Varronia curassavica Jacq.

Erva baleeira.

Sinonímia 
Cordia verbenacea DC.
Família 
Informações gerais 

Nativa da América do Sul, ocorre desde a América Central até o sul do Brasil, onde é encontrada predominantemente na Mata Atlântica. Suas principais indicações são: anti-inflamatória, analgésica, cicatrizante e antiulcerogênica[1,2,3,4].

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 86-88.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza – Chás Medicinais. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2017, p. 56-57.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 253-256.
4 - FALKENBERG, M. B. Varronia curassavica (erva-baleeira). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 715-719.
Descrição da espécie 

Arbusto, ereto, ramificado, de até 4,0 m de altura, ramos e pecíolos acinzentados e pulverulentos; com folhas simples, alternas, alongadas, cartáceas a coriáceas, oblongo-lanceoladas, serreadas, ápice e base agudos, aromáticas, medindo de 5 a 10 cm de comprimento x 2 a 5 cm de largura, face adaxial áspera e face abaxial pubescente com nervuras salientes; flores brancas, pequenas, em forma de inflorescências terminais ou laterais em espiga ou panículas, de até 15 cm de comprimento; frutos drupáceos, vermelhos, arredondados, com 3 a 5 mm x 2 a 4 mm, contendo uma única semente[1,2,3,4].

Referências descrição da espécie
1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 253.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 75.
3 - FALKENBERG, M. B. Varronia curassavica (erva-baleeira). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 715.
4 - GILBERT, B.; FAVORETO, R. Cordia verbenacea DC Boraginaceae. Fitos, v. 7, n. 01, 2012.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Erva baleeira Brasil Folha

No tratramento de artrite, artrose, traumas e torções.

Tintura. 

Infusão: 3 g (1 colher de sopa) em 150 mL de água.

Tomar 80 a 100 gotas da tintura em 1 xícara de água de 4/4 horas ou ingerir o conteudo da infusão, 3 vezes ao dia. A infusão também pode ser usada na forma de compressa na região afetada, 3 vezes ao dia.

As substâncias gastroprotetoras são perdidas com o processo de separação do óleo essencial. Usar com cautela na gravidez e lactação. Não foram relatadas interações.

[ 1 ]
Erva baleeira Brasil (regiões litorâneas do Sudeste e Leste) -

anti-inflamatória, antiartrítica, analgésica, tônica e antiulcerogênica.

-

-

-

[ 2 ]
Erva baleeira Brasil Folha

reumatismo, artrite reumatoide, gota, dores musculares e da coluna, prostatites, nevralgias e contusões.

Chá (infusão): 1 colher (sopa) de folha picada em 1 xícara de água fervente.

 

Tomar 1 xícara de chá 3 vezes ao dia.

-

[ 2 ]
Erva baleeira Brasil Folha

Cicatrização de feridas externas e úlceras.

Chá.

-

-

[ 2 ]
Black sage Trinidad e Tabago Folha

No tratamento de cólicas menstruais e outras enfermidades do sistema reprodutor feminino.

-

-

-

[ 3 ]
Barredor Aldeia de Zapotitlán Salinas em Tehuacán-Cuicatlán (Puebla, México) Parte aérea

Antidiarreica e no tratamento de várias doenças gastrointestinais.

Decocção.

Uso oral.

-

[ 4 ]
- Zapotitlán Salinas (Puebla, México) Parte aérea

Antidisentérica.

-

-

-

[ 5 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 130.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 2 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008, p. 188.
3 - LANS, C. et al. Ethnomedicines used in Trinidad and Tobago for reproductive problems. J Ethnobiol Ethnomed, v. 3, p.1-12, 2007. doi: 10.1186/1746-4269-3-13
4 - HERNÁNDEZ, T. et al. Ethnobotany and antibacterial activity of some plants used in traditional medicine of Zapotitlán de las Salinas, Puebla (México). J Ethnopharmacol, v. 88, n. 2-3, p.181-188, 2003. doi: 10.1016/S0378-8741(03)00213-7
5 - HERNÁNDEZ, T. et al. Análisis cuantitativo del conocimiento tradicional sobre plantas utilizadas para el tratamiento de enfermedades gastrointestinales en Zapotitlán de las Salinas, Puebla, México. Interciencia, v. 30, n. 9, 2005. 

