Harpagophytum procumbens (Burch.) DC. ex Meisn.

Garra-do-diabo.

Família 
Informações gerais 

Nativa da África, ocorre especialmente no deserto do Kalahari, Namíbia (onde floresce naturalmente), Angola e nos territórios de Transvaal. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, antirreutmática, analgésica, orexígena, espasmolítica, eupéptica, diurética e antiarrítmica[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 150.
2 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 139-140.
3 - BARNES, J. et al. Plantas medicinales. 1 ed. Barcelona: Pharma Editores, S.L., 2005, p. 266-271.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 81-86.
5 - MNCWANGI, N. et al. Devil's Claw-a review of the ethnobotany, phytochemistry and biological activity of Harpagophytum procumbens. J Ethnopharmacol, v. 143, n. 3, p.755-771, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.08.013
Descrição da espécie 

Planta rasteira, perene, com raiz principal suculenta, de até 2 m de profundidade, com tubérculos secundários de até 25 cm de comprimento e 6 cm de espessura, possui hastes rastejantes com até 2 m de comprimento, que crescem a partir da raiz principal; as folhas são simples, opostas, com até 6,5 cm de comprimento e 4 cm de largura, denteadas, lobadas profundamente ou superficialmente, com 5 lobos principais; as flores são tubulares, de 5 a 6 cm de comprimento, roxa ou rosadas, às vezes brancas, com tubo interior amarelo; frutos capsulares, deiscentes, com até 15 cm de diâmetro, cobertos de espinhos recurvados; as sementes são de coloração marrom-escura ou preta[1].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 81-82.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Garra-do-diabo Brasil Raiz

Auxilia no tratamento de artrite e artrose.

Tintura ou infusão (1 g do material vegetal em 150 mL de água).

Tomar de 60 à 80 gotas da tintura em 1 xícara de água de 8/8 horas ou tomar 1 xícara (de chá) da infusão de 2 a 3 vezes ao dia.

Pode ocasionar efeitos colaterais como diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal e reações alérgicas cutâneas. Administrar com cautela em pacientes com problemas cardíacos e em uso de antiarrítmicos. Não deve ser utilizada em casos de úlcera gástrica e duodenal, gravidez e lactação.

[ 1 ]
- África Raiz secundária

Antiartrítica, analgésica, antidispéptica, antitérmica, depurativa, no tratamento de doenças renais, hepáticas, pancreáticas, estomacais e cutâneas (ferida, úlcera, furúnculo e tumor) e em casos de entorse.

Infusão, decocção, tintura, pó e extrato. 

-

-

[ 2 ]
- África Raiz secundária

Cicatrizante de feridas e queimaduras.

Pó: misturar com vaselina.

Uso externo: diário. Pode ser aplicado no abdômen de mulheres que antecipam um parto difícil (usar raiz secundária fresca na forma de pomada).

-

[ 2 ]
- Namíbia (Topnaar, África) Raiz secundária

No tratamento de dores no estômago e pós-parto.

Decocção ou in natura

-

-

[ 2 ]
- África Raiz

Antitussígena, antidiarreica, laxante, antissifilítica e no tratamento da gonorreia.

Cortar em pequenos pedaços e cobrir com água fria. Deixar em repouso.

Tomar 2 colheres de sopa do preparado diariamente.

Em dose alta pode causar diarreia.

[ 2 ]
- África Raiz secundária

No tratamento de dores nas costas.

Associar com raiz seca de Clerodendrum uncinatum. Queimar as raízes, e utilizar a cinzas para o preparo de uma pomada. 

Uso externo.

-

[ 2 ]
Kakamasha Molapo (África do Sul) -

Antitérmica, analgésica, antiartrítica, laxante (dose alta), antidiarreica (dose baixa), no tratamento de doenças infecciosas, venéreas, úlcera péptica, infertilidade (associar com raiz de Ziziphus mucronata), útil no trabalho de parto e para expelir a placenta.

Infusão e in natura

-

Não usar na gestação.

