Originária da Europa e Ásia (Sul Mediterrâneo), atualmente apresenta distribuição cosmopolita. Ocorre em todo o Brasil, principalmente de forma cultivada. Suas principais indicações são: orexígena, antiespasmódica, carminativa, eupéptica, vermífuga, purgativa, anti-inflamatória, antisséptica, antifúngica, expectorante, galactagoga e diurética[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10].
Erva aromática, perene ou bianual, vertical, glabra, entouceirada e muito ramificada, de até 2 m de altura; caule estriado, fistuloso, preenchido com látex, glabro, liso, ereto, cilíndrico e de cor verde-claro; folhas pinadas compostas, sendo as inferiores maiores, com até 40 cm de comprimento; pecíolos longos com bainhas envolventes; flores pequenas, hermafroditas, pentâmeras, de coloração amarela, dispostas em umbelas terminais e planas; os frutos são inicialmente verde azulados, oblongos a ovoides, glabros, achatados de um lado e convexos no outro, compostos de dois aquênios (mericarpos) de 3 a 5 mm de comprimento x 1 a 2 mm de largura, com estrias longitudinais; as sementes são elípticas, curvadas, levemente obtusas nas extremidades e de coloração amarelo-esverdeada; raiz fusiforme muito fibrosa a partir do primeiro ano do plantio[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Fennel e razianaj | Pérsia | Semente | Galactagoga. |
Uso oral. |
- |
- |
[
1
]
|
Hinojo e erva-doce (fenne) | Navarra (Espanha) | Broto e fruto | No tratamento de problemas oftálmicos. |
- |
Uso externo: aplicar diretamente no local. |
- |
[
2
]
|
- | Pérsia | - | No tratamento de tosse crônica. |
Lauq Shyrin bayan (medicamento tradicional): Glycyrrhiza glabra, Astragalus tragacantha, Ferula galbaniflua, Amygdalus communis, Foeniculum vulgare e mel. |
Uso interno. |
- |
[
3
]
|
Fennel | Arábia Saudita Ocidental | - | Antialérgica (rinite, asma brônquica, dermatite atópica, urticária e alimentar). |
- |
- |
- |
[
4
]
|
Kagilani | Tribos indígenas do Distrito de Bajaur (Paquistão) | Folha e caule | Antipirética e no tratamento de dor de cabeça. |
- |
- |
- |
[
5
]
|
Kagilani | Tribos indígenas do Distrito de Bajaur (Paquistão) | Folha e fruto (imaturo) | Antidiarreica, antiemética e antidispéptica. |
- |
- |
- |
[
5
]
|
Morac | Sul da Europa | - | Carminativa, diurética, laxativa, orexígena, no tratamento de espasmos, problemas digestivos e laringite. |
- |
- |
- |
[
6
]
|
- | Distrito de Chandauli (Índia) | Semente | No tratamento da caspa do couro cabeludo. |
Decocção: cozinhar as folhas de Eclipta alba juntamente com as sementes de F. vulgare em óleo de Cocos nicifera. |
Aplicar no couro cabeludo pela manhã/7 dias. |
- |
[
7
]
|
Fennel | Nordeste do Líbano (Vale de Bekaa) | Folha e semente | Reguladora digestiva e fortalecedora do sangue. |
In natura, infusão ou decocção: 1 colher de sopa ou 1 ou 2 copos. |
Ingerir diariamente (até 15 dias). |
- |
[
8
]
|
Funcho | Comunidade pesqueira do Lami (Rio Grande do Sul, Brasil) | Folha | No tratamento de doenças do sistema digestivo, circulatório, nervoso e geniturinário. |
- |
- |
- |
[
9
]
|
Hinojo | Tlanchinol (Hidalgo, México) | Parte aérea | Antitussígena. |
Infusão. |
Uso oral. |
- |
[
10
]
|
Fiolho, fionho, erva-doce e funcho | Regiões Portuguesas (Trás-os-Montes, Arrábida, Açor, Alentejo e Algarve) | Folha e flor | Depurativa, diurética, antisséptica, digestiva, carminativa, galactagoga, hipoglicemiante, antidiarreica, expectorante, antitussígena, antigripal e no tratamento de doenças do sistema geniturinário. |
Infusão ou óleo. |
- |
Deve-se evitar o uso contínuo de decocção, pois pode causar dores abdominais. Evitar o uso desta planta na gravidez. |
[
11
]
|
- | Palestina | Parte aérea | Antitussígena, antiasmática, no tratamento de infeções do sistema gastrointestinal e urinário. |
- |
- |
- |
[
12
]
|
Erva-doce | Brasil | Fruto | No tratamento da ausência ou deficiência de leite materno. |
Tintura. |
Tomar 40 a 60 gotas em meia xícara de água (100 mL), de preferência com o estômago vazio. |
É alergênica e fotossensibilizante. Contraindicada em pacientes com síndrome que provocam o hiperestrogenismo. Não usar durante a gravidez. O óleo essencial em altas doses e uso prologando pode provocar convulsões, delírio, paralisia muscular e congestão cerebral. |
[
13
]
|
Erva-doce | Brasil | Fruto | No tratamento da ausência ou deficiência de leite materno. |
Tintura. |
Tomar 50 gotas (2,5 mL) em 75 mL de água, 3 vezes ao dia. |
É alergênica e fotossensibilizante. Contraindicada em pacientes com síndrome que provocam o hiperestrogenismo. Não usar durante a gravidez. O óleo essencial em altas doses e uso prologando pode provocar convulsões, delírio, paralisia muscular e congestão cerebral. |
[
13
]
|
Referências bibliográficas
Ansiolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Óleo essencial: a partir de 3 kg do material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Doses para ensaio: 50, 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com o óleo vegetal e submetidos aos testes de labirinto em cruz elevado, de escada e de campo aberto, com posterior análise de parâmetros comportamentais. |
Observou-se que o óleo essencial de F. vulgare apresenta atividade ansiolítica, principalmente nas doses de 100 e 200 mg/kg. |
[
8
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Outras espécies em estudo: Citrus aurantium, Cupressus sempervirens, Eucalyptus globulus e Thymus vulgaris. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante (radicais ABTS, ORAC, hidroxil, peroxil, óxido nítrico, íons metálicos e peroxidação lipídica), anti-inflamatória através da enzima 5-lipoxigenase e antiproliferativa em células leucêmicas THP-1 através do ensaio MTT.
