Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville

Barbatimão, abara-motemo, paricarana, casca-da-virgindade, chorãozinho-roxo e matimó.

Sinonímia 
Stryphnodendron barbadetiman (Vell.) Mart.
Família 
Informações gerais 

Nativa do Brasil, onde habita principalmente os biomas do Cerrado e Caatinga. Ocorre nas regiões Norte (Tocantins), Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Sul (Paraná). Suas principais indicações são: cicatrizante, antisséptica, antibacteriana, antiviral, antifúngica, antiedematogênica, anti-inflamatória, antinociceptiva, hipoglicemiante, adstringente, antiulcerogênica, antioxidante, antiprotozoária e antitumoral[1,2,3,4,5,6,7,8].

Referências informações gerais
1 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 176-187.
2 - BRANDÃO, M. G. L. Planta úteis e medicinais na obra de Frei Vellozo. 2ª ed. Belo Horizonte: Imprensa Universitária da UFMG, 2019, p. 127.
3 - BRANDÃO, M. G. L. Planta medicinais e fitoterápicos (aspectos gerais e métodos de validação). Belo Horizonte: O Lutador, 2009, p. 17-18.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 268.
5 - MARTINS, E. R. et al. Stryphnodendron adstringens (barbatimão). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 875-888.  
6 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 216-223.
7 - SOUZA-MOREIRA, T. M. et al. Stryphnodendron species known as "barbatimão": a comprehensive report. Molecules, v. 23, n. 4, p.1-25, 2018. doi: 10.3390/molecules23040910
8 - RICARDO, L. M. et al. Evidence of traditionality of Brazilian medicinal plants: the case studies of Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville (barbatimão) barks and Copaifera spp. (copaíba) oleoresin in wound healing. J Ethnopharmacol, v. 219, p.319-336, 2018. doi: 10.1016/j.jep.2018.02.042
Descrição da espécie 

Árvore de pequeno porte, de 4 a 12 m de altura, hermafrodita, decídua, heliófita, de copa alongada, tronco de 20 a 30 cm de diâmetro, ereto, ramos curtos, tortuosos, intumescidos, os terminais ferrugíneo-tomentosos, possui casca grossa, clara, descamante (em árvores mais velhas), recurvada no sentido transversal, em média com 4 mm (ramos) a 12 mm de espessura (tronco); possui raiz pivotante; folhas alternas, compostas, pecioladas, paripinadas, com 5 a 6 pares de pina (juga), cada um com 5 a 7 pares de folíolos, membranáceos a cartáceos, geralmente, alternos ou subpostos, ovais ou orbiculares, base obtusa, ápice arredondado a emarginado, com cerca de 2 cm de comprimento e 1,5 cm de largura; flores com 6 mm de comprimento, de coloração avermelhada a creme-esverdeada, dispostas em inflorescências do tipo racemos axilares, densas, cilíndricas, com aproximadamente 100 flores, com cerca de 10 cm de comprimento e 1,5 cm de largura, as flores masculinas quanto as hermafroditas não produzem néctar, sendo então o pólen a única recompensa oferecida aos polinizadores; os frutos são vagens cilíndricas indeiscentes, sésseis, grossos, carnosos, marrom-escuro, linear-oblongo, com até 10 cm de comprimento e 2 cm de largura, contendo cerca de 12 sementes; as sementes são oblongas, achatadas, castanho-avermelhadas, medindo cerca de 6 a 9 mm x 1 a 3 mm[1,2,3,4,5,6,7].

Referências descrição da espécie
1 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 177.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 225.
3 - DURIGAN, G. et al. Plantas do cerrado paulista: imagens de uma paisagem ameaçada. São Paulo: Páginas & Letras Editora Gráfica, 2004, p. 314.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 268.
5 - MARTINS, E. R. et al. Stryphnodendron adstringens (barbatimão). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 875.  
6 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 216-217.
7 - SOUZA-MOREIRA, T. M. et al. Stryphnodendron species known as "barbatimão": a comprehensive report. Molecules, v. 23, n. 4, p.1-25, 2018. doi: 10.3390/molecules23040910
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Barbatimão Brasil Casca

Cicatrizante e antisséptica (pele e mucosas).

Decocção: 3 g (3 colheres de sopa) em 1 L de água.

Aplicar na forma de compressas no local afetado, 2 a 3 vezes ao dia.

Utilizar em problemas de baixa gravidade e curto período de tempo (por até 30 dias). O uso interno pode ocasionar prisão de ventre e desconforto abdominal. Cautela ao associar com alcaloides. Não indicada para grávidas e lactantes.

