Aristolochia brasiliensis Mart.

Jarrinha.

Informações gerais 

Nativa da Mata Atlântica, e considerada espécie típica do Nordeste, sendo muito empregada na medicina tradicional desta região. Suas principais indicações são: nos casos de labirintose, anti-inflamatória, descongestionante, antipruriginosa, antisséptica e emenagoga[1,2].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 108-112.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 104.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, trepadeira, robusta, ramificada, sem gavinhas, com rizoma tuberoso; folhas pecioladas, alternas, deltoide-triangulares, agudas ou obtusas, com ângulos inferiores laterais arredondado-obtusos, sub-cordadas na base, glabras, palmatinervadas tamanho variável, até 11 cm de comprimento e 8 cm de largura, algo rígidas, subcoriáceas, levemente violáceas dorsalmente; flores verde-amareladas, solitárias, axilares, em forma anômala de urna, perianto bilabilado com lábio inferior mais largo e mais curto que o superior, com 6 valvas, característica destas espécies, de odor desagradável para atrair insetos polinizadores; frutos capsulares e cilíndricos; sementes achatadas em grande quantidade; a raiz é escabrosa externamente, dura e amarela internamente, e exala um aroma forte e de sabor amargo, pouco agradável[1].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 108-109.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências

Dados Químicos
[ 1 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos

aristolóquico, aristidínico e cimbífero.

Alcaloides

aristoloquina.

Óleos essenciais

nerolidol, α-ylangeno, α-copaeno e γ-elemeno.

Outras substâncias

cimbiferina, casauína, lignanas, glicosídeos, resinas, taninos, flavonoides, tetraflavonoide, biflavonas, chalconas, diterpenos e sesquiterpenos (folhas).

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 109.

Advertências: 

não há dados na literatura.

Contraindicações: 

não indicado para gestantes e mulheres em idade fértil[1].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

as raízes em doses habituais podem provocar toxicidade, nestes casos, é indicado o uso das folhas[1].

Interações medicamentosas: 

associar com Cayaponia tayuya nos casos de nevralgia ou neurite[1].

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 111.

Propagação: 

a reprodução é realizada por sementes, estacas do caule ou ramos lenhosos. A semeadura das sementes deve ser feita em caixilho contendo substrato organomineral, que também serve para as estacas [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

por ser uma liana, necessita de tutoramento. Não apresenta exigências quanto ao solo e clima [ 1 ] .

Pós-Colheita: 

as raízes devem ser colhidas após 2 anos do plantio, e sempre deixar alguns tubérculos para que a planta se recupere. A colheita das partes aéreas da planta deve ser realizada, segundo a sabedoria popular, no ano todo, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que as partes subterrâneas devem ser colhidas na lua minguante, buscando maior concentração de princípios ativos [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 109.

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