Persea americana Mill.

Abacateiro, aguacate, louro-abacate e pera-abacate.

Sinonímia 
Laurus persea L.
Família 
Informações gerais 

Originária da América Central e do Sul, especialmente entre o México e o Peru. Encontra-se cultivada em todas as regiões tropicais e subtropicais. Os frutos são muito apreciados pela indústria alimentícia e cosmecêutica. Suas principais indicações terapêuticas são: antianêmica, nutritiva, hipoglicemiante, hipolipemiante, hipotensora, colagoga, emenagoga, carminativa, antiartrítica, antidiarreica, diurética, antigripal, antisséptica, redutora do ácido úrico e no tratamento da Síndrome Metabólica[1,2,3].

Referências informações gerais
1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 342-343.
2 - TABESHPOUR, J. et al. Effects of Avocado (Persea americana) on metabolic syndrome: a comprehensive systematic review. Phytother Res, v. 31, n. 6, p.819-837, 2017. doi: 10.1002/ptr.5805
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 1.
Descrição da espécie 

Árvore de 12 a 40 m de altura, com copa densa, arredondada ou alargada, tronco curto de 40 a 70 cm de diâmetro, de casca gretada e áspera, de cor acinzentada; folhas simples, com 10 a 30 cm de comprimento x 3,5 a 19 cm de largura, alternas, curto pecioladas, agudas ou acuminadas, obovada a ovada, peninervadas, cartáceas, bordos lisos, de superfície pegajosa e parte inferior felpuda; flores numerosas, de 5 a 8,2 mm de comprimento, em racemos axilares terminais, melíferas, esverdeadas ou amareladas, perfumadas, com ligeira pubescência, andróginas ou hermafroditas; frutos em drupas piriforme globosas, oval a ovalada, com polpa carnosa, oleosa e comestível, com até 18 cm de comprimento, contendo uma única semente grande, globosa com uma película coriácea; as sementes, denominada popularmente como caroço, compõe-se de dois cotilédones duros e carnosos, hemisféricos, pardos, revestidos por uma película coriácea[1,2,3,4].

Referências descrição da espécie
1 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 467.
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 57.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 342.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 313-314.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
- Curandeiros Mesoamericanos -

No tratamento de distúrbios do sistema nervoso central (ansiedade, depressão, perda de memória, epilepsia e insônia).

-

-

-

[ 1 ]
- Martinica -

Carminativa, hipoglicemiante e no tratamento de problemas hepáticos.

Decocção.

Via oral.

-

[ 2 ]
- Antígua e Barbuda -

Carminativa e no tratamento de dores de cabeça.

-

-

-

[ 2 ]
- Honduras Folha

Depurativa.

Decocção.

Via oral.

-

[ 2 ]
- Guatemala Folha

Antiasmática, hipotensiva, depurativa, no tratamento de infecções urinárias e bronquite.

Decocção.

Via oral.

-

[ 2 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Folha

No tratamento de inflamações nos ouvidos.

Sumo.

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-

[ 3 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Folha (brotos)

Antissifilítica.

Decocção.

-

-

[ 3 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Fruto (polpa)

Anti-inflamatória cutânea.

-

Uso tópico.

-

[ 3 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Semente

Antiparasitária (ameba) e afrodisíaca.

Infusão.

-

-

[ 3 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Botões florais

Antitussígena e no tratamento de resfriados.

Decocção.

-

-

[ 3 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Semente

Anti-hemorroidária (banho-de-assento), antidiarreica, antibacteriana, hipocolesterolemiante e anticonceptiva.

Decocção.

-

-

[ 3 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Fruto

Afrodisíaca e cicatrizante de feridas.

-

-

-

[ 3 ]
Aguacate e avocado Colômbia (Zona Tropical) Folha

Hipotensora, antiartrítica, antiamenorreica, cicatrizante, hipoglicemiante, antidiarreica, antianêmica, desintoxicante hepática, no tratamento de problemas gástricos, retenção urinária e redutora do ácido úrico.

Infusão e decocção.

-

-

[ 3 ]
Abacate Ceará (Brasil) Folha

Antirreumática, antidiarreica, diurética, no tratamento de retenção hídrica, afecções renais, hepáticas e do baço.

Infusão.

Uso oral.

Não se deve usar folhas frescas, e sim secas, pois contém substâncias tóxicas. Contraindicada em pacientes que fazem uso de warfarina, portadores de cardiopatia, nefropatia, gestantes e lactantes.

[ 4 ]
Abacate Ceará (Brasil) Semente

Antirreumática, diurética e tônica.

Infusão.

Uso oral.

Não se deve usar folhas frescas, e sim secas, pois contém substâncias tóxicas. Contraindicada em pacientes que fazem uso de warfarina, portadores de cardiopatia, nefropatia, gestantes e lactantes.

[ 4 ]
Abacateiro Brasil Folha

Como coadjuvante na redução do ácido úrico.

Decocção: 2 a 3 colheres (de sobremesa) da droga vegetal rasurada em meio litro de água. Ferver por 2 minutos e coar.

Tomar 125 mL 4 x ao dia/15 dias.

Manter em geladeira por até 24 horas em frasco bem vedado.

[ 5 ]
Abacateiro Brasil Folha

Como coadjuvante no tratamento de dores reumáticas e articulares.

