Nativa da América do Sul, principalmente na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. No Brasil ocorre especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Além do uso como medicinal, encontra-se ocosionalmente cultivada como ornamental e alimentícia. Suas principais indicações são: desintoxicante, anti-inflamatória, antioxidante, cicatrizante, antitérmica, diaforética, antialérgica, antisséptica, antiviral, diurética e imunoestimulante[1,2,3,4,5,6].
Arvoreta de 3 a 6 m de altura, de copa muito ramificada e irregular; caule tortuoso com casca fissurada e acinzentada; folhas compostas, pecioladas, imparipinadas, opostas, caducas, com 7 a 13 folíolos membranáceos (com odor desagradável quando macerada), ovalado-lanceolados, assimétricos, com borda serreada; flores pequenas com cerca de 1 cm de diâmetro, brancas a branco-amareladas, em inflorescências corimbosas terminais; frutos em drupas globosas, de cor arroxeada (quase negra) quando maduros, medindo cerca de 6,0 a 7,5 mm de diâmetro, e com 3 sementes no seu interior[1,2,3,4].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Sabugueiro | Nordeste (Brasil) | - | No tratamento do sarampo. |
Chá. |
- |
- |
[
1
]
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Sabugueiro, acapora, sabugueriro-do-Brasil e sabugueiro-do-Rio-Grande | Brasil | Flor e fruto | Anticatarral, no tratamento de resfriados e sinusite. |
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- |
[
2
]
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Sabugueiro, acapora, sabugueriro-do-Brasil e sabugueiro-do-Rio-Grande | Brasil | Entrecasca | Diurética, antiatrítica, no tratamento da gota, nefrite e cálculos renais. |
Chá (decocção): 1 colher (de chá) da entrecasca picada em 1 xícara (de chá) de água em fervura por 5 minutos. |
Tomar 1 xícara (de chá) 3 a 4 vezes ao dia, até as 17 horas. |
- |
[
2
]
|
Sabugueiro, acapora, sabugueriro-do-Brasil e sabugueiro-do-Rio-Grande | Brasil | Flor | Antitérmica, analgésica, diaforética, no tratamento do sarampo e catapora. |
Chá (infusão): 1 colher (de sobremesa) das flores secas em 1 xícara (de chá) de água fervente. |
Tomar 1 xícara (de chá) de 1 a 2 vezes ao dia. |
- |
[
2
]
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Sabugueiro, acapora, sabugueriro-do-Brasil e sabugueiro-do-Rio-Grande | Brasil | Flor | No tratamento de irritação dos olhos, dermatoses, queimaduras leves, úlceras bocais e pequenas infúrias. |
Cataplasma, compressa e gargarejo. |
Uso externo: aplicar diretamente sobre a área afetada. |
- |
[
2
]
|
Sabugueiro, sabugueiro-do-Rio-Grande, sabugueiro-do-Brasil | Brasil | Folha | Inseticida. |
- |
- |
- |
[
3
]
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Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração do material vegetal (triturado) em metanol. Concentração para ensaio: 12,5 à 100 µg/mL. |
In vitro: Em células do baço de camundongos BALB/c, estimuladas por mitógeno e incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de marcadores inflamatórios (IL-4, IL-5, IL-10, IFN-γ e NF-kB) e citotoxicidade (MTT). Em eritrócitos de camundongos BALB/c, incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da estabilização da membrana e inibição da hemólise. In vivo: Em camundongos BALB/c, submetidos a administração de lipopolissacarídeo (LPS), com posterior isolamento de macrófagos, incubados com LPS e extrato vegetal, para avaliar os níveis de óxido nítrico. |
Observou-se que o extrato de S. australis apresenta atividade anti-inflamatória, além da ausência de citotoxicidade. |
[
2
] |
Anti-inflamatória e Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e casca |
Extrato: 100 g do material (seco) em 1 L de etanol. Rendimento: 12,7 g (folha) e 3,5 g (casca). Concentrações para ensaio: 2 à 1000 µg/mL. |
In vitro: Determinar atividade antioxidante através do radical (DPPH), eliminação do radical óxido nítrico (NO) e redução do íon férrico (FRAP). Em macrófagos de camundongos RAW 264.7, fibroblastos 3T3 de camundongos Swiss e células de hepatoma murino (Hepa 1c1c7) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (ensaio MTT). Em macrófagos de camundongos RAW 264.7 incubados com os extratos vegetais e estimuladas por lipopolissacarídeo (LPS) e interferon-gama (IFN-γ), com posterior análise dos níveis de NO e TNF-α, por ELISA e EIA, respectivamente, e em células renais embrionárias humanas 293, incubadas com os extratos vegetais e estimuladas por fator de necrose tumoral (TNF-α), submetidas ao ensaio de Luciferase, com posterior análise dos níveis de NF-kB. Em cepas de Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Eschericia coli, Salmonella typhimurium, Klebsiella pneumoniae e Candida albicans, incubadas com extratos vegetais, submetidas ao teste de diluição em caldo, para determinar a concentração mínima inibitória (CIM).
