Originária do Iêmen na Península da Arábia, sendo cultivada em várias regiões tropicais do mundo, como México, Colômbia, Etiópia e Brasil onde o cultivo do café é uma atividade de grande importância para a economia do país. Suas principais indicações são: antioxidante, anti-inflamatória (boca e faringe), antidiarreica, diurética, febrífuga, tônica do sistema nervoso central (transtornos mentais), analgésica (enxaqueca), tônica (performance) depurativa, hipoglicemiante, hipolipemiante, broncodilatadora e hipotônica[1,2,3,4,5,6].
Arvoreta ou arbusto grande, perene, ereto, com até 8 m de altura, muito ramificado, com copa densa e alongada, os ramos jovens são glabros e achatados, com muitos brotos nos entrenós; as folhas são simples, elípticas a oblongas, opostas, glabras, coriáceas, com superfície brilhante, de 8 a 20 cm de comprimento x 2,5 a 6 cm de largura; inflorescências densa, axilares, em cachos, com 10 a 20 flores em glomérulos, brancas e suavemente perfumadas; os frutos são do tipo baga, elipsoide, de 10 a 18 mm de comprimento x 12 a 15 mm de largura, de cor verde, depois amarelo escuro ou vermelho quando maduros; as sementes são em dupla, plano-convexas[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Café | Brasil | Fruto | Para aumentar a força muscular. |
Infusão: 1 a 2 colheres de sobremesa da droga vegetal em pó em 200 mL de água fervente (1 xícara). Deixar em repouso por 3 minutos e coar em filtro de papel. |
Ingerir de 20 a 30 minutos antes da prática de exercícios físicos (de preferência com estomago vazio). |
Usar com cautela na associação com broncodilatadores xantínicos (teofilina, aminofilina e acebrofilina), estimulantes do SNC, glicosídeos cardiotônicos e antiarrítmicos. Evitar o uso em excesso nos quadros de gastrite, úlcera péptica e duodenal, síndrome do cólon irritável, epilepsia, cardiopatia, nefropatia e hipertensão. |
[
1
]
|
Café | Ceará (Brasil) | Semente | Antifebril. |
Infusão. |
Uso oral. |
- |
[
2
]
|
- | Haiti | Folha | Para “limpar o sangue”. |
Decocção: cozinhar as folhas com sal. |
- |
- |
[
3
]
|
Café | Brasil | Semente (crua) | Hipoglicemiante. |
Infusão. |
Tomar 1 xícara ou mais ao dia. |
- |
[
3
]
|
Café | Brasil | Semente (tostada) | Afecções oculares. |
Infusão. |
Diluir o preparado em partes iguais com água, lavar os olhos ou fazer compressas locais. |
- |
[
3
]
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Café | Etiopia, Quênia, África do Sul e Tanzânia | Semente | Estimulante do sistema nervoso central. |
- |
- |
- |
[
4
]
|
- | Haiti e República Dominicana | Folha | Depurativa. |
Decocção. |
Uso oral. |
- |
[
5
]
|
- | República Dominicana | Folha | No tratamento de parasitoses. |
Decocção: em associação com outras plantas. |
Uso oral. |
- |
[
5
]
|
- | República Dominicana | Semente | No tratamento da pneumonia. |
Decocção: em associação com outras plantas. |
Uso oral. |
- |
[
5
]
|
- | República Dominicana | Semente | No tratamento de vertigens e hepatite. |
Decocção: material vegetal torrado. |
Uso oral. |
- |
[
5
]
|
- | Cuba | Folha | Vermífuga. |
- |
- |
- |
[
5
]
|
- | Venezuela | Semente | Febrífuga. |
- |
- |
- |
[
5
]
|
- | Trindade | Semente | No tratamento da icterícia. |
Torrada. |
- |
- |
[
5
]
|
- | Bacia do Caribe e América Latina | Semente | Antirreumática. |
- |
- |
- |
[
5
]
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Referências bibliográficas
Anti-adipogênica e Lipolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (verde, vermelho e amarelo) |
Extrato: decocção do material vegetal (seco ou fresco) em água fervente. Doses para ensaio: 200, 400, 800 e 1000 µg/mL. |
In vitro: Em adipócitos 3T3-L1 tratados com extrato vegetal, e em pré-adipócitos submetidos ao ensaio MTT.