|
Observou-se que o extrato de F. vulgare apresenta atividade anti-inflamatória mais potente, contudo, T. vulgaris apresenta melhor atividade antioxidante e antiproliferativa. |
[
43
] |
Fruto |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wister portadores de colite induzida por ácido acético, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise da atividade da mieloperoxidase, expressão de TNF-α (por imuno-histoquímica) e NF-kB p65 (por Western blotting), parâmetros macroscópicos e histológicos do cólon. |
Observou-se que F. vulgare apresenta atividade anti-inflamatória, devido a inibição da via NF-kB, principalmente nas doses de 200 e 400 mg/kg. |
[
23
] |
Anti-inflamatória e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Óleo essencial: 500 mg do material vegetal, por hidrodestilação. Dose para ensaio: 0,5 mL/kg. |
In vivo: Em ratos albinos submetidos a intoxicação com benzoato de emamectina, pré-tratados com o óleo vegetal, com posterior análise do peso corporal, parâmetros hematológicos e bioquímicos (ALT, ALP, proteína total e albumina), exame histopatológico, dos níveis de SOD e MDA (em homogenato hepático), IgG, IgM e TNF-α (ELISA). |
Observou-se que o óleo essencial de F. vulgare apresenta atividades antioxidante e anti-inflamatória, reduzindo assim, os efeitos tóxicos provocados por benzoato de emamectina. |
[
26
] |
Fruto |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol à 80%. Rendimento: 6,4% (p/p). Dose para ensaio: 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos ICR e BALB/c e ratos Sprague-Dawley submetidos aos testes de edema de pata, de orelha e artrite (induzidos por carragenina, ácido araquidônico e formaldeído, respectivamente), da placa quente, de hipersensibilidade cutânea (induzida por 2,4-dinitrofluoro benzeno) e determinar os níveis plasmáticos de superóxido dismutase, catalase, malondialdeído, triglicerídeos e colesterol. |
Observou-se que F. vulgare apresenta atividades anti-inflamatória, analgésica e antioxidante. |
[
29
] |
Anti-inflamatória e Redutora da motilidade intestinal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Fitoterápico ColiMil®: contendo Foeniculum vulgare (extrato aquoso padronizado com 0,05 a 0,1% de óleo essencial), Matricaria recutita (flor, extrato metanólico padronizado com 0,3% de apigenina) e Melissa officinalis (parte aérea, extrato aquoso padronizado com 1,5% de ácido rosmarínico). Dose para ensaio: 0,4 e 0,8 mL/rato. |
In vivo: Em camundongos ICR portadores de inflamação intestinal induzida por óleo de cróton, pré-tratados com o extrato vegetal e carvão (marcador), com posterior análise do transito gastrointestinal. |
Observou-se que o fitoterápico em estudo reduz motilidade intestinal, dose-dependente, além de apresentar atividade anti-inflamatória. |
[
46
] |
Antiagregante plaquetária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. |
In vitro: Em amostras de sangue de porquinhos-da-Índia e ratos Wistar, para obtenção do plasma rico em plaquetas, incubados com os óleos vegetais, associado com ADP, ácido araquidônico e tromboxano A2, para análise da atividade antiagregante plaquetária, e da retração do coágulo de fibrina após adição do óleo vegetal e trombina.
|
Neste estudo, das 23 diferentes espécies vegetais, observou-se que o óleo de Artemisia dracunculus, Foeniculum vulgare e Ocotea quixos apresentam atividade antiagregante plaquetária mais potente, além de inibir a formação de coágulo. |
[
49
] |
Antiartrítica e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato: 7 g do material vegetal (seco) em 100 mL de água. Doses para ensaio: 5 e 10 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Balb/c artríticos tratados com as nanopartículas de selênio contendo o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros clínicos, bioquímicos (DPPH e CAT) e histológicos das patas. |
Observou-se que as nanopartículas de selênio contendo o extrato de F. vulgare apresenta atividades antiartrítica e antioxidante potentes. |
[
27
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração de 50 g do material vegetal em hexano, clorofórmio, metanol e água. Concentração final para ensaio: 6,25 a 200 µg/mL. Outras espécies em estudo: Citrus aurantifolia, C. sinensis, Larrea tridentata, Mentha pulegium, Musa acuminata, Nasturtium officinale, Olea europaea e Rosa centifolia. |
In vitro: Em cepas de Mycobacterium tuberculosis sensíveis e resistentes à antibióticos submetidas ao teste de microdiluição para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e em células de carcinoma epidermoide humano incubadas com os extratos vegetais para determinar a concentração inibitória média (CI50).