[ 1 ]
Barbatimão Brasil Casca

No tratamento de úlceras na perna.

Decocção: 2 a 3 colheres (de sopa) da droga vegetal (pó) em ½ L de água. Ferver por 2 minutos. Esfriar e coar.

Aplicar no local após higienização, até 2 vezes ao dia. Secar a ferida com gaze estéril, retirando o excesso da decocção.

Utilizar em problemas de baixa gravidade e curto período de tempo (por até 30 dias). O uso interno pode ocasionar prisão de ventre e desconforto abdominal. Cautela ao associar com alcaloides. Não indicada para grávidas e lactantes.

[ 1 ]
Barbatimão Brasil Casca

Anti-hemorrágica, antidiarreica, anti-hemorroidária, antisséptica (limpeza de ferimentos), no tratamento de leucorreia e conjuntivite.

Decocção.

-

-

[ 2 ]
Barbatimão Brasil Casca

No tratamento de queimaduras provenientes de radioterapia.

Decocção.

-

-

[ 2 ]
Barbatimão Brasil Casca

Anti-hemorroidária (uterina), no tratamento de corrimento vaginal, feridas ulcerosas e pele oleosa (associado ou não com outras plantas).

Chá.

Uso externo.

-

[ 2 ]
Barbatimão Brasil Casca

Anti-inflamatória (garganta), antidiarreica, anti-hemorrágica e no tratamento de corrimento vaginal.

Extrato etanólico: maceração de 2 colheres (de sopa) do material vegetal (picado) em 1 xícara (de chá) de álcool de cereais a 50%. Deixar em repouso durante 3 dias.

Tomar 1 colher (de café) do extrato coado, diluído em um pouco de água, 2 a 3 vezes ao dia.

-

[ 2 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 69.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 268.

Anti-inflamatória

Anti-inflamatória
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em etanol. Rendimento: 44,8%. Frações: orgânica e aquosa. Rendimentos: 1,32 e 1,27 g, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 62,5 a 250 g/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10 a 1000 mg/kg.

In vitro:

Em cultura de células THP-1 estimuladas por LPS, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de TNF-α (ELISA) e viabilidade celular (MTT).

 

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos a administração de LPS na cavidade articular, pré-tratados com as frações vegetais, com a posterior análise da contagem de neutrófilos no lavado articular, expressão de CXCL1 e TNF-α (ELISA e PCR), e atividade de MPO no tecido periarticular.

Neste estudo, dentre as 13 espécies vegetais, Campomanesia lineatifolia, Stryphnodendron adstringens, S. obovatum e Terminalia glabrescens reduzem os níveis de TNF-α, contudo, as frações de S. adstringens demonstram atividade anti-inflamatória mais potente (in vivo).

[ 10 ]

Anti-inflamatória e Imunomoduladora

Anti-inflamatória e Imunomoduladora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: maceração do material vegetal (seco) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 6,25 a 25 µg/mL.

In vitro:

Em macrófagos (M1 e M2) derivados da medula óssea de camundongos (C57BL/6), incubadas com o extrato vegetal, para análise da viabilidade celular (iodeto de propídio).

Em macrófagos (M1 e M2) incubados com o extrato vegetal, estimulados por IFN-γ, LPS, IL-4 e IL-13, com posterior análise dos níveis de óxido nítrico, expressão de marcadores de membrana (TLR2, CD86, CD206, CCR7 e MHC-II), iNOS, IL-6 e IL-10.

 

O extrato de S. adstringens apresenta atividades anti-inflamatória e imunomoduladora.

[ 4 ]

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha e caule (casca)

Extrato: maceração de 100 g do material vegetal (seco) em 100 mL de etanol a 90%, n-butanol a 70% e n-hexano a 70%. Outras espécies em estudo: Schinus terebinthifolius, Croton campestres, Lafoensia pacari, Centaurium erythraea e Anacardium humile.

In vitro:

Em cultura de Candida albicans, Streptococcus mutans, Staphylococcus aureus e Aggregatibacter actinomycetemcomitans submetidos aos teste disco-difusão e microdiluição em ágar, com posterior análise do halo de inibição e concentração inibitória mínima (CIM), respectivamente.

 

Os extratos vegetais apresentam atividade antimicrobiana, principalmente, para S. mutans, S. aureus.

[ 20 ]

Antifúngica

Antifúngica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: material vegetal (pó) em metanol a 70%. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 30%. Dose para ensaio (in vivo): 90 mg/dia.

