Physalis angulata L.

Camapu, bucho-de-rã, joá-de-capote, mata-fome e balão.

Família 
Informações gerais 

Ocorre nas Américas do Norte (especialmente nos Estados Unidos), Central e do Sul. É considerada nativa em quase todo Brasil, sendo muitas vezes considerada como erva daninha. Pode ser encontrada também em regiões tropicais do Velho Mundo, especialmente no Monte Kelud (Java Oriental, Indonésia) onde cresce espontaneamente. Esta espécie é muito cultivada para fins medicinais, alimentícios e ornamentais. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, analgésica, antirreumática, antisséptica, antiasmática, antiparasitária, antimalárica, antioxidante, hipoglicemiante, imunoestimulante, antiviral (HSV-1, herpes labial), antitumoral, antibacteriana, antifibrótica e hepatoprotetora[1,2,3].

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 185-187.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 506-507.
3 - NOVITASARI, A. et al. Physalis angulata Linn. as a medicinal plant (review). Biomed Rep, v. 20, n. 3, p.1-16. doi: 10.3892/br.2024.1735
Descrição da espécie 

Planta herbácea, ereta, anual, ramificada, medindo até 70 cm de altura, de caule anguloso, glabro ou com tricomas esparsos, simples, possui tricomas antrorsos nos ramos jovens pecíolos e nervuras; folhas simples, membranáceas, ovais, agudas, de margem dentada, glabras ou glabrescentes, medindo de 3 a 5 cm de comprimento; as flores geralmente solitárias, de cor creme, com cerca de 1 cm de diâmetro, possuem pedicelo cilíndrico; frutos em bagas redondas, amarelos quando maduros, de sabor doce e insípido, medindo até 15 cm de diâmetro, dentro de um casulo verde, anguloso, formado por sépalas concrescentes, de cor amarelo-esverdeada a amarelo-pálida, com manchas acastanhadas[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 91.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 506.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 185.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Camapu Ceará (Brasil) Raiz

Diurética, estimulante do aparelho genito-urinário, hepatoprotetora e no tratamento de afecções do baço.

Cozimento.

Uso oral.

-

[ 1 ]
- Amazônia (povos indígenas) Folha

Diurética.

Infusão. 

-

-

[ 2 ]
- Colômbia (povos indígenas) Folha e fruto

Anti-inflamatória e desinfetante para doenças cutâneas.

Decocção.

Uso externo.

-

[ 2 ]
- Peru Raiz

Hipoglicemiante.

Maceração em rum.

-

-

[ 2 ]
Camapu Brasil -

Antirreumática, sedativa, antitérmica, antivomitiva, no tratamento de doenças de pele, problemas renais, da bexiga e do fígado.

-

-

-

[ 2 ]
- Nordeste (Brasil) Planta toda ou raiz

Diurética e estimulante do aparelho genito-urinário.

Decocção. 

-

-

[ 2 ]
Chal pangpuak Mizoram (Índia) Fruto e folha

Antimalárica, antirreumática, antidispéptica, analgésica, antisséptica antiasmática, antidiarreica e no tratamento de doenças hepáticas.

-

-

-

[ 3 ]
Babotore Povos étnicos Tetun (Timor Ocidental, Indonésia) Planta toda

Antimalárica.

-

-

-

[ 4 ]
Top toropo Caribe (Colômbia) Planta toda

Anti-inflamatória, anti-infecciosa, antiasmática, antirreumática, no tratamento de cólicas abdominais e dermatites.

Cataplasma ou infusão.

Uso tópico ou oral.

-

[ 5 ]
Camapu e pikasoró Alto Rio Negro, Amazonas, Brasil (indígenas) Planta toda e raiz

Antitérmica (em caso de malária).

Decocção. 

Na forma de banho.

-

[ 6 ]
Bolsa mullaca Peru (população indígena e mestiça do rio Nanay) Parte aérea e raiz

Antimalárica.