Tintura ou Alcoolatura.

Uso externo: aplicar nas áreas afetadas, massageando-as, no mínimo 3x ao dia.

-

[ 5 ]
Abacateiro, abacate, louro-abacate e pera-abacate Brasil Fruto (polpa)

Carminativa e redutora do ácido úrico.

-

-

-

[ 6 ]
Abacateiro, abacate, louro-abacate e pera-abacate Brasil Folha

Diurética, antirreumática, carminativa, antianêmica, antidiarreica, estomáquico, emenagoga, balsâmica, estimulante da vesícula biliar e no tratamento de infecções nos rins e bexiga.

-

-

-

[ 6 ]
Abacateiro, abacate, louro-abacate e pera-abacate Brasil Folha

No tratamento de insuficiência hepática e retenção da secreção biliar.

Chá: 10 g do material vegetal (seco) em 1 L de água.

Tomar 1 colher (de sopa) 2 vezes ao dia. 

-

[ 6 ]
Abacateiro, abacate, louro-abacate e pera-abacate Brasil Folha e semente

Antirreumática, no tratamento de contusões e dores de cabeça.

Extrato etanólico: 1 colher (de sopa) do material vegetal (seco e picado) e 1 colher (de sopa) de semente ralada em 1 xícara de álcool a 60%. Deixar em repouso por 5 dias. Acrescentar 1 pedra de cânfora.

Uso externo. 

-

[ 6 ]
Paya e pae Gana (África) Folha

No tratamento de distúrbios do sistema nervoso central.

Decocção.

-

-

[ 7 ]
Avocado Trinidad e Tabago Folha

Anti-hipertensiva.

-

-

-

[ 8 ]
Aguacate México (Região Altiplano) Folha

Anti-inflamatória, no tratamento de gengivite, cárie e mal hálito.

-

-

-

[ 9 ]
Ube-beke, igba e apoka Nigéria Folha

Antimalárica.

-

-

-

[ 10 ]
Olumueb Edo (Nigéria) Folha e semente

Anti-hipertensiva.

Decocção: associar com folhas de Acalypha godseffiana.

Tomar meio copo 3 vezes ao dia.

-

[ 11 ]
Olumueb Edo (Nigéria) Folha

Anti-hipertensiva.

Decocção: associar com Phyllanthus amarus.

Tomar meio copo ao dia.

-

[ 11 ]
Olumueb Edo (Nigéria) Semente

Anti-hipertensiva.

Chá: associar com rizoma de Zingiber officinale e folha de Sida acuta.

Tomar 1 copo 2 vezes ao dia.

-

[ 11 ]
Olumueb Edo (Nigéria) Folha

Anti-hipertensiva.

Decocção: associar com folhas de Tapinanthus spp.

Tomar 1 copo ao dia.

-

[ 11 ]
- Togo (África) Folha e fruto

Anti-hipertensiva e hipoglicemiante.

Decocção.

-

-

[ 12 ]
Mparachichi, mwembe e mafuta Kilimanjaro (Tanzânia) Folha

Hipoglicemiante e no tratamento de doenças renais.

-

-

Cautela ao usar em associação com anticoagulantes e em pacientes com insuficiência renal (hipercalemia).

[ 13 , 14 ]
Mparachichi, mwembe e mafuta Comunidades africanas (África Ocidental e Oriental) Folha

Antidiarreica, hipoglicemiante, anti-inflamatória, cicatrizante, antiepiléptica, tônica, anti-hipertensiva, antidispéptica, reguladora menstrual, no tratamento de dores de garganta e dente, tuberculose e neuralgia.

-

-

Cautela ao usar em associação com anticoagulantes e em pacientes com insuficiência renal (hipercalemia).

[ 13 , 14 ]
Ovacado Uganda (África Oriental) Folha

No tratamento da tuberculose.

-

-

-

[ 15 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Folha

Anti-inflamatória e no tratamento de afecções cutâneas.

Infusão.

-

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Casca do fruto

No tratamento de infecções cutâneas.

-

Cataplasma.

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Casca do fruto (seca e triturada)

Antidisentérica e vermífuga.

-

-

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Folha e córtex

Expectorante, estomáquica, emenagoga, resolutiva e antitérmica.

Decocção.

-

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Folha

Antidiarreica (infecciosa) e antidispéptica. 

Infusão.

-

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene. México Semente

No tratamento de dor de dente.

Decocção.

-

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Folha

Antitérmica (febre intermitente na malária) e emenagoga.

Decocção.

-

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Semente

No tratamento da gonorreia. 

Infusão.

Banho.

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Semente

Anti-helmíntica e no tratamento de neuralgia. 

-

-

-

[ 16 ]
Auácatl México (indígenas) Semente triturada

Anti-inflamatória, no tratamento de feridas, escabiose e lesões no couro cabeludo.

Cataplasma.

Uso externo.

O abacate não deve ser usado no período de lactação, pois pode causar diarreia no lactente.

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene México Semente (óleo)

Antirreumática, anti-inflamatória (cutânea), emoliente e afecções do couro cabeludo.

Extração por compressão.

-

-

[ 16 ]
Aguacate oloroso, auácatl, páuatl e xinene Iucatã (México) -

Expectorante, anti-helmíntica, antitérmica, emenagoga e afrodisíaca.

