Originária do México, muito difundida na América Central e do Sul. No Brasil é considerada erva daninha, e seu cultivo para fins medicinais está restrito às hortas caseiras. Suas principais indicações são: vermífuga, antiespasmódica, digestiva, antirreumática, anti-inflamatória, regeneradora do tecido ósseo, antipirética, antifúngica e antimalárica[1,2,3,4,5,6].
Planta anual, com até 1,5 m de altura; os ramos são numerosos, delgados, caule ereto e glabro; as folhas são alternas, com os bordos mais ou menos sinuosos, oblongo-lanceoladas, denteadas, pecioladas (as da base) e sésseis, e glandulosas (folhas superiores), com pubescência rala e curta, e glandulífera na face dorsal, medindo 3 a 9 cm de comprimento x 1 a 4 cm de largura, são pronunciadamente aromáticas, canforáceas e amargas, de coloração verde-clara ou verde amarelada, e as sumidades apresentam aroma desagradável; as flores são bem verdes, minúsculas, envolvidas por cálices, em espigas densas ou panículas longas; os frutos são pequenos e delicados, do tipo aquênio, esféricos e escuros; as sementes são diminutas, pretas e lustrosas, lenticular com cerca de 1 mm de diâmetro, escura e brilhante (parecidas com lentilha). Toda a planta tem cheiro forte e característico[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Apasote | Cuba | Planta toda fresca | Antiparasitária, anti-hemorroidária, nas afecções renais, transtornos renais, cólicas e dores no estômago. |
Decocção. |
- |
- |
[
1
]
|
Paico e paico macho | Uruguai | Parte aérea | Anti-hemorroidária, antirreumática e resolutiva. |
Infusão. |
Uso externo. Na forma de banhos. |
- |
[
1
]
|
Paico, cashiva e caschua | Peru | Caule | Anti-hemorroidária e no tratamento de picada de insetos. |
Decocção. |
Uso externo. |
- |
[
1
]
|
Paico, cashiva e caschua | Peru | Folha | No tratamento de feridas. |
Decocção. Associar com folhas de mamão. |
Uso externo. |
- |
[
1
]
|
Epazote, epazote morado, ambrosía de México e bitia. | México | - | Antiparasitária |
Infusão. |
Uso interno. |
- |
[
1
]
|
Paico, cashiva e caschua | Peru | Planta toda ou folhas | Anti-helmíntica. |
Decocção ou sumo em água ou leite. |
Tomar em jejum. |
- |
[
1
]
|
Paico, cashiva e caschua | Peru | Planta toda | Antiespasmódica, estomáquica, orexígena, carminativa, diurética e antidispéptica. |
Infusão. |
- |
- |
[
1
]
|
Paico, cashiva e caschua | Peru | Semente | Antiparasitária. |
Óleo. |
- |
- |
[
1
]
|
Paico e paico macho | Uruguai | Parte aérea | Eupéptica, diaforética, carminativa, emenagoga, anti-helmíntica, febrífuga, antimalárica e no tratamento de bronquite. |
Infusão. |
Uso interno. |
- |
[
1
]
|
Paico, erva de Santa Maria, chá dos jesuítas e caa-ne | Argentina | - | Vermífuga. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Paico | Panamá | Planta toda | Anti-helmíntica, amebicida e antiasmática. |
Suco: 3 colheres (chá)/1 copo de água ou leite. |
Para crianças: tomar em jejum durante 5 dias. |
- |
[
1
]
|
Apazote | Nicarágua | - | Anti-helmíntica, antidiarreica, carminativa, dismenorreica e no tratamento de gastralgia. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Epazote e apezote | El Salvador | - | Anti-helmíntica e tratamento de gastralgia. |
Óleo. |
Uso interno. Posteriormente, usar purgativo (sulfato de magnésio). |
- |
[
1
]
|
Apazote, epazote e ipazote | Honduras | - | Antiparasitária, anti-hipertensiva, anti-inflamatória, antitussígena e no tratamento de gastralgia. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
- | México (Astecas) | - | Antidisentérica e no tratamento de picadas de insetos e lesões causadas por aranha. |
- |
- |
- |
[
1
]
|
Erva-de-Santa-Maria, ambrisina, apazote e mentrusto | Brasil | - | Estomáquica, anti-reumática e anti-helmíntica. |
- |
- |
- |
[
2
]
|
Erva-de-Santa-Maria, ambrisina, apazote e mentrusto | Brasil | Planta toda (triturada) | No tratamento de contusões e fraturas. |
- |
Compressa ou atadura. |
- |
[
2
]
|
Erva-de-Santa-Maria, ambrisina, apazote e mentrusto | Brasil | Folha | No tratamento de bronquite e tuberculose. |
Sumo. Associado com leite. |
Uso interno. |
- |
[
2
]
|
Erva-de-Santa-Maria | - | Vale do Jurema/MT (Brasil) | Cicatrizante de feridas, analgésica local, anti-helmítica, Antibiótica, antigripal, anti-inflamatória, útil no tratamento de lesões, contusões, regeneração óssea, gastrite, hepatite e infecção intestinal. |