In vitro:

Em culturas de Pythium insidiosum incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da concentração fungicida mínima (CFM) e parâmetros morfológicos dos fragmentos de hifas (Microscopia Eletrônica de Varredura).

 

In vivo:

Em coelhos da Nova Zelândia infectados por P. insidiosum (zoósporos), tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros macroscópicos, histopatológicos, bioquímicos hepático e renal (AST, ALT, fosfatase alcalina e ureia) e hematológicos.

O extrato de S. adstringens apresenta atividade antifúngica (in vitro), exceto no ensaio in vivo.

[ 5 ]
Folha e caule (casca)

Extrato: maceração do material vegetal (pó), folha e caule, em hexano e etanol/água a 90%, respectivamente. Concentrações para ensaios: 5 a 20 mg/mL; 0,98 a 1000 µg/mL.

In vitro:

Em culturas de Candida albicans e Trychophyton rubrum submetidas aos testes de disco-difusão e microdiluição em ágar, com posterior análise do halo de inibição e da concentração inibitória mínima (CIM), respectivamente.

 

Neste estudo, dentre os 57 extratos vegetais, os extratos de Kielmeyera coriacea, Renealmia alpinia, Stryphnodendron adstringens e Tabebuia caraiba apresentam atividade antifúngica promissora, principalmente para T. rubrum (CIM = 23,23 a 170,39 µg/mL).

[ 19 ]

Antiofídica

Antiofídica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato (1/10 p/v): material vegetal (pó) em acetona/água (7:3 v/v). Rendimento: 42,3%. Frações: acetato de etila e água. Rendimentos: 27,2 e 72,1%, respectivamente. Concentrações para ensaio (in vitro): 50 e 300 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 150 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade proteolítica do extrato e frações vegetais, na presença do substrato azocaseína; em plasma humano incubado com veneno de Bothrops jararacussu, extrato e frações vegetais, com posterior análise do tempo de coagulação.

 

In vivo:

Em camundongos submetidos a administração subcutânea, subplantar e muscular (tibial anterior) do veneno de B. jararacuçu (incubado ou não com o extrato e frações vegetais), pré (prevenção) ou pós-tratados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise da atividade hemorrágica, edematogênica e miotóxica, respectivamente.

O extrato e a fração aquosa de S. adstringens apresentam atividade antiofídica mais potente, independente do tratamento (incubação, pré ou pós-tratamento).

[ 6 ]

Antioxidante e Antitumoral

Antioxidante e Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: maceração de 300 g do material vegetal (fresco) em 2 L de água. Rendimento: 2,3%. Concentrações para ensaio: 0 a 500 µg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS.

Em eritrócitos isolados de humanos saudáveis incubados com o extrato vegetal, com posterior análise das atividades hemolítica e inibidora da hemólise oxidativa (APPH, agente oxidativo), e dos níveis de MDA.

Em células mononucleares de sangue periférico de humanos (PBMC) e células B16F10Nex-2, incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT).

Em cultura de células B16F10Nex-2 incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise do perfil de morte celular (anexina V-FITC e iodeto de propídio), fases do ciclo celular, níveis de espécies reativas ao oxigênio, potencial de membrana mitocondrial e atividade de caspase-3 (citometria de fluxo).

 

O extrato aquoso de S. adstringens apresenta atividade antioxidante e antitumoral.

[ 7 ]

Antioxidante e Cicatrizante

Antioxidante e Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: 2 kg do material vegetal (pó) em 20 L de acetona/água. Gel (uso tópico): contendo 1% do extrato vegetal seco.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH.

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de diabetes induzido por estreptozotocina, posteriormente, a indução de duas feridas (1 cm2 cada) na região cervical, tratados topicamente com o fitoterápico, com posterior análise de parâmetros histológicos, expressão de VEGF e COX-2 (Western blotting) e espectroscopia fotoacústica (permeabilidade cutânea).

O gel contendo 1% do extrato de S. adstringens apresenta atividades antioxidante e cicatrizante promissoras.

[ 2 ]

Antiprotozoária

Antiprotozoária
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: 120 g do material vegetal (pó) em acetona a 70%. Rendimento: 50 g. Frações: acetato de etila e água. Concentrações para ensaio: 100 a 5000 µg/mL.

In vitro:

Em protozoários não patogênicos, Herpetomonas samuelpessoai, incubados com o extrato e fração de acetato de etila, com posterior análise do crescimento celular (CI50), ultraestrutural (microscopia eletrônica) e parâmetros bioquímicos (proteína e succinato citocromo c redutase).

