Nativa do Brasil, ocorre principalmente nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Goiás. Suas principais indicações são: tônica geral, adaptógena, imunoestimulante, cicatrizante, anti-inflamatória, diurética e antitumoral[1,2,3].
Arbusto ou subarbusto de ramos escandentes, nodosos nas articulações, com 2 a 3 m de comprimento; folhas opostas, simples, de 4 a 7 cm de comprimento, membranáceas, glabra, de coloração verde mais clara na face abaxial; as flores são pequenas, esbranquiçadas, dispostas em panículas abertas; possui raízes tuberosas e longas[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Fáfia e ginseng brasileiro | Brasil | Rizoma | Tônica. |
Cápsulas de 500 mg. |
Ingerir 2 a 3 cápsulas com 1 copo de água (250 mL), 2 vezes ao dia, 1 hora antes das refeições. |
Usar com cautela em pacientes hipertensos ou em uso de anticoagulantes, estimuladores do sistema nervoso central, hormônios sexuais e corticoides. Contraindicado na gravidez e lactação. |
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1
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Paratudo | Indígenas da Amazônia (Brasil) | Raiz | Tônica geral e rejuvenescedora. |
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2
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- | Indígenas da América | - | Tônica, afrodisíaca, calmante e no tratamento de úlceras. |
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2
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- | Europa | - | Tônica, imunoestimuladora, hipolipemiante, desintoxicante, no tratamento da infertilidade, disfunções nervosas, glandulares e hormonais. |
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2
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Paratudo, fáfia e suma | América | Raiz | Tônica, imunoestimulante, hipoglicemiante, afrodisíaca, antiartrítica, antianêmica, anti-hipertensiva e disfunções hormonais. |
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2
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- | Brasil | Raiz | No tratamento do cansaço físico e mental, ativador da formação de hemácias e leucócitos no sangue. |
Infusão: 1 colher (de sobremesa) da raiz fatiada em 1 xícara média de água fervente. |
Tomar 2 vezes ao dia. |
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[
2
]
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Referências bibliográficas
Afrodisíaca
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato fluido: percolação do material vegetal (pó) em etanol à 30%. Doses para ensaio: 0,25 à 1,0 mL/kg. Outra espécie em estudo: Turnera diffusa. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley impotentes, tratados com os extratos vegetais (associados ou não), com posterior análise de parâmetros comportamentais sexuais e atividade locomotora. |
Observou-se que os extratos de P. Paniculata e T. diffusa apresentam atividade afrodisíaca, além de não alterar a atividade locomotora. |
[
10
] |
Anemia falciforme
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato metanol/éter (6:1). Concentrações para ensaio: 0, 0,2 e 0,5 mg/mL. |
In vitro: Em hemácias isoladas de pacientes portadores de anemia falciforme, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros reológicos.
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Observou-se quo o extrato de P. paniculata apresenta reduz a deformabilidade nas células falciformes. |
[
3
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato: maceração de 1,146 kg do material vegetal (fresco) em metanol à 70%. Rendimento: 33,28%. Doses para ensaio: 25 à 200 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de inflamação intestinal induzida por ácido 2,4,6-trinitrobenzenossulfônico (TNBS), tratados com extrato vegetal, com posterior análise da expressão de mediadores inflamatórios (Gapdh, actin-β, Hprt1, Hsp70, heparanase, Mapk1, Mapk3, Mapk6, Mapk9, Muc1, Muc2, Muc3, Muc4 e NF-κB) no cólon e histoquímica da mucina. |
Observou-se que o extrato de P. paniculata apresenta atividade anti-inflamatória intestinal, pois modula a expressão de Mapks, da mucina e a secreção de muco. |
[
1
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (pó) em 4 L de metanol à 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 à 1000 µM. Doses para ensaio (in vivo): 50 à 400 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do ensaio peroxidação lipídica (membranas cerebrais de ratos) e eliminação do radical DPPH. In vivo: Em ratos Wistar portadores de inflamação intestinal induzida por ácido 2,4,6-trinitrobenzenossulfônico (TNBS), tratados com extrato vegetal, com posterior análise histológica, microscópica (microscopia eletrônica) e bioquímica (MPO, GSH, IL-6, IL-10, IL-β, INF-γ, TNF-α e CRP) no cólon. |
Observou-se que P. paniculata apresenta ação anti-inflamatória e antioxidante no cólon. |
[
7
] |
Antiangiogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato metanol/éter (6:1). Doses para ensaio: 250 à 1000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c submetidos a cauterização da córnea com nitrato de prata, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise da neovascularização. |
Observou-se que o extrato de P. paniculata apresenta atividade antiangiogênica, principalmente na dose de 1000 mg/kg. |
[
2
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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- |
Extrato glicólico. Concentrações para ensaio: 0,19 à 200 mg/mL. Outras espécies em estudo: Juglans regia e Rosmarinus officinalis. |
In vitro: Em cepas de Klebsiella pneumoniae (forma planctônica) submetidas ao teste de microdiluição em ágar para determinar concentração mínima inibitória (CIM), concentração microbicida mínima (CMM), análise antimicrobiana em biofilme (cristal violeta) e viabilidade celular (MTT).