|
Observou-que os extratos das espécies N. officinale (clorofórmio), C. sinensis (hexano), C. aurantifolia (hexano), F. vulgare (hexano), L. tridentata (clorofórmio), M. acuminata (metanol) e O. europaea (metanol) apresentam atividade antibacteriana mais potente, contudo não houve citotoxicidade. |
[
17
] |
Semente |
Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 0,5, 1,0, 2,0 e 100,0%. Outras espécies em estudo: Anethum graveolens, Carum capticum, Coriandrum sativum, Cuminum cyminum, Pimpinella anisum e Seseli indicum. |
In vitro: Em cepas de Corynebacterium diphtheriae, Staphylococcus aureus, Streptococcus haemolyticus, Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella species e Proteus vulgaris submetidas ao ensaio de disco-difusão em ágar.
|
Observou-se que F. vulgare apresenta atividade antibacteriana moderada, principalmente nas concentrações de 2,0 e 100%, sendo os óleos essenciais de C. capticum, C. cyminum e A. graveolens os mais potentes. |
[
18
] |
Antibacteriana e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Rendimento: 0,82%. |
In vitro: Em linhagens bacterianas gram-positivas e gram-negativas incubadas com o óleo vegetal e submetidas aos testes de disco-difusão e microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM). Bioensaio de letalidade em Artemia salina. Em células de câncer de mama (MDA-Mb) e de carcinoma epitelioide cervical (HeLa) de humanos, incubados com o óleo vegetal e submetidas ao ensaio MTT.
|
O óleo essencial de F. vulgare apresenta atividade antibacteriana, principalmente para Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Shigella dysenteriae, e antitumoral potente. |
[
5
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Óleo essencial. Volume para ensaio: 30 µL. Outras espécies em estudo: Punica granatum (fruto, extrato aquoso), Acacia nilotica (casca, extrato aquoso) e Cuminum cyminum (semente, óleo). |
In vitro: Em cepas de Candida albicans submetidas ao ensaio de disco-difusão em ágar.
|
Observou-se que o óleo de F. vulgare apresenta atividade antifúngica discreta, sendo o extrato de P. granatum o mais potente. |
[
11
] |
- |
Óleo essencial. Rendimento: 2,2%. |
In vitro: Em cepas de Cryptococcus neoformans, Aspergillus spp. e Candida albicans incubadas com o óleo vegetal para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração letal mínima (CLM). Em macrófagos (RAW 264.7), queratinócitos (HaCaT), hepatócitos (HepG2) e fibroblastos (Cos7) incubados com o óleo vegetal e submetidos ao ensaio MTT.
|
Observou-se que o óleo essencial de F. vulgare apresenta atividade antifúngica, principalmente para C. neoformans e C. albicans (MIC = 0,32 a 0,64 µL/mL), e ausência de citotoxicidade. |
[
12
] |
Semente |
Óleo essencial: por destilação à vapor, 1:4 (p/v) por 6 horas; 1:2 (p/v) por 6 horas e 1:4 (p/v) por 12 horas. Rendimento: 2,82, 3,00 e 3,38%, respectivamente. |
In vitro: Em linhagens fúngicas de Aspergillus spp., Penicillium spp., Trichoderma viride, Fusarium tricinctum, Trichophyton mentagrophytes, Microsposporum canis e Epidermophyton floccosum submetidas ao teste de microdiluição para determinar as concentrações inibitórias mínimas (MICs).
|
Observou-se que o óleo de F. vulgare apresenta atividade antifúngica, principalmente aqueles extraídos por até 6 horas. |
[
13
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Infusão (2,5%). Outra espécie em estudo: Salvia officinalis (folha). |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley expostos ao ácido tricloroacético (ATC) e tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos em eritrócitos e tecidos (GSH, GR, GST, CAT, SOD e MDA) e níveis enzimáticos (AST, ALT, CPK, LDH, ACP e ALP). |
Observou-se que as infusões de F. vulgare e S. officinalis reduz o estresse oxidativo induzido por ATC. |
[
37
] |
Broto, Folha, caule e inflorescência |
- |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante (radical DPPH, redução do íon férrico, branqueamento do β-caroteno e inibição da peroxidação lipídica) dos extratos provenientes das diferentes partes do vegetal.
|
Observou-se que o extrato dos brotos de F. vulagre apresenta atividade antioxidante mais potente, devido à presença significativa de compostos fenólicos, ácido ascórbico, tocoferóis e flavonoides. |
[
47
] |
Semente |
Extrato: 5 a 50 g do material vegetal (pó) em 50 a 100 mL de água/etanol (30:70). Concentração estoque: 100 mg/mL. |
In vitro: Em cultura de Helicobacter pylori incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade bacteriana, através da determinação de unidades formadores de colônias (UFC); em células AGS incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da fragmentação do DNA; e em células AGS estimuladas por H. pylori ou TNF-α, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de IL-8 (ELISA) e espécies reativas de oxigênio (citometria de fluxo).