 

O extrato e a fração de acetato de etila apresentam atividade antiprotozoária (CI50 = 538 e 634 µg/mL, respectivamente), sendo promissores para o tratamento de infecções causadas por Trypanosoma cruzi (doença de Chagas) e Leishmania spp. (leishimaniose).

[ 12 ]

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Folha

Extrato (1:5 pó vegetal/solvente): 100 g do material vegetal (pó) em etanol/água (7:3). Rendimento: 17%. Concentrações para ensaio: 6,25 a 300 µg/mL.

In vitro:

Em cultura de células de câncer cervical humano (CaSki, SiHa e HeLa) e queratinócitos normais (HaCaT) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (MTS) e índice de seletividade.

 

Neste estudo, das 13 espécies vegetais, Annona crassiflora e Stryphnodendron adstringens apresentam atividade antitumoral mais potente, além de seletividade.

[ 16 ]

Antiulcerogênica

Antiulcerogênica
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: material vegetal (seco) em acetona/água (7:3). Rendimento: 1142 g. Frações: acetato de etila e aquosa, n-butanol e aquosa. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de lesões gástricas induzidas por estresse agudo, etanol acidificado e indometacina, pré-tratados com o extrato e frações vegetais, com posterior análise do número de lesões gástricas e índice de ulcerativo.

O extrato e frações de S. adstringens apresentam atividade antiulcerogênica, principalmente, em lesões induzidas por estresse agudo e etanol acidificado, sendo comparável à cimetidina.

[ 9 ]

Cicatrizante

Cicatrizante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos a fistulotomia seguida de esfincteroplastia primária, tratados com o extrato vegetal (em esponja hemostática estéril inserida no local), com posterior análise parâmetros histológicos e histopatológicos.

O extrato de S. adstringens apresenta resultados promissores para o tratamento das fístulas transesfincterianas.

[ 1 ]
Caule (casca)

Extrato: 2 kg do material vegetal (pó) em acetona/água. Biomembranas polimétricas: contendo 1% do extrato vegeral seco. Outra espécie em estudo: Abarema cochliacarpa.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e redução do íon férrico (FRAP).

 

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de excisões dermoepidérmicas circulares dorsais (8 mm de diâmetro), tratados com as membranas contendo os extratos vegetais, com posterior análise do índice de retração da ferida, parâmetros histológicos e histoquímicos.

As biomembranas polimétricas contendo os extratos vegetais apresentam atividade cicatrizante, devido as ações antioxidante e anti-inflamatória.

[ 3 ]
Casca

Extrato: decocção de 20 g do material vegetal em 150 mL de água. Pomada (60 g): contendo 10% do extrato vegetal. Outra espécie em estudo: Tabebuia avellanedae.

In vivo:

Em ratos Wistar portadores de hipertensão venosa induzida por ligadura da veia femoral e ferimento cutâneo por excisão (1,5 cm de diâmetro) até exposição da fáscia muscular, tratados topicamente com os fitoterápicos, com posterior análise de parâmetros macroscópicos e histológicos.

As pomadas contendo o extrato de S. adstringens ou T. avellanedae apresentam atividade cicatrizante promissora, comparável à sulfadiazina de prata a 1%.

[ 13 ]

Gastroprotetora

Gastroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: maceração de 4,3 kg do material vegetal (pó) em 5 L/kg de metanol. Rendimento: 1,2 kg. Frações: hexano, diclorometano e acetona (rendimento: 60 g). Doses para ensaio: 100 a 800 mg/kg.

In vivo:

Em ratos albinos portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, indometacina, estresse por contenção, ácido acético, pré-tratados com a fração vegetal em acetona, com posterior análise do índice de lesões.

Em ratos albinos portadores de secreção ácida estimulada no estômago induzida por ligação do piloro ou administração de betanecol), tratados com a fração vegetal em acetona, com posterior análise do volume do suco gástrico, pH e acidez total.

A fração em acetona de S. adstringens apresenta atividade gastroprotetora, principalmente nas lesões por etanol e estresse por contenção, nas doses de 400 e 800 mg/kg, por ação antissecretória do suco gástrico.

[ 14 ]

Inibidora enzimática (α-amilase e α-glicosidase)

Inibidora enzimática (α-amilase e α-glicosidase)
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: maceração de 400 g do material vegetal (pó) em 2 L hexano, seguidamente, 2 L de etanol.

