Piper umbellatum L.

Pariparoba, capeba, aguaxima, malvarisco e jaguarandi.

Sinonímia 
Pothomorphe umbellata (L.) Miq.
Família 
Informações gerais 

Nativa do Brasil, ocorre desde o Sul da Bahia até Minas Gerais e São Paulo, principalmente em orlas das matas primárias, nas capoeiras e nos capoeirões. Muito cultivada como ornamental. Suas principais indicações são: antidispéptica, hepatoprotetora, anti-inflamatória, analgésica, antioxidante, fotoprotetora, antimalárica, antisséptica, cicatrizante, antibacteriana e diurética[1,2,3,4,5].

Referências informações gerais
1 - MARIOT, A. et al. Piper umbellatum (pariparoba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 676-678. Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf 2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf. Acesso em: 16 jun. 2020
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 423-424.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 235-237.
4 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 178-180.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 72-80.
Descrição da espécie 

Subarbusto, heliófito, higrófito, perene, ereto, muito ramificado, com cerca de 3 m de altura, as hastes possuem nós e entrenós bem visíveis (caule articulado); as folhas são ovadas ou reniformes, cartáceas, longo-pecioladas, palmado-nervadas (12 a 15 pares de nervuras), ápice agudo à agudo-acuminado, de base cortada, medindo de 20 a 25 cm de largura x 18 a 20 cm de comprimento; inflorescências axilares, umbeladas, espigadas de 6 a 9 cm de comprimento, compactas e cilíndricas, flores discretas, pequenas, de cor creme-esverdeada; frutos em forma de drupas, glabras e comestíveis; possui sementes diminutas[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - MARIOT, A. et al. Piper umbellatum (pariparoba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 676. Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf 2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf. Acesso em: 16 jun. 2020.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 423.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 73.
Exibe Planta Medicinal: 
Nenhum
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Pariparoba, caapeba, aguaxima e lençol-de-Santa-Bárbara Brasil Raiz

No tratamento de doenças do fígado e vesícula.

Decocto.

-

-

[ 1 ]
Pariparoba, caapeba, aguaxima e lençol-de-Santa-Bárbara Brasil Raiz

Diurética, estimulante das funções estomacais, hepáticas, pancreáticas e do baço.

Chá (infusão): 1 colher (de chá) das raízes picadas em 1 xícara (de chá).

Tomar 1 xícara (de chá) 2 vezes ao dia, pela manhã em jejum e antes do almoço.

-

[ 1 ]
Pariparoba, caapeba, aguaxima e lençol-de-Santa-Bárbara Brasil Folha e hastes

Antitérmica e afecções respiratórias (tosse e bronquite).

Xarope: 1 colher (de sopa) do material vegetal picado em 1 xícara (de chá) de água. Deixar ferver por 5 minutos, adicionar 2 xícaras (de café) de açúcar e levar ao fogo até solubilização.

Tomar 1 colher (de sopa) 2 a 3 vezes ao dia. Crianças devem tomar metade da dose indicada.

-

[ 1 ]
Pariparoba, caapeba, aguaxima e lençol-de-Santa-Bárbara Brasil Folha

No tratamento de furúnculos (maturação), queimaduras leves, dor de cabeça e reumatismo.

Cataplasma.

 Uso externo.

-

[ 1 ]
Pariparoba Brasil Planta toda

No tratamento de problemas hepáticos e ressaca.

Infusão: 1 a 2 colheres (de sobremesa) da droga vegetal em 1 xícara (200 mL) de água. Deixar em repouso por 20 minutos e coar.

Tomar até 4 xícaras ao dia.

Utilizar por até 30 dias e em doenças de baixa gravidade. Não indicada na gestação e lactação.

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 423.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 209.

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 4 L de etanol à 70%. Rendimento: 22,47%. Doses para ensaio: 100 à 1000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos e camundongos tratados com extratos vegetais e submetidos aos testes de edema induzido por carragenina, para determinar a dose efetiva média (DE50), e testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético e indução de tecido granulomatoso por introdução subcutânea de pellets de algodão. 

Observou-se que o extrato de P. umbellata apresenta atividade anti-inflamatória e analgésica, com DE50 = 550 mg/kg.

[ 11 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (seco) em etanol/água (8:2). Frações: hexano, acetato de etila, butano e água.

In vitro:

Em cepas de Enterococcus faecalis submetidas ao ensaio de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição.

Em 47 dentes caninos superiores de humanos contaminados com E. faecalis, tratados (intracanal) com a fração de acetato de etila, com posterior análise do crescimento bactéria (UFC).

 

Observou-se que a fração de acetato de etila apresenta atividade antibacteriana, contra E. faecalis, mais potente.