-

-

-

[ 7 ]

Referências bibliográficas

1 - MATOS, F. J. A. O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha: Informações sobre o emprego na medicina caseira, de plantas do Nordeste, especialmente do Ceará. 2 ed. Fortaleza: EUFC, 1997, p. 91.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 506.
3 - RALTE, L. et al. Traditionally used edible Solanaceae plants of Mizoram, India have high antioxidant and antimicrobial potential for effective phytopharmaceutical and nutraceutical formulations. Heliyon, v. 7, n. 9, p.1-12, 2021. doi: 10.1016/j.heliyon.2021.e07907
4 - TAEK, M. M. et al. Antiplasmodial activity and phytochemical constituents of selected antimalarial plants used by native people in west timor indonesia. Turk J Pharm Sci, v. 18, n. 1, p.80-90, 2021. doi: 10.4274/tjps.galenos.2019.29000
5 - RIVERA, D. E. et al. A screening of plants used in Colombian traditional medicine revealed the anti-inflammatory potential of Physalis angulata calyces. Saudi J Biol Sci, v. 26, n. 7, p.1758-1766, 2019. doi: 10.1016/j.sjbs.2018.05.030
6 - KFFURI, C. W. et al. Antimalarial plants used by indigenous people of the Upper Rio Negro in Amazonas, Brazil. J Ethnopharmacol, v. 178, p.188-198, 2016. doi: 10.1016/j.jep.2015.11.048
7 - RUIZ, L. et al. Plants used by native Amazonian groups from the Nanay River (Peru) for the treatment of malária. J Ethnopharmacol, v. 133, n. 2, p.917-921, 2011. doi: 10.1016/j.jep.2010.10.039

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule

Extrato etanólico. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,5 a 4 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 a 100 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos peritoneais murinos estimulados com LPS e IFN-γ, incubados com extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio Alamar Blue) e dos níveis de TNF-α, IL-6, IL-10, IL-12 e nitrito (ELISA); e em esplenócitos murinos incubados com o extrato vegetal, para avaliar viabilidade celular (citometria de fluxo), proliferação celular (incorporação de 3H-timidina) e estimulados com ConA para análise dos níveis de IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 e INF-γ (ELISA) e do ciclo celular (citometria de fluxo).

 

In vivo:

Em camundongos BALB/c portadores de peritonite aguda e edema de pata induzido por induzida por carragenina e Adjuvante Completo de Freund, respectivamente, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise dos leucócitos totais (contagem e morfologia) em liquido peritoneal e espessura da pata.

O extrato P. angulata apresenta efetividade para o tratamento de doenças imuno-inflamatórias.

[ 1 ]
Cálice

Extrato (fração): diclorometano. Concentrações para ensaio (in vitro): 0 a 12,5 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 5 e 10 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com o extrato vegetal e estimulados com LPS e IL-4, com posterior análise da expressão de IL-1β, IL-6, IL-10, IL-12, TNF-α, COX-2, iNOS, ARG1, TGF-β1 e MRC1.

 

In vivo:

Em camundongos CD-1 (ICR) portadores de colite crônica induzida por dextrano sulfato de sódio, tratados com a fração vegetal, com posterior análise de parâmetros histológicos, níveis de MPO, IL-6 e MCP-1 em homogenato do tecido.

A fração de diclorometano de P. angulata apresenta atividade anti-inflamatória, sendo promissora para o tratamento da doença inflamatória intestinal.

[ 3 ]
Parte aérea

Extrato: material vegetal (pó) por extração com CO2 supercrítico. Doses para ensaio: 25 a 100 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de colite induzida por TNBS, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros macroscópicos, bioquímicos (MPO, ALP e GSH, IL-1β, IL-6, IL-10, TNF-α e INF-γ), expressão gênica (GAPDH, β-actina, HPRT, HSP70, HPSE, NF-κB, MAPK1, MAPK3, MAPK6, MAPK9, MUC1, MUC2, MUC3 e MUC4) e histopatológicos (microscopia óptica e eletrônica).

O extrato de P. angulata apresenta atividade anti-inflamatória intestinal, pois modula o estresse oxidativo, fatores imunológicos e a expressão de mediadores inflamatórios.

[ 11 ]
Cálice

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em etanol. Frações: éter de petróleo, diclorometano e metanol. Concentrações para ensaio (in vitro): 6,25 a 100 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo) 0,5 a 1 mg/orelha. Outras espécies em estudo: Calotropis procera, Ceratopteris pteridoides, Cordia alba, Croton malambo, Cryptostegia grandiflora, Dracontium dubium, Maclura tinctoria, Merrenia umbellata e Tabebuia rosea.