- |
- |
[
3
]
|
|
Erva-de-Santa-Maria | São Luís/MA (Brasil) | Folha | Utilizado após extração de dente. |
- |
- |
- |
[
4
]
|
Mastruz | Bahia (Brasil) | Folha (fresca ou seca) | No tratamento de leishmania cutânea. |
Decocção. |
Uso externo: na forma de banho. |
- |
[
5
]
|
Pazote e hipazote | México | - | Anti-helmíntica e emenagoga. |
- |
- |
Esta planta apresenta ação abortiva. |
[
6
]
|
Mastruço | Ceará (Brasil) | Folha | Vermífuga, antitussígena, emoliente, útil no tratamento da coqueluche. |
Infusão. |
Uso interno. |
- |
[
7
]
|
Mastruço | Ceará (Brasil) | Folha (triturada) | Emoliente, anti-inflamatória, anti-infecciosa, útil nos casos de contusões, luxações e fraturas reduzidas. |
- |
Uso externo: aplicar no local. |
- |
[
7
]
|
Erva-de-Santa-Maria | Brasil | Folha e caule | Repelente de pulga e carrapatos. |
Infusão: 2 a 3 colheres (sopa) da droga vegetal rasurada em 2 L de água fervente (com o fogo apagado). Tampar bem. Deixar esfriar em infusão por no mínimo 20 minutos. Coar e aplicar após lavagem com sabão neutro. Não enxaguar devendo apenas retirar o excesso da infusão com toalha limpa. |
Uso externo. |
Planta altamente tóxica. Deve-se evitar o uso em pacientes com cardiopatia, nefropatia e hepatopatia. Não utilizar na gravidez e durante a lactação. |
[
8
]
|
Referências bibliográficas
Ansiolítica e Antipirética
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato aquoso: maceração 15 g do material vegetal (seco) em 50 mL de água. Rendimento: 4%. Doses para ensaio: 4, 12, 40 e 120 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos aos testes de labirinto em cruz elevado e de hipertermia induzida por estresse. |
O extrato aquoso de C. ambrosioides apresenta atividades ansiolítica e antipirética, principalmente na dose de 120 mg/kg. |
[
21
] |
Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato hidroalcoólico: 594 g do material vegetal (pó) em etanol à 70% (1:5 p/p). Rendimento: 16,03%. Doses para ensaio: 0,5, 5 e 50 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de osteoartrite de joelho induzido por monoiodoacetato de sódio. |
Observou-se que o extrato de C. ambrosioides apresenta ação anti-inflamatória e analgésica. |
[
11
] |
Anti-inflamatória e Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha ou caule |
Extrato etanólico: maceração do material vegetal (seco) em 12 L de etanol. Rendimento: 48,44 g (folha) e 24,42 g (caule). Doses para ensaio: 150, 300 e 500 mg/kg, e 1, 3 e 5%. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos a dor aguda induzida por formalina, prostaglandina, capsaicina e bradicinina; inflamação induzida por carragenina, substância P e bradicinina; inflamação tópica induzida por ácido araquidônico, óleo de cróton e capsaicina; pleurisia induzida por carragenina lambda; modelos de feridas por excisão e atividade motora em rota-rod. |
O extrato etanólico de C. ambrosioides apresenta atividades anti-inflamatória, analgésica e cicatrizante, principalmente nas doses de 500 mg/kg e 5%, não alterando o desempenho motor e temperatura corporal. |
[
17
] |
Antiartrítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato etanólico: maceração de 200 g do material vegetal (pó) em etanol à 70%. Rendimento: 10,4% (p/p). Concentrações para ensaio: 1 ou 5 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos DBA1/J portadores de artrite induzida por colágeno. |
O extrato etanólico de C. ambrosioides apresenta atividade antiartrítica, reduzindo os níveis de mediadores inflamatórios (IL-6 e TNF-α), principalmente na concentração de 5 mg/kg. |
[
6
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Concentração (in vitro): 1-512 mg/L, e dose para ensaio (in vivo): 49,32 mg/kg. |
In vitro: Em cepas de Helicobacter pylori submetidas ao método de diluição em ágar. In vivo: Em camundongos Kunming infectados com H. pylori. |
O óleo essencial de C. ambrosioides apresentou ação anti-Helicobacter, sendo comparada a terapia tripla (lanzoprazol, metronidazol e claritromicina). |
[
12
] |
Antibacteriana e Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. |
In vitro: Determinação da atividade antimicrobiana em Bacillus subtilis, Escherichia coli e Candida albicans.