[ 2 ]
- Ghanzi, Dekar e Tswana (Botswana, África) Raiz

Analgésica, antiartrítica, depurativa, antigripal, antiasmática, antidismenorreica, laxante (dose baixa), antidiabética, orexígena, no tratamento da tuberculose, úlcera péptica e para expelir a placenta.

Chá: 100 a 200 mg do material vegetal (pó) em água ou como alimento.

Uso interno: diário.

-

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 150.
2 - MNCWANGI, N. et al. Devil's Claw-a review of the ethnobotany, phytochemistry and biological activity of Harpagophytum procumbens. J Ethnopharmacol, v. 143, n. 3, p.755-771, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.08.013

Analgésica

Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: 300 g do material vegetal em etanol à 70%. Rendimento: 41,6%. Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos à incisão plantar e lesão do nervo poupado (SNI), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do comportamento à dor (limiar de retirada mecânica e vocalização ultrassônica).

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, em casos de dor aguda no pós-operatório e dor neuropática crônica.

[ 7 ]
Raiz

Extrato seco. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,125 à 100 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 200 e 500 mg/kg.

In vitro:

Em células renais embrionárias de humanos (Hek293a) incubadas com o extrato vegetal, submetidas ao ensaio de resazurina e ativação do receptor grelinérgico (GHS-R1α) por ensaios de mobilização de cálcio e internalização.

 

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 submetidos a administração do extrato vegetal, com posterior análise de ativação do receptor GHS-R1α e ingestão de alimentos.

Observou-se que H. promcubens apresenta atividade antiobesidade mediada por inibição do receptor GHS-R1α.

[ 13 ]

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato etanólico.

In vitro:

Em orelhas suína submetidas a cortes de 2 cm2, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da permeabilidade cutânea e expressão de COX-2, 5-LOX, iNOS e PGE-2, por Western blotting, Imuno-histoquímica e ELISA.

 

Observou-se que o extrato etanólico de H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, pois inibe principalmente, a expressão de COX-2 e PGE-2.

[ 32 ]
Raiz secundária

Extrato aquoso. Rendimento: 1 g. Doses para ensaio: 100 mg/kg e 1 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de inflamação nas patas traseiras induzida por carragenina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do volume do edema.

Em ratos Sprague-Dawley portadores de artrite induzida por Mycobacterium tuberculosis, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal e volume do edema.

Observou-se que H. procumbens em doses altas apresenta atividade anti-inflamatória significativa.

[ 33 ]
Raiz

Extrato: 75 g do material vegetal (pó) em 250 mL de etanol, e fitoterápicos comercializados: comprimido, cápsula, tintura e pó.

In vitro:

Em orelhas suína submetidas a cortes de 2 cm2, incubadas com o extrato vegetal e fitoterápicos comercializados, com posterior análise da expressão de COX-2 por Western blotting.

 

Observou-se que H. procumbens modula a expressão de COX-2, dependente da concentração glicosídeos.

[ 34 ]
Raiz secundária

Extrato: 300 g do material vegetal (pó) em 3 L de etanol à 50%. Rendimento: 61,4%. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 à 500 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 50 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos de camundongos (RAW 264.7) estimulados por LPS, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-1β, IL-6 e TNF-α por ELISA e da viabilidade celular por ensaio colorimétrico.

 

In vivo:

Em ratas SD portadoras de artrite crônica induzida por Mycobacterium butyricum, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura do edema.

Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória em modelo de artrite crônica.

[ 35 ]
Raiz

Extrato. Doses para ensaio: 100 à 800 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar adrenalectomizados e portadores de inflamação nas patas traseiras induzida por carragenina, pré-tratados (via oral ou intraperitoneal) com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de leucócitos.

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente via intraperitoneal, independente da hiperatividade adrenal.

[ 36 ]
Raiz

Extrato: material vegetal (seco) em etanol à 60% (v/v). Padronizado com 1,7% de harpagosídeo. Concentrações para ensaio: 10 à 250 µg/mL.