In vitro:

Em cultura de macrófagos murinos (RAW 264.7) incubados com os extratos e frações vegetais, estimulados ou não com LPS, com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e dos níveis de óxido nítrico, PGE2, IL-1β, IL-6, TNF-α e CCL2 (reação de Griess e ELISA).

 

In vivo:

Em camundongos ICR portadores de edema agudo na orelha induzido por TPA, tratados topicamente com os extratos e frações vegetais, com posterior análise da inibição do edema, parâmetros histopatológicos e atividade da MPO em homogenato da orelha.

A fração de diclorometano de P. angulata apresenta atividade anti-inflamatória mais potente.

[ 19 ]

Anti-inflamatória e Imunomoduladora

Anti-inflamatória e Imunomoduladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule

Extrato: 1 kg de material vegetal (pó) em etanol. Rendimento: 10%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,25 a 1 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 e 100 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos (Raw 264.7) submetidas ao ensaio repórter luciferase (pBIIX-luc), incubadas com o extrato vegetal e estimuladas com LPS e IFN-γ, com posterior análise da atividade transcricional de NF-kB.

 

In vivo:

Em camundongos C57BL/6 portadores de periodontite crônica induzida por lipopolissacarídeo (LPS), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da estrutura óssea alveolar, expressão de TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10, TGF-β, MMP-9 e TIMP1 no tecido gengival (RT-qPCR), níveis de citocinas IL-1β, IL-6 e TGF-β (ELISA), parâmetros bioquímicos e macroscópicos.

O extrato de P. angulata apresenta atividade anti-inflamatória e imunomoduladora, além da ausência de toxicidade.

[ 4 ]
Raiz

Extrato: decocção de 150 g do material vegetal em 700 mL de água. Rendimento: 2,712 g. Doses para ensaio: 0,5 a 5 mg/kg.

In vivo:

Em ratos portadores de inflamação subcutânea induzida por bolsas de ar contendo carragenina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do exsudato (nível de nitrito, PGE2, TGF-β e atividade da adenosina desaminase).

O extrato de P. angulata apresenta atividade anti-inflamatória e imunomoduladora, principalmente na dose de 5 mg/kg.

[ 13 ]

Antiangiogênica e Antimetastática

Antiangiogênica e Antimetastática
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Planta toda

Extrato: material vegetal (seco) em metanol. Frações: n-hexano, acetato de etila e butanol. Concentrações para ensaio: 0 a 20 µg/mL.

In vitro:

Em células humanas de carcinoma espinocelular oral (HSC-3) e endoteliais da veia umbilical (HUVECs) incubadas com a fração vegetal de acetato de etila, com posterior análise da viabilidade celular (Azul de tripano), ensaio de cicatrização de feridas, migração celular (Microscopia óptica), atividade de MMP-2 e 9 (Zimografia), expressão de MMP-9, MMP-2, u-PA, TIMP-1, TIMP-2, PAI-1, PAI-2 e VEGF (Imunoblotting).

Em membrana corioalantóica de embrião de galinha (CAM) incubada com a fração vegetal, com posterior análise da angiogênese.

 

A fração de acetato de etila de P. angulata, em concentração não tóxicas (até 15 µg/mL), demonstra atividade antimetastática e antiangiogênica, sendo promissora para tratamentos antitumorais.

[ 5 ]

Antibacteriana e Antifúngica

Antibacteriana e Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea e raiz

Óleo essencial: por hidrodestilação. Rendimento: 1,5% (p/p).

In vitro:

Em culturas de Bacillus subtilis, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Candia albicans, C. stellatoidea e C. torulopsis submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm) e da concentração inibitória mínima (CIM).

 

Os óleos essenciais de P. angulata (parte aérea e raiz) apresentam atividades antibacteriana e antifúngica (CIM = 3,75 e 4,00 mg/mL), exceto para P. aeruginosa e S. aureus.

[ 17 ]

Antinociceptiva

Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: decocção de 150 g do material vegetal em 700 mL de água. Rendimento: 2,712 g. Doses para ensaio: 10 a 60 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos aos testes de contorções abdominais e lambedura de pata, induzidos por ácido acético e formalina, respectivamente, e da placa quente, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do número de contorções, lambedura, elevação das patas e saltos.

