Artemisia vulgaris L.

Artemísia e artemijo.

Família 
Informações gerais 

Originária da Ásia e Europa, no Brasil é cultivada principalmente na região Sul. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, analgésica, antiespasmódica, digestiva, reguladora do fluxo menstrual, anticonvulsivante, anti-helmíntica, inseticida e antibacteriana[1,2,3,4,5,6].

Referências informações gerais
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 122-128.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 333-334.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 35-37.
4 - CAMARGO, M. T. L. A. As plantas medicinais e o sagrado: a etnofarmacobotânica em uma revisão historiográfica da medicina popular no Brasil. 1 ed. São Paulo: Ícone, 2014. p. 43.
5 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 134-137.
6 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 121.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, ereta, de 70 a 150 cm de altura, com caule pubescente, anguloso e estriado; folhas penadas, membranáceas, de 6 a 20 cm de comprimento, na parte adaxial são verde-escuras e glabras, as vezes pubescentes, na abaxial são esbranquiçadas e tomentosas, as basais são curto pecioladas e lobadas, e o restante são sésseis ou quase sesseis, as inferiores são duplamente pinadas, as médias e superiores são pinatífidas, lanceoladas, acuminadas, de margens inteiras ou serrilhadas; flores ovoides, marrom-avermelhadas, amareladas a esbranquiçadas, com 3 a 4 mm de comprimento x 2 mm de largura, reunidas em capítulos e dispostas em panículas terminais, com 10 a 12 pequenas flores (possuem aroma de losna), com folhas intercaladas; os frutos do tipo aquênio, em bagas pequenas, cilíndricas ou achatadas, glabros ou ocasionalmente pubescentes, que vão escurecendo gradativamente com o passar do tempo[1,2,3,4,5].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 122.
2 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 134.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 121.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 530.
5 - ABIRI, R. et al. Towards a better understanding of Artemisia vulgaris: botany, phytochemistry, pharmacological and biotechnological potential. Food Res Int, v. 109, p.403-415, 2018. doi: 10.1016/j.foodres.2018.03.072
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
- Vila Kel (Paquistão) Folha e raiz

Desordens hepáticas e estomacais.

Suco ou extrato.

[ 1 ]
- Terkha (Paquistão) Folha

Anti-hipertensiva.

Pó.

Usar de 10 a 12 dias.

Não apresenta relatos de toxicidade.

[ 2 ]
- Terkha (Paquistão) Folha

Anti-hipertensiva.

Pó.

 Usar de 10 a 12 dias.

-

[ 2 ]
- Sudeste da Ásia -

No tratamento da amenorreia, dismenorreia, oligomenorreia, nos distúrbios da gravidez e parto, tônica uterina (pós-parto) e emenagoga.

-

-

[ 3 ]
- - Sumidade florida

Tônica, aperiente e regula o fluxo menstrual.

Infusão: 30 g de sumidade florida/1 L água quente.

Tomar o conteúdo dividido ao longo do dia.

Uso com cautela. Doses altas pode apresentar toxicidade.

[ 4 ]
- - Raiz

Tônica, ansiolítica, calmante e antidepressiva.

-

-

-

[ 4 ]
Artemísia Brasil Planta florida

Anti-helmíntica.

Cápsula (pó).

Tomar 2 a 3 cápsulas de 500 mg com 1 xícara de água (200 mL), 3 vezes ao dia/4 dias (de preferência com o estômago vazio).

Cautela ao associar com anti-inflamatórios não-esferoidais, anticoagulantes, corticoides. Não utilizar em grávidas e na lactância.

[ 5 ]
Artemísia Nordeste do Brasil (Ceará) Folha e flor

Emenagoga.

Infusão.

Uso oral.

Em doses altas apresenta toxicidade.

[ 6 , 7 ]
- Tarkha (Khyber Pakhtunkhwa/Paquistão) Flor e folha

Antiespasmódica e no tratamento de dor no estômago.

Pó.

Misturar o pó em 1 copo de água.