|
Observou-se que o extrato das folhas de S. australis apresenta atividades anti-inflamatória, antioxidante e antibacteriana (S. typhimurium e K. pneumoniae), mais potentes, além da ausência de citotoxicidade. |
[
1
] |
Antigenotóxica e Antiproliferativa
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e inflorescência |
Extrato: material vegetal (seco) em 1 L de água. Concentrações para ensaio: 0,003 e 0,012 g/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antiproliferativa e antigenotóxica (induzida por glifosato) dos extratos vegetais em ensaio com Allium cepa.
|
Observou-se que ambos extratos apresentam atividade antiproliferativa e ausência de genotoxicidade, contudo apenas o extrato das folhas demonstra ação antigenotóxica. |
[
3
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Flor seca |
100 g |
Flor fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de flor seca, colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de flor fresca e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar. (Não lavar as flores)
Infecções das vias aéreas superiores, febre, alergias, doenças exantemáticas e como diaforética, mucolítica e expectorante.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Tintura de Achillea millefolium e tintura de Sambucus australis |
1:1 |
Em uma proveta graduada, medir as quantidades de tinturas desejadas e verter em frasco de vidro âmbar esterilizado. Tampar, agitar e rotular.
Processos alérgicos, principalmente respiratórios e cutâneos.
Uso oral: Tomar 60 gotas, 2 vezes ao dia, por 45 dias.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Achillea millefolium (tintura parte aérea) |
10 mL |
Sambucus australis (tintura flor) |
10 mL |
Gel base aniônico |
80 g |
Pesar o gel base, acrescentar as tinturas e homogeneizar.
Dermatite atópica.
Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
4
]
Componente |
Quantidade |
Base de sabonete de glicerina (hipoalergênica) |
1 kg |
Achillea millefolium (tintura ou alcoolatura) |
20 mL |
Matricaria chamomilla (tintura) |
20 mL |
Sambucus australis (tintura ou alcoolatura) |
20 mL |
Essência para sabonete (opcional) |
3 mL |
Picar a base em pedaços pequenos e levar para derreter em banho-maria ou chapa elétrica. Se for em chapa, o recipiente deve ser de ágata ou Becker. Quando estiver derretido, colocar as tinturas ou alcoolaturas, misturar bem e retirar do fogo. Adicionar a essência (opcional). Envasar o sabonete em formas próprias. Depois de esfriar, desenformar, embalar com filme plástico e etiquetar.
Anti-inflamatório e antialérgico.
Uso externo: passar na área afetada 1 a 2 vezes ao dia, deixando agir por 1 minuto e enxaguar.
Farmácia da Natureza
[
5
]
Componente |
Quantidade |
Flor seca íntegra |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Infecções das vias aéreas superiores, febre, alergias, doenças exantemáticas e como diaforética, mucolítica e expectorante.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Uso oral: crianças devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: fazer bochechos ou gargarejos com o infuso duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: borrifar o infuso sobre as lesões de pele duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
clorogênico, p-cumarínico e cafeico.