O extrato aquoso de P. angulata apresenta atividade antinociceptiva, dose-dependente.

[ 20 ]

Antioxidante e Antibacteriana

Antioxidante e Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de metanol. Outras espécies em estudo: Capsicum annuum, C. frutescens, Lycopersicon esculentum, Solanum americanum, S. anguivi, S. incanum, S. melongena, S. torvum e S. betaceum.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH, da atividade de CAT, APX e SOD.

Em culturas de Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm).

 

Os extratos das espécies, em estudo, pertencentes a família Solanaceae, apresentam atividades antioxidante e antibacteriana promissoras.

[ 16 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e fruto

Extratos: 60 g do material vegetal (pó) em 500 mL de éter de petróleo, posteriormente, em 500 mL de acetato de etila e etanol. Rendimentos: 5 g (folha) e 4 g (fruto).

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e H2O2.

Em culturas de células humanas de carcinoma cervical (HeLa), adenocarcinoma colorretal (DLD-1) e de mama (MCF-7) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da citotoxicidade (MTT).

Em culturas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus submetidas ao teste de disco-difusão e microdiluição em ágar, com posterior análise do halo de inibição, concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).

 

O extrato etanólico da folha de P. angulata apresenta antioxidante e antitumoral mais potente, enquanto que o de acetato de etila demonstra melhor ação bactericida.

[ 7 ]

Antiparasitária

Antiparasitária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato aquoso. Concentração para ensaio: 100 µg/mL.

In vitro:

Em protozoários de Leishmania amazonensis (forma promastigota) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da produção de espécies reativas ao oxigênio (ERO’s), autofagia e apoptose/necrose (citometria de fluxo).

Em macrófagos peritoneais murinos (Mus musculus) incubados com o extrato vegetal, infectados ou não com L. amazonenses (forma amastigota), com posterior análise da microscopia celular, níveis de ânion superóxido e óxido nítrico.

 

O extrato de P. angulata apresenta atividade antiparasitária, pois estimula a morte celular por apoptose (alto níveis de ERO’s) e modula a ativação de macrófagos.

[ 6 ]
Caule

Extrato: 1 kg de material vegetal (pó) em etanol. Rendimento: 10%. Concentrações para ensaios (in vitro): 8 a 5000 µg/placa; 1,2 a 100 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 2000 mg/kg.

In vitro:

Determinar a citotoxicidade e mutagenicidade do extrato vegetal em cepas de Salmonella typhimurium (Teste de Ames).

Em protozoários de Leishmania amazonensis e L. braziliensis (formas promastigotas) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50); em macrófagos peritoneais murinos infectados ou não com L. amazonensis (forma amastigota) e incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (Alamar blue) e concentração inibitória média (CI50).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do Teste de Micronúcleo (eritrócitos policromáticos e normocromáticos) em medula óssea femural.

O extrato de P. angulata apresenta atividade antiparasitária, além da ausência de mutagenicidade (até 3000 µg/placa) e baixa citotoxicidade.

[ 8 ]
Raiz

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 25 a 400 µg/mL.

In vitro:

Em protozoários de Leishmania infantum (forma promastigota) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise do mecanismo e ação antipromastigota, parâmetros morfológicos.

Em cultura de macrófagos J774-A1 infectados ou não com L. infantum (forma amastigota), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade, atividade anti-amastigota e quantificação de TNF-α.

 

O extrato de P. angulata apresenta atividade antiparasitária, pois indução a apoptose e a liberação de TNF-α por macrófagos, além da ausência de citotoxicidade.

[ 9 ]
Caule

Extrato: 1 kg de material vegetal (pó) em etanol. Rendimento: 10%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,02 a 50 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50 e 100 mg/kg.

In vitro:

Em macrófagos peritoneais isolados de camundongos BALB/c incubados com o extrato vegetal, para análise de citotoxicidade.

Em culturas de protozoários de Tripanossoma cruzi (formas epimastigotas axênicas e tripomastigotas) e em macrófagos infectados com T. cruzi (forma tripamastigotas/amastigotas), incubados com o extrato vegetal, associado ou não com benzonidazol, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50), sinergismo, apoptose e quantificação da forma amastigota/macrófagos.

