Originária da Ásia e Europa, no Brasil é cultivada principalmente na região Sul. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, analgésica, antiespasmódica, digestiva, reguladora do fluxo menstrual, anticonvulsivante, anti-helmíntica, inseticida e antibacteriana[1,2,3,4,5,6].
Planta herbácea, ereta, de 70 a 150 cm de altura, com caule pubescente, anguloso e estriado; folhas penadas, membranáceas, de 6 a 20 cm de comprimento, na parte adaxial são verde-escuras e glabras, as vezes pubescentes, na abaxial são esbranquiçadas e tomentosas, as basais são curto pecioladas e lobadas, e o restante são sésseis ou quase sesseis, as inferiores são duplamente pinadas, as médias e superiores são pinatífidas, lanceoladas, acuminadas, de margens inteiras ou serrilhadas; flores ovoides, marrom-avermelhadas, amareladas a esbranquiçadas, com 3 a 4 mm de comprimento x 2 mm de largura, reunidas em capítulos e dispostas em panículas terminais, com 10 a 12 pequenas flores (possuem aroma de losna), com folhas intercaladas; os frutos do tipo aquênio, em bagas pequenas, cilíndricas ou achatadas, glabros ou ocasionalmente pubescentes, que vão escurecendo gradativamente com o passar do tempo[1,2,3,4,5].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
- | Vila Kel (Paquistão) | Folha e raiz | Desordens hepáticas e estomacais. |
Suco ou extrato. |
[
1
]
|
||
- | Terkha (Paquistão) | Folha | Anti-hipertensiva. |
Pó. |
Usar de 10 a 12 dias. |
Não apresenta relatos de toxicidade. |
[
2
]
|
- | Terkha (Paquistão) | Folha | Anti-hipertensiva. |
Pó. |
Usar de 10 a 12 dias. |
- |
[
2
]
|
- | Sudeste da Ásia | - | No tratamento da amenorreia, dismenorreia, oligomenorreia, nos distúrbios da gravidez e parto, tônica uterina (pós-parto) e emenagoga. |
– |
- |
- |
[
3
]
|
- | - | Sumidade florida | Tônica, aperiente e regula o fluxo menstrual. |
Infusão: 30 g de sumidade florida/1 L água quente. |
Tomar o conteúdo dividido ao longo do dia. |
Uso com cautela. Doses altas pode apresentar toxicidade. |
[
4
]
|
- | - | Raiz | Tônica, ansiolítica, calmante e antidepressiva. |
- |
- |
- |
[
4
]
|
Artemísia | Brasil | Planta florida | Anti-helmíntica. |
Cápsula (pó). |
Tomar 2 a 3 cápsulas de 500 mg com 1 xícara de água (200 mL), 3 vezes ao dia/4 dias (de preferência com o estômago vazio). |
Cautela ao associar com anti-inflamatórios não-esferoidais, anticoagulantes, corticoides. Não utilizar em grávidas e na lactância. |
[
5
]
|
Artemísia | Nordeste do Brasil (Ceará) | Folha e flor | Emenagoga. |
Infusão. |
Uso oral. |
Em doses altas apresenta toxicidade. |
[
6 ,
7
]
|
- | Tarkha (Khyber Pakhtunkhwa/Paquistão) | Flor e folha | Antiespasmódica e no tratamento de dor no estômago. |
Pó. |
Misturar o pó em 1 copo de água. |
- |
[
8
]
|
Artemísia, artemigem, flor-de-São-João, anador e absinto-selvagem | Brasil | Folha e inflorescência | Digestiva, tônica da circulação sanguínea e no tratamento de cólicas intestinais. |
Chá: 1 colher (de chá) do material vegetal em 1 xícara de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) meia hora antes das refeições. |
- |
[
9
]
|
Artemísia, artemigem, flor-de-São-João, anador e absinto-selvagem | Brasil | Folha e inflorescência | No tratamento de distúrbios e cólicas menstruais |
Chá: 1 colher (de chá) do material vegetal em 1 xícara de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) ao dia, 1 semana antes do início da menstruação. |
- |
[
9
]
|
Artemísia, artemigem, flor-de-São-João, anador e absinto-selvagem | Brasil | Folha e rizoma | No tratamento de escaras, feridas, piolhos e lêndeas. |
Chá: 2 colheres (de sopa) do material vegetal (picado) em 1 xícara de vinagre branco. Deixar em maceração/8 dias. |
Uso externo. |
- |
[
9
]
|
Referências bibliográficas
Antibacteriana e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de material vegetal (pó) em 100 mL de metanol. Nanopartículas de prata: contendo o extrato vegetal (AV-AgNPs). Concentrações para ensaio: 20 e 1000 μg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação de radicais DPPH e superóxido. Em cultura de Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Haemophilus influenza submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, para determinar zona de inibição. Em células epiteliais humanas de câncer uterino (HeLa) e de mama (MCF-7) incubadas com nanopartículas contendo o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).