-

-

-

[ 16 ]

Referências bibliográficas

1 - CASTAÑEDA, R. et al. Medicinal plants used in traditional Mayan medicine for the treatment of central nervous system disorders: an overview. J Ethnopharmacol, v. 283, 2021. doi: 10.1016/j.jep.2021.114746
2 - GERMOSÉN-ROBINEAU, L. (Ed.). Hacia una farmacopea caribeña. Tramil 7 edición. Santo Domingo, República Dominicana: Enda-Caribe, UAG & Universidad de Antioquia, 1995, p. 467-468.
3 - WEDLER, E. Atlas de las plantas medicinales silvestres y cultivadas em la zona tropical. 2 ed. Colômbia: Todográficas Ltda, 2017, p. 394-395.
4 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 51.
5 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 35.
6 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 343.
7 - AMOATENG, P. et al. Medicinal plants used in the treatment of mental and neurological disorders in Ghana. Evid Based Complement Alternat Med, p.1-14, 2018. doi: 10.1155/2018/8590381
8 - LANS, C. A. Ethnomedicines used in Trinidad and Tobago for urinary problems and diabetes mellitus. J Ethnobiol Ethnomed, v. 2, p.1-11, 2006. doi: 10.1186/1746-4269-2-45
9 - ROSAS-PIÑÓN, Y. et al. Ethnobotanical survey and antibacterial activity of plants used in the Altiplane region of Mexico for the treatment of oral cavity infections. J Ethnopharmacol, v. 141, n. 3, p.860-865, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.03.020
10 - DIKE, I. P. et al. Ethnobotanical survey for potential anti-malarial plants in south-western Nigeria. J Ethnopharmacol, v. 144, n. 3, p.618-626, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.10.002
11 - GBOLADE, A. Ethnobotanical study of plants used in treating hypertension in Edo State of Nigeria. J Ethnopharmacol, v. 144, n. 1, p.1-10, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.07.018
12 - KAROU, S. D. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants used in the management of diabetes mellitus and hypertension in the Central Region of Togo. Pharm Biol, v. 49, n. 12, p.1286-1297, 2011. doi: 10.3109/13880209.2011.621959
13 - LUNYERA, J. et al. Traditional medicine practices among community members with diabetes mellitus in Northern Tanzania: an ethnomedical survey. BMC Complement Altern Med, v. 16, n. 1, p.1-12, 2016. doi: 10.1186/s12906-016-1262-2
14 - STANIFER, J. W. et al. Traditional medicine practices among community members with chronic kidney disease in northern Tanzania: an ethnomedical survey. BMC Nephrol, v. 16, p.1-11, 2015. doi: 10.1186/s12882-015-0161-y
15 - TABUTI, J. R. S. et al. Medicinal plants used by traditional medicine practitioners in the treatment of tuberculosis and related ailments in Uganda. J Ethnopharmacol, v. 127, n. 1, p.130-136, 2010. doi: 10.1016/j.jep.2009.09.035
16 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995, p. 342-344.

Anti-hipertensiva

Anti-hipertensiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Óleo. Dose para ensaio: 1,0 mL/250 g.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por L-NAME, tratados com óleo de abacate, com posterior análise da pressão arterial, função vascular renal (método de perfusão de Langendorff), função mitocondrial renal (potencial de membrana), níveis de óxido nítrico, espécies reativas ao oxigênio e glutationa.

O óleo de P. americana apresenta atividade anti-hipertensiva, pois bloqueia a ação da angiotensina II, sendo comparável aos efeitos do medicamento alopático losartana.

[ 33 ]

Anti-inflamatória e Analgésica

Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 470 g do material vegetal (fresco) em 2 L de água. Rendimento: 7% (p/p). Doses para ensaio: 200 a 1600 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal, submetidos aos testes da placa quente, formalina, contorções abdominais e edema de pata induzidos por ácido acético e carragenina, respectivamente. 

O extrato de P. americana apresenta atividade analgésica e anti-inflamatória, principalmente na dose de 800 mg/kg.

[ 24 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 20 g de material vegetal (pó) em 200 mL de etanol ou 100 mL de água. Rendimento: 4,5% e 8,2, respectivamente.

In vitro:

Em cepas de Streptococcus mutans e Porphyromonas gingivalis submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar as concentrações inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CIM). 

 

Neste estudo das 47 plantas analisadas, observou-se que os extratos de Haematoxylon brasiletto, Punica granatum, Lostephane heterophyla, Bursera simaruba, Cedrela odorata, Rhus standleyi, Amphipteygium adstringentes, Argemone mexicana, Eysenhardtia polystachya, Persea americana, Syzygium aromaticum, Cinnamomun zeylanicum, Cnidoscolus multilobus demonstram atividade antibacteriana mais potente.

[ 36 ]

Extrato: 800 g de material vegetal (fresco) em 2,5 L de metanol. Rendimento: 3,1% (p/p). Concentrações para ensaio (in vitro): 12,5 a 2000 µg/mL; 4 a 2048 μg/mL.

Gel de carbopol a 1%: contendo 1 a 10% (p/p) do extrato metanólico vegetal.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP).

Em cepas de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar as concentrações bactericida mínima (CBM) e inibitória mínima (CIM), e modo de ação (na membrana bacterina, citoplasma e formação de biofilme).