 

In vivo:

Em camundongos BALB/c infectados por T. cruzi (forma tripomastigotas), tratados com o extrato vegetal, em associação ou não com benzonidazol, com posterior análise da parasitemia e taxa de sobrevivência.

O extrato de P. angulata apresenta atividade antiparasitária por necrose celular, sinergismo positivo com benzonidazol e ausência de toxicidade para macrófagos.

[ 10 ]
Planta toda

Extrato: maceração de 20 g do material vegetal (pó) em etanol a 95%. Concentrações para ensaio: 0,01 a 100 µg/mL. Outras espécies para estudo: Strychnos ligustrina, Calotropis gigantea, Cleome rutidosperma, Alstonia spectabilis, A. scholaris, Melia azedarach, Plumeria alba, Fatoua pilosa, Neoalsomitra podagrica e Jatropha curcas.

In vitro:

Em cultura de Plasmodium falciparum (resistente à cloroquima) incubados com os extratos vegetais e glóbulos vermelhos, com posterior análise do número de glóbulos vermelhos infectados e da concentração inibitória média (CI50).

 

Os extratos de P. angulata, J. curcas e A. spectabilis apresentam atividade antiparasitária mais potente, com CI50 = 0,22, 0,22 e 1,23 µg/mL, respectivamente.

[ 18 ]
Raiz

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 10 a 400 μg/mL.

In vitro:

Em protozoários de Leishmania amazonenses (forma promastigota) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50).

Em macrófagos peritoneais isolados de camundongos e infectados com L. amazonensis (forma amastigota), incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50), parâmetros morfológicos (microscopia óptica e eletrônica de varredura) e viabilidade celular (MTT e iodeto de propídio)

 

O extrato de P. angulata apresenta atividade antiparasitária (CI50 = 39,5 e 43,4 µg/mL, promastigota e amastigota, respectivamente), dose dependente, além da ausência de citotoxicidade.

[ 21 ]
Folha

Extratos: maceração de 4 g do material vegetal (pó) em 30 mL metanol e diclorometano. Rendimentos: 22,6 e 4,5%, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,09 a 200 µg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 300 mg/kg. Outras espécies em estudo: Anisopappus chinensis, Entandrophragma palustre, Melia azedarach e Strychnos icaja.

In vitro:

Em linhagens de Plasmodium falciparum (sensíveis ou resistentes à cloroquina) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise do nível de parasitemia e da concentração inibitória média (CI50).

Em cultura de fibroblastos normais de pulmão fetal de humanos (WI-38) incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade.

 

In vivo:

Em camundongos NMRI infectados com P. berghei berghei, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da parasitemia.

Os extratos de P. angulata, A. chinensis e S. icaja apresentam atividade antiparasitária mais potentes.

[ 22 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (pó) em 900 mL de etanol. Concentrações para ensaio: 25 a 100 µg/mL.

In vitro:

Em culturas de células de retinoblastoma (Y79) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular (MTT) e apoptose (Anexina V).

 

O extrato de P. angulata apresenta atividade antitumoral, principalmente na concentração de 100 µg/mL.

[ 2 ]
-

Extrato: material vegetal (seco) em metanol. Frações: n-hexano, acetato de etila e butanol. Concentrações para ensaio: 1 a 15 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de células humanas de câncer oral (HSC-3) incubadas com a fração de acetato de etila, com posterior análise da atividade da redutase mitocondrial, nível de espécies reativas ao oxigênio, apoptose/necrose, morfológica, ciclo celular, expressão de proteínas AIF, Bax, Bcl-2, caspase 2, 4, 8 e 9, citocromo c, HSP70, ORP150, HO-1, MnSOD, Cu/ZnSOD e dissulfeto isomerase, medição do potencial de membrana mitocondrial, atividade mitocondrial e do reticulo endoplasmático.

 

A fração de acetato de etila de P. angulata apresenta atividade citotóxica, pois induz o estresse oxidativo celular, consequentemente a apoptose.

[ 14 ]
-

Extrato: 10 kg do material vegetal (seco) em metanol. Concentrações para ensaio: 150 a 600 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de células de câncer de mama de humanos (MAD-MB 231 e MCF-7) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade e ciclo celular (citometria de fluxo), apoptose e expressão de ciclina A e B1, Cdc2, Cdc25C, Chk2, p27kip1 e p21waf1/cip1 (RT-PCR e Western blotting).