-

[ 8 ]
Artemísia, artemigem, flor-de-São-João, anador e absinto-selvagem Brasil Folha e inflorescência

Digestiva, tônica da circulação sanguínea e no tratamento de cólicas intestinais.

Chá: 1 colher (de chá) do material vegetal em 1 xícara de água.

Tomar 1 xícara (de chá) meia hora antes das refeições.

-

[ 9 ]
Artemísia, artemigem, flor-de-São-João, anador e absinto-selvagem Brasil Folha e inflorescência

No tratamento de distúrbios e cólicas menstruais

Chá: 1 colher (de chá) do material vegetal em 1 xícara de água.

Tomar 1 xícara (de chá) ao dia, 1 semana antes do início da menstruação.

-

[ 9 ]
Artemísia, artemigem, flor-de-São-João, anador e absinto-selvagem Brasil Folha e rizoma

No tratamento de escaras, feridas, piolhos e lêndeas.

Chá: 2 colheres (de sopa) do material vegetal (picado) em 1 xícara de vinagre branco. Deixar em maceração/8 dias.

Uso externo.

-

[ 9 ]

Referências bibliográficas

1 - AHMAD, K. S. et al. Ethnopharmacological studies of indigenous plants in Kel village, Neelum Valley, Azad Kashmir, Pakistan. J Ethnobiol Ethnomed, v. 13, n. 1, p.2-16. doi: 10.1186/s13002-017-0196-1
2 - AHMAD, L. et al. Ethnopharmacological documentation of medicinal plants used for hypertension among the local communities of DIR Lower, Pakistan. J Ethnopharmacol, v. 175, p.138-146, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.09.014
3 - BOER, H. J. et al. Medicinal plants for women's healthcare in southeast Asia: a meta-analysis of their traditional use, chemical constituents, and pharmacology. J Ethnopharmacol, v. 151, n. 2, p.747-767, 2014. doi: 10.1016/j.jep.2013.11.030
4 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 134-135.
5 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 62.
6 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 303.
7 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 72.
8 - SHER, H. et al. Indigenous knowledge of folk medicines among tribal minorities in Khyber Pakhtunkhwa, northwestern Pakistan. J Ethnopharmacol, v. 166, p.157-167, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.03.022
9 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 121.

Antibacteriana e Antitumoral

Antibacteriana e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de material vegetal (pó) em 100 mL de metanol. Nanopartículas de prata: contendo o extrato vegetal (AV-AgNPs). Concentrações para ensaio: 20 e 1000 μg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação de radicais DPPH e superóxido.

Em cultura de Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Haemophilus influenza submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, para determinar zona de inibição.

Em células epiteliais humanas de câncer uterino (HeLa) e de mama (MCF-7) incubadas com nanopartículas contendo o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).

 

Observou-se que as nanopartículas contendo o extrato de A. vulgaris apresenta atividade antibacteriana, antioxidante e antitumoral promissoras.

[ 3 ]

Antidiarreica e Broncodiladora

Antidiarreica e Broncodiladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule

Extrato: material vegetal (pó) em metanol a 70%. Rendimento: 5,5%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,01 a 10 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10, 30 e 100 mg/kg.

In vitro:

Em jejuno isolado de coelhos e traqueia isolada de porquinhos-da-Índia incubados com acetilcolina, potássio, carbacol, diciclomina e extrato vegetal, com posterior análise da contratilidade da musculatura lisa (curva de controle concentração-resposta).

 

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley e camundongos Balb/c portadores de diarreia e broncoconstrição, induzidos por óleo de rícino e carbacol, respectivamente, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade antidiarreica e broncodilatadora.

O extrato de A. vulgaris apresenta atividade antidiarreica, antiespasmódica e broncodilatadora, devido a ação combinada de mecanismos anticolinérgicos e antagonistas dos canais de cálcio.

[ 11 ]

Antifertilidade

Antifertilidade
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 200 g de material vegetal (seco) em 500 mL de metanol a 70%. Doses para ensaio: 300 e 600 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Wistar prenhes e ovariectomizadas, tratadas com extrato vegetal, com posterior análise do número de implantação e atividade estrogênica, respectivamente.

Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade antifertilidade, dose-dependente.