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de feridas por excisão e infectadas com Staphylococcus aureus, e em ratos submetidos a remoção dos pelos das pálpebras, tratados com o gel contendo o extrato vegetal, com posterior análise do diâmetro da ferida, eficácia micológica e teste de irritação ocular.

O extrato de P. americana apresenta atividade antibacteriana (CIM = 64 a 128 µg/mL) e cicatrizante, com irritação ocular insignificativa.

[ 15 ]
Folha

Extratos: 50 g do material vegetal em 600 mL de água ou 200 mL de metanol. Rendimentos: 5,7 e 5,5%, respectivamente.

In vitro:

Em cultura de Helicobacter pylori submetidas ao teste de diluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (MIC).

 

Neste estudo, dentre as 53 espécies vegetais, os extratos aquosos de Artemisia ludoviciana subsp. mexicana, Cuphea aequipetala, Ludwigia repens, Mentha x piperita, e metanólicos de Persea americana, Annona cherimola, Guaiacum coulteri e Moussonia deppeana apresentam atividade antibacteriana mais potentes.

[ 32 ]

Antibacteriana (antimoraxela)

Antibacteriana (antimoraxela)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 80 mL de metanol a 100%. Outras espécies em estudo: Allium sativum, Cinnamomum zeylanicum, Syzygium aromaticum, Rosmarinus officinalis e Argemone mexicana.

In vitro:

Em cultura de Moraxella cattarhalis submetidas aos testes de disco-difusão e diluição em ágar, com posterior análise do halo de inibição, concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

 

Os extratos de A. sativum, P. americana e S. zeylanicum apresentam atividade antibacteriana (antimoraxela).

[ 3 ]

Anticolinesterásica e Antioxidante

Anticolinesterásica e Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e semente

Extrato: 1 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Concentrações para ensaio: 0 a 500 µL.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória das enzimas acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BChE); a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e NO, inibição da degradação da desoxirribose e capacidade quelante de íons ferrosos.

Em homogenato do tecido cerebral de ratos incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da peroxidação lipídica (TBARS).

 

Os extratos aquosos da folha e semente de P. americana apresentam atividade anticolinesterásica e antioxidante, sendo promissor para o tratamento da doença de Alzheimer.

[ 12 ]

Anticonvulsivante

Anticonvulsivante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 1 kg do material vegetal (pó) em 2,5 L de água. Rendimento: 2,15%. Doses para ensaio: 50 a 800 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Balb/c portadores de convulsões induzidas por pentilenotetrazol, picrotoxina e bicuculina, tratados com o extrato vegetal, fenobarbital e diazepam, com posterior análise das crises convulsivas (início e antagonismo).

O extrato de P. americana apresenta atividade anticonvulsivante promissora, possivelmente por aumentar a transmissão GABAérgica.

[ 27 ]

Antifúngica

Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato glicólico. Concentrações para ensaio: 0,5 a 200 mg/mL.

In vitro:

Em culturas de Candida albicans (planctônicas) submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar as concentrações inibitória mínima (CIM) e fungicida mínima (CFM) e a atividade antibiofilme.

Em cultura de macrófagos (RAW 264.7) incubados com extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (MTT).

 

O extrato de P. americana apresenta atividade antifúngica e baixa citotoxicidade (50 mg/mL), exceto nas concentrações de 100 e 200 mg/mL.

[ 14 ]
Semente

Extratos: material vegetal (pó) em hexano e metanol.

In vitro:

Em culturas de Candida spp., Malassezia pachydermatis e Cryptococcus neoformans submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).

 

Os extratos, hexânico e metanólico, de P. americana apresentam atividade antifúngica, com CIM = 0,08 a 1,25 mg/mL.

[ 17 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: maceração de 1364 kg do material vegetal (pó) em clorofórmio e etanol. Concentrações para ensaio: 3,13 a 200 μg/mL.

In vitro:

Em cultura de trofozoítos de Entamoeba histolytica, Trichomonas vaginalis e Giardia lamblia, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50).

Em cepas de Mycobacterium tuberculosis, M. fortuitum, M. avium, M. smegmatis e M. absessus, submetidas ao ensaio MABA (Alamar Blue), com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM).

 

Os extratos de P. americana apresentam atividades amebicida e giardicida, contudo o extrato clorofórmico demonstra atividade antibacteriana mais potente.

[ 1 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em etanol e água (70:30 v/v). Gel de carbopol: contendo 1, 3 e 10% do extrato hidroalcoólico vegetal.

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de queimaduras cutâneas induzidas por radiação (UVB), tratados topicamente com o fitoterápico, com posterior análise de parâmetros nociceptivos (alodinia) e inflamatórios (edema, infiltração de leucócitos e histologia).

O gel contento o extrato de P. americana apresenta atividade antinociceptiva, contudo não demonstra ação anti-inflamatória.

[ 18 ]

Antioxidante e Hipoglicemiante

Antioxidante e Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (polpa)

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 95%. Doses para ensaio: 100 a 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (glicose, ureia, insulina, hemoglobina, proteína, creatinina, AST, ALT, ALP, TBARS, GSH, SOD, CAT, GPx e GST).

O extrato de P. americana apresenta atividade hipoglicemiante e antioxidante, principalmente na dose de 300 mg/kg.