In vitro:

Em células monocíticas de humanos (THP-1) estimuladas por lipopolissarídeos (LPS), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio WST-1), níveis de citocinas inflamatórias (IFN-γ, TNF-α, IL-1α, IL-1β, IL-2, IL-4, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12 e IL-17A), fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos (ELISA).

 

Observou-se que o H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente pela supressão de TNF-α, IL-6 e IL-8.

[ 4 ]
Raiz secundária

Extrato (via intraperitoneal): maceração de 30 g do material vegetal (seco) em água. Extrato (via oral e intraduodenal): maceração de 220 g do material vegetal (fresco) em água, adicionado ciclodextrina (veículo). Doses para ensaio: 100 à 1600 mg/kg.

In vivo:

Em ratos OFA submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, pré-tratados (via oral, intraperitoneal e intraduodenal) com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura do edema.

Observou-se que H. procumbens quando administrado por via intraduodenal apresenta atividade anti-inflamatória mais potente.

[ 37 ]
Raiz

Pascoe®-Agil: comprimidos de 240 mg (a partir do extrato hidroalcoólico). Padronizado com: 2,9% de harpagosídeo.

In vitro:

Em monócitos periféricos isolados de humanos saudáveis, estimulados por lipopolissacarídeos (LPS), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-1β, IL-6, TNF-α, PGE2 e expressão de MAPK, JNK e IkBα.

Em células RAW 264.7 submetidas ao teste de Luciferase através da transfecção com plasmídeos (AP-1, KBF e COX-2), estimuladas por LPS, com posterior análise da expressão de AP-1, IkBα, MAPK, p38MAPK e JNK.

 

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, pois suprime a liberação de marcadores inflamatórios, bem como a transcrição de genes mediados pela via AP-1.

[ 5 ]
Raiz secundária

Extrato. Doses para ensaio (in vivo): 20 à 6000 mg/kg e 2 g/kg. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 à 100000 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória da prostaglandina sintetase na presença do ácido araquidônico (substrato) e extrato vegetal.

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de edema de pata e artrite, induzido por carragenina e Mycobacterium butyricum, respectivamente, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura da pata.

Observou-se que H. procumbens não apresenta atividade anti-inflamatória significativa nas doses indicadas.

[ 40 ]
Raiz secundária

Jucurba®: contendo 210 e 480 mg de extrato seco.

In vitro:

Em condrócitos humanos incubados com citocina IL-1β e fitoterápico, com posterior análise dos níveis de MMPs (MMP-1, MMP-3 e MMP-9) por Western blotting.

 

Observou-se que o fitoterápico apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente na dose de 480 mg.

[ 16 ]
-

Extrato hidroalcoólico (60% etanol v/v): padronizado com 2,9% de harpagosídeo.

In vitro:

Em monócitos primários de humanos estimulados por lipopolissacarídeos, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-1β, IL-6, TNF-α e PGE2 (EIA/ELISA).

 

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória, reduzindo principalmente os níveis de TNF-α.

[ 17 ]
-

Extrato metanólico. Outras espécies em estudo: Sutherlandia frutescens, Aspalathus linearis e Vignea subterranean.

In vitro:

Em células epiteliais mamárias normais de humanos (MCF10A) incubadas com 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA) e extratos vegetais, com posterior análise da expressão de COX-2.

 

In vivo:

Em camundongos ICR tratados topicamente com os extratos vegetais, com posterior análise da expressão de fatores de transcrição (AMPcíclico, FN, IL-6, NF-kB e E-box) e COX-2, após indução com TPA.

Observou-se que os extratos vegetais suprimem a expressão de COX-2, principalmente as espécies Sutherlandia frutescens e Vignea subterranean.

[ 18 ]
Raiz

Extrato metanólico. Doses para ensaio: 200 e 400 µg. Outra espécie em estudo: Sutherlandia frutescens.

In vivo:

Em camundongos ICR submetidos a administração tópica com os extratos vegetais e 12-O-tetradecanoilforbol-13-acetato (TPA), com posterior análise da expressão de COX-2 (Western blotting), concentração de proteínas nucleares, níveis de NF-kB (EMSA) e atividade catalítica de ERK (teste MAPK).