|
O óleo essencial de C. ambrosioides apresenta atividade antibacteriana potente, contudo não houve ação antifúngica. |
[
13
] |
Antifertilidade
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato metanólico: 2 kg do material vegetal (pó) em metanol (1:10). Doses para ensaio: 50, 100 e 150 mg/kg, |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley tratados com o extrato vegetal e submetidos a avaliação do efeito antifertilidade. |
O extrato metanólico de C. ambrosioides reduz a fertilidade masculina, de modo reversível, principalmente em altas doses. |
[
5
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Óleo essencial: hidrodestilação. Isolado ou em associação com o óleo essencial de Cymbopogon martini (1:1 v/v). |
In vitro: Em culturas de: Aspergillus flavus, A. niger, A. fumigatus, M. audouni, M. nanum, T. mentagrophytes, T. verrucosm e T. violaceum. In vivo: Em porquinhos-da-Índia infectados com Microspoum gypseum e Tricophyton rubrum. |
Observou-se que o óleo essencial de C. ambrosioides apresenta atividade antifúngica, isoladamente ou em associação com C. martini. |
[
23
] |
Folha |
Óleo essencial: 100 g do material vegetal (fresco). |
In vitro: Em cepas de Aspergillus fumigatus, Cladosporium trichoides, Epidermophyton floccosum, Microsporum spp., Trichophyton spp., Trichophyton rubrum e Microsporum gypseum. In vivo: Em porquinhos-da-Índia infectados por Trichophyton rubrum e Microsporum gypseum. |
O óleo essencial de C. ambrosioides apresentou atividade antifúngica, principalmente contra Trichophyton rubrum, Microsporum gypseum, Aspergillus fumigatus e Cladosporium trichoides. |
[
31
] |
Antimalárica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato hidroalcoólico: 594 g do material vegetal (pó) em etanol à 70% (1:5 p/p). Rendimento: 16%. Concentrações para ensaio (in vitro): 7,8-250 µL/Ml, e dose para ensaio (in vivo): 5 mg/kg. |
In vitro: Em eritrócitos humanos (W2 e 3D7) infectados por Plasmodium falciparum. In vivo: Em camundongos BALB/c infectados por P. berghei. |
Observou-se que C. ambrosioides apresenta atividade antimalárica. |
[
1
] |
Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea (folha e fruto) |
Extratos: maceração de 633,3 g do material vegetal em hexano, diclorometano, acetato de etila e etanol. Rendimento: 15,2, 18,6, 9,2 e 34,2, respectivamente. Concentrações para ensaio: 12,5-500 µg/mL. |
In vitro: Avaliação da atividade antimicrobiana em cepas de Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Candida albicans, C. parapsilosis e C. krusei, da atividade antifúngica em parede celular de Neurospora crassa e bioatividade pelo ensaio usando Artemia salina.
|
Observou-se que os extratos C. ambrosioides apresenta atividade antimicrobiana, principalmente o extrato de hexano, contudo a ação antifúngica não está relacionada a inibição da síntese da parede celular em N. crassa. |
[
3
] |
- |
Óleo essencial. |
In vitro: Em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c infectados por Leishimaniose. Em microrganismos: Leishmania amazonensis, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Trichophyton rubrum, Candida albicans, Plasmodium falciparum, Trypanosoma brucei e Trypanosoma cruzi.