 

O extrato de P. angulata apresenta atividade antitumoral promissora.

[ 15 ]

Imunomoduladora

Imunomoduladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato aquoso. Concentrações para ensaio: 25 a 100 μg/mL.

In vitro:

Em células da medula óssea (BMCs) isoladas de camundongos BALB/c (Mus musculus), incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (MTT), potencial de membrana mitocondrial (citometria de fluxo), apoptose/necrose (Anexina V-FITC), diferenciação e proliferação celular (microscopia), expressão de LC3b e marcadores de superfície celular (citometria de fluxo).

 

O extrato de P. angulata apresenta atividade imunomoduladora, pois induz a diferenciação celular, de BMCs para macrófagos.

[ 12 ]
Ensaios toxicológicos

Citotóxica e Genotóxica

Citotóxica e Genotóxica
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Raiz

Extrato: 150 g do material vegetal em 700 mL de água. Rendimento: 2,712 g. Concentrações para ensaio: 0,5 a 6,0 µg/mL.

In vitro:

Em linfócitos de sangue periférico de humanos saudáveis, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de genotoxicidade e citotoxicidade (ensaios do cometa e do micronúcleo).

 

O extrato de P. angulata não apresenta citotoxicidade, contudo, demonstra genotoxicidade.

[ 23 ]

Interação medicamentosa

Interação medicamentosa
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato (AM-1): associação de Jatropha curcas, Gossypium hirsutum, Physalis angulata e Delonix regia. Dose para ensaio: 26,6 mL/kg.

In vivo:

Em ratos Sprague-Dawley submetidos aos testes de toxicidade aguda e subcrônica, e análise da atividade da isoenzimas do citocromo P450.

A decocção do fitoterápico AM-1 não apresenta sinais de toxicidade, contudo, pode desempenhar interações medicamentosas, por modulação das isoenzimas do citocromo P450.

[ 24 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule

Extrato etanólico. Doses para ensaio: 100 a 200 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos BALB/c submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato de P. angulata não apresenta sinais de toxicidade até a dose de 200 mg/kg.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - DALTRO, S. R. T. et al. In vitro and in vivo immunomodulatory activity of Physalis angulata concentrated ethanolic extract. Planta Med, v. 87, n. 1-02, 160-168, 2021. doi: 10.1055/a-1237-4268
2 - CHAIRISSY, M. D. et al. Pro-apoptotic and anti-proliferative effects of Physalis angulata leaf extract on retinoblastoma cells. Int J Ophthalmol, v. 12, n. 9, p.1402-1407, 2019. doi: 10.18240/ijo.2019.09.05
3 - RIVERA, D. et al. Physalis angulata calyces modulate macrophage polarization and alleviate chemically induced intestinal inflammation in mice. Biomedicines, v. 8, n. 2, p.1-11, 2020. doi: 10.3390/biomedicines8020024
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9 - DA SILVA, B. J. M. et al. In vitro antileishmanial effects of Physalis angulata root extract on Leishmania infantum. J Integr Med, v. 16, n. 6, p.404-410, 2018. doi: 10.1016/j.joim.2018.08.004
10 - MEIRA, C. S. et al. In vitro and in vivo antiparasitic activity of Physalis angulata L. concentrated ethanolic extract against Trypanosoma cruzi. Phytomedicine, v. 22, n. 11, p.969-974, 2015. doi: 10.1016/j.phymed.2015.07.0049
11 - ALMEIDA JÚNIOR, L. D. et al. Intestinal anti-inflammatory activity of Ground Cherry (Physalis angulata L.) standardized CO2 phytopharmaceutical preparation. World J Gastroenterol, v. 23, n. 24, p.4369-4380, 2017. doi: 10.3748/wjg.v23.i24.4369
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14 - LEE, H. Z. et al. Oxidative stress involvement in Physalis angulata-induced apoptosis in human oral cancer cells. Food Chem Toxicol, v. 47, n. 3, p.561-570, 2009. doi: 10.1016/j.fct.2008.12.013
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20 - BASTOS, G. N. T. et al. Antinociceptive effect of the aqueous extract obtained from roots of Physalis angulata L. on mice. J Ethnopharmacol, v. 103, n. 2, p.241-245, 2006. doi: 10.1016/j.jep.2005.08.008
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22 - LUSAKIBANZA, M. et al. In vitro and in vivo antimalarial and cytotoxic activity of five plants used in congolese traditional medicine. J Ethnopharmacol, v. 129, n. 3, p.398-402, 2010. doi: 10.1016/j.jep.2010.04.007
23 - DOS SANTOS, R. A. et al. Genotoxic effect of Physalis angulata L. (Solanaceae) extract on human lymphocytes treated in vitro. Biocell, v. 32, n. 2, p.195-200, 2008.
24 - ANKRAH, N. A. et al. Evaluation of efficacy and safety of a herbal medicine used for the treatment of malária. Phytother Res, v. 17, n. 6, p.697-701, 2003. doi: 10.1002/ptr.1196