[ 19 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e raiz (casca)

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em metanol. Concentração para ensaio: 10 µg/mL. Outras espécies em estudo: Hunteria umbellata, Cola lepidota e Plukenetia conophora.

In vitro:

Em cultura células humanas de adenocarcinoma da mama (MCF-7 e BT-20, sensível ou independente ao estrogênio), de osteossarcoma (MG-63 e Saos-2), e em células epiteliais de mama normais (MCF 12A) e osteoblastos normais (POB), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise do ciclo celular e apoptose (citometria de fluxo e iodeto de propídio), e expressão de receptores estrogênicos ERα e β (imunofluorescência).

 

O extrato da casca da raiz de P. americana apresenta atividade antiproliferativa mais potente.

[ 5 ]
Fruto

Extratos: etanol, clorofórmio, acetato de etila e petróleo. 

In vitro:

Em células de carcinoma espinocelular do esôfago (KJSE-30), de adenocarcinoma do cólon e células normais mononucleares de sangue periférico, incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT).

 

Os extratos de P. americana apresentam atividade antitumoral, além de baixa citotoxicidade para células normais.

[ 7 ]

Cardioprotetora

Cardioprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em água. Doses para ensaio: 50 a 150 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar saudáveis suplementados com dieta rica em teor de sal, tratados com extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de íons sódio e potássio, óxido nítrico e atividade da enzima lactato desidrogenase.

O extrato de P. americana apresenta atividade cardioprotetora, reduzindo os danos bioquímicos provenientes da dieta com alto teor de sal.

[ 26 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (polpa)

Extrato. Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de lesões cutâneas (incisão e espaço morto preenchido com algodão), submetidos a administração oral ou tópica com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos e nível de hidroxiprolina.

O extrato do fruto de P. americana apresenta atividade cicatrizante, tanto para uso oral quanto tópico.

[ 25 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato (10% p/v): material vegetal (seco) em etanol a 70%. Frações: acetato de etila e água. Doses para ensaio: 10, 35 e 75 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

 

In vivo:

Em camundongos Swiss portadores de lesões gástricas induzidas por indometacina, pré-tratados com a fração de acetato de etila, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (AOPP, TBARS e SOD), macroscópicos (lesões ulcerativas) e histológicos (nível de mucina).

A fração de acetato de etila de P. americana apresenta atividade gastroprotetora, devido as ações antioxidante, anti-inflamatória e estimuladora da produção de muco gástrico.

[ 22 ]

Genoprotetora

Genoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto (polpa)

Óleo: 128 g do material vegetal (seco) em 400 mL de n-hexano. Rendimento: 25 mL de óleo vegetal. Concentrações para ensaio (in vitro): 2,43 a 5000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 250 a 2000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do DPPH.

Em fibroblastos pulmonares de hamster chinês (V79) incubados com óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (XTT) e genotoxicidade (teste do micronúcleo).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss (Mus musculus) submetidos a administração do óleo vegetal, metanossulfonato de metila e doxorrubicina, com posterior análise do teste do micronúcleo (medula óssea e eritrócitos), parâmetros bioquímicos (AST e ALT) e nível de dano no DNA (mutagenicidade).

O óleo de P. americana apresenta atividade genoprotetora e ausência de genotoxicidade, contudo, em alta dose pode provocar danos hepáticos.

[ 2 ]
Fruto

Extrato: material vegetal (fresco) em metanol a 50%. Concentrações para ensaio: 100 a 200 mg/kg.

In vitro:

Em sangue periférico de humanos normais incubado com ciclofosfamida e extrato vegetal, com posterior extração dos linfócitos para análise cromossomal (microscopia).

 

O extrato de P. americana apresenta atividade genoprotetora, principalmente na concentração de 200 mg/kg, sendo promissor como coadjuvante em tratamentos quimioterápicos.

[ 6 ]

Hepatoprotetora

Hepatoprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: material vegetal (pó) em água. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesões hepáticas induzidas por tetracloreto de carbono (CCl4), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, ALP, bilirrubina e proteínas), oxidativos (TBARS, CAT, SOD, GPx, GSH, GST, proteínas carbonil) e histopatológicos.

O extrato de P. americana apresenta atividade hepatoprotetora, possivelmente por modulação do sistema enzimático antioxidante.

[ 4 ]
Fruto

Extrato: maceração de material vegetal (pó) em etanol a 95%. Rendimento: 8%. Dose para ensaio: 300 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Sprague-Dawely portadores de lesões hepáticas induzidas por dicromato de potássio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da expressão de MKK4, JNK, p38-MAPK, ERK1/2, NFk-β, NF-kβ-α, TNF-α, IL-6 e NF-kβ p65 (Western blotting e imuno-histoquímica), níveis de ASK1, Trx1, TrxR, fosfatase 5, NADPH oxidase, GSH, MDA e SOD (ELISA) e parâmetros histopatológico.

O extrato de P. americana apresenta atividade hepatoprotetora, através das ações antioxidante e anti-inflamatória (modulação da via de sinalização ASK1/MAPK).

[ 10 ]

Hipocolesterolemiante

Hipocolesterolemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extratos: material vegetal (pó) em água e metanol. Dose para ensaio: 10 mg/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de hipercolesterolemia induzida por dieta hipercalórica, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT, HDL, LDL e glicose) e peso de órgãos internos (fígado, rim, coração, pulmão e cérebro).