|
Neste estudo das 24 plantas analisadas, observou-se que Cinnamomum cassia, Myrtus communis, Syzygium aromaticum e Terminalia chebula apresentam atividade anti-inflamatória mais potente, enquanto que Achillea millefolium, Berberis aristata, Coriandrum sativum, Foeniculum vulgare, Matricaria chamomilla e Prunus domestica suprimem o estresse oxidativo. |
[
14
] |
Fruto |
Extrato: decocção de 1 kg do material vegetal (pó) em 5 L de água. Rendimento: 100 g. outras espécies em estudo: Carum carvil, Coriandrum sativum, Cuminum cyminum e Anethum graveolens. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de inibição da peroxidação lipídica (TBARS), eliminação dos radicais superóxido (riboflavina) e hidroxila (método de desoxirribose).
|
Observou-se que as espécies em estudo apresentam atividade antioxidante potente, comparável ao ácido ascórbico. |
[
20
] |
Semente |
Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 250 mL de metanol/acetona e 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Outra espécie em estudo: Trachyspermum ammi. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através dos radicais DPPH, redução do íon férrico e de danos ao DNA induzidos por H2O2.
|
Observou-se que os extratos vegetais apresentam atividade antioxidante potente, devido altas concentrações de compostos fenólicos e flavonoides. |
[
24
] |
Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 300 mL de metanol/água (1:1). Concentrações para ensaio (in vitro) 25 a 2000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH e da estabilidade oxidativa em óleo de girassol. Em linhagens celulares de carcinomas humanos da mama (MCF-7), fígado (Hepg-2), cólon (HT-29), cervical (HeLa), pulmonar (H460) e cerebral (U251) incubadas com o extrato vegetal e submetidas ao ensaio citotoxicidade com sulforodamina B, e em células de carcinoma ascítico de Ehrlich incubadas com o extrato vegetal para análise da atividade antitumoral. In vivo: Em camundongos portadores de carcinoma ascítico de Ehrlich, expostos ou não a radiação gama (total de 6 Gy), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do consumo de alimentos, peso corporal, sinais de toxicidade, mortalidade e parâmetros bioquímicos (plasmático, homogenato hepático e fluido ascítico). |
Observou-se que o extrato de F. vulgare apresenta atividade antioxidante, antitumoral e citoprotetora, principalmente nas linhagens MCF-7 e Hepg-2. |
[
32
] |
Semente |
Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 300 mL de metanol/água (1:1). Concentrações para ensaio (in vitro): 25 a 1000 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 100 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH e da estabilidade oxidativa em óleo de girassol. Em células cancerígenas humanas de mama (MCF7), hepática (Hepg-2), cólon (HT-29), cervical (HeLa), pulmonar (H460) e cerebral (U251) incubadas com o extrato vegetal com posterior análise da concentração inibitória média (CI50). In vivo: Em camundongos Swiss infectados por carcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com o extrato vegetal e submetidos a radiação gama (total de 6 Gy), com posterior análise de toxicidade e mortalidade, parâmetros bioquímicos (MDA, GST, proteína total, catalase, ferro sérico, transferrina, ferritina), volume tumoral e do líquido ascítico. |
Observou-se que F. vulgare apresenta atividades antioxidante, radioprotetora e antitumoral, principalmente para células MCF-7 e Hepg-2. |
[
9
] |
Semente |
In natura: 2, 4 e 6%, introduzido na dieta alimentar. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de papilomas cutâneos e em parte do sistema digestivo, induzidos por DMBA e B(a) P, respectivamente, com posterior análise do peso corporal, número de papilomas, ação moduladora em enzimas hepáticas (GSH, GST, DTD, LDH, SOD, GPx, GR, GLY I e CAT), peroxidação lipídica (TBARS e MDA), níveis de citocromo P450 e citocromo b5 e de exames histológicos. |
Observou-se as sementes de F. vulgare apresenta atividades antitumoral e antioxidante, principalmente nas doses de 4 e 6%. |
[
31
] |
Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 230 g do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 14,9 g. Doses para ensaio: 75, 150 e 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (MDA, GSH, nitrato, nitrito, ácido ascórbico, retino e β-caroteno) e histológicos (índice de úlcera). |
Observou-se que o extrato de F. vulgare apresenta atividades gastroprotetora e antioxidante, dose-dependente. |
[
39
] |
Antioxidante e Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Raiz (casca) |
Extrato etanólico à 70%. Doses para ensaio: 88, 176, 352 e 704 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Kunming portadores de fibrose hepática induzida por tetracloreto de carbono (CCl4), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, ALT, TG, HA e LN), peroxidação lipídica em homogenato hepático (GSH, SOD e MDA), expressão (TGF-β1, MMP-1, TIMP-1 e α-SMA) e histopatológicos. |
Observou-se que o extrato de F. vulgare apresenta atividades hepatoprotetora e antioxidante, dose-dependente. |
[
10
] |
Antioxidante e Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato: 1000 g do material vegetal (pó) em etanol (25, 50, 75 e 100%), água e n-hexano. Doses para ensaio (in vivo): 20 e 200 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH. In vivo: Em camundongos Balb/c portadores de neurotoxicidade induzida por chumbo (Pb), tratados com os extratos vegetais (etanólico à 75 e 100%), com posterior análise de expressão de marcadores de estresse oxidativo (SOD , Prdx6 e isoformas APP) no córtex e hipocampo e histológica cerebral. |
Observou-se que os extratos etanólicos à 75 e 100% apresentam atividade antioxidante mais potente, além da ação neuroprotetora. |
[
22
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato: decocção de 250 g do material vegetal (seco) em 1000 mL de água. Outra espécie em estudo: Origanum majorana. Concentrações para ensaio: 1 a 1250 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através do radical DPPH. Em células mononucleares de sangue periférico humano (PBMC) incubadas com os extratos vegetais e submetidas ao ensaio MTT. Em Blastocystis spp. isolados de humanos incubados com os extratos vegetais com posterior análise da concentração inibitória (CI50 e CI90) e concentração letal mínima (CLM).