[ 15 ]

Antimalárica

Antimalárica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 575 g material vegetal (pó) em éter dietílico, metanol e éter de petróleo (1:1:1). Doses para ensaio: 250 a 1000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos ICR infectados com Plasmodium berghei, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parasitemia.

Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade antimalárica, dose-dependente, significativa.

[ 17 ]

Antimalárica e Antinociceptiva

Antimalárica e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em éter dietílico, metanol e éter de petróleo (1:1:1). Doses para ensaio: 500 a 1000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos ICR infectados por Plasmodium berghei, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da temperatura corporal, contagem de trombócitos e dos testes da placa quente, movimento da cauda e contorções abdominais induzidas por ácido acético.

O extrato de A. vulgaris apresenta atividade antimalárica, antinociceptiva e antitérmica, principalmente na dose de 1000 mg/kg, além de reverter a trombocitopenia/trombocitose.

[ 12 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea (exceto flores)

Extrato:100 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de etanol a 50%. Rendimento: 12 a 16%. Doses para ensaio: 10 a 1000 mg/kg. Outra espécie em estudo: Achillea millefolium.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes rota-rod, atividade motora espontânea, placa quente, contorções abdominais induzidas por ácido acético, formalina e trânsito intestinal.

Observou-se que ambos os extratos vegetais apresentam atividade antinociceptiva leve, contudo, não alteram a motilidade intestinal.

[ 14 ]

Antiparasitária (triquinelose)

Antiparasitária (triquinelose)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: material vegetal (pó) em metanol. Doses para ensaio: 300 e 600 mg/kg. Outra espécie em estudo: Artemisia absinthium.

In vivo:

Em ratos albinos Wistar infectados por Trichinella spiralis (adultos, fase enteral e larvas encapsuladas, fase parenteral), tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de triquinoscopia, digestão artificial, parâmetros histopatológicos e sorológicos.

Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade contra a triquinelose, mais potente, em ambas as fases, enteral e parenteral.

[ 20 ]

Antiproliferativa

Antiproliferativa
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato metanólico. Concentrações para ensaio: 0 a 200 μg/mL.

In vitro:

Em células de cólon humano (HCT-15) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT), ensaio clonogênico (violeta de cristal), níveis de espécies reativas de oxigênio (ERO's), potencial de membrana mitocondrial (MMP), migração celular e expressão de proteínas associadas à autofagia (Western blotting).

 

O extrato de A. vulgaris apresenta atividade antiproliferativa (CI50 = 50 µg/mL), sendo promissora para o tratamento de câncer de cólon.

[ 2 ]
Parte aérea

Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em metanol/água. Frações: acetato de etila, diclorometano e n-hexano. Concentrações para ensaio: 20 a 2000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Artemisia annua, A. ciniformis, A. biennis, A. diffusa A. santolina, A. persica.

In vitro:

Em células de humanos de adenocarcinoma gástrico (AGS) e cólon (HT-29), de câncer uterino (HeLa) e de mama (MCF-7) e em fibroblasto de camundongos (L929), incubadas com o extrato e frações vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).

 

O extrato e frações das espécies de Artemisia apresentam atividade antiproliferativa, sendo a fração de acetato de etila de A. vulgaris mais potente para células MCF-7 (CI50 = 57 µg/mL).

[ 5 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e botão floral

Óleo essencial: maceração de 334 g de material vegetal (botão floral) em 1,68 L de água, posteriormente submetido à hidrodestilação.  Rendimento: 966 mg.

Óleo essencial: maceração de 600 g de material vegetal (folha fresca) em água, posteriormente submetido à hidrodestilação. Rendimento: 560 mg.

Concentrações para ensaio: 0 a 2 µg/mL.