|
Observou-se que todos os frutos de C. arabica em estudo apresentaram atividades anti-adipogênica e lipolítica, principalmente o extrato do fruto vermelho e seco, sem alterar a viabilidade celular. |
[
2
] |
Anti-hiperlipidêmica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato aquoso: infusão de 100 g do material vegetal (seco) em água. |
In vitro: Em células de adenocarcinoma de colorretal humano (Caco-2) e em alças jejunais isoladas de ratos, tratadas com o extrato vegetal, submetidas a investigação quanto ao transporte de colesterol e análise de expressão proteica. In vivo: Em ratas portadoras de hipercolesterolemia induzida por dieta hipercalórica, tratadas com o extrato vegetal, com posterior avaliação do peso corporal e perfil lipídico. |
Observou-se que C. arabica apresenta atividade anti-hiperlipidêmica, pois reduz o transporte e a absorção de colesterol. |
[
4
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em água, e metanol. Outras espécies em estudo: Oregano vulgare e Thymus vulgaris. |
In vitro: Em monócitos humanos (U937) contendo três sítios de ligação para NF-κB acoplados ao gene repórter Luciferase, incubados com extrato vegetal e LPS, com posterior adição de D-luciferina para e análise da luminescência. Avaliar a ligação do DNA às proteínas da família NF-κB (p65 e ReIR).
|
Observou-se que a combinação de C. arabica e O. vulgare, apresentou efeito sinergético significativo, na inibição de NF-κB, dose-dependente. |
[
17
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (verde) |
Extrato: 18 g do material vegetal (torrado e moído) em água. Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vitro: Em macrófagos de ratos RAW 264.7 para o ensaio de Luciferase. In vivo: Em camundongos C57BL pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior indução do sistema imune por LPS, e análise de parâmetros bioquímicos (ALT e GSH) e de expressão proteica. |
Observou-se que C. arabica apresenta atividades antioxidante e anti-inflamatória, principalmente nas temperaturas e tempo de torrefação mais baixos (180-199°C, por 8 horas, e 180-204°C, por 9 horas). |
[
5
] |
Fruto |
Extrato: 18 g do material vegetal (torrado e moído) em água. Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante (radicais DPPH e ABTS). Em hepatócitos de camundongos (AML-12) e em macrófagos de ratos (RAW 264.7) (tratados com LPS), submetidos a avaliação da atividade antioxidante (níveis de GSH e expressão gênica) e anti-inflamatória (expressão de citocinas pró-inflamatórias).
|
Observou-se que os extratos de C. arabica provenientes de torrefação leve (180-199°C, por 8 horas, e 180-204°C, por 9 horas), apresentaram concentrações maiores de ácido clorogênico, bem como ação antioxidante e anti-inflamatória mais potentes. |
[
7
] |
- |
Extrato: contendo 48,3 ± 0,4 mg/g de ácido clorogênico. Doses para ensaio (in vitro): 1 a 1000 µL/mL, e (in vivo): 100 e 200 µL/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante pelos ensaios: redução de potência, atividade quelante do íon ferroso, eliminação dos radicais hidroxila (OH-) e superóxido (O2) e capacidade de eliminação de peróxido de hidrogênio (H2O2). Em fibroblastos humanos (Hs68) expostos à radiação ultravioleta (UV), incubados com o extrato vegetal, e posterior análise da atividade antioxidante (ROS, CAT, imunoensaio e imunofluorescência). In vivo: Em ratas BALB/cAnN.Cg-Foxn1nu/CrlNarl (ausência da pelagem) submetidas ao fotoenvelhecimento induzido por ultravioleta (UVB) e tratadas externamente com o extrato vegetal, com posterior análise imuno-histológica (MMP-1, IL-6 e NF-kB). |
Observou-se que o extrato de C. arabica apresenta atividades antioxidante e anti-inflamatória, além de reduzir o fotoenvelhecimento. |
[
8
] |
Antifotoenvelhecimento
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: material vegetal (seco) em metanol. |
In vitro: Determinar a produção de metaloproteinases (substrato) após emissão de fluorescência e a atividade da enzima elastase (pâncreas suíno). Em eritrócitos de ratos SD submetidos ao ensaio de hemólise, e em fibroblastos humano (Hs68) submetidos a radiação UVB, com posterior análises de viabilidade celular, síntese de colágeno e expressão proteica (JNK, ERK e p38).