|
Observou-se que os extratos de F. vulgare e O. majorana apresentam atividade antiparasitária, nas concentrações de 250 e 400 µg/mL, respectivamente, contudo demonstram citotoxicidade para PBMC, dose-dependente. |
[
1
] |
Parte aérea |
Extrato aquoso. Doses para ensaio: 0,02 a 2,5 mg/mL. Outras espécies em estudo: Achyrocline satureioides (folha e caule), Eugenia uniflora (casca) e Psidium guajava (casca). |
In vitro: Em trofozoítos de Giardia lamblia incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade por microscopia invertida e câmara de contagem.
|
Observou-se que o extrato de F. vulgare não apresenta atividade antiparasitária, contudo a espécie A. satureioides demonstra potente ação citotóxica para G. lamblia. |
[
50
] |
Folha |
Óleo essencial: 1200 g do material vegetal (fresco), por hidrodestilação. Rendimento: 2,32% (p/p). Concentrações para ensaio: 10, 50 e 100 mg/mL. |
In vitro: Em parasitas adultos de Schitosoma mansoni incubados com o óleo vegetal com posterior análise de viabilidade através do ensaio MTT e do desenvolvimento de ovos viáveis por microscopia. Em células V79 incubadas com o óleo vegetal e submetidas ao ensaio XTT.
|
O óleo essencial de F. vulgare apresenta atividade antiparasitária moderada, dose-dependente, além de baixa citotoxicidade. |
[
30
] |
Antipirética
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: 100 g do material vegetal em 900 mL de água. Associação com (em quantidades iguais): Salix alba, Emblica officinalis, Glycyrrhiza glabra, Adhatoda vasica, Viola odorata, Thea sinensis, Valeriana officinalis, Sisymbrium irrio e Achillea millefolium. Doses para ensaio: 110 e 240 mg/kg, e 1 e 5 g/kg. |
In vivo: Em coelhos portadores de pirexia induzida por leveduras, tratados com a associação de extratos vegetais, com posterior análise da temperatura retal e teste de toxicidade aguda. (DL50). |
A formulação em estudo apresenta atividade antipirética, principalmente na dose de 240 mg/kg, além da ausência de toxicidade. |
[
42
] |
Antitrombótica e Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Doses para ensaio (in vivo): 10, 30 e 100 mg/kg. |
In vitro: Em plasma rico em plaquetas, de porquinhos-da-Índia, estimulados por ácido araquidônico, colágeno, ADP, U46619 e trombina, incubados com o óleo vegetal, com posterior análise da agregação plaquetária e retração do coágulo; em anéis da aorta de ratos Wistar, com endotélio ou não, incubados com fenilefrina, KCl e acetilcolina, com posterior análise da contratilidade e da presença de óxido nítrico. In vivo: Em camundongos Swiss portadores de tromboembolismo pulmonar agudo induzido por colágeno e epinefrina, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise da atividade antitrombótica e sangramento através da transecção da cauda; e teste de ulcerogenicidade aguda e da atividade gastroprotetora após tratamento com etanol. |
Observou-se que o óleo essencial de F. vulgare apresenta atividade antitrombótica, vasorelaxante e gastroprotetora, além da ausência de efeitos colaterais pró-hemorrágicos. |
[
25
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Associação com: Syzygium aromaticum. Concentrações para ensaio: 30, 45 e 60 µg/mL (mistura de 20, 30 e 40 µg/mL de Foeniculum vulgare com 10, 15 e 20 µg/mL de S. aromaticum). |
In vitro: Em linfócitos normais de humanos e em células Caco-2 incubados com o óleo essencial, com posterior análise de citotoxicidade e do mecanismo antitumoral (morfologia celular, apoptose, ciclo celular, peroxidação lipídica, expressão de Bcl-2 e Ki-67).
|
A combinação dos óleos vegetais apresenta sinergismo para a atividade citotóxica, dose-dependente, sendo seletiva para células Caco-2. |
[
6
] |
Semente |
Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal em etanol à 80%. Fração: de clorofórmio. Concentrações para ensaio: 0,25 a 0,50 mg/mL. |
In vitro: Em células de carcinoma mamário de humanos (MCF-7 e MDA-MB-231) incubadas com a fração de clorofórmio, submetidas aos ensaios MTT e formação de colônias, com posterior análise morfológica, apoptose, ciclo celular, espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial, caspases e fragmentação do DNA.
|
A fração de clorofórmio de F. vulgare apresenta atividade antitumoral, pois induz principalmente, a parada do ciclo celular e apoptose. |
[
7
] |
Semente |
Extrato etanólico. Concentração para ensaio: 30 a 600 µg/mL. Outras espécies em estudo: Eryngium planum, Archangelica officinalis, Pastinaca sativa, Heracleum sibiricum, Carum carvi e Levisticum officinale. |
In vitro: Em células leucêmicas (ML-1, J-45.01, EOL, HL-60, 1301, C-8166 e U-266B1), célula B caucasiana normal (WICL) e célula T (H-9) de humanos incubadas com os extratos vegetais com posterior análise da citotoxicidade (ensaio de Azul de Tripan) e apoptose (ensaio de Anexina V).