|
Observou-se que o óleo essencial de C. ambrosioides é efetiva contra L. amazonensis (formas promastigotas e amastigotas), P. falciparum e T. brucei, contudo, não apresenta atividade antibacteriana e antifúngica. |
[
16
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleos essencial. Dose para ensaio: 25 µL (30 mg/kg). |
In vitro: Em cultura de Leishmania amazonensis (promastigota). In vivo: Em camundongos BALB/c infectados com L. amazonensis (promastigota). |
O óleo essencial de C. ambrosioides apresenta efetividade no tratamento da leishmaniose cutânea. |
[
14
] |
- |
Extrato metanólico: 0,5 kg do material vegetal (pó) em 1 L de metanol. Dose para ensaio: 1250 mg/kg (C. ambrosioides) e 1000 mg/kg (Conyza dioscorides e Sesbania sesban). |
In vivo: Em camundongos Swiss infectados com Schistosoma mansoni e submetidos a avaliação bioquímica. |
O tratamento com a associação dos extratos vegetais apresentou atividade antiparasitária, além de melhorar a função hepática. |
[
19
] |
Parte aérea |
Óleo essencial: hidrodestilação do material vegetal fresco, ou seco à temperatura ambiente ou fermentado em água por 3 dias. |
In vitro: Em parasita Leishimania amazonesis para avaliar a atividade antipromastigota. Em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c para avaliar a atividade antiamastigota e teste de citotoxicidade.
|
Observou-se que o óleo essencial de C. ambrosioides apresenta atividade antiparasitária, independente do tratamento prévio do material vegetal, contudo a citotoxicidade foi estatisticamente diferente para o material fresco. |
[
20
] |
Parte aérea |
Óleo essencial: hidrodestilação. Doses para ensaio: 30, 60, 90, 120 e 150 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos BALB/c infectados com Leishimania amazonesis (promastigota). |
Observou-se que o óleo essencial de C. ambrosioides reduziu as lesões cutâneas provocadas por leishmaniose, principalmente na dose de 150 mg/kg. |
[
22
] |
Folha |
Extrato hidroalcoólico: 200 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol à 70%. Rendimento: 10,4% (p/p). Dose para ensaio: 5 mg/kg. |
In vitro: Em células peritoneais ou gânglios linfáticos de camundongos infectados para avaliar a produção de óxido nítrico (NO). In vivo: Em camundongos C3H/HePas infectados (pata direita traseira) com Leishmania amazonensis (promastigota) e tratados com extrato vegetal via oral ou intralesional. |
O tratamento intralesional com o extrato hidroalcoólico de C. ambrosioides foi mais efetivo quando comparado ao oral, pois aumentou a concentração de NO produzido por macrófagos e reduziu significativamente a carga parasitária. |
[
24
] |
- |
Óleo essencial: hidrodestilação. |
In vitro: Em cultura de Leishimania amazonensis (promastigota) para avaliar o sinergismo do óleo vegetal, com drogas utilizadas na terarpia antileishmaniose como, antimoniato de meglumina, anfotericina B e pentamidina.
|
Observou-se que o óleo essencial de C. ambrosioides apresentou sinergismo, somente quando associado à pentamidina. |
[
25
] |
- |
Óleo essencial: hidrodestilação. |
In vitro: Em parasita Leishimania donovani para avaliar a atividade antipromastigota. Em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c para avaliar a atividade antiamastigota.
|
Observou-se que o óleo essencial de C. ambrosioides apresenta atividade frete as formas promastigota e amastigota do parasita. |
[
26
] |
- |
Óleo essencial. Doses para ensaio: 30 mg/kg/0,1 mL (intraperitoneal), 30 mg/kg/0,1 mL (oral) ou 3%/0,02 mL (intralesional). |
In vitro: Em cultura de Leishimania amazonensis (promastigota) isoladas de ratos infectados. In vivo: Em camundongos BALB/c infectados (pata direita traseira) com L. amazonensis (promastigota) e tratados com o óleo vegetal por via i.p., oral ou intralesional. |
Observou-se que o tratamento por via i.p. foi mais potente, pois preveniu o desenvolvimento da lesão cutânea e reduziu a carga parasitária, contudo houve sinais de toxicidade. O tratamento por via oral não apresentou efetividade. |
[
27
] |
- |
Óleo essencial: hidrodestilação. Doses para ensaio: 15, 30 e 60 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de Leishimania amazonensis (promastigota) e em macrófagos peritoneais de camundongos infectados por este parasita (amastigota). In vivo: Em camundongos BALB/c infectados (pata direita traseira) com L. amazonensis (promastigota). |
O óleo essencial de C. ambrosioides apresentou atividade antiparasitária frente as formas amastigota e promastigota, principalmente na dose de 30 mg/kg, contudo observou-se toxicidade moderada em macrófagos. |
[
29
] |
Antiprotozoária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Concentrações para ensaio: 15,6 a 250 µg/mL. Outras espécies em estudo: Lippia origanoides, Ocimum gatissimum, Justicia pectoralis e Vitex agnus-castus. |
In vitro: Em protozoário Trypanosoma cruzi (formas epimastigota e tripomastigota) e macrófagos de camundongos Balb/c infectados pela forma amastigota, incubados com os óleos essenciais, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50) e concentração letal média (CL50); e análise de citotoxicidade em macrófagos (CC50) através do ensaio MTT.