Observou-se que os extratos de H. procumbens e S. frutescens inibem a expressão de COX-2.

[ 29 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato etanólico à 60%. Doses para ensaio: 25 à 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de artrite plantar induzida por Adjuvante Freund, submetidos ao tratamento agudo e crônico com o extrato vegetal, consequentemente ao teste de placa quente, com posterior análise do peso corporal e espessura da pata direita.

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória.

[ 11 ]
Raiz

Extrato: maceração de 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água. Outra espécie em estudo: Harpagophytum zeyheri.  Rendimento: 60%. Doses para ensaio: 100 à 1200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos OFA portadores de contorções abdominais induzidas por ácido acético e carragenina, respectivamente, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do número de contorções, alongamentos e volume da pata direita.

Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade analgésica e anti-inflamatória.

[ 20 ]
-

Extrato aquoso. Rendimento: 20,59%. Concentrações para ensaio: 0,001 à 1 mg/mL.

In vitro:

Em fibroblastos de camundongos (L929) estimulados por lipopolissacarídeos (LPS), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (Ensaio MTT), expressão de COX-1, COX-2 e iNOS (RT-PCR), e dos níveis de PGE2 e óxido nítrico (imunoensaio).

 

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória.

[ 21 ]

Anti-inflamatória e Antioxidante

Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: 500 mg do material vegetal (pó) em água ou água/etanol (50:50 v/v). Concentrações para ensaio: 100 à 1000 µg/mL.

In vitro:

Em células de mioblastos (C2C12) de camundongos, de adenocarcinoma colorretal (HCT116) de humanos, estimuladas por lipopolissacarídeos (LPS) e peróxido de hidrogênio, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e níveis de espécies reativas ao oxigênio (fluorescência).

Em cólon isolado de ratos Sprague-Dawley incubados com lipopolissacarídeos (LPS) e extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de prostaglandinas (PGE2 e 8-iso PGF2α) por radioimunoensaio, de serotonina (5-HT) e fator de necrose tumoral (TNF-α) por expressão gênica.

 

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, demonstrado de efetividade no tratamento da colite ulcerativa.

[ 1 ]
-

Extrato aquoso (com precipitação etanólica). Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vitro:

Em células microgliais murino (BV-2), pós lesão na medula espinhal, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de alterações neuroquímicas (níveis de óxido nítrico, espécies reativas ao oxigênio, expressão de Iba1, Nrf2, NQO1, cPLA2 e heme oxigenasse-1).

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos a lesão na medula espinhal, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da função locomotora e respostas a estímulos mecânicos.

Observou-se que H. procumbens apresenta efetividade no tratamento da neuroinflamação induzida por lesão na medula espinhal.

[ 12 ]
Raiz

Extrato e tintura. Concentrações para ensaio: 300 à 1000 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante do extrato e tintura vegetais através do radical DPPH.

Em macrófagos RAW 264.7 estimulados por lipopolissacarídeo (LPS), incubados como o extrato e tintura vegetais, com posterior análise dos níveis de nitrito.

Em neutrófilos de humanos incubados com o extrato e tintura vegetais, estimulados por formilmetionil leucina fenilalanina (fMLP), ácido araquidônico (AA) e lipopolissacarídeo, com posterior análise dos níveis de ânion superóxido, mieloperoxidase e da viabilidade celular.

 

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade anti-inflamatória e antioxidante, além de efeitos citotóxicos insignificativos.

[ 15 ]
Raiz

Extrato aquoso (a partir do pó vegetal): dissolvido em etanol e butanol, padronizado com 8,9% e 27% de harpagosídeo, respectivamente.

In vitro:

Em células mesangiais de rato estimuladas por IL-1β, com posterior análise dos níveis de iNOS (Northern blotting e Western blotting) e nitrato (ELISA), e transfectadas com plasmídeo contendo promotor iNOS e gene repórter Luciferase.

Em cérebro de ratos (rico em lipídeos) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da ação antioxidante.