|
Observou-se que os extratos vegetais, exceto a espécie C. carvi, induzem a apoptose, principalmente para as linhagens C-8166 e J-45.01. |
[
19
] |
Antitumoral e Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: material vegetal (seco) em diclorometano/metanol (1:1, v/v). |
In vitro: Em células de fibrossarcoma murino (L929aS), células humanas de câncer de mama (MDA-MB231 e MCF7) e renais embrionárias (HEK293T) incubadas com os extratos vegetais e submetidas ao ensaio MTT. Em células L929aS de fibrossarcoma murino transfectadas com plasmídeo contendo o gene repórter Luciferase (p1168hu.IL6P), incubadas com os extratos vegetais com posterior análise da expressão de NFkB.
|
Neste estudo das 24 espécies analisadas, observou-se que os extratos de Withania somnifera, Psidium guajava, Laurus nobilis, Salvia fruticosa e Foeniculum vulgare apresentam atividade antitumoral e imunomoduladora (expressão de NFkB). |
[
16
] |
Dermatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 500 g do material vegetal em metanol. Frações: n-hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. Extrato: 500 g do material vegetal em metanol. Frações: n-hexano, diclorometano, acetato de etila e n-butanol. |
In vitro: Em células HEK293T transfectadas com hORAI1 e STIM1, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos canais de cálcio (ORAI1), dos níveis de cálcio intracelular e analise da atividade da enzima tirosinase. Em células de melanoma murino (B16F10) incubadas com o extrato vegetal e frações, submetidas ao ensaio MTT, a radiação ultravioleta (UVB), com posterior análise da concentração de melanina.
|
Observou-se que F. vulgare inibe a melanogênese induzida por radiação UV, devido ao bloqueio dos canais ORAI1, inibição da enzima tirosinase e redução dos níveis de melanina, além da citotoxicidade, sendo a fração de n-hexano a mais potente. |
[
2
] |
Semente |
Extrato: 10 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de etanol à 50%. Concentrações para ensaio (in vitro): 1, 10 e 100 µg/mL, e (in vivo): 0,1 e 1%. |
In vitro: Em fibroblastos dérmicos normais de humanos (NHDFs) submetidos a radiação UVB e tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), lactato desidrogenase (LDH), glutationa (GSH), metaloproteinases (MMPs), pró-colágeno tipo 1, interleucina-6, fator de crescimento transformador β1 (TGF-β1) e expressão de Nrf2, p-ERK e p38 (Western blotting). In vivo: Em camundongos sem pelos (HR-1) submetidos a radiação UVB (pele dorsal) e tratados com o extrato vegetal, com posterior análise histológica e de expressão (Nrf2, histone, ERK, JNK, p38, HRP, β-actina, MMP-1, pró-colágeno tipo 1, TGF-β1 e elastina) por Western blotting. |
Observou-se que o extrato de F. vulgare previne os danos causados pela radiação UVB, devido a inibição da via de sinalização de MAPK e ativação da via Nrf2. |
[
4
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Óleo essencial. Dose para ensaio (in vivo): 1 g da nanoemulsão (equivale à 130 mg/kg do óleo vegetal). |
In vitro: Em pele de ratos da região abdominal (ausência de pelos) para determinar a permeabilidade da nanoemulsão contendo 2% de óleo vegetal, 4,67% de LauroglicolTM 90 e 60% de emulsificante. In vivo: Em ratos albinos portadores de disfunção hepática induzida por tetracloreto de carbono (CCl4) submetidos ao tratamento tópico com a nanoemulsão contendo o óleo vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, ALP, MDA, bilirrubina, albumina e amônia). |
A nanoemulsão contendo 2% do óleo essencial de F. vulgare apresenta atividade hepatoprotetora. |
[
36
] |
|
Semente |
Óleo essencial: por destilação à vapor. Rendimento: 1%. Dose para ensaio: 0,4 mL/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de lesões hepáticas induzidas por tetracloreto de carbono (CCl4), tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AST, ALT, ALP e bilirrubina). |
O óleo essencial de F. vulgare apresenta atividade hepatoprotetora potente. |
[
45
] |
Hipotensora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção e infusão de 5 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Rendimento: 9% (p/p). |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley tratados com o extrato vegetal associado a agentes vasodilatadores ou vasoconstritores (adrenérgicos, colinérgicos e histaminérgicos), através da artéria femoral, com posterior análise da pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória. |
Observou-se que a decocção de F. vulgare apresenta atividade hipotensora mais potente, além de não influenciar a frequência cardíaca e respiratória. |
[
48
] |
Hipotensora intraocular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato aquoso. Rendimento: 8:1 (p/p). Concentrações para ensaio: 0,3, 0,6 e 1,2% (p/v). |
In vivo: Em coelhos portadores de glaucoma induzida por esteroide, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da pressão intraocular por tonometria. |
O extrato aquoso de F. vulgare apresenta atividade hipotensora intraocular (dose-dependente), comparável ao medicamento timolol, contudo, demonstra ação terapêutica mais lenta e curto tempo de duração do efeito. |
[
38
] |
Laxante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato etanólico (1:8, p/v): 1:1 (associação) do material vegetal (pó) em etanol à 70%. Associação com: Cassia obtusifolia. Doses para ensaio: 100, 300 e 500 mg/kg. |
In vitro: Em ratos Sprague-Dawley portadores de constipação intestinal induzida por loperamida, pré-tratados com o extrato vegetal (em associação ou isolados), com posterior análise do peso corporal, ingestão de alimentos e água, número de evacuações, peso das fezes, propulsão gastrointestinal do sulfato de bário, expressão de mRNA e proteínas (acetilcolina, receptores muscarínicos M3 e M3) e histológica do cólon transverso.