|
Observou-se que os óleos essências de L. origanoides e C. ambrosioides apresentam atividade tripanocida mais potentes, e efeitos citotóxicos insignificativos. |
[
18
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Planta toda |
Extrato metanólico: 5 g do material vegetal (pó) em 40 mL de metanol (x 3). Rendimento: 0,320 g. Concentração: 10 mg/mL. |
In vitro: Em carcinoma hepatocelular humano (Hep G2) submetidos ao teste de citotoxicidade.
|
O extrato metanólico de C. ambrosioides não apresentou atividade antitumoral. |
[
4
] |
Folha |
Extrato hidroalcoólico: 200 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol à 70%. Rendimento: 10,4% (p/p). Dose para ensaio: 5 mg/kg (in vivo), e 5, 50 e 500 µg/mL (in vitro). |
In vitro: Em macrófagos de camundongos tratados com o extrato vegetal. In vivo: Em camundongos C3H/HePas submetidos ao tratamento com o extrato vegetal, e posterior avaliação da atividade macrofágica e celularidade de órgãos linfoides (baço, linfonodo e medula óssea). |
O extrato hidroalcoólico de C. ambrosioides aumentou o recrutamento celular para órgãos linfoides, bem como a atividade dos macrófagos. |
[
28
] |
Folha |
Extrato hidroalcoólico: 200 g do material vegetal (pó) em 1 L de etanol à 70%. Rendimento: 500 mL. Concentração: 10 mg/mL. Dose para ensaio: 5 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos a implantação de células tumorais Ehrlich na pata esquerda (tumor sólido) e na cavidade peritoneal (tumor ascítico). |
Observou-se que o extrato de C. ambrosioides apresenta atividade antitumoral. |
[
30
] |
Bactericida
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo. Concentração para ensaio: 0,64 g/L. |
In vitro: Em cepa de Helicobacter pylori resistente à antibióticos.
|
O óleo de C. ambrosioides apresentou ação bactericida, após 4 horas de incubação. |
[
2
] |
Hipotensora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato aquoso: infusão de 50 g do material vegetal em 1000 mL de água. Rendimento: 20%. Frações: 100 g do material vegetal (seco) em diferentes solventes (acetato de etila, metanol e água). Rendimentos: 1,32, 11,95 e 5,07, respectivamente. Doses para ensaio: 1, 2,5, 5, 10 e 20 mg/kg, e 0,1, 0,25, 0,5, 1, 2,5 e 5 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar normotensos submetidos a avaliação da pressão arterial e frequência cardíaca, e ao tratamento com atropina e L-NAME. |
Observou-se que o extrato aquoso de C. ambrosioides apresenta atividade hipotensora, dose-dependente, bem como as frações. O tratamento com atropina reduziu o efeito hipotensor das frações, enquanto que com L-NAME não houve alteração da pressão arterial. |
[
15
] |
Preventiva da perda óssea
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico: material vegetal (seco) em etanol. Concentração: 10%. Dose para ensaio: 50 mg/dia. |
In vivo: Em ratas Wistar portadoras de osteoporose induzida por ovariectomia bilateral. |
O extrato de C. ambrosioides atua sobre o metabolismo ósseo, prevenindo tanto a perda óssea, como a substituição da medula óssea por adipócitos e alterando proteínas e enzimas. |
[
10
] |
Regenerador ósseo
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato hidroalcoólico: material vegetal em etanol à 96%. Concentração: 10 mg/mL. Dose para ensaio: 0,05 mL. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos à lesão óssea (tíbia), com posterior inserção de enxerto contendo o extrato vegetal ou não. |
Observou-se que o extrato de C. ambrosioides apresenta ação importante no processo de regeneração óssea. |
[
8
] |
Folha |
Extrato aquoso: maceração de 1000 g do material vegetal em água (1:4 v/v). Rendimento: 90 g. Gel de carbopol: 20 g contendo 5% de extrato vegetal. |
In vivo: Em coelhos submetidos à fratura radial, com posterior inserção de diferentes enxertos: de extrato vegetal, autógeno medular ou de óleo de rícino. |
Os resultados demonstraram que o enxerto contendo C. ambrosioides estimula a regeneração óssea, sendo similar ao enxerto de medula óssea. |
[
9
] |
Sistema metabólico