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

                                                                   * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca, pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Principais indicações

Processos inflamatórios em geral.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Número da cápsula e quantidade

Physalis angulata (droga vegetal)

N° 0 (300 a 310 mg)

Q.s.p

1 cápsula

 
Modo de preparo

Pulverizar a droga vegetal e encapsular.

Principais indicações

Processos inflamatórios em geral.

Posologia

Uso oral: tomar 1 cápsula, 1 a 2 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Processos inflamatórios em geral.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 223-224.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 401-402.
3 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 144-145.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 , 8 , 9 , 10 , 11 , 12 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Acetonas

hexahidrofarnesil.

Ácidos fenólicos

clorogênico.

Ácidos graxos

linoleico, oleico, octadecanóico e ocatadecadienóico.

Alcaloides

fisalucosídeo.

Aminas

acetilcolina.

Compostos orgânicos

hexadecanoato de metila e esqualeno.

Elementos químicos

cálcio, cromo, potássio, magnésio, fósforo, boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, sódio, níquel, vanádio, zinco, alumínio, bário, chumbo e estrôncio.

Fitosteróis

β-sitosterol, stigmasterol e ergosterol.

Flavonoides

quercetina e caempferol.

Glicosídeos fenólicos

fisangulosídeo.

Outras substâncias

fitol e vamonolide.

Vitaminas

E.

Witanolídeos

fisangulida, fisalina, fisapruna, fisagulina, fisangulidina, fisangulatina, fisanolídeo, withafisalina, withangulatina, withaminimina, witafisanolídeo, dihidrowithanolídeo, aromafisalina, 14- hidroxiixocarpanolídeo, (17S,20R,22R)-5b,6b-Epoxi-18,20-dihidroxi-1-oxowitha-24-enolida, (22S e R)-13,14-epoxi-14,15,28-trihidroxi-1-oxo-13,14-secowitha3,5,24-trien-18,20:22,26-diolídeo e 5α-ethoxi-6β-hidroxi-5,6-dihidrofisalina.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 187.
2 - ANH, H. T. et al. Bioactive compounds from Physalis angulata and their anti-inflammatory and cytotoxic activities. J Asian Nat Prod Res, v. 23, n. 8, p.809-817, 2021. doi: 10.1080/10286020.2020.18253908
3 - OKMANOV, R. Y. et al. Withanolides from Physalis angulata L. Acta Crystallogr E Crystallogr Commun, v. 44, n. Pt 8, p.804-808, 2021. doi: 10.1107/S205698902100709X
4 - SUN, C. P. et al. Antiproliferative and anti-inflammatory withanolides from Physalis angulata. J Nat Prod, v. 79, n. 6, p.1586-1597, 2016. doi: 10.1021/acs.jnatprod.6b00094
5 - GAO, C. et al. Cytotoxic withanolides from Physalis angulata. Nat Prod Res, v. 32, n. 6, p.676-681, 2018. doi: 10.1080/14786419.2017.1338281
6 - HUANG, M. et al. Withanolides from the genus Physalis: a review on their phytochemical and pharmacological aspects. J Pharm Pharmacol, v. 72, n. 5, p.649-669, 2020. doi: 10.1111/jphp.13209
7 - BOONSOMBAT, J. et al. A new 22,26- seco physalin steroid from Physalis angulata. Nat Prod Res, v. 34, n. 8, p.1097-1104, 2020. doi: 10.1080/14786419.2018.1550766
8 - PILLAI, J. R. et al. Chemical composition analysis, cytotoxic, antimicrobial and antioxidant activities of Physalis angulata L.: a comparative study of leaves and fruit. Molecules, v. 27, n. 5, p.1-20, 2022. doi: 10.3390/molecules27051480
9 - SUN, C. P. et al. A new phenol glycoside from Physalis angulata. Nat Prod Res, v. 31, n. 9, p.1059-1065, 2017. doi: 10.1080/14786419.2016.1269102
10 - MENG, Q. et al. Cytotoxic withanolides from the whole herb of Physalis angulata L. Molecules, v. 24, n. 8, p.1-9, 2019. doi: 10.3390/molecules24081608
11 - DAMU, A. G. et al. Isolation, structures, and structure - cytotoxic activity relationships of withanolides and physalins from Physalis angulata. J Nat Prod, v. 70, n. 7, p.1146-1152, 2007. doi: 10.1021/np07013741
12 - ODUSINA, B. O.; ONOCHA, P. A. et al. A new squalene derivative from Physalis angulata L. (Solanaceae). Nat Prod Res, v. 36, n. 8, p.2154-2157, 2022. doi: 10.1080/14786419.2020.1844691