|
Observou-se que a associação dos extratos de C. obtusifolia e F. vulgare apresenta atividade laxante significativa. |
[
21
] |
Melhora a função cognitiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em metanol à 90%. Rendimento: 18%. Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal, submetidos a testes exteroceptivo (esquiva passiva) e interoceptivo (escopolamina e envelhecimento natural), com posterior análise da função locomotora e atividade da enzima acetilcolinesterase cerebral. |
O extrato de F. vulgare melhora o desempenho cognitivo (nootrópico positivo), pois aumenta a latência e inibe a acetilcolinesterase cerebral. |
[
40
] |
Melhora a função vascular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato: 3 g do material vegetal em 20 mL de água destilada. Concentração para ensaio: 0,069 µg/g. |
In vitro: Em células endoteliais incubadas com o extrato vegetal com posterior análise dos níveis de óxido nítrico (NO); em células EAhy926 tratadas com o extrato vegetal com posterior análise dos níveis de cGMP intracelular; em células ECV-304 incubadas com o extrato vegetal submetidas ao ensaio de cicatrização de feridas; quantificação de RBC e hemoglobina após tratamento com o extrato vegetal; e análise de vasorelaxamento em gema de ovo de galinha após tratamento com o extrato vegetal.
|
O extrato das sementes de F. vulgare melhora as funções vasculares (angiogênese, vasorelaxamento e migração celular). |
[
15
] |
Preventiva da perda óssea
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Extrato: 200 g do material vegetal (pó) em 1000 mL de água. Concentração: 100 mg/mL. Doses para ensaio: 30 e 100 mg/kg. |
In vitro: Em osteoclastos maduros derivados de monócitos da medula óssea (tíbia e fêmur) de camundongos ICR incubados com o extrato vegetal com posterior análise da diferenciação e viabilidade celular. In vivo: Em camundongos fêmeas (C57BL/6) ovariectomizadas, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise de marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo (osteocalcina e telopeptídeos C-terminais de colágeno tipo I), parâmetros morfométricos ósseos (DMO, BMC, BVF, DTM, Tb.Sp e Cr.BMD) e da resistência femoral mecânica. |
Observou-se que o extrato de F. vulgare suprime a diferenciação e a reabsorção de osteoclastos. |
[
34
] |
Redutora de cálcio vascular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Óleo essencial. Concentrações para ensaio: 0,001 a 0,1%. |
In vitro: Em células endoteliais vasculares humanas (EA.hy926) incubadas com o óleo vegetal e submetidas ao ensaio MTT; estimuladas por cálcio (Ca2+) extracelular, com posterior análise da concentração cistólica de Ca2+, por fluorescência de Fura-2, e do mecanismo de ação na presença de bloqueadores de canais de Ca2+.
|
Observou-se que o óleo de F. vulgare suprime a entrada de cálcio extracelular induzida (SOCE) em células endoteliais vasculares. |
[
3
] |
Redutora de danos no DNA
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Semente |
Óleo essencial: 100 g do material vegetal (pó), por hidrodestilação. Dose para ensaio: 1 e 2 mL/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos a intoxicação por ciclosporina e pré-tratados com o óleo vegetal, com posterior análise de aberrações cromossômica e do micronúcleo em células da medula óssea, anormalidades espermáticas e em homogenato hepático (SOD, CAT, GSH e MDA). |
O óleo essencial de F. vulgare reduz a genotoxicidade e citotoxicidade induzida por ciclosporina. |
[
28
] |
Relaxante muscular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Associação com: Angelica sinensis, Ligusticum chuanxiong, Cinnamomum cassia e Zingiber officinale. |
In vitro: Ensaio em músculo uterino de ratas submetidos a contração induzida por ocitocina e incubados com a associação de extratos vegetais, com posterior análise da contratilidade muscular e investigação dos constituintes ativos por Cromatografia Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massas (GC-MS) e método quimiométrico.
|
Neste estudo, os principais vegetais que compõe o fitoterápico Shao-Fu-Zhu-Yu (SFZYD) apresentam efetividade no relaxamento da musculatura uterina, sendo identificado os principais constituintes químicos: cariofileno, ftaleto 3-butilideno, (Z)-ligustilida e senkyunolídeo A. |
[
41
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Fruto ou folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada ou fruto seco e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Cólicas, flatulência e dispepsias (BLUMENTHAL, 1998; BRASIL, 2018), para dismenorreia primária (NAMAVAR JAHROMI et al., 2003; OMIDVAR et al, 2012; BOKAIE et al., 2013) e para hirsutismo idiopático leve a moderado (AKHA et al., 2014).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Fase A: (infusos/decoctos) |
|
Água destilada |
1000 mL |
Artemisia vulgaris (parte aérea seca) |
25 g |
Bromelia antiacantha (fruto fresco) |
20 g |
Carica papaya (flor seca) |
12,5 g |
Cucurbita pepo (semente sem casca seca) |
5 g |
Foeniculum vulgare (fruto maduro e seco) |
25 g |
Mentha spicata (parte aérea seca) |
50 g |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
10 g |
Fase B: (alcoolaturas) |
|
Artemisia vulgaris (folha) |
12,5 mL |
Carica papaya (flor) |
6,25 mL |
Cucurbita pepo (flor) |
2,5 mL |
Foeniculum vulgare (folha) |
12,5 mL |
Mentha spicata (parte aérea) |
25 mL |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
5 mL |
Nipagin® 0,2% |
2 g |
Fase A: colocar as plantas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.
Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.
Verminoses em geral.
Uso oral: crianças de 1 a 7 anos, tomar 1 colher de café, 3 vezes ao dia, por 7 dias; crianças de 7 a 12 anos, tomar 1 colher de chá, 3 vezes ao dia, por 7 dias; adolescentes com 12 anos ou mais e adultos, tomar 1 colher de sobremesa, 3 vezes ao dia, por 7 dias.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,9 a 1,1 g ou uma colher de sopa caseira rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Componente |
Quantidade |
Fruto seco íntegro |
0,9 a 1,1 g ou uma colher de café rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Folha seca rasurada: preparar por infusão, por 5 minutos.
Fruto seco íntegro: preparar por infusão, por 5 a 10 minutos
Cólicas, flatulência e dispepsias (BLUMENTHAL, 1998; BRASIL, 2018), para dismenorreia primária (NAMAVAR JAHROMI et al., 2003; OMIDVAR et al, 2012; BOKAIE et al., 2013) e para hirsutismo idiopático leve a moderado (AKHA et al., 2014).
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Uso oral: crianças devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
3-O-ácido cafeoilquínico, 4-O-ácido cafeoilquínico, 1,3-O-ácido di-cafeoilquínico, 1,4-O-ácido dicafeoilquínico e 1,5-O-ácido di-cafeoilquínico, 3,4-dihidroxifenetilalcool-6-O-cafeoil-β-D-glucopiranosídeo e 3’,8’-binaringenina.
Ácidos orgânicos
málico, cafeico, clorogênico, cinâmico, cumário, ferrúlico, quínico e cítrico.
Aminoácidos
leucina, isoleucina, fenilalanina, triptofano, glicina e prolina.
Carboidratos
Cumarinas
umbeliferona, scopoletina, ostenol, scoparina, bergapteno, columbianetina, psoraleno e xantotoxina.
Fitosteróis
β-sitosterol e estigmasterol.
Flavonoides
quercetina, quercetol, rutosídeo, quercitrosídeo, caempferol, eriodictiol-rutinosídeo, isoquercitrina e isorhamnetina.
Minerais
potássio, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, sódio e zinco.
Óleos essenciais
anetol, trans-anetol, metilchavicol, anisaldeído, linalol, eugenol, fenchol, fenchona, foeniculina, miristicina, α- e β-pineno, limoneno, cineol, canfeno, estragol, mirceno, sabineno, γ-terpineno, neofitadieno, (E)-fitol, acetato de exofenchil, 1-octen-3-ol, α- e β-felandreno, p-cimeno e anisaldeído.
Óleos graxos
ácidos oleico, linoleico, palmítico e petroselínico.
Proteínas
Taninos
Vitaminas
A, C, B1, B2, B3, B6, E, K e folato.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Lactantes podem fazer uso das folhas por, no máximo, 7 dias consecutivos. Há experiência do uso em lactentes a partir dos 6 meses de idade, sempre orientada pelo profissional pediátrico[1,2,5].
em gestantes, pacientes com histórico de convulsões e alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol). Cautela em pacientes portadores de hiperestrogenismo e mulheres com aumento do volume do fluxo menstrual, pois pode agravar mais ainda[1,2,3,4,5,6,9].
as cumarinas podem provocar fotossensibilização com hiperpigmentação cutânea, devendo-se evitar forte exposição ao sol quando em uso desta planta. Pode ocorrer reações alérgicas cutâneas e respiratórias. Em doses altas (especialmente o óleo essencial) pode ocorrer irritação do estômago, paralisia muscular, piloereção, alucinação, excitação e congestão cerebral. O anetol e a miristina podem diminuir o limiar convulsivo, em doses mais elevadas[1,2,3,4,5,6,7,8].
o anetol presente no óleo essencial pode potencializar o sono induzido por fenobarbital. Nos quadros de hipolactação, associar com Portulaca oleracea (beldoegra). Nos casos de cólicas intestinais, associar com Ageratum conizoides (mentrasto), Matricaria recutita (camomila) ou Achillea millefolium (mil-em-ramas). Na forma de gargarejo para o tratamento de infecções de garganta associar com Rosmarinus officinalis (alecrim), Salvia officinalis (sálvia) e Hamamelis virginiana (hamamélis)[1,2,6,7].
Referências bibliográficas
é realizada principalmente por sementes, e também através da coroa e fragmentos da raiz. As sementes podem ser plantadas diretamente no solo rico em matéria orgânica e boa irrigação. O plantio ideal deve ser realizado no ínicio da Primavera. Prefere climas temperados com muita luz solar [ 1 ] .
deve ser realizada 3 meses após o plantio, com os frutos ainda imaturos, preferencialmente no mês de Outubro [ 1 ] .
pode ser acometida por fungos Fusarium sp. e Alternaria sp. Deve-se evitar o plantio do funcho próximo ao do coentro, pois estas espécies podem cruzar-se entre si, originando progênies com características distintas dos materiais originais [ 1 ] .
Referências bibliográficas