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato aquoso: 300 g do material vegetal (pó) em 20 mL de água. Concentração: 15 mg/mL. Dose para ensaio: 1 mL. |
In vivo: Em ratos Wistar tratados com extrato vegetal e expostos ou não a vibração mecânica com frequência de 50 Hz. |
Animais submetidos apenas a vibração mecânica, observou-se aumento no consumo de alimento, enquanto que aqueles tratados apenas com extrato vegetal houve redução no consumo de alimentos. Contudo, animais tratados com C. ambrosioides e expostos a vibração mecânica, houve alteração no consumo de alimento, sem afetar a massa corporal, bem como aumento nos níveis de aspartato aminotransferase (AST). |
[
7
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Parte aérea seca |
100 g |
Parte aérea fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de parte aérea seca, fragmentada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de parte aérea fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Artrites, artroses, processos reumáticos, inflamatórios crônicos e degenerativos das articulações e contusões.
Uso oral: uso sempre em diluição decimal (DH1 a DH5), tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Tintura de Chenopodium ambrosioides e Symphytum officinale |
1:1 |
Preparar a dinamização (DH1): colocar em proveta 10 mL da tintura e adicionar 90 mL de solução etanol/H2O (3:7v/v), em seguida transferir para frasco de 150 mL e sucussionar (agitar a solução por 100 vezes).
Preparar a tintura composta: em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas dinamizadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.
Artroses, processos degenerativos osteoarticulares e fraturas.
Uso oral: Tomar 5 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia, por 40 dias.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Base de sabonete glicerinado hipoalergênico |
1 kg |
Chenopodium ambrosioides (tintura a 10% em etanol 70%) |
30 mL |
Lippia origanoides (tintura a 10% em etanol 70%) |
30 mL |
Petiveria alliceae (tintura a 10% em etanol 70%) |
30 mL |
Essência para sabonete |
5 mL |
Picar a base em pedaços pequenos e levar para derreter em banho-maria ou chapa elétrica. Se for em chapa, o recipiente deve ser de ágata ou Becker. Quando estiver derretido, colocar as tinturas ou alcoolaturas, misturar bem e retirar do fogo. Adicionar a essência (opcional). Envasar o sabonete em formas próprias. Depois de esfriar, desenformar, embalar com filme plástico e etiquetar.
Anti-inflamatório e antialérgico.
Uso externo: passar na área afetada 1 a 2 vezes ao dia, deixando agir por 1 minuto e enxaguar em seguida.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Parte aérea seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou 1 colher de sopa caseira rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Artrites, artroses, processos reumáticos, inflamatórios crônicos e degenerativos das articulações e contusões.
Uso tópico: aplicar o infuso na forma de compressas na área afetada duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos
butírico, salicílico, tartárico, vanílico, ferúlico, cítrico, succínico, palmítico, oleico e linoleico.
Flavonoides
quercetina e campferol.
Minerais
cálcio, fósforo, especialmente rico em Na, K, Mg e Zn.
Óleos essenciais
ascaridiol, cineol, p-cimeno, salicilato de metila, cânfora, limoneno, silvestreno, α e β-pineno, geraniol, p-cimol, mirceno, felandreno, terpineno, metadieno, aritasona, safrol, N-docosano, N-hentriacontano, N-heptacosano, N-octacosano, metilsalicilato, dimetilsulfóxido, δ-terpineol, (-)-(2S,4S) e (-)-(2R,4S)-p-menta-1(7), 8-dien-2-hidroperóxido (2a e 3a) e (-)-(1R,4S) e (-)-(1S,4S)-p-menta-2,8-dien-1-hidroperóxido (4a e5a), 4-hidroxi14(α ou β)-isopropil-2-metil-2-ciclohexen-1-eno, 1-metil-4β-isopropil-1-ciclohexeno-4α,5α,6α-triol, (1S,2S,3R,4S)-metil-4-(propano-2-il)ciclohexano-1,2,3,4-tetrol, (1R,2S,3S,4S)-tetrahidroxi-p-mentano, (1R,2S)-3-p-menten-1,2-diol, (1R,4S)-P-ment-2-em-1-ol e 1,4-dihidroxi-p-ment-2-eno.