In vitro:

Em células humanas de leucemia promielocítica aguda (HL-60), leucemia linfocítica T aguda (Jurkat), leucemia mieloide crônica (K-562), carcinoma hepatocelular (HepG2), adenocarcinoma de mama (MCF7), adenocarcinoma de próstata (PC-3), adenocarcinoma cervical (HeLa), renais embrionárias (HEK-293) e fibroblastos de pele (BJ), e fibroblastos pulmonar de hamster (V79-4), incubadas com óleos essenciais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), apoptose (citometria de fluxo), fragmentação do DNA, atividade de caspase (3, 8 e 9), potencial de membrana e expressão de caspases, citocromo c, Bcl-2, Apaf-1 e XIAP (Western blotting).

 

Os óleos essenciais de A. vulgaris apresentam atividade antitumoral por apoptose, além de baixa de citotoxicidade para células normais.

[ 6 ]
-

Extrato. Concentração para ensaio: 50 µg/mL.

In vitro:

Em culturas de células de câncer de mama (MDA-MB-231, MDA-MB-468, MDA-MB-453 e MCF-7) incubadas com extratos vegetais, na presença ou ausência de TRAIL (ligante indutor de apoptose relacionado ao fator de necrose tumoral), com posterior análise de viabilidade celular e expressão de caspase-3, PARP, XIAP, MCL-1 e p65 (Western blotting).

 

Neste estudo, dentre os 138 extratos vegetais, Uvaria dac, Artemisia vulgaris, Cortia depressa, Dichasia bengalensis, Cinnamomum obtusifolium apresentam atividade antitumoral, com sinergismo quando associado ao TRAIL, principalmente para células MDA-MB-231 e 468.

[ 7 ]

Antiviral

Antiviral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Óleo essencial: por hidrodestilação. Rendimento:  0,1% (p/p). Concentrações para ensaio: 3,7 a 100 μg/mL. Outras espécies em estudo: Lippia alba, Lippia origanoides e Origanum vulgare.

In vitro:

Em células Vero incubadas com os óleos essenciais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT); e células Vero, pré-tratadas ou não com os óleos essenciais, infectadas pelo vírus da febre amarela (YFV), pré-incubados ou não com os óleos essenciais, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e a replicação viral.

 

Os óleos essenciais em estudo apresentam atividade antiviral, por inativação direta do vírus, além de ausência de citotoxicidade.

[ 19 ]

Citotóxica

Citotóxica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato metanólico (1:10 p/v). Concentrações para ensaio: 0 a 200 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

Em cultura de células leucêmicas (TCC-S, TCCY, HL60, KU-812 e KOPB-26) e de células Vero incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (Azul de tripano), alterações morfológicas (Microscópio invertido).

 

Neste estudo, das 17 espécies vegetais, A. vulgaris apresenta citotoxicidade potente, dependente da concentrações e tempo de incubação.

[ 1 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: infusão de 1,4 g de material vegetal em 200 mL de água. Rendimento: 20%. Concentrações para ensaio: 1 a 1000 μg/mL. Doses para ensaio: 4 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss (Mus musculus) portadores de hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, ALP, CAT, SOD, GST, LPO, GSH e proteínas) e histopatológicos e níveis de marcadores inflamatórios hepáticos (MPO, NAG, NO, TNF-α e IL-1β).

O extrato de A. vulgaris apresenta atividade hepatoprotetora, por modulação das citocinas hepáticas e ação antioxidante.

[ 9 ]
Parte aérea

Extrato metanólico a 70%. Rendimento: 5,5%. Doses para ensaio: 150, 300 e 600 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb-C portadores de lesões hepáticas induzidas por galactosamina e LPS, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de ALT e AST.

O extrato metanólico de A. vulgaris apresenta atividade hepatoprotetora, dose-dependente.

[ 4 ]
Folha

Extrato (23:1): maceração do material vegetal (pó) em metanol. Concentração para ensaio: 150 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb/c portadores de hepatocarcinogênese induzida por dietilnitrosoamina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ASAT, ALAT, γ-GT, LDH, 5NT, G6DPH, AFP, albumina e bilirrubina).

Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade hepatoprotetora, sendo promissora para o tratamento de carcinoma hepatocelular.

[ 8 ]

Hiperglicêmica

Hiperglicêmica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (seco) em metanol. Dose para ensaio: 5 mg/20 g. Outras espécies estudo: Eucalyptus tereticornis, Solanum nigrum, Vitex negundo, Nopalea cochinellifera, Imperata cylindrica e Syzygium cumini.