O extrato aquoso de P. americana apresenta atividade hipocolesterolemiante mais potente, sendo promissor como preventivo contra o desenvolvimento da aterosclerose.

[ 11 ]
Semente

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em metanol a 75%. Doses para ensaio: 125 a 500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos CD-1 portadores de hipercolesterolemia induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT, HDL, LDL e TG) e índice aterogênico.

O extrato de P. americana apresenta atividade hipocolesterolemiante promissora.

[ 29 ]

Hipoglicemiante

Hipoglicemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (10%, p/v): maceração de 2 kg do material vegetal (pó) em etanol a 50%. Rendimento: 22,4 g. Doses para ensaio: 0,15 e 0,3 g/kg; 1 mL.

In vivo:

Em ratos Wistar (Rattus norvegicus var. albinus) portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do teste oral de tolerância à glicose, parâmetros bioquímicos (glicose, nitrogênio ureico, ácido úrico, glicogênio hepático, insulina plasmática basal, AST, ALT, AlkP, CT e TG), histológicos do pâncreas e expressão de PKB (Western blotting).

Em ratos normoglicêmicos tratados com o extrato vegetal, submetidos a administração de glicose, com posterior análise do nível de glicose em intestino perfundido.

O extrato de P. americana apresenta atividade hipoglicemiante, através da ativação de PKB/Akt nos músculos esqueléticos e no fígado, além de inibir a absorção de glicose no intestino.

[ 35 ]
Semente

Pó. Dose para ensaio: 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes (tipo 2) induzido por frutose e estreptozotocina, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (níveis glicêmicos e lipidêmicos, ácido úrico, bilirrubina e ALT) e índice de risco coronariano.

O extrato de P. americana apresenta atividade hipoglicêmica, além de regularizar os níveis lipídicos e a função hepática e renal.

[ 13 ]

Extrato: 35 g do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 18,5 g. Doses para ensaio: 26,7, 53,3 e 106,6 mg/kg.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH, capacidade antioxidante total, capacidade de eliminação do radical NO e capacidade de redução.

Determinar a atividade inibitória das enzimas α-amilase e α-glucosidase.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT, TG, HDL, LD, VLDL, índices aterogênico e de artéria coronária, GSH, CAT, GPx, CAT, SOD, MDA, TNF-α, IL-6 e NF-kB), resistência à insulina e função das células β, função hepática (Hx, G6Pase e FBPase) e expressão de PCNA, Bcl2, PI3K, Akt e cliclofilina A.

O extrato aquoso de P. americana apresenta atividade hipoglicemiante, possivelmente por ativação da via PI3K/Akt e inibição da morte das células β.

[ 28 ]
Fruto

Óleo. Doses para ensaio: 0 a 30%.

In vivo:

Em Ratos Wistar portadores de diabetes induzido por dieta rica em sacarose, tratados com o óleo de abacate, com posterior análise de testes de tolerância à glicose e resistência à insulina.

O óleo de P. americana apresenta atividade hipoglicemiante, principalmente na dose de 5 a 20%.

[ 30 ]
Semente

Extrato: 60 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Doses para ensaio: 300 e 600 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar normoglicêmicos ou portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do nível de glicose plasmática e parâmetros histológicos pancreático.

O extrato aquoso da semente de P. americana apresenta atividade hipoglicemiante, demonstrando regeneração das células β.

[ 31 ]

Hipolipemiante

Hipolipemiante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: material vegetal em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 25 a 200 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de hiperlipidemia induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do índice de massa corporal, índice de adiposidade, parâmetros bioquímicos (níveis de adiponectina, glutationa, perfil lipídico e peroxidação lipídica), histopatológicos (fígado, coração e tecido adiposo) e expressão de adiponectina e PPAR-γ em homogenato do tecido adiposo (RT-PCR e Western blotting).

O extrato de P. americana apresenta atividade hipolipemiante, principalmente na dose de 100 mg/kg, devido ao aumento da expressão de adiponectina e PPAR-γ.

[ 16 ]
Fruto (polpa)

Extrato (1:4): 250 mg do material vegetal (picado) em etanol a 70%. Rendimento: 7379 g.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do índice de massa corporal e de adiposidade, massa de gordura total, perfil lipidêmicos, expressão de FASN, LPL, FGF21 e leptina.

O extrato de P. americana apresenta atividade hipolipidêmica e antiobesidade, pois modula a síntese de gordura endógena, a formação de adiponectina e a atividade da leptina.

[ 20 ]

Relaxante muscular

Relaxante muscular
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: maceração de 185 g do material vegetal (pó) em metanol a 96%.

In vitro:

Em íleos isolados de coelhos incubados com o extrato vegetal, fenoxibenzamina (antagonista adrenérgico não seletivo), prazosina (antagonista α1-adrenérgico) e propranolol (antagonista β-adrenérgico), com posterior análise da contratilidade muscular (Emax, CE50 e pA2).

 

O extrato de P. americana apresenta atividade relaxante da musculatura lisa, por interagir, principalmente, com os receptores α1-adrenérgicos, sendo promissor para o tratamento da hipertensão.