|
Observou-se que o extrato das folhas de C. arabica apresenta atividade antifotoenvelhecimento, pois estimula a produção de colágeno e inibe a expressão de enzimas envolvidas no envelhecimento celular. |
[
20
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (levemente torrado) |
Extrato aquoso: solução à 10% (p/v). Dose para ensaio: 7,5 mL/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar tratados com extrato vegetal e submetidos a análise de parâmetros bioquímicos (CAT, TBARS e CARB) e hematológicos (dosagem de GSH e H2O2). |
Observou-se que o extrato de C. arabica apresenta atividade antioxidante endógena, devido ao aumento dos níveis e GSH. |
[
3
] |
Fruto |
Extrato aquoso: 10% (p/v), material vegetal torrado à 215°C, em 4 diferentes valores de tempo. |
In vitro: Em células endoteliais EA.hy926 e mioblastos C2C12 incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de GSH, ROS, CARB e TBARS, e submetidas o ensaio XTT.
|
Observou-se que o C. arabica apresenta atividade antioxidante, contudo o aumento do tempo de torrefação compromete esta ação. Não houve citotoxicidade significativa. |
[
6
] |
Fruto |
Extrato: infusão de 5, 10 e 20 g do material vegetal, orgânico e convencional (pó), em 100 mL de água. Dose para ensaio: 100 mL/kg. Pó, dose para ensaio: 40 g/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar tratados com extrato vegetal ou pó, orgânico ou convencional, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (hepático e sorológico), teste de campo aberto e carcinogênese do cólon (focos de criptas aberrantes). |
O material orgânico apresentou maior concentração de ácido clorogênico e trigonelina, contudo, as infusões (orgânico e convencional) de C. arabica apresentaram atividade antioxidante, sem alterar significativamente o comportamento, porém não houve alteração quanto a indução e prevenção de lesões pré-neoplásicas. |
[
9
] |
Fruto |
Extrato aquoso: pó, contendo 3% de cafeína. Dose para ensaio (in vitro): 50, 100 e 200 µg/mL, e (in vivo): 100 e 300 mg/kg. |
In vitro: Em macrófagos isolados de ratos SD pré-tratados com extrato vegetal, e incubados com LPS, para avaliar a produção de óxido nítrico (NO). In vivo: Em ratos portadores de fibrose hepática induzida por dimetilnitrosamina, tratados com o extrato vegetal, e posterior análise de parâmetros bioquímicos, histopatológicos, imuno-histoquímicos, peroxidação lipídica e expressão proteica. |
Observou-se que C. arabica apresenta atividade antioxidante, com ação protetora da fibrose hepática, pela supressão das citocinas TGF-β e PDGF-β. |
[
10
] |
Extrato: 10 g do material vegetal, verde ou submetidos a torrefação (claro, médio e escuro) (pó) em 20 mL de água fervente e 20 mL de metanol. Concentração (estoque): 2 g/mL. Outra espécie em estudo: Coffea robusta. |
In vitro: Em células U937 3xκB-LUC contendo três sítios κB acoplados ao gene repórter Luciferase, incubadas com LPS, e em células HepG2 contendo duas sequências EpRE acopladas ao gene repórter Luciferase, ambas as linhagens celulares foram incubadas com o extrato vegetal. In vivo: Em ratos transgênicos com sítios de ligação NF-κB controlando o gene repórter Luciferase, tratados com LPS, e em camundongos transgênicos EpRE, ambos tratados com dose única do extrato vegetal. |
Observou-se que C. arabica apresenta atividades anti-inflamatória (inibe NF-κB) e antioxidante (induz Nrf2/EpRE), principalmente após o processo de torrefação. |
[
11
] |
|
Fruto |
Extrato aquoso: decocção de 6 g do material vegetal, verde ou submetidos a torrefação (claro, médio e escuro) (pó) em 100 mL de água. Outra espécie em estudo: Coffea robusta. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante pelo sistema de co-oxidação β-caroteno/ácido linoleico. Em microssomas hepáticos de ratos Wistar submetidos ao ensaio de peroxidação lipídica (TBA).