Antibacteriana

Antibacteriana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 100 g do material vegetal (seco) em hexano, clorofórmio e etanol.

In vitro:

Em cepas do sistema gastrointestinal: Vibrio cholerae, Escherichia coli, Enterobacter agglomerans, E. aerogenes, Salmonella typhi, Shigella boydii, Staphylococcus epidermidis, S. aureus, Sarcina lutea, Bacillus subtilis e Yersinia enterololitica submetidas aos testes de disco-difusão em ágar e diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (MIC).

 

Observou-se que todos os extratos da parte aérea de C. curassavica apresentaram atividade antibacteriana, principalmente o hexânico.

[ 2 ]

Antiedematogênica e Antinociceptiva

Antiedematogênica e Antinociceptiva
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: maceração do material vegetal (pó) em benzina, diclorometano e etanol. Dose para ensaio: 100, 300 e 1000 mg/kg.

In vivo:

Em camundongos Swiss submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina, contorções abdominais induzidas por ácido acético e da placa quente.

 

Observou-se que o extrato de diclorometano da parte aérea de C. curassavica apresentou ação antiedematogênica potente, bem como antinociceptiva, nas doses de 300 e 1000 mg/kg, contudo não houve atividade analgésica.

 

[ 3 ]

Antimicrobiana

Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Parte aérea

Extrato: 1 kg do material vegetal (seco) em hexano, clorofórmio e metanol. Rendimento: 1,81, 1,88 e 8,26%, respectivamente. Óleo essencial: 400 g do material vegetal (fresco) por hidrodestilação. Rendimento: 0,41%.

In vitro:

Em linhagens bacterians do sistema gastrointesntinal: Vibrio cholerae, Escherichia coli, Enterobacter agglomerans, E. aerogenes, Salmonella typhi, Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Sarcina lutea, Bacillus subtilis, Yersinia enterocolitica, e linhagens fúngicas de Fusarium sporotrichum, Aspergillus niger, Trichophyton mentagrophytes, Fusarium moniliforme e Rhyzoctonia solani submetidos aos testes de disco-difusão em ágar e diluição em ágar para determinar a concentração inibitória mínima (CIM).

Teste de toxicidade em Artemia salina.

 

Observou-se que os extratos e o óleo essencial de C. curassavica apresentaram atividade antimicrobiana, principalmente para as linhagens de S. lutea, V. cholerae, R. solani e T. mentagrophytes.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - HERNANDEZ, T. et al. Antimicrobial activity of the essential oil and extracts of Cordia curassavica (Boraginaceae). J Ethnopharmacol, v. 111, n. 1, p.137-141, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.11.002
2 - HERNÁNDEZ, T. et al. Ethnobotany and antibacterial activity of some plants used in traditional medicine of Zapotitlán de las Salinas, Puebla (México). J Ethnopharmacol, v. 88, n. 2-3, p.181-188, 2003. doi: 10.1016/S0378-8741(03)00213-7
3 - BAUEUX, M. C. et al. Evaluation of the antiedematogenic activity of artemetin isolated from Cordia curassavica DC. Braz J Med Biol Res, v. 35, n. 10, p.1229-1232, 2002. doi: 10.1590/s0100-879x2002001000017

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 110, 2011.
2 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição. Brasília: Anvisa, p. 28, 2011.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 57, 2021.

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Tintura

Alcoolatura

Componente

Quantidade

Componente

Quantidade*

Etanol/água 70%

1000 mL

Etanol/água 80%

1000 mL

Folha seca

100 g

Folha fresca

200 g

                                                                   * Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário. 
Modo de preparo

Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar e picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Processos inflamatórios e dolorosos em geral.