[ 4 ]

Antifúngica

Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: maceração de 800 g do material vegetal (pó) em metanol e clorofórmio. Rendimento: 15,0 e 8,1% (p/p), respectivamente.

Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em etanol/água (7:3 v/v). Rendimento: 9,5% (p/p). Frações: hexano, diclorometano, acetato de etila e butanol. Rendimento: 19,0, 12,5, 4,0, 21,7%, respectivamente.

Concentrações para ensaio: 2,44 à 1250 µg/mL.

In vitro:

Em linhagens de Trichophyton rubrum (sensíveis ou resistentes à antibióticos) incubadas com extratos e frações vegetais, e submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM).

 

As frações de diclorometano e hexano de P. umbellata apresentam atividade antifúngica mais potente (CIM = CFM = 78,13 µg/mL).

[ 1 ]

Antigenotóxica

Antigenotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol/água (3:1) 10 mL / g. padronizado com: 21,5 (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração de ciclofosfamida e extrato vegetal, com posterior análise das células da medula óssea (teste do Micronúcleo).

Observou-se que o extrato de P. umbellata apresenta atividade antigenotóxica, dose-dependente, além da ausência de mutagenicidade.

[ 16 ]

Antimalárica

Antimalárica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extratos (1:4 p/v): material vegetal (seca) em metanol e hexano. Doses para ensaio: 20 à 2500 mg/kg. Outra espécie em estudo: Pothomorphe peltata.

In vivo:

Em camundongos Swiss infectados por Plasmodium berghei, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do nível da parasitemia.

Neste estudo os extratos de P. umbellata não apresentaram atividade antimalárica conclusiva.

[ 15 ]

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extração convencional por percolação: 50 g do material vegetal (pó) em etanol/água (3:1 v/v).

Extração assistida por ultrassom: material vegetal (seco) em 50 mL de solução hidroalcoólica.

In vitro:

Determinar o rendimento de 4-nerolidilcatecol (4-NC), atividade antioxidante (DPPH) e fotoestabilidade (UVA) dos extratos.

 

Observou-se que o extrato obtido por extração assistida por ultrassom apresenta atividade antioxidante mais potente, contudo não houve diferença significativa na concentração de 4-NC e fotoestabilidade entre os extratos.

[ 2 ]
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em água/etanol (1:1). Padronizado com: 7,1% (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Gel hidrofílico: com concentração final de 0,1% de 4-nerolidilcatecol e 1,5% (p/p) de carbopol 940.

In vitro:

Determinar a estabilidade química do gel contendo o extrato vegetal por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) e o fator de proteção (FPS) por Espectrofotometria Ultravioleta.

 

Observou-se que o gel de P. umbellata apresenta atividade antioxidante, contudo a ação fotoprotetora não é satisfatória (FPS = 3,35).

[ 9 ]
Folha

Extrato etanólico.

In vitro:

Em células leucêmicas de humanos (HL-60) incubadas com extrato vegetal e frações, com posterior análise da detecção de produtos oxidativos (DCFH-DA) e viabilidade celular (XTT).

 

Observou-se que o extrato etanólico de P. umbellata apresenta atividade antioxidante potente, além da ação antitumoral.

[ 13 ]
Raiz

Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 50 mL de metanol. Outra espécie em estudo: Pothomorphe peltata.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante do extrato vegetal através do Potencial Antioxidante Total (TRAP), Reatividade Antioxidante Total (TAR) e a inibição de danos ao DNA induzidos por sais de ferro.

 

Observou-se que o extrato de P. peltata apresenta atividade antioxidante mais potente.

[ 14 ]
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol/água (1:1). Padronizado com: 25,45% (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Gel contendo: 0,1% de 4-nerolidilcatecol.

In vitro:

Em pele de camundongos HRS/J sem pelos, tratadas topicamente com gel do extrato vegetal, com posterior análise da absorção cutânea através da concentração de 4-nerolidilcatecol por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) com detector eletroquímico.

 

In vivo:

Em camundongos albinos HRS/J sem pelos, submetidos a administração tópica do gel contendo o extrato vegetal e exposição a radiação UVB, com posterior análise da absorção cutânea e estabilidade de 4-nerolidilcatecol por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) com detector eletoquímico.

Observou-se que o gel contendo o extrato de P. umbellata apresenta absorção cutânea e estabilidade satisfatórias, demonstrando potente atividade antioxidante.

[ 18 ]

Antioxidante e Fotoprotetora

Antioxidante e Fotoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol/água (1:1). Concentração: 100 mL/g do extrato seco. Padronizado com: 25,4% (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Gel contendo: 0,1% de 4-nerolidilcatecol.