In vitro:

Determinar a atividade inibitória das enzimas α-amilase e α-glicosidase.

 

Neste estudo, das 14 espécies vegetais, Eugenia dysenterica, Stryphnodendron adstringens, Pouteria caimito, Pouteria ramiflora e Pouteria torta apresentam atividade inibitória em ambas as enzimas digestivas, sendo promissoras para o tratamento do diabetes.

[ 17 ]

Neuroprotetora

Neuroprotetora
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato. Fração: acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,07 a 300 µg/mL; 0,05 a 5 mg/mL. Outras espécies em estudo: Guazuma ulmifolia, Limonium brasiliense, Paullinia cupana, Poincianella pluviosa e Trichilia catigua.

In vitro:

Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e atividade da enzima xantina oxidase.

Determinar a atividade inibitória da enzima acetilcolinesterase (AChE) na presença dos extratos e frações em microplacas.

Em cultura de células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com o peptídeo Aβ25-35 e frações vegetais de acetato de etila, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), do potencial de membrana mitocondrial, níveis de espécies reativas ao oxigênio, peroxidação lipídica, expressão de genes relacionados a doença de Alzheimer (A2M, ACHE, ADAM10, APOE, APP, GSK3β, LRP1, MAPT, PSEN1 e PSEN2).

 

As frações de S. adstringens, P. pluviosa e L. brasiliense apresentam atividade neuroprotetora, contudo, a espécie S. adstringens demonstra resultados promissores para o tratamento de demências, como a doença de Alzheimer.

[ 15 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade e Genotoxicidade

Citotoxicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: material vegetal (pó) em etanol a 70%. Concentrações para ensaio: 0,024 a 1,99 mg/mL.

In vitro:

Determinar a atividade genoprotetora do extrato vegetal em DNA do timo de bezerro incubado com peroxido de hidrogênio (H2O2).

Em culturas de queratinócitos (HaCaT) e fibroblastos dérmicos (HFF-1) incubados com o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade, níveis de espécies reativas ao oxigênio, expressão de marcadores apoptóticos (BAX, Bcl-2, caspase-3 e 8).

 

O extrato de S. adstringens (0,49 e 0,99 mg/mL) apresenta atividade citoprotetora, genoprotetora e antiapoptótica

[ 18 ]

Genotoxicidade

Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato hidroalcoólico (50% v/v). Concentrações para ensaio: 66 a 100%.

In vitro:

Em larvas de Drosophila melanogaster incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise dos testes de mutação somática e recombinação, e perda de cromossomos sexuais.

 

O extrato de S. adstringens não apresenta genotoxicidade nas concentrações em estudo.

[ 11 ]

Toxicidade aguda

Toxicidade aguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Casca

Extrato: material vegetal (pó) em metanol a 70%. Dose para ensaio (in vivo): 5 g/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda.

O extrato de S. adstringens não apresenta sinais de toxicidade na dose em estudo.

[ 5 ]

Toxicidade aguda e subaguda

Toxicidade aguda e subaguda
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Caule (casca)

Extrato: material vegetal (seco) em acetona/água (7:3). Doses para ensaio: 800 e 1600 mg/kg.

In vivo:

Em ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda (DL50) e subaguda.

O extrato de S. adstringens apresenta DL50 = 2699 mg/kg, e a administração por período prolongado demonstra sintais de toxicidade, principalmente na dose de 1600 mg/kg.

[ 8 ]