In vivo:

Em camundongos Swiss Webster portadores de diabetes induzida por glicose e tratados com extratos vegetais, simultaneamente, com posterior análise de níveis de plasmáticos de glicose em jejum.

Os extratos de S. cumini, E. tereticornis e V. negundo apresentam atividade hipoglicemiante, enquanto que A. vulgaris e N. cochinellifera demonstra ação hiperglicêmica.

[ 18 ]

Relaxante muscular

Relaxante muscular
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 243 g do material vegetal em clorofórmio e metanol. Rendimento: 7,9 e 7,52 g, respectivamente.

In vitro:

Em íleo e traqueia isolados de porquinhos-da-Índia (Dunkin-Hartley), incubados com os extratos vegetais, 5-hidroxitriptamina, histamina, metacolina e β-feniletilamina, com posterior análise da contratilidade muscular (atividade antagônica em receptores biogênicos de amina).

 

Os extratos de A. vulgaris apresentam ação antagonista competitiva especifica de receptores H1 no íleo e traqueia, propiciando o relaxamento muscular.

[ 10 ]

Vasoconstritora e Relaxante

Vasoconstritora e Relaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 5 g de material vegetal (pó) em 100 mL de água. Concentrações para ensaio: 50 a 500 µl/5 mL.

In vitro:

Em artérias basilares porcinas, com ou sem endotélio, incubados com extrato vegetal, PD12339 (antagonista do receptor AT2), Nω-nitro-L-arginina (inibidor da óxido nítrico sintase), metiotepina (antagonista do receptor 5-HT1 e 5-HT2), cetanserina (antagonista do receptor 5-HT2), nifedipina (bloqueador do canal de cálcio), vermelho de rutênio (bloqueador do receptor de rianodina), losartan (antagonista do receptor AT1) e difenidramina (antagonista de receptor H1), captopril (inibidor de ECA), atenolol (antagonista do receptor β1), cimetidina (antagonista do receptor H2) e CaCl2 (indudor de contração) com posterior análise da tensão arterial em repouso e contratilidade muscular e níveis de cálcio intracelular livre.

Em células de músculo liso embrionárias torácicas (A-10) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de cálcio intracelular livre.

 

O extrato de A. vulgaris altera a contratilidade muscular, por estímulo/inibição dos canais de cálcio e ação dos receptores 5-HT.

[ 16 ]
Ensaios toxicológicos

Letalidade

Letalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Óleo essencial: por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 10,3 a 23,1 µg/mL.

In vitro:

Determinar a letalidade através do bioensaio em Artemia sp.

 

Neste estudo, das 15 populações de A. vulgaris, os óleos essenciais ricos em germacreno D, 1,8-cineol, canfora e davanona apresentam maior toxicidade.

[ 13 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato metanólico a 70%. Rendimento: 5,5%. Dose para ensaio: 3 g/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb-C submetidos ao teste toxicidade aguda.

O extrato de A. vulgaris não apresenta mortalidade e nenhuma alteração comportamental na dose de 3 g/kg.

[ 4 ]
Folha e caule

Extrato: material vegetal (pó) em metanol a 70%. Rendimento: 5,5%. Doses para ensaio (in vivo): 1 a 3 g/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato de A. vulgaris não apresenta letalidade até a dose de 3 g/kg.

[ 11 ]
Parte aérea

Extrato: material vegetal (pó) em metanol. Doses para ensaio: 300 e 600 mg/kg. Outra espécie em estudo: Artemisia absinthium.

In vivo:

Em ratos albinos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda.

Observou-se que os extratos de A. vulgaris e A. absinthium não apresentam sinais de toxicidade.

[ 21 ]

Toxicidade crônica

Toxicidade crônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 575 g material vegetal (pó) em éter dietílico, metanol e éter de petróleo (1:1:1). Dose para ensaio: 1000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos ICR submetidos ao teste de toxicidade crônica.

Observou-se que o extrato de A. vulgaris não apresenta sinais de toxicidade.