[ 23 ]

Vasorelaxante

Vasorelaxante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: 840 g do material vegetal (pó) em água. Rendimento: 17,11 (p/p). Concentrações para ensaio: 0,01 a 12,8 mg/mL.

In vitro:

Em aortas isoladas de ratos Sprague-Dawley, com ou sem endotélio, incubadas com o extrato vegetal, noradrenalina, cloreto de potássio, L-NAME, azul de metileno, indometacina com posterior análise da contratilidade vascular.

 

O extrato de P. americana apresenta atividade vasorelaxante (1 e 5 mg/mL), dependente do endotélio, por inibição da mobilização de cálcio e ativação dos receptores PGI2 e PGE2.

[ 34 ]
Ensaios toxicológicos

Altera níveis hormonais femininos

Altera níveis hormonais femininos
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: maceração de 1098 g do material vegetal (pó) em metanol a 80%. Rendimento: 13,02% (p/p). Doses para ensaio: 20 a 500 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Sprague-Dawley maduras não prenhes tratadas com extrato vegetal, com posterior análise dos níveis séricos hormonais (FSH e PROG).

O extrato de P. americana altera os níveis hormonais femininos, podendo alterar a função reprodutiva, assim, mulheres que desejam engravidar devem utiliza-lo com cautela.

[ 8 ]

Letalidade

Letalidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extratos: material vegetal (pó) em hexano e metanol. Concentrações para ensaio: 1 a 1000 mg/mL.

In vitro:

Determinar a toxicidade (CL50) através do ensaio em Artemia salina.

 

Os extratos hexânico e metanólico de P. americana apresentam toxicidade, com DL50 = 2,37 e 24,13 mg/mL, respectivamente.

[ 17 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: 800 g de material vegetal (fresco) em 2,5 L de metanol. Rendimento: 3,1% (p/p). Gel de carbopol a 1%: contendo 1 a 10% (p/p) do extrato metanólico vegetal. Dose para ensaio: 500 mg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda (tópica).

O gel contendo o extrato de P. americana não apresenta sinais de irritação cutânea na dose em estudo.

[ 15 ]
Semente

Extrato: material vegetal em etanol a 70%. Doses para ensaio: 500 a 2000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato de P. americana não apresenta sinais de toxicidade até a dose de 2000 mg/kg.

[ 16 ]
Fruto (polpa)

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 95%. Doses para ensaio: 100 a 1000 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato de P. americana não apresenta sinais de toxicidade até a dose de 1000 mg/kg.

[ 19 ]
Folha

Extrato: 470 g do material vegetal (fresco) em 2 L de água. Rendimento: 7% (p/p). Doses para ensaio: 1 a 10 g/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato de P. americana não apresenta sinais de toxicidade até a dose de 10 g/kg.

[ 24 ]
Semente

Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em metanol a 75%. Doses para ensaio: 10 a 2500 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos CD-1 submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato metanólico de P. americana apresenta DL50 = 1,767 mg/kg.

[ 29 ]

Toxicidade aguda e subaguda

Toxicidade aguda e subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato aquoso. Rendimento: 10,60% (p/p). Doses para ensaio: 2 a 10 g/kg (aguda); 2,5 g/kg (subaguda).

In vivo:

Em ratos submetidos aos testes de toxicidade aguda e subaguda.

O extrato de P. americana não apresenta sinais de toxicidade até a dose de 10 g/kg.

[ 21 ]

Toxicidade aguda e subcrônica

Toxicidade aguda e subcrônica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Semente

Extrato: maceração de 1098 g do material vegetal (pó) em metanol a 80%. Rendimento: 13,02% (p/p). Doses para ensaio: 1000 a 4000 mg/kg.

In vivo:

Em ratas Sprague-Dawley maduras não prenhes submetidas ao teste de toxicidade aguda e subcrônica.

O extrato de P. americana não apresenta toxicidade até a dose de 4000 mg/kg, contudo, demonstra a necessidade de cautela quanto ao uso prolongado em pacientes com disfunções renais.

[ 9 ]

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30 - TORO-EQUIHUA, M. et al. Effect of an avocado oil-enhanced diet (Persea americana) on sucrose-induced insulin resistance in Wistar rats. J Food Drug Anal, v. 24, n. 2, p.350-357, 2016. doi: 10.1016/j.jfda.2015.11.005
31 - EDEM, D. et al. Effect of aqueous extracts of alligator pear seed (Persea americana Mill.) on blood glucose and histopathology of pancreas in alloxan-induced diabetic rats. Pak J Pharm Sci, v. 22, n. 3, p.272-276, 2009.
32 - CASTILLO-JUÁREZ, I. et al. Anti-Helicobacter pylori activity of plants used in Mexican traditional medicine for gastrointestinal disorders. J Ethnopharmacol, v. 122, n. 2, p.402-405, 2009. doi: 10.1016/j.jep.2008.12.021
33 - MÁRQUEZ-RAMÍREZ, C. A. et al. Comparative effects of avocado oil and losartan on blood pressure, renal vascular function, and mitochondrial oxidative stress in hypertensive rats. Nutrition, v. 54, p.60-67, 2018. doi: 10.1016/j.nut.2018.02.024
34 - OWOLABI, M. A. et al. Vasorelaxant action of aqueous extract of the leaves of Persea americana on isolated thoracic rat aorta. Fitoterapia, v. 76, n. 6, p.567-573, 2005. doi: 10.1016/j.fitote.2005.04.020
35 - LIMA, C. R. et al. Anti-diabetic activity of extract from Persea americana Mill. leaf via the activation of protein kinase B (PKB/Akt) in streptozotocin-induced diabetic rats. J Ethnopharmacol, v. 141, n. 1, p.517-525, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.03.026
36 - ROSAS-PIÑÓN, Y. et al. Ethnobotanical survey and antibacterial activity of plants used in the Altiplane region of Mexico for the treatment of oral cavity infections. J Ethnopharmacol, v. 141, n. 3, p.860-865, 2012. doi: 10.1016/j.jep.2012.03.020