|
Observou-se que as nanopartículas contendo o extrato de A. vulgaris apresenta atividade antibacteriana, antioxidante e antitumoral promissoras. |
[
3
] |
Antidiarreica e Broncodiladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol a 70%. Rendimento: 5,5%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,01 a 10 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10, 30 e 100 mg/kg. |
In vitro: Em jejuno isolado de coelhos e traqueia isolada de porquinhos-da-Índia incubados com acetilcolina, potássio, carbacol, diciclomina e extrato vegetal, com posterior análise da contratilidade da musculatura lisa (curva de controle concentração-resposta). In vivo: Em ratos Sprague-Dawley e camundongos Balb/c portadores de diarreia e broncoconstrição, induzidos por óleo de rícino e carbacol, respectivamente, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade antidiarreica e broncodilatadora. |
O extrato de A. vulgaris apresenta atividade antidiarreica, antiespasmódica e broncodilatadora, devido a ação combinada de mecanismos anticolinérgicos e antagonistas dos canais de cálcio. |
[
11
] |
Antifertilidade
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 200 g de material vegetal (seco) em 500 mL de metanol a 70%. Doses para ensaio: 300 e 600 mg/kg. |
In vivo: Em ratas Wistar prenhes e ovariectomizadas, tratadas com extrato vegetal, com posterior análise do número de implantação e atividade estrogênica, respectivamente. |
Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade antifertilidade, dose-dependente. |
[
15
] |
Antimalárica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 575 g material vegetal (pó) em éter dietílico, metanol e éter de petróleo (1:1:1). Doses para ensaio: 250 a 1000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos ICR infectados com Plasmodium berghei, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parasitemia. |
Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade antimalárica, dose-dependente, significativa. |
[
17
] |
Antimalárica e Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (pó) em éter dietílico, metanol e éter de petróleo (1:1:1). Doses para ensaio: 500 a 1000 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos ICR infectados por Plasmodium berghei, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da temperatura corporal, contagem de trombócitos e dos testes da placa quente, movimento da cauda e contorções abdominais induzidas por ácido acético. |
O extrato de A. vulgaris apresenta atividade antimalárica, antinociceptiva e antitérmica, principalmente na dose de 1000 mg/kg, além de reverter a trombocitopenia/trombocitose. |
[
12
] |
Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea (exceto flores) |
Extrato:100 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de etanol a 50%. Rendimento: 12 a 16%. Doses para ensaio: 10 a 1000 mg/kg. Outra espécie em estudo: Achillea millefolium. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes rota-rod, atividade motora espontânea, placa quente, contorções abdominais induzidas por ácido acético, formalina e trânsito intestinal. |
Observou-se que ambos os extratos vegetais apresentam atividade antinociceptiva leve, contudo, não alteram a motilidade intestinal. |
[
14
] |
Antiparasitária (triquinelose)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol. Doses para ensaio: 300 e 600 mg/kg. Outra espécie em estudo: Artemisia absinthium. |
In vivo: Em ratos albinos Wistar infectados por Trichinella spiralis (adultos, fase enteral e larvas encapsuladas, fase parenteral), tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de triquinoscopia, digestão artificial, parâmetros histopatológicos e sorológicos. |
Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade contra a triquinelose, mais potente, em ambas as fases, enteral e parenteral. |
[
20
] |
Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz |
Extrato metanólico. Concentrações para ensaio: 0 a 200 μg/mL. |
In vitro: Em células de cólon humano (HCT-15) incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT), ensaio clonogênico (violeta de cristal), níveis de espécies reativas de oxigênio (ERO's), potencial de membrana mitocondrial (MMP), migração celular e expressão de proteínas associadas à autofagia (Western blotting).