 

Observou-se que extratos de H. procumbens com alto teor de harpagosídeo apresentam atividade anti-inflamatória (inibe a transcrição de iNOS) e antioxidante.

[ 27 ]

Anti-inflamatória e Gastroprotetora

Anti-inflamatória e Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz secundária

Extrato: percolação de 750 g do material vegetal (pó) em 1500 L de água. Rendimento: 1:1,5 (extrato/medicamento), contendo 1,8% de harpagosídeo. Doses para ensaio: 50, 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos OFA e camundongos Swiss submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, contorções abdominais induzida por ácido acetilsalicílico e da placa quente, tratados com o extrato vegetal (após tratamento com ácido clorídrico ou não).  

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e gastroprotetora, sendo esta última reduzida após tratamento com ácido clorídrico.

[ 25 ]
Raiz secundária

Extrato: percolação de 750 g do material vegetal (pó) em 1500 L de água. Rendimento: 1:1,5 (extrato/medicamento), contendo 1,8% de harpagosídeo. Doses para ensaio: 50, 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos OFA e camundongos Swiss submetidos ao teste de edema de pata induzido por carragenina, contorções abdominais induzida por ácido acetilsalicílico e da placa quente, tratados com o extrato vegetal (após tratamento com ácido clorídrico ou não).  

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e gastroprotetora, sendo esta última reduzida após tratamento com ácido clorídrico.

[ 25 ]

Anti-inflamatória e Hipoglicemiante

Anti-inflamatória e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 1,556%. Doses para ensaio: 25 à 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb/C tratados com o extrato vegetal, submetidos ao teste de placa quente e contorções abdominais induzidas por ácido acético.

Em ratos Wistar portadores de edema de pata induzido por albumina e diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da espessura da pata e dos níveis glicêmicos, respectivamente.

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade analgésica, anti-inflamatória e hipoglicemiante.

[ 19 ]

Antiartrítica

Antiartrítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato: padronizado com 14% de harpagosídeo.

In vivo:

Em coelhos portadores de osteoartrite de joelho induzido por meniscetomia medial e transecção do ligamento cruzado anterior do joelho direito, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise das articulações por macroscópica e Ressonância Magnética.

Observou-se que H. procumbens não apresenta efetividade no tratamento da osteoartrite de joelho.

[ 28 ]

Anticonvulsivante

Anticonvulsivante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz secundária

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 3,556%. Doses para ensaio: 50 à 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb/C portadores de convulsões induzidas por pentilenotetrazol, picrotoxina e bicuculina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de efeitos no sistema nervoso central (depressão, ataxia e epilepsia).

Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade anticonvulsivante.

[ 26 ]

Antigenotóxica e Antimutagênica

Antigenotóxica e Antimutagênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: percolação de 20 g do material vegetal (pó) em etanol/água (50:50 v/v).

Extrato: decocção de 20 g do material vegetal (pó) em 300 mL de água.

In vitro:

Em linfócitos humanos incubados com 1-nitropireno (1-NPy) e extrato vegetal, submetidos ao ensaio do micronúcleo com bloqueio da citocinese (CBMN).

 

Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade antimutagênica e antigenotoxicidade.

[ 9 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: material vegetal (seco) em etanol à 70%. Rendimento 28,5%. DER: 3,5:1. Doses para ensaio: 300 e 800 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos à alodinia mecânica (com filamentos de von Frey) e hiperalgesia térmica induzidos por carragenina, tratados com o extrato vegetal, na presença de protoporfirina IX zinco (II) (inibidor de heme oxigenase-1, HO-1), hemina (substrato de heme oxigenasse-1) e molécula doadora de monóxido de carbono (CO).

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade antinociceptiva, mediada pela via HO-1/CO.

[ 10 ]
-

Extrato. Doses para ensaio: 400, 600 e 800 mg/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de dor neuropática induzida por constrição crônica do nervo ciático, tratados com o extrato vegetal e morfina, com posterior análise da alodinia mecânica (com filamentos de von Frey) e hiperalgesia térmica.