Outras substâncias
quenopodina, histamina, matérias resinosas e pépticas, saponinas, urease, triacontil álcool, santonina, betaína, ambrosídeo, chenopodiosídeos A e B, kaempferol rhamnosídeo.
Vitaminas
ácido ascórbico, niacina e tiamina.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Este medicamento não deve ser utilizado na forma não diluída por conter óleos essenciais tóxicos. Cautela com as doses habituais em crianças menores que 7 anos de idade (sistema nervoso imaturo), preferindo-se sempre as formas diluídas (DH3 ou maior)[4].
em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[4].
o uso de altas doses da planta toda pode ser nefrotóxica e hepatotóxica, enquanto que altas doses e tempo prolongado de uso do óleo essencial (rico em ascaridol) por via oral pode provocar cefaleia, náuseas, vômitos, depressão do sistema nervoso central, lesões hepáticas e renais, taquicardia, prostração, parada respiratória, convulsão, apneia, surdez, transtornos visuais, encefalopatia (envenenamento por chumbo presente em organofosforados) e óbito. Dose letal de ascaridol em ratos é de 0,075 mg/kg. Pode provocar uma sensação de formigamento, mais notada nas mãos e nos pés. Os riscos posológicos estão muito mais relacionados ao uso do óleo essencial do que com a planta toda, e como tem efeito cumulativo, não deve ser usado mais que 2 tratamentos anuais de curta duração com esta planta. Alguns autores fizeram ensaios clínicos com a planta inteira e não encontraram efeitos tóxicos em doses habituais[1,2,3,4,5,6].
para o tratamento da ascaridíase, deve-se associar a outros agentes vermífugos, pois esta planta é capaz de fazer eclodir os ovos em várias fases de desenvolvimento ao mesmo tempo, propiciando a infestação massisa de formas larvárias[6].
Referências bibliográficas
é realizada por sementes. A semeadura pode ser feita diretamente em canteiros ou em bandejas de isopor (ou sementeiras) contendo substrato industrializado. As sementes são minúsculas e devem ser lançadas sobre o substrato e recoberta por ele com uma fina camada de 1 cm, e em seguida molhar com borrifador de água. Após a semeadura, colocar a sementeira sob armação de plástico e irrigar diariamente. A porcentagem de germinação das sementes é de 82 a 97%. Após 40 dias quando as plântulas apresentarem de 3 a 5 cm faz-se o transplante para local definitivo, a pleno sol, em covas de 10x10 cm, com espaçamento de 0,3 m entre plantas e 0,5 m entre linhas. Realizar adubação com esterco [ 1 , 2 ] .
é uma espécie exigente em água, por isso a irrigação deve ser realizada diariamente [ 1 ] .
os frutos amadurecem de modo não uniforme, dificultando a obtenção de semente com o mesmo estágio fisiológico. Os ramos com frutos devem ser coletados e colocados para secar sob um lona por 3 dias. Após este período esfrega-se os frutos com as mãos sob uma peneira de malha fina (3 mm) para separar as sementes dos frutos e cascas. Posteriormente, as sementes são pesadas e acondicionadas em frascos etiquetados e armazenadas em local adequado. A colheita das folhas deve ser realizada no início do florescimento, 15 cm acima do solo e no período da manhã. A sabedoria popular recomenta que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia [ 1 , 2 ] .
a secagem deve ser realizada em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Após este procedimento a droga vegetal, não triturada, deve ser armazenada em ambiente sem umidade e pode ser utilizada por um período de 1 ano. Cuidado ao armazenar esta espécie, deve-se acondiciona-la em local distante de outras plantas para que o aroma característico de não fique impregnado em outras drogas vegetais [ 1 ] .
esta espécie é susceptível à Cercospora spp., sobretudo no verão, causando prejuízos a produção de folhas e sementes [ 1 , 2 ] .
Referências bibliográficas