|
O extrato de A. vulgaris apresenta atividade antiproliferativa (CI50 = 50 µg/mL), sendo promissora para o tratamento de câncer de cólon. |
[
2
] |
Parte aérea |
Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em metanol/água. Frações: acetato de etila, diclorometano e n-hexano. Concentrações para ensaio: 20 a 2000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Artemisia annua, A. ciniformis, A. biennis, A. diffusa A. santolina, A. persica. |
In vitro: Em células de humanos de adenocarcinoma gástrico (AGS) e cólon (HT-29), de câncer uterino (HeLa) e de mama (MCF-7) e em fibroblasto de camundongos (L929), incubadas com o extrato e frações vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).
|
O extrato e frações das espécies de Artemisia apresentam atividade antiproliferativa, sendo a fração de acetato de etila de A. vulgaris mais potente para células MCF-7 (CI50 = 57 µg/mL). |
[
5
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e botão floral |
Óleo essencial: maceração de 334 g de material vegetal (botão floral) em 1,68 L de água, posteriormente submetido à hidrodestilação. Rendimento: 966 mg. Óleo essencial: maceração de 600 g de material vegetal (folha fresca) em água, posteriormente submetido à hidrodestilação. Rendimento: 560 mg. Concentrações para ensaio: 0 a 2 µg/mL. |
In vitro: Em células humanas de leucemia promielocítica aguda (HL-60), leucemia linfocítica T aguda (Jurkat), leucemia mieloide crônica (K-562), carcinoma hepatocelular (HepG2), adenocarcinoma de mama (MCF7), adenocarcinoma de próstata (PC-3), adenocarcinoma cervical (HeLa), renais embrionárias (HEK-293) e fibroblastos de pele (BJ), e fibroblastos pulmonar de hamster (V79-4), incubadas com óleos essenciais, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), apoptose (citometria de fluxo), fragmentação do DNA, atividade de caspase (3, 8 e 9), potencial de membrana e expressão de caspases, citocromo c, Bcl-2, Apaf-1 e XIAP (Western blotting).
|
Os óleos essenciais de A. vulgaris apresentam atividade antitumoral por apoptose, além de baixa de citotoxicidade para células normais. |
[
6
] |
- |
Extrato. Concentração para ensaio: 50 µg/mL. |
In vitro: Em culturas de células de câncer de mama (MDA-MB-231, MDA-MB-468, MDA-MB-453 e MCF-7) incubadas com extratos vegetais, na presença ou ausência de TRAIL (ligante indutor de apoptose relacionado ao fator de necrose tumoral), com posterior análise de viabilidade celular e expressão de caspase-3, PARP, XIAP, MCL-1 e p65 (Western blotting).
|
Neste estudo, dentre os 138 extratos vegetais, Uvaria dac, Artemisia vulgaris, Cortia depressa, Dichasia bengalensis, Cinnamomum obtusifolium apresentam atividade antitumoral, com sinergismo quando associado ao TRAIL, principalmente para células MDA-MB-231 e 468. |
[
7
] |
Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Rendimento: 0,1% (p/p). Concentrações para ensaio: 3,7 a 100 μg/mL. Outras espécies em estudo: Lippia alba, Lippia origanoides e Origanum vulgare. |
In vitro: Em células Vero incubadas com os óleos essenciais, com posterior análise de citotoxicidade (MTT); e células Vero, pré-tratadas ou não com os óleos essenciais, infectadas pelo vírus da febre amarela (YFV), pré-incubados ou não com os óleos essenciais, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e a replicação viral.
|
Os óleos essenciais em estudo apresentam atividade antiviral, por inativação direta do vírus, além de ausência de citotoxicidade. |
[
19
] |
Citotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato metanólico (1:10 p/v). Concentrações para ensaio: 0 a 200 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em cultura de células leucêmicas (TCC-S, TCCY, HL60, KU-812 e KOPB-26) e de células Vero incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (Azul de tripano), alterações morfológicas (Microscópio invertido).