Observou-se que a associação de H. procumbens e morfina apresenta efeito sinérgico para atividade antinociceptiva.

[ 22 ]
-

Extrato: padronizado com 1,9% de harpagosídeo. Doses para ensaio: 30 à 1000 mg/kg. Outra espécie em estudo: Hypericum perforatum.

In vivo:

Em camundongos ICR tratados com os extratos vegetais (associados ou não à morfina), submetidos aos testes da formalina, suspensão da cauda, campo aberto, análise dos níveis de óxido nítrico e morfina no cérebro, medula espinhal e plasma.

Observou-se que H. procumbens e H. perforatum apresentam atividade antinociceptiva, pois suprimem os níveis de óxido nítrico.

[ 23 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Tintura: com diferentes datas de validade (dentro do prazo de validade ou não).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através dos radicais DPPH, ABTS e íons ferro (FRAP).

 

Observou-se que a tintura de H. procumbens apresenta atividade antioxidante, com estabilidade significativa por período de 4 anos após a data de fabricação.

[ 2 ]
Raiz

Extrato: infusão de 5 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Concentrações para ensaio: 20 à 2000 µg/mL.

Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Frações: clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. Concentrações para ensaio: 0,5 à 200 µg/mL.

In vitro:

Em homogenato cerebral (sobrenadante) de ratos Wistar, incubados com os extratos vegetais e agentes pró-oxidantes, com posterior análise da peroxidação lipídica, oxidação de tióis e atividade da enzima catalase.

Em córtex cerebral de ratos Wistar incubados com agentes pró-oxidantes e extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT) e dos níveis de proteínas totais.

 

Observou-se que H. promcubens apresenta atividade antioxidante, dose-dependente, principalmente a fração de acetato de etila.

[ 6 ]

Antioxidante e Redutora de movimentos orais involuntários

Antioxidante e Redutora de movimentos orais involuntários
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 70%. Frações: clorofórmio, acetato de etila e n-butanol. Doses para ensaio: 10, 30 e 100 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de discinesia orofacial induzida por flufenazina, tratados com a fração de acetato de etila, com posterior análise de parâmetros comportamentais (movimentos de mastigação no vazio, atividade locomotora e exploratória), bioquímicos plasmáticos e teciduais (cerebral e hepático).

Observou-se que a fração de acetato de etila de H. procumbens apresenta atividade antioxidante e efetividade no tratamento de movimentos orais involuntários.

[ 8 ]

Cardioprotetora

Cardioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz secundária

Extrato metanólico: padronizado com 8,5% de harpagosídeos e 10,5% de iridoides totais. Rendimento: 20%. Concentração para ensaio: 1 e 2 mg.

In vitro:

Em corações isolados de ratos submetidos ao modelo de isquemia e reperfusão cardíaca (Método de Langendorff) com o extrato vegetal e digitoxina, com posterior análise do exame eletrocardiograma.

 

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade cardioprotetora contra arritmias de reperfusão.

[ 39 ]
Raiz secundária

Extrato metanólico: padronizado com 2,09% de harpagosídeo. Rendimento: 20%. Doses para ensaio: 25 à 400 mg/kg.

In vitro:

Em corações isolados de coelhos submetidos a perfusão através da circulação coronária (Método de Langendorff) com o extrato vegetal, aconitina, cloreto de cálcio e epinefrina/clorofórmio, com posterior análise da frequência cardíaca.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de arritmia cardíaca induzida por aconitina, cloreto de cálcio e epinefrina/clorofórmio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da frequência cardíaca e do exame eletrocardiograma.

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade cardioprotetora contra arritmias induzidas, além das ações hipotensora e redução da frequência cardíaca (efeito inotrópico).

[ 31 ]

Citotóxica

Citotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Arpadol®: extrato seco padronizado com 5% de harpagosídeo. Concentrações para ensaio: 300, 500 e 700 µM.