Referências bibliográficas

1 - RÓS, A. S. et al. Can Stryphnodendron adstringens extract improve the results of fistulotomy followed by primary sphincteroplasty in the treatment of transsphincteric fistulae? Arq Bras Cir Dig, v. 33, n. 3, p.1-5, 2020. doi: 10.1590/0102-672020200003e1540
2 - PINTO, S. C. G. et al. Stryphnodendron adstringens: clarifying wound healing in streptozotocin-induced diabetic rats. Planta Med, v. 81, n. 12-13, p.1090-1096, 2015. doi: 10.1055/s-0035-1546209
3 - ALVES, M. C. M. A. et al. Hydrophilic scaffolds containing extracts of Stryphnodendron adstringens and Abarema cochliacarpa for wound healing: in vivo proofs of concept. Pharmaceutics, v. 14, n. 10, p.1-18, 2022. doi: 10.3390/pharmaceutics14102150
4 - DE CARVALHO, J. T. G. et al. Hydroethanolic stem bark extracts of Stryphnodendron adstringens impair M1 macrophages and promote M2 polarization. J Ethnopharmacol, v. 254, p.1-9, 2020. doi: 10.1016/j.jep.2020.112684
5 - TROLEZI, R. et al. Stryphnodendron adstringens and purified tannin on Pythium insidiosum: in vitro and in vivo studies. Ann Clin Microbiol Antimicrob, v. 16, n. 1, p.1-7, 2017. doi: 10.1186/s12941-017-0183-3
6 - PEREIRA JÚNIOR, L. C. S. et al. The plant Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville as a neutralizing source against some toxic activities of Bothrops jararacussu snake venom. Toxicon, v. 186, p.182-190, 2020. doi: 10.1016/j.toxicon.2020.08.011
7 - BALDIVIA, D. S. et al. Evaluation of in vitro antioxidant and anticancer properties of the aqueous extract from the stem bark of Stryphnodendron adstringens. Int J Mol Sci, v. 19, n. 8, p.1-23, 2018. doi: 10.3390/ijms19082432
8 - REBECCA, M. A. et al. Toxicological studies on Stryphnodendron adstringens. J Ethnopharmacol, v. 83, n. 1-2, p.101-104, 2002. doi: 10.1016/s0378-8741(02)00219-2  
9 - AUDI, E. A. et al. Gastric antiulcerogenic effects of Stryphnodendron adstringens in rats. Phytother Res, v. 13, n. 3, p.264-266, 1999.  doi: 10.1002/(SICI)1099-1573(199905)13:3<264::AID-PTR443>3.0.CO;2-R
10 - HENRIQUES, B. O. et al. In Vitro TNF- α inhibitory activity of brazilian plants and anti-inflammatory effect of Stryphnodendron adstringens in an acute arthritis model. Evid Based Complement Alternat Med, p.1-15, 2016. doi: 10.1155/2016/9872598
11 - DE SOUSA, N. C. et al. Absence of genotoxicity of a phytotherapeutic extract from Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville in somatic and germ cells of Drosophila melanogaster. Environ Mol Mutagen, v. 41, n. 4, p.293-299, 2003. doi: 10.1002/em.10151
12 - HOLETZ, F. B. et al. Biological effects of extracts obtained from Stryphnodendron adstringens on Herpetomonas samuelpessoai. Mem Inst Oswaldo Cruz, v. 100, n. 4, p.397-401, 2005. doi: 10.1590/s0074-02762005000400010
13 - COELHO, J. M. et al. Effects of silver sulfadiazine, ipê roxo (Tabebuia avellanedae) extract and barbatimão (Stryphnodendron adstringens) extract on cutaneous wound healing in rats. Rev Col Bras Cir, v. 37, n. 1, p.45-51, 2010. doi: 10.1590/s0100-69912010000100010
14 - MARTINS, D. T. O. et al. The acetone soluble fraction from bark extract of Stryphnodendron adstringens (Mart.) coville inhibits gastric acid secretion and experimental gastric ulceration in rats. Phytother Res, v. 16, n. 5, p.427-431, 2002. doi: 10.1002/ptr.928
15 - SEREIA, A. L. et al. In vitro evaluation of the protective effects of plant extracts against amyloid-beta peptide-induced toxicity in human neuroblastoma SH-SY5Y cells. PLoS One, v. 14, n. 2, p.1-24, 2019. doi: 10.1371/journal.pone.0212089
16 - ROSA, M. N. et al. Bioprospecting of natural compounds from Brazilian Cerrado biome plants in human cervical cancer cell lines. Int J Mol Sci, v. 22, n. 7, p.1-13, 2021. doi: 10.3390/ijms22073383
17 - DE SOUZA, P. M. et al. Inhibitory activity of α-amylase and α-glucosidase by plant extracts from the Brazilian Cerrado. Planta Med, v. 78, n. 4, p.393-399, 2012. doi: 10.1055/s-0031-1280404
18 - PELLENZ, N. L. et al. Analysis of in vitro cyto- and genotoxicity of barbatimão extract on human keratinocytes and fibroblasts. Biomed Res Int, p.1-11, 2018. doi: 10.1155/2018/1942451
19 - E SILVA, F. M. et al. Evaluation of the antifungal potential of Brazilian Cerrado medicinal plants. Mycoses, v. 52, n. 6, p.511-517, 2009. doi: 10.1111/j.1439-0507.2008.01647.x
20 - PEREIRA, E. M. et al. In vitro antimicrobial activity of Brazilian medicinal plant extracts against pathogenic microorganisms of interest to dentistry. Planta Med, v. 77, n. 4, p. 401-404, 2011. doi: 10.1055/s-0030-1250354