[ 17 ]

Referências bibliográficas

1 - LY, B. T. K. et al. Screening of medicinal herbs for cytotoxic activity to leukemia cells. J BUON, v. 25, n. 4, p.1989-1996, 2020.
2 - LIAN, G. et al. Herbal extract of Artemisia vulgaris (mugwort) induces antitumor effects in HCT-15 human colon cancer cells via autophagy induction, cell migration suppression and loss of mitochondrial membrane potential. J BUON, v. 23, n. 1, p.73-78, 2018.
3 - RASHEED, T. et al. Green biosynthesis of silver nanoparticles using leaves extract of Artemisia vulgaris and their potential biomedical applications. Colloids Surf B Biointerfaces, v. 158, p.408-415, 2017. doi: 10.1016/j.colsurfb.2017.07.020
4 - GILANI, A. H. et al. Hepatoprotective activity of aqueous-methanol extract of Artemisia vulgaris. Phytother Res, v. 19, n. 2, p.170-172, 2005. doi: 10.1002/ptr.1632
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21 - CANER, A. et al. Comparison of the effects of Artemisia vulgaris and Artemisia absinthium growing in western Anatolia against trichinellosis (Trichinella spiralis) in rats. Exp Parasitol, v. 119, n. 1, p. 173-179, 2008. doi: 10.1016/j.exppara.2008.01.012

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Parte aérea seca

100 g

Parte aérea fresca

200 g

* Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário.
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de parte aérea seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de parte aérea fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Convulsões, cólicas, dismenorreia e irregularidade menstrual.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Artemisia vulgaris (parte aérea seca)

25 g

Bromelia antiacantha (fruto fresco)

20 g

Carica papaya (flor seca)

12,5 g

Cucurbita pepo (semente sem casca seca)

5 g

Foeniculum vulgare (fruto maduro e seco)

25 g

Mentha spicata  (parte aérea seca)

50 g

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

10 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Artemisia vulgaris (folha)

12,5 mL

Carica papaya (flor)

6,25 mL

Cucurbita pepo (flor)

2,5 mL

Foeniculum vulgare (folha)

12,5 mL

Mentha spicata (parte aérea)

25 mL

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

5 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as plantas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Verminoses em geral.

Posologia

Uso oral: crianças de 1 a 7 anos, tomar 1 colher de café, 3 vezes ao dia, por 7 dias; crianças de 7 a 12 anos, tomar 1 colher de chá, 3 vezes ao dia, por 7 dias; adolescentes com 12 anos ou mais e adultos, tomar 1 colher de sobremesa, 3 vezes ao dia, por 7 dias.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Convulsões, cólicas, dismenorreia e irregularidade menstrual.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas vezes ao dia.

Uso oral: crianças acima de 7 anos devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 56-58.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 333-334.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 35-37.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos

antêmico, fórmico, isobutírico, isovalérico, málico, succínico e tânico.

Ácidos fenólicos

cafeico, clorogênico, ácido 3,5-di-O-cafeoilquínico e ácido 1,5-di-O-cafeoilquínico.

Carotenoides

Cumarinas

esculetina, esculina, umbeliferona e escopoletina.

Fitosteróis

sitosterol e estigmasterol.

Flavonoides

quercetina, rutina, eriodictiol, apigenina, kaempferol, aromadendrino, tricina, jaceosidina, eupafolina, crioseriol, diosmetina, luteolina, eriodictiol e isorhamnetina.

Lactonas sesquiterpênicas

tauremisina, pilostaquina, vulgarina, arglabina (guaianolida tóxica), eudesmanoácidos, eudesmanodiol, iomogina e artemisinina.

Minerais

cálcio, magnésio, enxofre, cobre, rubídio, titânio, estrôncio, níquel, fósforo, manganês, molibdênio, potássio, iodo, ferro e zinco.