In vitro:

Em carcinoma hepatocelular de humanos (HepG2/C3A) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT), genotoxicidade (Ensaio do Cometa), cinética da proliferação celular (analisador Muse), ciclo celular (fluorescência), apoptose (citometria de fluxo) e expressão de genes envolvidos no ciclo celular (RT-qPCR).

 

Observou-se que o extrato de H. procumbens apresenta atividade citotóxica.

[ 3 ]

Espasmogênica e Uterotônica

Espasmogênica e Uterotônica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz secundária

Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 3,56%. Concentrações para ensaio: 10 à 1000 µg/mL.

In vitro:

Em segmentos tubulares do corno uterino de ratas Wistar prenhes ou em período estro induzido por estilboestrol, incubados com o extrato vegetal e ocitocina, com posterior análise da contratilidade muscular.

 

Observou-se que H. procumbens apresenta atividade espasmogênica e uterotônica.

[ 30 ]

Redutora do estresse oxidativo e da sinalização monoaminérgica

Redutora do estresse oxidativo e da sinalização monoaminérgica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: 500 mg do material vegetal (pó) em 20 mL água. Concentrações para ensaio: 10 à 200 µg/mL.

In vitro:

Em células hipotalâmicas de ratos (Hypo-E22) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT), expressão de BDNF e TNF-α.

Em suspensão de sinaptossoma (a partir da região frontal e do córtex parietal) de ratos Sprague-Dawley, incubada com o extrato vegetal e estimulada por peptídeo β-amiloide, com posterior análise dos níveis de TBARS, dopamina, norepinefrina, serotonina e 3-hidroxiquinurenina.

 

Observou-se que H. procumbens reduz o estresse oxidativo e a sinalização monoaminérgica, além da ausência de citotoxicidade.   

[ 24 ]

Relaxante muscular

Relaxante muscular
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz secundária

Extrato metanólico: padronizado com 2,09% de harpagosídeo. Rendimento: 20%.

In vitro:

Em jejuno isolados de coelhos e íleo isolados de porquinhos-da-Índia, incubados com o extrato vegetal, acetilcolina e cloreto de bário, com posterior análise da contratilidade do músculo liso.

 

Observou-se que o extrato metanólico de H. procumbens promove o relaxamento da musculatura lisa.

[ 38 ]
Ensaios toxicológicos

Interação medicamentosa

Interação medicamentosa
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extratos: contendo 1,0, 1,2 e 2,0% de harpagosídeo.

In vitro:

Em células do túbulo proximal do rim de humanos (HK-2), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio Vermelho Neutro), expressão e atividade da glicoproteína-P (Western blotting e ensaio calceína AM).

 

Observou-se que H. procumbens modula a expressão e atividade da glicoproteína-P, podendo interagir no metabolismo de fármacos, contudo não demonstra citotoxicidade.

[ 14 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 1,556%. Doses para ensaio: 25 à 2000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb/C submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Observou-se que H. procumbens apresenta ausência de efeitos tóxicos, com DL50 = 1250 mg/kg.

[ 19 ]

Referências bibliográficas

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2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 102, 2021.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

caféico, cinâmico, clorogênico e rosmarínico.

Aminoácidos

Carboidratos

glucose, frutose, rafinose, galactose, estaquiose, sacarose e inositol.

Diterpenos

(+)-8,11,13-totaratrieno-12,13-diol, (+)-8,11,13-abietatrieno-12-ol (ferruginol), 12,13-dihidroxichina-8,11,13-trien-7-one e 6,12,13-trihidroxichina-5,8,11,13-tetraen-7-one.

Elementos químicos

silício, fósforo, enxofre, potássio, cálcio, titânio, manganês, ferro, cobalto, níquel, cobre, zinco, rubídio e estrôncio.

Fitosteroides

β-sitosterol e estigmasterol.

Flavonoides

canferol e luteolina.

Glicosídeos feniletanoides

verbacosídeo.

Glicosídeos fenólicos

acteosídeo e isoacteosídeo.

