Solidago chilensis Meyen

Arnica-brasileira, arnica de jardim e cravo-de-urubu.

Família 
Informações gerais 

Ocorre no Brasil, principalmente nos biomas da Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. Muito cultivada como ornamental. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, cicatrizante, antiespasmódica, anti-hemorrágica, eupéptica e estomáquica[1,2].

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 265-267.
2 - BIESKI, I. G. C. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. J Ethnopharmacol, v. 173, p.383-423, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.07.025
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Arnica nacional, arnica brasileira e cravo-de-urubu Brasil Planta toda

No tratamento de pico-de-papagaio e esporão.

Pomada: incorporar 10 mL da tintura de arnica-brasileira em 100 g de vaselina sólida.

Aplicar até 6 vezes ao dia.

Utilizar por até 30 dias, em problemas de baixa gravidade. Contraindicada na gestação e lactação.

[ 1 ]
Arnica-brasileira Vale do Juruena/MT (Brasil) -

Cicatrizante (feridas, lesões e fraturas), analgésica e anti-inflamatória (contusões e reumatismo), no tratatamento de infecções da próstata e útero, anemia, bronquite, gripe e pneumonia.

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[ 2 ]
Arnica-brasileira Distrito de Nossa Senhora Aparecida do Chumbo (Poconé-MT, Brasil) Planta toda

Cicatrizante (feridas e fraturas), analgésica, depurativa, anti-hipertensiva, relaxante muscular, estomáquica, vermífuga, no tratamento de inflamação uterina, renal, constipação intestinal e pneumonia.

Infusão, decocção, maceração e tintura.

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[ 3 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 61.
2 - BIESKI, I. G. C. et al. Ethnobotanical study of medicinal plants by population of Valley of Juruena Region, Legal Amazon, Mato Grosso, Brazil. J Ethnopharmacol, v. 173, p.383-423, 2015. doi: 10.1016/j.jep.2015.07.025
3 - BIESKI, I. G. C. et al. Ethnopharmacology of medicinal plants of the Pantanal region (Mato Grosso, Brazil). Evid Based Complement Alternat Med, p.1-36, 2016. doi: 10.1155/2012/272749

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Óleo essencial (folha). Rendimento: 0,5%.

In vitro:

Em cepas de Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Klebiella pneumoniae, Escherichia coli, Salmonella setubal, Bacillus subtilis, Pseudomas aureginosa, Saccharomyces cerevisae e Candida albicans submetidas aos testes de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração letal mínima (CLM), e disco-difusão para determinar o halo de inibição (mm).

 

Observou-se que o óleo essencial de S. microglossa apresenta atividade antimicrobiana, dose-dependente.

[ 1 ]

Hemolítica e Anti-hemolítica

Hemolítica e Anti-hemolítica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 20 g do material vegetal (seco) em 200 mL de água. Outras plantas em estudo: Artemisia absinthium, Lippia sp., Bryophyllum sp., Cymbopogon citratus e Mentha x vilosa.

In vitro:

Em eritrócitos isolados de humanos saudáveis, incubados com os extratos vegetais e cloreto de sódio (NaCl), com posterior análise de parâmetros de estabilidade osmótica dos eritrócitos.

 

Observou-se que os extratos protegeram contra a hemólise, contudo S. microglossa e Bryphyllum sp., também demonstram ação hemolítica.

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - MOREL, A. F. et al. Antimicrobial activity of extractives of Solidago microglossa. Fitoterapia, v. 77, n. 6, p.453-455, 2006. doi: 10.1016/j.fitote.2006.05.006
2 - DE FREITAS, M. V. Influence of aqueous crude extracts of medicinal plants on the osmotic stability of human erythrocytes. Toxicol In Vitro, v. 22, n. 1, p.219-224, 2008. doi: 10.1016/j.tiv.2007.07.010

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha e flor seca

100 g

Folha e for fresca

200 g

                                                                   * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário.
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha e flor seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha e flor fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar. (Não lavar as flores)

Principais indicações

Contusões, artralgias e mialgias.

Posologia

Uso oral: em diluições decimais, tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Uso tópico: incorporar em pomadas ou cremes.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 265-267.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Aminas

α-amirina.

Carotenoides

Diterpenos

solidaginona.

Esteroides

α-espinasterol.

Fenóis

Flavonoides

quercetrina.

Hidrocarbonetos

β-farneseno.

Lactonas sesquiterpênicas

helenalina e dihidrohelenalina.

Óleos essenciais

α e -β-pineno, mirceno, α-felandereno, δ-3-careno, limoneno, β-ocimeno, acetofenona, α-camfolenal, sesamol, isolongifoleno, α-1,7-di-epi-cedreno, cariofileno, α-humuleno, β-cubebeno, biciclogermacreno, α-farneseno, δ-cadineno, spatulenol, 1,10-di-epi-cubenol, α-epi-cadinol, cubenol, α-eudesmol, dihidroeudesmol e zizanal.

Poliacetilenos

Polissacarídeos

Saponinas

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 61.
2 - MOREL, A. F. et al. Antimicrobial activity of extractives of Solidago microglossa. Fitoterapia, v. 77, n. 6, p.453-455, 2006. doi: 10.1016/j.fitote.2006.05.006
3 - BIESKI, I. G. C. et al. Ethnopharmacology of medicinal plants of the Pantanal region (Mato Grosso, Brazil). Evid Based Complement Alternat Med, p.1-36, 2016. doi: 10.1155/2012/272749

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
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Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias[2].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

cautela ao administrar internamente, pois apresenta discreta toxicidade[1].

Interações medicamentosas: 

substitui ou potencializa a ação da Arnica montana (arnica)[1].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 267.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 61.

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