Óleos essenciais

cânfora, canfeno, germacreno D, tuiona, linalol, 1,8-cineol, β-cariofileno, óxido de cariofileno, γ-muuroleno, α e β-tujona, trans-tujona, 4-terpineol, borneol, espatulenol, α-cadinol, fechona, felandreno, fenol, fernerol, limoneno, α- e β-pineno, sabineno, p-cimeno, terpineno, terpinoleno, cadineno, curcumeno, α-zingibereno, acetato de cis-crisantenila, neril 2-metilbutanoato, β-eudesmol e bornil 3-metilbutanoato.

Outras substâncias

adenina, estragol, inositol, lamirina e santonina.

Poliacetilenos

Polissacarídeos

inulina.

Princípios amargos

Saponinas

Taninos

Triterpenos pentacíclicos

Vitaminas

A, B, C e D.

Referências bibliográficas

1 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008. p. 135-136.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 123.
3 - ABIRI, R. et al. Towards a better understanding of Artemisia vulgaris: botany, phytochemistry, pharmacological and biotechnological potential. Food Res Int, v. 109, p.403-415, 2018. doi: 10.1016/j.foodres.2018.03.072
4 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 62.
5 - CARNAT, A. et al. Major dicaffeoylquinic acids from Artemisia vulgaris. Fitoterapia, v. 71, n. 5, p.587-589, 2000. doi: 10.1016/s0367-326x(00)00163-5
6 - SATYAL, P. et al. Bioactivities of volatile components from Nepalese Artemisia species. Nat Prod Commun, v. 7, n. 12, p.1651-8, 2012.
7 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 530-531.
8 - MENESES, R. et al. Inhibitory effect of essential oils obtained from plants grown in Colombia on yellow fever virus replication in vitro. Ann Clin Microbiol Antimicrob, v. 8, p.2-6, 2009. doi: 10.1186/1476-0711-8-8

Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Medicamentos e Produtos de Saúde do Canadá
Ano de Publicação: 2021
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (44.41 KB)

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 7 dias[1,2].

Contraindicações: 

em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, crianças abaixo de 7 anos (neste caso utilizar na forma de diluição), gestantes (podendo ser indicada no trabalho de parto ou pós-parto), lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3,4,5,6].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

o uso in natura pode causar excitação do sistema nervoso central, vasodilatação, convulsões e reações alérgicas. Pode agravar os quadros de refluxo gastroesofágico, e colites inespecíficas se uso prolongado ou dose elevada. Dermatite de contato pode ocorrer em alguns casos[1,2,3].

Interações medicamentosas: 

o uso concomitante com anticoagulantes pode aumentar os riscos de hemorragias. Para os casos de Parkinson ou epilepsia, pode associar com Passiflora spp., Melissa officinalis e Lippia alba. Potencializa o efeito de substâncias depressoras do sistema nervoso central[1,2,4].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 58.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 37.
3 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 531.
4 - GUPTA, M. P. (Ed.). Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andrés Bello, 2008, p. 135.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 126-127.
6 - BOER, H. J.; COTINGTING, C. Medicinal plants for women's healthcare in southeast Asia: a meta-analysis of their traditional use, chemical constituents, and pharmacology. J Ethnopharmacol, v. 151, n. 2, p.747-767, 2014.  doi: 10.1016/j.jep.2013.11.030

Propagação: 

pode ser realizada por estacas a partir dos ramos ou por divisão de touceiras. Estacas a partir dos ramos devem medir 20 cm de comprimento, com no mínimo 3 gemas, sendo que 2 gemas devem ser introduzidas em sacos plásticos contendo substrato, solo e areia (3:2:1), e a parte superior da estaca deve conter folhas cortdas ao meio. As mudas preparadas por estacas devem permanecer em viveiros por 60 dias e após este período serem transplantadas para local definitivo. As mudas obtidas a partir da divisão de touceiras, podem ser transferidas diretamente para o local de cultivo definitivo [ 1 ] .

Colheita: 

pode ser realizada a partir do oitavo mês do plantio e deve ser feita, segundo a sabedoria popular, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que as partes subterrâneas devem ser colhidas na lua minguante [ 1 ] .

Tratos culturais & manejo: 

adapta-se melhor em solos secos e pobres, em altitudes mais elevadas e clima mais ameno (temperado ou subtropical). Necessita de iluminação plena [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 122.

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