise da contratilidade muscular.
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Observou-se que H. procumbens apresenta atividade espasmogênica e uterotônica. |
[
30
] |
Redutora do estresse oxidativo e da sinalização monoaminérgica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato: 500 mg do material vegetal (pó) em 20 mL água. Concentrações para ensaio: 10 à 200 µg/mL. |
In vitro: Em células hipotalâmicas de ratos (Hypo-E22) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT), expressão de BDNF e TNF-α. Em suspensão de sinaptossoma (a partir da região frontal e do córtex parietal) de ratos Sprague-Dawley, incubada com o extrato vegetal e estimulada por peptídeo β-amiloide, com posterior análise dos níveis de TBARS, dopamina, norepinefrina, serotonina e 3-hidroxiquinurenina.
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Observou-se que H. procumbens reduz o estresse oxidativo e a sinalização monoaminérgica, além da ausência de citotoxicidade. |
[
24
] |
Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz secundária |
Extrato metanólico: padronizado com 2,09% de harpagosídeo. Rendimento: 20%. |
In vitro: Em jejuno isolados de coelhos e íleo isolados de porquinhos-da-Índia, incubados com o extrato vegetal, acetilcolina e cloreto de bário, com posterior análise da contratilidade do músculo liso.
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Observou-se que o extrato metanólico de H. procumbens promove o relaxamento da musculatura lisa. |
[
38
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
caféico, cinâmico, clorogênico e rosmarínico.
Aminoácidos
Carboidratos
glucose, frutose, rafinose, galactose, estaquiose, sacarose e inositol.
Diterpenos
(+)-8,11,13-totaratrieno-12,13-diol, (+)-8,11,13-abietatrieno-12-ol (ferruginol), 12,13-dihidroxichina-8,11,13-trien-7-one e 6,12,13-trihidroxichina-5,8,11,13-tetraen-7-one.
Elementos químicos
silício, fósforo, enxofre, potássio, cálcio, titânio, manganês, ferro, cobalto, níquel, cobre, zinco, rubídio e estrôncio.
Fitosteroides
β-sitosterol e estigmasterol.
Flavonoides
canferol e luteolina.
Glicosídeos feniletanoides
verbacosídeo.
Glicosídeos fenólicos
acteosídeo e isoacteosídeo.
Glicosídeos iridoides
harpagosídeo, procumbida, procumbosídeo, 6”-O-α-D-galactopiranosil-harpagosida (harprocumbida A), 6”-cis-p-coumaroilprocumbida (harprocumbida B), harpagida, 8-cinamoilmioporosídeo, 8-O-feruloil-hapagida, 6”-O-(p-coumaroil)-procumbida, 8”-O-(p-coumaroil)-harpagida, 8-O-(cis-p-coumaroil)-harpagida, 6’-O-p-coumaroilharpagida e 8-p-coumaroilharpagida.
Óleos essenciais
Polissacarídeos
Quinonas
harpagoquinona.
Resinas
Triterpenos
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não usar por mais de 4 semanas quando indicado para alívio da dor articular e não mais de 2 semanas para o alívio dos sintomas decorrentes de distúrbios digestivos leves[1].
em menores de 18 anos, gestantes, lactantes, portadores cálculo biliar (cautela), úlcera gástrica ou duodenal e doenças cardiovasculares. O extrato fluido é especialmente contraindicado para gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação[1,2].
pode causar alterações gastrointestinais (diarreia, náuseas, vômitos e dor abdominal) principalmente se uso da droga vegetal pela formação de cristais salinos, distúrbios do sistema nervoso central (cefaleia e tontura) e reações alérgicas (rash cutâneo, urticária e edema facial). Pode ocorrer escurecimento da urina durante o uso oral[1,2,3,4].
potencializa o efeito de anticoagulantes como a varfarina (púrpura) e ácido salicílico, aumentando o risco de hemorragias. Pode influenciar o metabolismo de fármacos dependentes de enzimas CYP aumentando seus níveis destas drogas (anti-hipertensivos, estatinas, antiepilépticos, antidiabéticos, antidepressivos, inibidores da bomba de prótons, fenitoína e ciclosporina). Reduz a eficácia de antiácidos, antagonistas de H2 e inibidores da bomba de prótons. Pode ocorrer efeito sinérgico com medicamentos que afetam o ritmo cardíaco, pressão arterial e frequência cardíaca. Quando associado com antianêmicos pode reduzir a absorção de ferro[1,2,3,4].
Referências bibliográficas
as sementes apresentam alta dormência inata e baixa taxa de germinação (não ultrapassando 5%) e a plantas propagadas por estacas não desenvolvem raízes primárias [ 1 , 2 ] .
ao colher as raízes secundárias, deve-se deixar intactas as raízes primárias e cobri-las com solo, para evitar danos e até a morte da planta. As colheitas devem ser realizadas com intervalo de 4 anos [ 2 ] .
Referências bibliográficas