In vivo:

Em camundongos albinos HRS/J sem pelos, tratados topicamente com o gel contendo o extrato vegetal, submetidos a radiação de UVB, com posterior análise dos níveis de α-tocoferol, ácido ascórbico, GSH e GSSH, atividade das enzimas glutationa redutase (GR), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx).

Observou-se que o gel contendo o extrato de P. umbellata apresenta atividade antioxidante e fotoprotetora.

[ 3 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (fresco) em 1 L de diclorometano. Rendimento: 2,5%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 à 250 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 100 à 400 mg/kg.

In vitro:

Em linhagens celulares de UACC-62 (melanoma), MCF-7 (mama), NCI-H460 (pulmão), OUCAR-3 (ovário), PC-3 (próstata), HT-29 (cólon), 786-0 (renal), NCI-ADR/RES (ovário, resistente à múltiplas drogas) e K-562 (leucemia) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da concentração inibitória total do crescimento (TGI) e concentração letal média (CL50).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss transfectados infectados por células de carcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com extrato vegetal, com posterior de parâmetros clínicos e comportamentais.

Observou-se que o extrato e frações de P. umbellata apresenta atividade antitumoral potente.

[ 10 ]

Dermatoprotetora

Dermatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em água/etanol (1:1). Padronizado com: 7,09% (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Gel hidrofílico: contendo 50, 100 e 500 µg/mL do extrato vegetal.

In vivo:

Em camundongos albinos HRS/J sem pelos, tratados topicamente com gel contendo o extrato vegetal, submetidos à radiação de UVB, com posterior análise dos níveis de metaloproteínas da matriz (MMP-2 e 9) por zimografia e histológica.

Observou-se que P. umbellata apresenta ação inibitória sobre as metaloproteinases, sendo promissor no tratamento do fotoenvelhecimento e câncer de pele.

[ 6 ]
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em água/etanol (1:1). Padronizado com: 7,09% (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Gel hidrofílico: com concentração final de 0,1% de 4-nerolidilcatecol.

In vivo:

Em camundongos albinos HRS/J sem pelos, tratados topicamente com o gel contendo o extrato vegetal, portadores de lesões cutâneas induzidas por radiação de UVB, com posterior análise histológica e imuno-histoquímica (PCNA e p53) da pele dorsal.

Observou-se que o gel contendo extrato de P. umbellata apresenta atividade dermatoprotetora, reduzindo as lesões cutâneas induzidas por radiação UVB.

[ 7 ]

Endodontia

Endodontia
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração do material vegetal (seco) em etanol/água (8:1). Frações: hexano, acetato de etila, n-butanol e água. Pasta base: 0,167 mg da fração de acetato de elita + 1 mL de propilenoglicol + hidróxido de cálcio.

In vivo:

Em ratos submetidos a incisões na região escapular e pélvica para implantação de tubo contendo a pasta base, com posterior análise histopatológica (infiltrados inflamatórios, celularidade, vascularização, atividade de macrófagos, aérea da cápsula fibrosa) e morfológica.

Observou-se que a pasta endodôntica contendo a fração (acetato de etila) de P. umbellata apresenta reações inflamatórias teciduais satisfatórias.

[ 17 ]

Fotoprotetora

Fotoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) em etanol/água (1:1). Concentração: 100 mL/g do extrato seco. Padronizado com: 25,4% (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Gel contendo: 0,1% de 4-nerolidilcatecol.

In vivo:

Em camundongos albinos HRS/J sem pelos, tratados topicamente com o gel contendo o extrato vegetal, submetidos a radiação de UVB, com posterior análise visual e histológica do tecido cutâneo.

Observou-se que o gel contendo o extrato de P. umbellata apresenta atividade fotoprotetora frente aos danos cutâneos induzidos por radiação UVB.

[ 8 ]

Inibidora enzimática (metaloproteinase)

Inibidora enzimática (metaloproteinase)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: percolação do material vegetal (pó) água / etanol (1:1). Padronizado com: 7,09% (p/p) de 4-nerolidilcatecol. Concentrações para ensaio: 50, 100 e 250 µg/mL.

In vitro:

Em córneas de coelhos albinos lesionadas por solução alcalina, incubadas com extrato vegetal, com posterior análise da atividade das enzimas metaloproteinases (MMP-2, pró MMP-2 e MMP-9) por zimografia.

 

Observou-se que o extrato de P. umbellata inibe a atividade das enzimas MMP após lesão na córnea de coelhos, dose-dependente.