|
Neste estudo, das 17 espécies vegetais, A. vulgaris apresenta citotoxicidade potente, dependente da concentrações e tempo de incubação. |
[
1
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: infusão de 1,4 g de material vegetal em 200 mL de água. Rendimento: 20%. Concentrações para ensaio: 1 a 1000 μg/mL. Doses para ensaio: 4 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. In vivo: Em camundongos Swiss (Mus musculus) portadores de hepatotoxicidade induzida por tetracloreto de carbono, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, ALP, CAT, SOD, GST, LPO, GSH e proteínas) e histopatológicos e níveis de marcadores inflamatórios hepáticos (MPO, NAG, NO, TNF-α e IL-1β). |
O extrato de A. vulgaris apresenta atividade hepatoprotetora, por modulação das citocinas hepáticas e ação antioxidante. |
[
9
] |
Parte aérea |
Extrato metanólico a 70%. Rendimento: 5,5%. Doses para ensaio: 150, 300 e 600 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb-C portadores de lesões hepáticas induzidas por galactosamina e LPS, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de ALT e AST. |
O extrato metanólico de A. vulgaris apresenta atividade hepatoprotetora, dose-dependente. |
[
4
] |
Folha |
Extrato (23:1): maceração do material vegetal (pó) em metanol. Concentração para ensaio: 150 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb/c portadores de hepatocarcinogênese induzida por dietilnitrosoamina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ASAT, ALAT, γ-GT, LDH, 5NT, G6DPH, AFP, albumina e bilirrubina). |
Observou-se que o extrato de A. vulgaris apresenta atividade hepatoprotetora, sendo promissora para o tratamento de carcinoma hepatocelular. |
[
8
] |
Hiperglicêmica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (seco) em metanol. Dose para ensaio: 5 mg/20 g. Outras espécies estudo: Eucalyptus tereticornis, Solanum nigrum, Vitex negundo, Nopalea cochinellifera, Imperata cylindrica e Syzygium cumini. |
In vivo: Em camundongos Swiss Webster portadores de diabetes induzida por glicose e tratados com extratos vegetais, simultaneamente, com posterior análise de níveis de plasmáticos de glicose em jejum. |
Os extratos de S. cumini, E. tereticornis e V. negundo apresentam atividade hipoglicemiante, enquanto que A. vulgaris e N. cochinellifera demonstra ação hiperglicêmica. |
[
18
] |
Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 243 g do material vegetal em clorofórmio e metanol. Rendimento: 7,9 e 7,52 g, respectivamente. |
In vitro: Em íleo e traqueia isolados de porquinhos-da-Índia (Dunkin-Hartley), incubados com os extratos vegetais, 5-hidroxitriptamina, histamina, metacolina e β-feniletilamina, com posterior análise da contratilidade muscular (atividade antagônica em receptores biogênicos de amina).
|
Os extratos de A. vulgaris apresentam ação antagonista competitiva especifica de receptores H1 no íleo e traqueia, propiciando o relaxamento muscular. |
[
10
] |
Vasoconstritora e Relaxante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 5 g de material vegetal (pó) em 100 mL de água. Concentrações para ensaio: 50 a 500 µl/5 mL. |
In vitro: Em artérias basilares porcinas, com ou sem endotélio, incubados com extrato vegetal, PD12339 (antagonista do receptor AT2), Nω-nitro-L-arginina (inibidor da óxido nítrico sintase), metiotepina (antagonista do receptor 5-HT1 e 5-HT2), cetanserina (antagonista do receptor 5-HT2), nifedipina (bloqueador do canal de cálcio), vermelho de rutênio (bloqueador do receptor de rianodina), losartan (antagonista do receptor AT1) e difenidramina (antagonista de receptor H1), captopril (inibidor de ECA), atenolol (antagonista do receptor β1), cimetidina (antagonista do receptor H2) e CaCl2 (indudor de contração) com posterior análise da tensão arterial em repouso e contratilidade muscular e níveis de cálcio intracelular livre. Em células de músculo liso embrionárias torácicas (A-10) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de cálcio intracelular livre.
|
O extrato de A. vulgaris altera a contratilidade muscular, por estímulo/inibição dos canais de cálcio e ação dos receptores 5-HT. |
[
16
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Parte aérea seca |
100 g |
Parte aérea fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de parte aérea seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de parte aérea fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Convulsões, cólicas, dismenorreia e irregularidade menstrual.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Fase A: (infusos/decoctos) |
|
Água destilada |
1000 mL |
Artemisia vulgaris (parte aérea seca) |
25 g |
Bromelia antiacantha (fruto fresco) |
20 g |
Carica papaya (flor seca) |
12,5 g |
Cucurbita pepo (semente sem casca seca) |
5 g |
Foeniculum vulgare (fruto maduro e seco) |
25 g |
Mentha spicata (parte aérea seca) |
50 g |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
10 g |
Fase B: (alcoolaturas) |
|
Artemisia vulgaris (folha) |
12,5 mL |
Carica papaya (flor) |
6,25 mL |
Cucurbita pepo (flor) |
2,5 mL |
Foeniculum vulgare (folha) |
12,5 mL |
Mentha spicata (parte aérea) |
25 mL |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
5 mL |
Nipagin® 0,2% |
2 g |
Fase A: colocar as plantas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.
Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.
Verminoses em geral.
Uso oral: crianças de 1 a 7 anos, tomar 1 colher de café, 3 vezes ao dia, por 7 dias; crianças de 7 a 12 anos, tomar 1 colher de chá, 3 vezes ao dia, por 7 dias; adolescentes com 12 anos ou mais e adultos, tomar 1 colher de sobremesa, 3 vezes ao dia, por 7 dias.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Convulsões, cólicas, dismenorreia e irregularidade menstrual.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas vezes ao dia.
Uso oral: crianças acima de 7 anos devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos
antêmico, fórmico, isobutírico, isovalérico, málico, succínico e tânico.
Ácidos fenólicos
cafeico, clorogênico, ácido 3,5-di-O-cafeoilquínico e ácido 1,5-di-O-cafeoilquínico.
Carotenoides
Cumarinas
esculetina, esculina, umbeliferona e escopoletina.
Fitosteróis
sitosterol e estigmasterol.
Flavonoides
quercetina, rutina, eriodictiol, apigenina, kaempferol, aromadendrino, tricina, jaceosidina, eupafolina, crioseriol, diosmetina, luteolina, eriodictiol e isorhamnetina.
Lactonas sesquiterpênicas
tauremisina, pilostaquina, vulgarina, arglabina (guaianolida tóxica), eudesmanoácidos, eudesmanodiol, iomogina e artemisinina.
Minerais
cálcio, magnésio, enxofre, cobre, rubídio, titânio, estrôncio, níquel, fósforo, manganês, molibdênio, potássio, iodo, ferro e zinco.
Óleos essenciais
cânfora, canfeno, germacreno D, tuiona, linalol, 1,8-cineol, β-cariofileno, óxido de cariofileno, γ-muuroleno, α e β-tujona, trans-tujona, 4-terpineol, borneol, espatulenol, α-cadinol, fechona, felandreno, fenol, fernerol, limoneno, α- e β-pineno, sabineno, p-cimeno, terpineno, terpinoleno, cadineno, curcumeno, α-zingibereno, acetato de cis-crisantenila, neril 2-metilbutanoato, β-eudesmol e bornil 3-metilbutanoato.
Outras substâncias
adenina, estragol, inositol, lamirina e santonina.
Poliacetilenos
Polissacarídeos
inulina.
Princípios amargos
Saponinas
Taninos
Triterpenos pentacíclicos
Vitaminas
A, B, C e D.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 7 dias[1,2].
em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, crianças abaixo de 7 anos (neste caso utilizar na forma de diluição), gestantes (podendo ser indicada no trabalho de parto ou pós-parto), lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3,4,5,6].
o uso in natura pode causar excitação do sistema nervoso central, vasodilatação, convulsões e reações alérgicas. Pode agravar os quadros de refluxo gastroesofágico, e colites inespecíficas se uso prolongado ou dose elevada. Dermatite de contato pode ocorrer em alguns casos[1,2,3].
o uso concomitante com anticoagulantes pode aumentar os riscos de hemorragias. Para os casos de Parkinson ou epilepsia, pode associar com Passiflora spp., Melissa officinalis e Lippia alba. Potencializa o efeito de substâncias depressoras do sistema nervoso central[1,2,4].
Referências bibliográficas
pode ser realizada por estacas a partir dos ramos ou por divisão de touceiras. Estacas a partir dos ramos devem medir 20 cm de comprimento, com no mínimo 3 gemas, sendo que 2 gemas devem ser introduzidas em sacos plásticos contendo substrato, solo e areia (3:2:1), e a parte superior da estaca deve conter folhas cortdas ao meio. As mudas preparadas por estacas devem permanecer em viveiros por 60 dias e após este período serem transplantadas para local definitivo. As mudas obtidas a partir da divisão de touceiras, podem ser transferidas diretamente para o local de cultivo definitivo [ 1 ] .
pode ser realizada a partir do oitavo mês do plantio e deve ser feita, segundo a sabedoria popular, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que as partes subterrâneas devem ser colhidas na lua minguante [ 1 ] .
adapta-se melhor em solos secos e pobres, em altitudes mais elevadas e clima mais ameno (temperado ou subtropical). Necessita de iluminação plena [ 1 ] .
Referências bibliográficas