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 15 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 30 dias[1,2].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

não há dados na literatura.

Interações medicamentosas: 

não há dados na literatura.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 224.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 145.

Propagação: 

por sementes, que devem ser lançadas (2 unidades de sementes) sobre sacos plásticos, tubetes ou bandejas plásticas contendo substrato industrializado ou solo, areia e esterco (3:2:1). Posteriormente, cobrir as sementes com uma fina camada do preparado substrato ou solo, areia e esterco. Transferir para viveiro (sombrite 50%), e somente quando as plantas atingirem 20 cm de comprimento, devem ser transferidas para local definitivo a pleno sol, em covas de 10x10 cm adubadas com ½ kg de esterco e espaçamento de 30 cm entre plantas e 50 cm entre linhas [ 1 ] .

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Tratos culturais & Manejo: 

a irrigação deve ser realizada em dias alternados [ 1 ] .

Colheita: 

a planta toda, incluído as raízes, deve ser colhida 3 meses após o plantio, antes do início da frutificação. A colheita das partes aéreas das plantas deve ser realizada, preferencialmente, no final do período da lua cheia [ 1 ] .

Pós-colheita: 

o fitoterápico pode ser produzido a partir da planta fresca ou seca. O processo de secagem deve ser realizado em estufa de ar circulante a temperatura de 45°C/48 horas. A droga vegetal pode ser armazenada por 1 ano. Para o preparo do fitoterápico deve-se utilizar a droga vegetal moída em moinho de faca (até 40 mesh), sendo esta armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada no período máximo de 6 meses. Para o beneficiamento das sementes, após a colheita dos frutos maduros (amarelo-alaranjados), deve separar as sementes manualmente, abrindo-os sobre uma peneira. Lavar as sementes com água corrente, posteriormente, manter a peneira com as sementes em local seco e sombreado por 48 horas. Pesar e acondicionar as sementes em frasco de vidro etiquetado e armazena-lo em temperatura ambiente [ 1 ] .

Separação das sementes

Separação das sementes

Separação das sementes

Separação das sementes

Lavagem das sementes

Lavagem das sementes em água corrente

Lavagem das sementes

Lavagem das sementes em água corrente

Sementes secas

Sementes secas

Sementes secas

Sementes secas

Problemas & Soluções: 

esta espécie apresenta melhor crescimento e absorção de nutrientes em solos argilosos, contudo, o estresse hídrico e o alto nível de salinidade (acima de 3 dSm-1) podem comprometer o crescimento e fecundidade. Pode adaptar-se em regiões áridas e semiáridas associado a um sistema de irrigação [ 2 ] .

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 186-187.
2 - OZASLAN, C. et al. Invasion potential of two tropical Physalis species in arid and semi-arid climates: effect of water-salinity stress and soil types on growth and fecundity. PLoS One, v. 11, n. 10, p.1-23, 2016. doi: 10.1371/journal.pone.0164369

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