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 119, 2011.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 188-191, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A

 

Polietilenoglicol 400

37 g

Polietilenoglicol 1500

15 g

Polietilenoglicol 4000

20 g

Fase B

 

Propilenoglicol 500

12 mL

Água destilada

11,8 mL

Nipagin® 0,2%

0,2 g

Extrato seco da entrecasca de Stryphnodendron adstringens - min. 22% de polifenóis (RDE: 12, 16:1)

4 g

 
Modo de preparo

Levar a Fase A e a Fase B separadamente ao fogo até atingirem 80˚C. Misturar as duas fases vertendo a fase B sobre a fase A, e deixar esfriar. Envasar e etiquetar.

Principais indicações

Ulcerações cutâneas em geral, em especial úlceras de pressão.

Posologia

Uso tópico: após a limpeza da área afetada, passar o creme 1 a 2 vezes ao dia e cobrir com gaze.

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Entrecasca de galho seca pulverizada

2,9 a 3,1 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por decocção, por 5 minutos.

Principais indicações

Ulcerações cutâneas e mucosas em geral, em especial úlceras de pressão.

Posologia

Uso tópico: aplicar o decocto sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.
Uso tópico: fazer bochechos com o decocto duas a três vezes ao dia.

Farma Verde
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A

 

Polietilenoglicol 400

456,48 g

Polietilenoglicol 1500

181,32 g

Polietilenoglicol 4000

243,99 g

Fase B

 

Propilenoglicol

150 mL

Água purificada

150 mL

Metilparabeno 0,2%

2,0 g

Extrato aquoso seco das cascas

50 g

Modo de preparo

O extrato seco deve ser obtido com água seguindo a RDE 12-16:1 e deve conter, no mínimo, 22% de polifenóis. Levar a Fase A e a Fase B separadamente ao fogo até atingirem a temperatura de 85˚ C. Misturar as duas fases, vertendo a fase B sobre a fase A, e deixar esfriar. Envasar e etiquetar (PEREIRA, 2014).

Principais indicações

Como cicatrizante e antisséptico da pele e mucosas (BRASIL, 2006; COELHO et al., 2010; LORENZI & MATOS, 2002; SOUZA et al., 2007; HERNANDES et al., 2010; MINATEL et al, 2010; NASCIMENTO et al., 2013, RICARDO, 2017, PEREIRA, 2014).

Posologia

Uso externo: após higienização, aplicar nas áreas afetadas de uma a duas vezes ao dia (PEREIRA, 2014).

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 350-351.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 179-181.
3 - DAMASCENO, E. M. A. et al. Fitoterapia e profissionais da saúde na atenção primária – Farma Verde. 1 ed. Ponta Grossa: Atena, 2023, p. 67-70.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Carboidratos

dextrose e sacarose.

Flavonoides

Mucilagens

Outras substâncias

goma e corante.

Resinas

Taninos

ácido gálico, ácido elágico, catequina, epicatequina, lobafeno, prodelfinidinas, prorobinetinidinas, proantocianidinas, profisetenidina, galocatequina, epigalocatequina, metilgalocatequina e metilepigalocatequina.

Referências bibliográficas

1 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 178-179.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 227.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 219.
4 - SOUZA-MOREIRA, T. M. et al. Stryphnodendron species known as "barbatimão": a comprehensive report. Molecules, v. 23, n. 4, p.1-25, 2018. doi: 10.3390/molecules23040910
5 - SANTOS, S. C. et al. Tannin composition of barbatimão species. Fitoterapia, v. 73, n. 4, p.292-299, 2002. doi: 10.1016/s0367-326x(02)00081-3

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Ministério da Saúde
Ano de Publicação: 2021
Arquivo: PDF icon Download (10.8 MB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
Arquivo: PDF icon Download (569.53 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
Arquivo: PDF icon Download (701.49 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Ano de Publicação: 2016
Arquivo: PDF icon Download (115.35 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2002
Arquivo: PDF icon Download (278.71 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (101.83 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (63.59 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (30.54 KB)

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias[1,4].

Contraindicações: 

em gestantes e lactantes[1,3,4].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

cautela com o uso interno e por período prologando, pois podem causar prisão de ventre, desconforto abdominal, deambulação lenta, piloereção, taquicardia discreta, excitabilidade e hiperglicemia. Os frutos e as sementes são altamente tóxicos[3,5,6].

