Originária do Cerrado e litoral brasileiros. Ocorre também no Paraguai, Uruguai e Argentina. No Brasil a região Sudeste é o local onde se concentra uma maior distribuição desta espécie. Suas principais indicações são: analgésica, anti-inflamatória, antiofídica, antimalárica, antitérmica, estimulante da consolidação de fraturas, importante no tratamento da leishmaniose, vitiligo e psoríase[1,2,3,4].
Planta herbácea, perene, rasteira, rizomatosa, aromática, de até 25 cm de comprimento; folhas simples, de 8 cm de comprimento e 6 cm de largura, reniformes ou ovais, radicais, finamente denteadas, coriáceas, ásperas, com pecíolos pubescentes e longos; flores pequenas reunidas em receptáculo carnoso e unissexuais; raiz tuberosa simples ou ramificada, rugosa, grossa e fibrosa, com 10 cm de comprimento[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Carapiá, taropé, caapiá-assu e eiga-eiga | Brasil | - | Antirreumática, Expectorante, antitérmica (febre intermintente), antidiarreica, Antidisentérica, tônica digestiva, no tratamento de irregularidade menstrual, orquite e afecções cutâneas. |
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1
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- | Argentina | Folha | febrífuga, diaforética, diurética e emenagoga. |
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1
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- | Paraguai | - | No tratamento da infertilidade. |
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Contra-erva | Ceará (Brasil) | Raiz | antitussígena, Antitérmica, emenagoga, no tratamento de bronquite e irregularidades menstruais. |
Infusão. |
Uso oral. |
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2
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Carapiá | Distrito de Nossa Senhora Aparecida do Chumbo-MT (Brasil) | Raiz | antigripal, laxante, emenagoga, Antidisentérica, analgésica, no tratamento de pneumonia, problemas renais e no pós-parto. |
Infusão, decocção ou xarope. |
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3
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Referências bibliográficas
Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Raiz |
Extrato: 10% do material vegetal (seco) ou 20% do material vegetal (fresco) em água. Doses para ensaio: 1,0 ou 2,0 g/kg, respectivamente. Outras espécies em estudo: Chiococca brachiata (raiz), Elephantopus scaber (folha), Mikania glomerata (folha), Trianosperma tayuya (raiz), Casearia sylvestris (folha e casca), Cynara scolymus (folha), Marsypianthes chamaedrys (folha), Apuleia leiocarpa (casca e cerne) e Brunfelsia uniflora (folha). |
In vivo: Em ratos albinos submetidos a contorções abdominais induzidas por ácido acético, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da presença e intensidade do corante azul de Evans na cavidade abdominal. |
Observou-se que D. brasiliensis não apresenta atividade anti-inflamatória e analgésica significativas, sendo os extratos de C. scolymus e A. leiocarpa os mais potentes. |
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1
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Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
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1
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Alcoolatura |
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Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Rizoma fresco |
200 g |
Alcoolatura: pesar 200 g de rizoma fresco, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Processos inflamatórios cutâneos, vitiligo e fraturas ósseas.
Uso oral: apenas em diluições decimais, tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Referências bibliográficas
Ácidos
benzoico, cítrico, málico, tartárico e secrópico.
Cumarinas
umbeliferona.
Diterpenoides
tipo isopimarano.
Fitosteróis
estigmasterol.
Flavonoides
quercetina, quercitrina e amentoflavona.
Furanocumarinas
psoraleno, bergapteno e dorstenina.
Óleos essenciais
Outras substâncias
bartericina A e B, isobavachalcone, 4-hidroxilonchocarpin, dorsmanina F, 6,8-diprenileridictiol, secropina e caapina.
Taninos
Triterpenoides
ácido dorstênico A e B (tipo seco-adianano).
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Esta espécie apresenta certo grau de toxicidade, devendo-se usar por tempo limitado (30 a 40 dias), ou em doses mais diluídas por mais tempo[1].
em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].
pode provocar fotossensibilização cutânea, devido à presença de furanocumarinas e psoralenos[1].
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
por rizomas [ 1 ] .
a colheita das partes aéreas das plantas deve ser realizada, segundo a sabedoria popular, preferencialmente pela manhã, na lua cheia ou nova, enquanto que as partes subterrâneas devem ser colhidas na lua minguante [ 1 ] .
Referências bibliográficas