Ácidos graxos
linoleico, linolênico e palmítico.
Ácidos hidroxicinâmicos
ácido ferúlico.
Ácidos orgânicos
cítrico, tartárico, málico e gálico.
Ácidos triterpênicos
ursólico e oleanólico.
Alcaloides
sambucina.
Esteroides
Fitosteróis
Flavonoides
rutina, quercetina, isoquercetina, eldrina, kaempferol, astragalina e apigenina.
Heterosídeos cianogênicos
sambunigrina, prunassina e holocalina.
Mucilagens
Óleos essenciais
linalol, nerol e geraniol.
Outras substâncias
colina, ácido baldriânico, sais de potássio, lectinas, fito-hemaglutininas, ácido aspártico, plastocininas e açúcares.
Pectinas
Polifenóis
ácido elágico, catequina e rosmarínico.
Resinas
Taninos
Terpenos
Triterpenos
betulina e α-amirina.
Vitaminas
A e C.
Referências bibliográficas
por sementes, estacas ou rebentos das raízes da planta matriz. As sementes devem ser submetidas ao processo de estratificação para a quebra da dormência, que consiste em coloca-las em sementeiras de plástico, contendo areia umedecida, por 90 dias, em temperatura de 15 a 8°C (ambiente de câmara fria). Posteriormente, coloca-se a sementeira em temperatura ambiente, com irrigação diária. Quando as sementes iniciarem a germinação, deve-se transferi-las para sacos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), permanecendo em viveiro (sombrite 50 a 70%) por aproximadamente 2 meses. As mudas são muito suculentas, murchando facilmente se forem deixadas ao sol. Em seguida, as mudas devem ser transferidas para local definitivo, a pleno sol, em covas de 15x15 cm e adubadas com ½ kg de esterco, com espaçamento de 2 m entre plantas e 2 m entre linhas. A propagação por estacas é realizada com ramos não lenhosos, com 20 cm de comprimento, contendo no mínimo de 4 gemas, em que 2 gemas devem ser introduzidas dentro do saco plástico contendo o substrato e 2 gemas devem permanecer com os pares de folhas cortadas ao meio. Após 2 meses em viveiro as mudas devem ser transferidas para local definitivo, seguindo o mesmo processo para as mudas produzidas por sementes [ 1 , 2 , 3 ] .
a irrigação deve ser realizada em dias alternados. Esta espécie prefere temperaturas amenas, mas adapta-se bem em temperaturas elevadas. Desenvolve-se melhor em solo arenoso-argiloso, permeável, bem drenado e rico em matéria orgânica e nitrogênio, contudo, adapta-se facilmente em qualquer tipo de solo. Suporta até 1000 m de altitude. O florescimento ocorre durante o ano todo [ 2 ] .
inicia-se 8 meses após o plantio, posteriormente, pode ser realizada mensalmente. Os pedúnculos florais devem ser colhidos em dias ensolarados e quentes, quando as flores iniciam o processo de abertura, posteriormente, devem ser destacadas manualmente dos pedúnculos. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deve ser realizada na lua cheia. Os frutos maduros devem ser colhidos manualmente, sendo retiradas as sementes, e seguidamente, lavadas com água corrente. As sementes devem ser expostas a secagem em peneira de malha de 3mm/48 horas e acondicionadas em frascos de vidro corretamente identificados. O armazenamento das sementes deve ser realizado a temperatura ambiente por 1 ano [ 2 ] .
o fitoterápico pode ser produzido a partir das flores frescas ou secas. A secagem deve ser realizada em estufa de ar circulante a temperatura de 40°C/48 horas e armazenadas em ambiente não úmido, por período de 6 meses. Não é necessário moer a droga vegetal para o preparo do fitoterápico .
as folhas contêm um glicosídeo cianogênico tóxico, não sendo indicado o uso oral .
Referências bibliográficas