|
Observou-se que os extratos a partir do fruto verde, apresentaram atividade antioxidante potente, enquanto que os extratos a partir do fruto torrado apresentaram maior ação protetora da peroxidação lipídica, e a espécie C. robusta, apresentou maior ação redutora. |
[
13
] |
Fruto |
Extrato hidroalcoólico: 300 g do resíduo do fruto verde em 1500 mL de etanol à 70%, e 250 g do fruto verde em 1250 mL de etanol à 70%. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH, ABTS e AAPH/piranina. Em queratócitos humanos (HaCat), fibroblastos humanos (HDFa) e em hepatoma humano (HepG2) tratadas com o extrato do resíduo do fruto verde, e submetidas ao ensaio MTT.
|
Observou-se que ambos os extratos de C. arabica apresentaram atividade antioxidante, sendo relatado também ausência de citotoxicidade para o extrato do resíduo do fruto verde. |
[
15
] |
Fruto |
Extrato aquoso: material vegetal submetido ao processo de torrefação (210 e 240°C/15 minutos), ou não, com posterior adição de água quente. Concentração para ensaio: 0,02 a 2,5 mg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de absorção de radicais de oxigênio (ORAC). Em células de adenocarcinoma de colorretal humano (Caco-2) tratadas com extrato vegetal, e submetidas aos ensaios MTT, de oxidação intracelular e de expressão proteica (GPX2, SRXN1, TXNRD1, PRDX1, PDRX4 e PDRX6).
|
Observou-se que o extrato dos frutos de C. arabica submetidos ao processo de torrefação apresentaram atividade antioxidante mais potente. |
[
19
] |
Antioxidante e Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Fruto |
Extrato aquoso: material vegetal verde ou submetido a torrefação. Concentrações para ensaio: 0, 0,5, 5 e 50 ng/mL. |
In vitro: Em culturas de células neuronais primárias de ratos C57/BL6 tratadas com o extrato vegetal e incubadas com peróxido de hidrogênio (H2O2), submetidas aos ensaios MTT, imuno-histoquímico e de expressão proteica (ERK1/2 e JNK).
|
Observou-se que C. arabica apresenta atividade antioxidante e neuroprotetora, principalmente para o extrato a partir dos frutos torrados. |
[
12
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato aquoso: material vegetal verde e torrado. Concentrações para ensaio: 0, 125, 250 e 500 µg/mL. |
In vitro: Em células de câncer de mama (MCF-7) submetidas ao ensaio de incorporação vermelho neutro, e em linfócitos periféricos humanos normais (HPBL) submetidas ao ensaio do Cometa.
|
Observou-se que C. arabica apresenta citotoxicidade para a linhagem cancerígena, com ausência de toxicidade, em baixas concentrações, para células normais. |
[
14
] |
Equilíbrio de componentes dermatológicos
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (verde) |
Óleo. Concentrações para ensaio: 3,12, 6,25, 12,5, 25,0 e 50,0 mg/mL. |
In vitro: Em fibroblastos e queratinócitos humanos normais incubados com o óleo vegetal, com posterior quantificação de fatores de crescimento (TGF-β1 e GM-CSF) e componentes da matriz extracelular dérmica (colágeno, elastina e glicosaminoglicanos), e análise de expressão proteica (AQP-3), e em pele humana proveniente de cirurgia plástica facial (biópsia) incubada com o óleo vegetal e peróxido de hidrogênio, com posterior análise imuno-histoquímica.
|
Observou-se que o óleo do fruto verde de C. arabica estabelece o equilíbrio dermatológico, pois estimula a liberação dos fatores de crescimento, a síntese dos fatores da matriz extracelular dérmica e a expressão de aquaporina-3, principalmente na concentração de 25,0 mg/mL. |
[
21
] |
Estrogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 8 g do material vegetal (pó) em 140 mL de água à 95°C. Concentração final: 8,4 mg/mL. |
In vitro: Em células de adenocarcinoma de colorretal humano, submetidas a análise de expressão do gene SUL1IE1 (enzima sulfotransferase de estrogênio).