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Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade antimicrobiana, contudo apenas R. officinalis P. paniculata exibem redução do biofilme. |
[
13
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato aquoso. Dose para ensaio: 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c infectados por células de adenocarcinoma ascítico de Ehrlich, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise do volume ascítico e número de células tumorais. |
Observou-se que P. paniculata apresenta atividade antitumoral. |
[
5
] |
Raiz |
Extrato: material vegetal (pó) em etanol à 95%. Frações: aquosa e butanólica. Doses para ensaio: 50 à 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss infectados por células de adenocarcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com extrato e frações vegetais, com posterior análise de volume ascítico, contagem de células tumorais e tempo de sobrevivência. |
Observou-se que a fração butanólica de P. paniculata apresenta atividade antitumoral mais potente. |
[
6
] |
Raiz |
Pó. Doses para ensaio: 0, 2 e 10%. |
In vivo: Em camundongos BALB/c portadores de hepatocarcinogênese induzida por N-nitrosodietilamina (DEN), suplementados com dieta contendo o extrato vegetal, com posterior análise do peso corporal, histopatológica, imuno-histoquímica, apoptose, permeabilidade celular, expressão de conexinas 26 e 32, em tecido hepático. |
Observou-se que P. paniculata apresenta atividade antitumoral, principalmente na dose de 2%, pois reduz a proliferação celular e induz a apoptose. |
[
8
] |
Raiz |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol/éter (6:1). Doses para ensaio: 100 à 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c infectados por células de adenocarcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com extrato vegetal, com posterior análise da atividade dos macrófagos (índice de fagocitose e espalhamento, níveis de peróxido de oxigênio e nitrogênio). |
O extrato de P. paniculata apresenta atividade antitumoral, pois aumenta a atividade fagocitária dos macrófagos, dose-dependente. |
[
9
] |
Raiz |
Extrato: maceração de material vegetal (pó) em etanol à 95%. Fração: butanólica. Concentrações para ensaio: 100 à 900 mg/mL. |
In vitro: Em células de câncer de mama de humanos (MCF-7), incubadas com a fração butanólica, com posterior análise de citotoxicidade (cristal violeta), viabilidade celular (brometo de etídio e laranja de acridina), proliferação celular (imuno-histoquímica) e microscopia (Microscopia Eletrônica de Transmissão).
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Observou-se que a fração butanólica de P. paniculata apresenta atividade antitumoral (citotóxica). |
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11
] |
Raiz |
Pó. Doses para ensaio: 0,5, 2 e 10%. |
In vivo: Em camundongos BALB/c portadores de hepatocarcinogênese induzida por N-nitrosodietilamina (DEN), suplementados com dieta contendo o extrato vegetal, com posterior análise macroscópica hepática e morfológica das lesões hepáticas. |
Observou-se que o extrato de P. paniculata apresenta atividade antitumoral, principalmente nas doses de 2 e 10%. |
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12
] |
Aumenta os níveis de hormônios sexuais
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Dose para ensaio: 5 g/100 mL. |
In vivo: Em camundongos ICR suplementados com água contendo o extrato vegetal, com posterior análise das concentrações plasmáticas de progesterona, testosterona e estradiol-17β, por radioimunoensaio. |
Observou-se que o extrato de P. paniculata aumentou a concentração plasmática dos hormônios sexuais, além da ausência de reações adversas. |
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4
] |
Referências bibliográficas
Aminoácidos
Compostos fenólicos
Fitosteroides
estigmasterol, sitosterol, ecdisona, 20-hidroxiecdisona, β-ecdisterona, pterosterona e rapisterona.
Flavonoides
Monoterpenos
(+)-angelicoidenol-2-O-β-D-glucopiranosídeo.
Mucilagens
Proteínas
alantoína.
Sais minerais
Mg, Co, Zn, P, Ca, K e Fe.
Saponinas
ácido pfáfico e fasfosídeos A-F.
Triterpenoides
ácido pfaffico, pfaffine A e B, ácido pfamérico, ácido mesembriantemoidigênico, éster calendulosídeo E 6’-metil e ácido oleanólico 28-O-β-D-glicopiranodídeo.
Vitaminas
A, B, C, D, E, F, K e P.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável.
em gestantes e lactantes. Usar com cautela em pacientes hipertensos[1,2].
altas doses podem provocar nervosismo, hipertensão, erupção na pele, diarreia e insônia[1].
não associar com medicamentos que contenham sais de ferro. Cautela ao associar com anticoagulantes, estimulantes do sistema nervoso central, hormônios sexuais e corticoides[1,2].
Referências bibliográficas