Formulário de Fitoterápico

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 150-152, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha ou semente fresca

200 g

                                                            * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da tintura/alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca, pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura da folha: pesar 200 g de folha fresca, lavar e deixar secar, por 24 horas, em temperatura ambiente. Posteriormente, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura da semente: pesar 200 g de semente fresca, lavar e deixar secar, por 24 horas, em temperatura ambiente. Posteriormente, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Folha: afecções renais e edemas por retenção hídrica. 

Semente: artralgias, artrites e infeções virais.
Posologia

Folha: uso oral - tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo). 

Semente: uso tópico - incorporar em creme, pomada ou gel.

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de sopa caseira rasa

Água q.s.p.

150 mL

                                                                                                         Obs: o infuso desta planta só deve ser preparado com a planta seca.
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos. 

Principais indicações

Afecções renais e edemas por retenção hídrica. 

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três a seis vezes ao dia. 

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 214-217.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 139-140.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Acetogeninas

persedieno, persenona e persina.

Ácidos fenólicos

gálico, elágico, vanílico, clorogênico, cafeico, hidroxicinâmico e protocatecuico.

Ácidos graxos

oleico, linoleico, palmítico, palmitoleico, esteárico, linolênico, cáprico e mirístico.

Aminas

dopamina e serotonina.

Aminoácidos

ácido aspártico e glutâmico, leucina, valina, licina, asparagina e betaína.

Carboidratos

arabinose, galactose, D-α-manoheptita, D-manoheptulosa e D-α-manoheptita, D-manoheptulosa e D-glicerol (+)-galactoheptitol.

Carotenoides

luteolina, β-criptoxantina, zeaxantina, α e β-caroteno.

Cumarinas

Esteróis

β-sitosterol, campesterol, estigmasterol, β-sitostanol, campestanol e estigmastanol.

Flavonoides

rutina, quercetina, luteolina, miricetina, apigenina e caempferol.

Hidrocarbonetos

1,2,4-trihidroxinonadecano, 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-eno e 1,2,4-trihidroxiheptadec-16-ino.

Lactonas sesquiterpênicas

abacatina.

Minerais

cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, sódio, zinco, cobre, manganês e selênio.

Mucilagens

Óleos essenciais

estragol, α e β-pineno, cineol, transanetol, alcanfor, cariofileno, metil ionona gama, humuleno, betapineno e limoneno.

Outras substâncias

escualeno, resveratrol, lecitina, ácido málico, ácido acético, ácido gammaminoburírico e ácido ferúlico.

Procianidinas

catequina e epicatequina.

Saponinas

Taninos

Vitaminas

A, B, C, D, E e K.

Referências bibliográficas

1 - TABESHPOUR, J. et al. Effects of Avocado (Persea americana) on metabolic syndrome: a comprehensive systematic review. Phytother, Res, v. 31, n. 6, p.819-837, 2017. doi: 10.1002/ptr.5805
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 58.
3 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 343.
4 - GUPTA, M. P. (Ed.). 270 Plantas medicinales ibero-americanas. Bogotá: Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnología, Cyted, Convenio Andres Bello, 1995, p. 344.
5 - RODRIGUEZ-SANCHEZ, D. G. et al. Isolation and chemical identification of lipid derivatives from avocado (Persea americana) pulp with antiplatelet and antithrombotic activities. Food Funct, v. 6, n. 1, p.193-203, 2015. doi: 10.1039/c4fo00610k
6 - OBERLIES, N. H. et al. Cytotoxic and insecticidal constituents of the unripe fruit of Persea americana. J Nat Prod, v. 61, n. 6, p.781-5, 1998. doi: 10.1021/np9800304
7 - LU, Q. Y. et al. Inhibition of prostate cancer cell growth by an avocado extract: role of lipid-soluble bioactive substances. J Nutr Biochem, v. 16, n. 1, p.23-30, 2005. doi: 10.1016/j.jnutbio.2004.08.003
8 - DEUSCHELE, V. C. K. N. et al. Persea americana Mill. crude extract exhibits antinociceptive effect on UVB radiation-induced skin injury in mice. Inflammopharmacol, v. 27, n. 2, p.323-338, 2019. doi: 10.1007/s10787-018-0441-9

Propagação: 

exclusivamente por sementes, sendo de fácil germinação. O plantio deve ser realizado em covas de 0,50x0,50 m, com distância entre as plantas de 8x9 a 10x12 m [ 1 , 2 ] .

Problemas & Soluções: 

podem ser atacados por lagartas, podridão-das-raízes, verrugose e antracnose [ 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 342.
2 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 2. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 314.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2010
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Referências bibliográficas

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