[ 12 ]

Permeabilidade cutânea

Permeabilidade cutânea
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em etanol/água (1:1). Emulsão: contendo extrato liofilizado, padronizado com 6,21% de 4-nerolidilcatecol (4-NC).

In vitro:

Determinar a permeabilidade cutânea da emulsão com concentração final de 0,1% de 4-NC, através dos níveis de 4-NC em células Franz, a partir da pele de ratos sem pelos, por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE).

 

Neste estudo a formulação com resultados favoráveis para aparência, estabilidade e permeabilidade é composta por 68,4% de fase aquosa, 2,6% de fase oleosa e 5,0% de agente emulsificante.

[ 5 ]
Ensaios toxicológicos

Letalidade

Letalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal em 1 L de diclorometano. Rendimento: 2,5%. Doses para ensaio: 100 à 1000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste toxicidade, para determinar a dose letal média (DL50).

Observou-se que o extrato de P. umbellata apresenta DL50 = 533,71 mg/kg, contudo em doses baixas (100 à 200 mg/kg) demonstra sinais leves de toxicidade.

[ 10 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 4 L de etanol à 70%. Rendimento: 22,47%. Doses para ensaio: 500 à 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos e camundongos submetidos ao teste de toxicidade aguda, para determinar a dose letal média (DL50).

Observou-se que o extrato de P. umbellata não apresenta toxicidade nas doses indicadas, com letalidade acima de 2000 mg/kg.

[ 11 ]

Referências bibliográficas

1 - RODRIGUES, E. R. et al. Pothomorphe umbellata: antifungal activity against strains of Trichophyton rubrum. J Mycol Med, v. 22, n. 3, p.265-269, 2012. doi: 10.1016/j.mycmed.2012.05.005
2 - COSTA, F. S. de O. Impact of ultrasound-assisted extraction on quality and photostability of the Pothomorphe umbellata extracts. Ultrason Sonochem, v. 18, n. 5, p.1002-1007, 2011. doi: 10.1016/j.ultsonch.2011.03.016
3 - ROPKE, C. D. et al. Pothomorphe umbellata extract prevents alpha-tocopherol depletion after UV-irradiation. Photochem Photobiol, v. 78, n. 5, p.436-439, 2003. doi: 10.1562/0031-8655(2003)078<0436:pueptd>2.0.co;2
4 - SPONCHIADO, E. C. et al. In vitro assessment of antimicrobial activity of Pothomorphe umbellata extracts against Enterococcus faecalis. Indian J Dent Res, v. 25, n. 1, p.64-68, 2014. doi: 10.4103/0970-9290.131129
5 - NORIEGA, P. et al. Optimization of Pothomorphe umbellata (L.) Miquel topical formulations using experimental design. Int J Pharm, v. 353, n. 1-2, p.149-159, 2008. doi: 10.1016/j.ijpharm.2007.11.039
6 - ROPKE, C. D. et al. In vitro and in vivo inhibition of skin matrix metalloproteinases by Pothomorphe umbellata root extract. Photochem Photobiol, v. 82, n. 2, p.439-442, 2006. doi: 10.1562/2005-06-29-RA-596
7 - DA SILVA, V. V. et al. Photoprotective effect of Pothomorphe umbellata on UVB radiation-induced biomarkers involved in carcinogenesis of hairless mouse epidermis. Cutan Ocul Toxicol, v. 28, n. 2, p.54-60, 2009. doi: 10.1080/15569520902784014
8 - ROPKE, C. D. et al. Photoprotective effect of Pothomorphe umbellata root extract against ultraviolet radiation induced chronic skin damage in the hairless mouse. Clin Exp Dermatol, v. 30, n. 3, p.272-276, 2005. doi: 10.1111/j.1365-2230.2005.01749.x
9 - DA SILVA, V. V. et al. Chemical stability and SPF determination of Pothomorphe umbellata extract gel and photostability of 4-nerolidylcathecol. Int J Pharm, v. 303, n. 1-2, p.125-131, 2005. doi: 10.1016/j.ijpharm.2005.07.006
10 - SACOMAN, J. L. et al. Cytotoxicity and antitumoral activity of dichloromethane extract and its fractions from Pothomorphe umbellata. Braz J Med Biol Res, v. 41, n. 5, p.411-415, 2008. doi: 10.1590/s0100-879x2008000500010
11 - PERAZZO, F. F. et al. Anti-inflammatory and analgesic properties of water-ethanolic extract from Pothomorphe umbellata (Piperaceae) aerial parts. J Ethnopharmacol, v. 99, n. 2, p.215-220, 2005. doi: 10.1016/j.jep.2005.02.023
12 - BARROS, L. F. M. et al. Dose-dependent in vitro inhibition of rabbit corneal matrix metalloproteinases by an extract of Pothomorphe umbellata after alkali injury. Braz J Med Biol Res, v. 40, n. 8, p.1129-1132, 2007. doi: 10.1590/s0100-879x2006005000120
13 - LOPES, A. P. et al. Antioxidant and cytotoxic effects of crude extract, fractions and 4-nerolidylcathecol from aerial parts of Pothomorphe umbellata L. (Piperaceae). Biomed Res Int, p.1-5, 2013. doi: 10.1155/2013/206581
14 - DESMARCHELIER, C. et al. 4-nerolidylcatechol from Pothomorphe spp. scavenges peroxyl radicals and inhibits Fe(II)-dependent DNA damage. Planta Med, v. 63, n. 6, p.561-563, 1997. doi: 10.1055/s-2006-957767
15 - DA CRUZ, M. de F. et al. The intraperitoneal Plasmodium berghei-Pasteur infection of Swiss mice is not a system that is able to detect the antiplasmodial activity in the Pothomorphe plant extracts that are used as antimalarials in Brazilian Endemic Areas. Parasitol, v. 94, n. 4, p.243-247, 2000. doi: 10.1006/expr.2000.4494
16 - VALADARES, M. C. et al. Protective effects of 4-nerolidylcatechol against genotoxicity induced by cyclophosphamide. Food Chem Toxicol, v. 45, n. 10, p.1975-1978, 2007. doi: 10.1016/j.fct.2007.04.016
17 - MARQUES, A. A. et al. Morphological analysis of tissue reaction caused by a new endodontic paste in subcutaneous tissue of rats. Conserv Dent, v. 14, n. 3, p.309-313, 2011. doi: 10.4103/0972-0707.85823
18 - RÖPKE, C. D. et al. Evaluation of percutaneous absorption of 4-nerolidylcathecol from four topical formulations. Int J Pharm, v. 249, n. 1-2, p.109-116, 2002. doi: 10.1016/s0378-5173(02)00477-5