Interações medicamentosas: 

esta espécie vegetal é rica em taninos e não deve ser usada concomitantemente com plantas ricas em alcaloides, devido a incompatibilidade resultando a formação de sais insolúveis. Potencializa os efeitos cicatrizante e antisséptico da Calendula officinalis (calêndula), para uso tópico, diminuindo o tempo de tratamento, principalmente de úlceras varicosas[1,2,3].

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 189, 2021.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 180-181.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 221-222.
4 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 69.
5 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 53-55.
6 - MARTINS, E. R. et al. Stryphnodendron adstringens (barbatimão). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 879.  

Propagação: 

é frequentemente realizada por sementes, em sacos plásticos (15 cm de diâmetro e 25 cm de profundidade), contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1). Introduzir 2 sementes em cada saco plástico, a uma profundidade de 2 cm. Transferir para viveiro, sem nenhuma cobertura, ou seja, a pleno sol. O barbatimão é uma espécie de crescimento muito lendo. O plantio deve ser realizado em novembro e as mudas medindo 5 cm devem ser plantadas em local definitivo no final de dezembro, para que possam ser irrigadas naturalmente pelas chuvas de janeiro a março. As mudas a partir de 2 meses começam a enraizar no solo e ao serem retiradas o sistema radicular é danificado. O plantio no campo, a pleno sol, é realizado em covas de 20x20 cm, com 1 kg de esterco, com espaçamento de 3 m entre plantas e 3 m entre linhas. Existe uma alternativa para a produção de mudas para esta espécie, a micropropagação [ 2 , 3 , 4 ] .

Stryphnodendron adstringens

Propagação por sementes

Stryphnodendron adstringens

Propagação por sementes

Tratos culturais & Manejo: 

a sobrevivência de plântulas germinadas a partir de sementes é totalmente dependente da irradiação solar, assim, plântulas que recebem baixa incidência de irradiação solar não sobrevivem. A irrigação das mudas deve ser realizada pela manhã e no final da tarde, contudo, no mês anterior ao plantio em local definitivo, deve-se reduzir a irrigação para o endurecimento das mudas. Esta espécie resiste a períodos de estiagem, não necessitando ser irrigada [ 2 , 3 ] .

Colheita: 

a entrecasca é colhida de ramos laterais e o corte do galho é realizado em bisel. A sabedoria popular recomenda que a colheita de entrecasca deva ser realizada, preferencialmente, na lua nova. A melhor época de colheita das cascas e folhas é no outono e inverno, respectivamente. As sementes devem ser colhidas manualmente, a partir de frutos maduros de várias plantas, em seguida separar a sementes, descartando as que estão predadas ou chochas (podem ser atacadas por besouros do gênero Bruchus). Posteriormente, pesar, acondicionar em frasco de vidro com tampa, etiquetar e armazenar em câmara fria. A viabilidade da semente é de 2 anos [ 1 , 2 ] .

Pós-colheita: 

a separação da entrecasca do cerne é feita manualmente com um instrumento de corte. Para o preparo do fitoterápico a entrecasca de ser seca em estufa com ar circulante a temperatura de 40°C/36 horas e moída em moinho de faca até a granulometria de 40 mesh. A droga vegetal moída deve ser armazenada em ambiente não úmido e ser utilizada no período máximo de 6 meses [ 2 ] .

Problemas & Soluções: 

as sementes apresentam dormência e a escarificação (mecânica ou química) pode ser útil. As sementes escarificadas germinam em 7 dias, enquanto que as não escarificadas germinam em 20 dias. As espécies de abelhas Trigoma sponipes, Apis mellifera e Bombus morio, entre outras, são consideradas os principais polinizadores, enquanto que vespas, mariposas e moscas são mencionadas como polinizadores adicionais. O barbatimão apresenta elevado nível de autogamia. Espécies da família Fabaceae podem ser acometidas por fêmeas de besouros Oncideres saga, interrompendo o fluxo da seiva no vegetal [ 2 , 3 , 4 , 5 ] .

Referências bibliográficas

1 - GILBERT, B. et al. Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005, p. 180.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 225-227.
3 - MARTINS, E. R. et al. Stryphnodendron adstringens (barbatimão). In: VIEIRA, R. F. V. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o Futuro: Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 882.
4 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 217-219.
5 - SOARES, I. J. A. et al. Oncideres saga Dalman: first record damaging Stryphnodendron adstringens Mart. Coville (Fabaceae) in Brazil. Braz J Biol, v. 82, p.1-4, 2021. doi: 10.1590/1519-6984.239747

Parceiros