Glicosídeos iridoides

harpagosídeo, procumbida, procumbosídeo, 6”-O-α-D-galactopiranosil-harpagosida (harprocumbida A), 6”-cis-p-coumaroilprocumbida (harprocumbida B), harpagida, 8-cinamoilmioporosídeo, 8-O-feruloil-hapagida, 6”-O-(p-coumaroil)-procumbida, 8”-O-(p-coumaroil)-harpagida, 8-O-(cis-p-coumaroil)-harpagida, 6’-O-p-coumaroilharpagida e 8-p-coumaroilharpagida.

Óleos essenciais

Polissacarídeos

Quinonas

harpagoquinona.

Resinas

Triterpenos

Referências bibliográficas

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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2022
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Ministério da Saúde
Ano de Publicação: 2020
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Ano de Publicação: 2016
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2016
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ano de Publicação: 2016
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Sistema de Farmacovigilância de Plantas Medicinais
Ano de Publicação: 2015
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2007
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não usar por mais de 4 semanas quando indicado para alívio da dor articular e não mais de 2 semanas para o alívio dos sintomas decorrentes de distúrbios digestivos leves[1].

Contraindicações: 

em menores de 18 anos, gestantes, lactantes, portadores cálculo biliar (cautela), úlcera gástrica ou duodenal e doenças cardiovasculares. O extrato fluido é especialmente contraindicado para gestantes, lactantes, alcoolistas e diabéticos, em função do teor alcoólico na formulação[1,2].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

pode causar alterações gastrointestinais (diarreia, náuseas, vômitos e dor abdominal) principalmente se uso da droga vegetal pela formação de cristais salinos, distúrbios do sistema nervoso central (cefaleia e tontura) e reações alérgicas (rash cutâneo, urticária e edema facial). Pode ocorrer escurecimento da urina durante o uso oral[1,2,3,4].

Interações medicamentosas: 

potencializa o efeito de anticoagulantes como a varfarina (púrpura) e ácido salicílico, aumentando o risco de hemorragias. Pode influenciar o metabolismo de fármacos dependentes de enzimas CYP aumentando seus níveis destas drogas (anti-hipertensivos, estatinas, antiepilépticos, antidiabéticos, antidepressivos, inibidores da bomba de prótons, fenitoína e ciclosporina). Reduz a eficácia de antiácidos, antagonistas de H2 e inibidores da bomba de prótons. Pode ocorrer efeito sinérgico com medicamentos que afetam o ritmo cardíaco, pressão arterial e frequência cardíaca. Quando associado com antianêmicos pode reduzir a absorção de ferro[1,2,3,4].

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 106, 2021.
2 - VLACHOJANNIS, J. et al. Systematic review on the safety of Harpagophytum preparations for osteoarthritic and low back pain. Phytother Res, v. 22, n. 2, p.149-152, 2008. doi: 10.1002/ptr.2314
3 - RUBIO, K. T. S. et al. Interações medicamentosas entre fitoterápicos padronizados pelo Sistema Único de Saúde e medicamentos convencionais. Revista Fitos, v. 16, n. 2, p.248-269.
4 - DE ALBUQUERQUE, K. G. et al. Possíveis interações medicamentosas de fitoterápicos e plantas medicinais incluídas na relação nacional de medicamentos essenciais do SUS: revisão sistemática. Revista Fitos, v. 16, n. 1, p.93-119.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 84-85.

Propagação: 

as sementes apresentam alta dormência inata e baixa taxa de germinação (não ultrapassando 5%) e a plantas propagadas por estacas não desenvolvem raízes primárias [ 1 , 2 ] .

Sementes em germinação.

Sementes em germinação.

Sementes em germinação.

Sementes em germinação.

Colheita: 

ao colher as raízes secundárias, deve-se deixar intactas as raízes primárias e cobri-las com solo, para evitar danos e até a morte da planta. As colheitas devem ser realizadas com intervalo de 4 anos [ 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 82.
2 - MNCWANGI, N. et al. Devil's Claw-a review of the ethnobotany, phytochemistry and biological activity of Harpagophytum procumbens. J Ethnopharmacol, v. 143, n. 3, p.755-771, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.08.013

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