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

                                                                  * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca, pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Dispepsias e afecções hepáticas em geral.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Dispepsias e afecções hepáticas em geral.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 238-240.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 157-158.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Alcaloides

N-benzoilmescalina e piperumbelactamas.

Catecol

4-nerolidilcatecol.

Dihidrocalconas

uvangoletina.

Fitosteroides

β-sitosterol e estigmasterol.

Flavonoides

wogonina, apigenina, orientina e vitexina.

Lignanas

sesamina e diidrocubebina.

Mucilagens

Óleos essenciais

cadineno, sabineno, limoneno, pineno, felandreno, cariofileno, humuleno, amirina, azarona, dilapiol, germacreno, biciclogermacreno, elemeno, epizonareno, nerolidol e elemeno.

Outras substâncias

cubebina, tiramina, arboreumina, ácido p-cumárico e rosesosídeo.

Pigmentos

Quinonas

hidroquinona.

Referências bibliográficas

1 - MARIOT, A. et al. Piper umbellatum (pariparoba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 677-678. Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf 2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf. Acesso em: 16 jun. 2020.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 423.
3 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 209.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 74.
5 - ISOBE, T. et al. Antibacterial constituents against Helicobacter pylori of brazilian medicinal plant, pariparoba. Yakugaku Zasshi, v. 122, n. 4, p.291-294, 2002. doi: 10.1248/yakushi.122.291

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 15 dias[2,3].

Contraindicações: 

em crianças, gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,3].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

altas doses podem provocar náuseas, cefaleia e aumento da temperatura (discreto)[4].

Interações medicamentosas: 

não há dados na literatura.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 239-240.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 158.
3 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 209.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 77.

Propagação: 

é realizada por sementes ou estacas. O espaçamento para o plantio no campo deve ser de 1x1,5 m, preferencialmente em áreas semi-sombreadas, com solo rico em matéria orgânica e úmido [ 1 , 2 , 3 ] .

Colheita: 

a colheita das partes aéreas da planta deve ser realizada preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que as partes subterrâneas devem ser colhidas na lua minguante [ 3 ] .

Problemas & Soluções: 

a identificação do tempo de maturação das sementes representa um grande problema para a reprodução desta espécie, contudo a reprodução vegetativa através dos ramos ou segmentos das folhas tem sido proposta para a multiplicação desta espécie [ 1 , 3 ] .

Referências bibliográficas

1 - MARIOT, A. et al. Piper umbellatum (pariparoba). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 678. Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/sbf 2008_dcbio/_ebooks/regiao_sul/Regiao_Sul.pdf. Acesso em: 16 jun. 2020.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 423.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 73.

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