|
Observou-se que C. arabica apresenta atividade estrogênica no cólon, pois reduz atividade da enzima sulfotransferase. |
[
18
] |
Hormonal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 10 g do material vegetal (torrado, em pó) em 30 mL de água à 100°C. |
In vitro: Em células embrionárias renais de humanos (HEK-293) contendo o gene 11β-HSD1, incubadas com o extrato vegetal, cortisona e cortisol, com posterior análise da atividade enzimática e da translocação do receptor de glicocorticoide.
|
Observou-se que C. arabica inibe a reativação do glicocorticoide dependente de 11β-HSD1, podendo influenciar na ação antidiabética. |
[
22
] |
Neutralizadora da degradação do triptofano
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 20 mg do material vegetal em água (quente e fria). |
In vitro: Em células mononucleares de sangue periférico humano pré-incubados com o extrato vegetal, e posteriormente com mitógeno fito-hemaglutinina, para avaliar o metabolismo de triptofano mediado por IFN-γ, bem como seus metabólitos (quinurenina e neopterina). Quantificar a atividade antioxidante através da capacidade de absorção de radicais oxigenados (ORAC).
|
Observou-se que o extrato de C. arabica neutraliza a degradação do triptofano, aumentando sua disponibilidade, para a biossíntese de serotonina, neurotransmissor responsável por diversas funções, dentre elas o humor. |
[
16
] |
Sistema metabólico
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto (verde e maduro) |
Pó. Doses para ensaio: 5,76, 11,42 e 17,18 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar tratados com café verde ou maduro, submetidos a prática de exercícios físicos, e posterior análise de parâmetros bioquímicos, antropométricos e enzimas musculares. |
Observou-se que o fruto de C. arabica (verde e maduro) reduz a gordura visceral e protege o tecido muscular contra lesões após a pratica de atividade física, contudo não houve alterações do peso corporal, nos níveis glicêmicos e lipidêmicos. |
[
1
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Alcoolatura |
|
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Flor fresca |
200 g |
Alcoolatura: pesar 200 g de flor fresca e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Sintomas de inquietação ou agitação em pessoas com transtornos mentais.
Uso oral: usar na forma diluída (DH1 a DH5), 5 gotas, 1 a 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
cafeico e clorogênico.
Alcaloides
trigonelina.
Aminoácidos
Diterpenos
caffruenol A e B, caffruolide A e B, caffarolides A-H e cafestol.
Metilxantinas
cafeína, teofilina e teobromina.
Óleos essenciais
ácidos palmítico, esteárico, oleico, linoleico, linolênico, araquídico e beénico.
Outras substâncias
ácido ferúlico, kahweol, 3,4,5-ácido cafeoilquínico, pirocatecol e poliaminas.
Polissacarídeos
hemicelulose, glalactomananas e lipídeos insaponificáveis.
Proteínas
Sais minerais
potássio, sódio, cálcio e magnésio.
Taninos
Vitaminas
niacina e tocoferol.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].
recomenda-se cautela em pacientes com problemas cardiovasculares, doenças renais, hipertireoidismo, maior disposição para convulsões e distúrbios psíquicos (pânico). Evitar o uso na gravidez, a ingestão de cafeína nestes casos não deve exceder a dosagem de 300 mg/dia (3 xícaras de café divididas ao longo do dia). A ingestão de cafeína deve ser evitada durante a lactação, pois pode prejudicar o sono do lactente[3].
doses elevadas de cafeína podem ser mutagênicas, teratogênicas e carcinogênicas. Sintomas de ansiedade, tensão e disforia foram relatados após o consumo de 400 mg de cafeína (ou mais). Pode provocar hiperacidez e irritação estomacal, diarreia e redução do apetite, devido a presença do ácido clorogênico. O uso prologado de dosagens superiores a 1,5 g/dia de cafeína pode provocar inquietação, irritabilidade, insônia, taquicardia, espasmos arrítmicos de diferentes músculos, tontura, vômito, diarreia, perda de apetite e dor de cabeça. Quadros de dependência (cafeinismo) pode ocorrer, provocando problemas psíquicos e físicos, e os sintomas de abstinência são dor de cabeça e distúrbios do sono[2,3,4,5].
Referências bibliográficas