Posologia

Uso oral: sempre em diluições decimais (DH1 a DH5), tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Uso tópico: pode ser usada para incorporação em pomadas e cremes.

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Óleo de girassol

100 mL

Cordia curassavica (folha fresca)

10 g

 
Modo de preparo

Em um recipiente de aço inox ou de vidro, colocar o óleo de girassol e a folha fresca, lavada um dia antes do preparo, levar ao fogo em banho maria. Quando a água entrar em ebulição e o óleo estiver quente, manter a fonte de calor por 15 minutos e após esse período, desligar o fogo. Deixar esfriar e filtrar em peneira de inox.

Principais indicações

Analgésico e anti-inflamatório.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 3 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Cordia verbenacea (tintura a 10% em etanol 70%)

10 mL

Cucurbita pepo (alcoolatura a 20% em etanol 80%)

10 mL

Creme base não iônico

80 g

 
Modo de preparo

Pesar o creme base e incorporar a tintura e a alcoolatura.

Principais indicações

Analgésico e anti-inflamatório.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 4 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Cordia curassavica (óleo medicinal 10%)

1 mL

Ocimum gratissimum (óleo medicinal10%)

1 mL

Pterodon emarginatus (tintura a 20% em etanol 98%)

8 mL

Creme base não iônico

90 g

 
Modo de preparo

Pesar o creme base e incorporar a tintura e os óleos.

Principais indicações

Processos inflamatórios e dolorosos localizados, especialmente articulares.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 5 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Cordia verbenacea (tintura a 20%, em etanol 70%)

10 mL

Creme base não iônico

90 g

 
Modo de preparo

Pesar o creme base e incorporar a tintura.

Principais indicações

Analgésico e anti-inflamatório.

Posologia

Uso externo: passar na área afetada 2 vezes ao dia.

Farmácia da Natureza
[ 6 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha seca rasurada

0,9 a 1,1 g ou uma colher de chá caseira cheia

Água q.s.p.

150 mL

 
Modo de preparo

Preparar por infusão, por 5 minutos.

Principais indicações

Processos inflamatórios e dolorosos em geral.

Posologia

Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas vezes ao dia.

Uso tópico: aplicar compressas com o infuso sobre o local afetado duas a três vezes ao dia.

Uso tópico: fazer escalda-pés com volume suficiente do infuso duas a três vezes ao dia.

Farma Verde
[ 8 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Folha

3 g

Água q.s.p

150 g

 

Componente

Quantidade

Extrato hidroetílico de folha

10 mL

Gel base q.s.p

100 g

 
Modo de preparo

Fórmula 1: preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. Devem ser utilizadas folhas secas (CARVALHO & SILVEIRA, 2010).

Fórmula 2: preparar o extrato hidroetílico de folhas secas por percolação, utilizando como líquido extrator álcool etílico a 70%, seguindo a RDE 1:2. Transferir o extrato hidroetílico para recipiente adequado. Incorporar no gel base e misturar até homogeneização completa (GDF, 2018).

Principais indicações

Auxiliar no alívio de sintomas decorrentes de processos inflamatórios localizados (SERTIÉ, 1988; SERTIÉ, 1991; REIS et al., 2002; LORENZI & MATOS, 2008; CARVALHO & SILVEIRA, 2010; PANIZZA, 1998; PANIZZA et al., 2012; GDF, 2018).

Posologia

Fórmula 1 (uso externo): aplicar na forma de compressas na região afetada, de duas a três vezes ao dia (CARVALHO & SILVEIRA, 2010).
Fórmula 2 (uso externo): aplicar nas áreas afetadas, três vezes ao dia (GDF, 2018).

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 92-94.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 348.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 368.
4 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 369-370.
5 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 362.
6 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 56-57.
8 - DAMASCENO, E. M. A. et al. Fitoterapia e profissionais da saúde na atenção primária – Farma Verde. 1 ed. Ponta Grossa: Atena, 2023, p. 38-41.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 , 7 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos fenólicos

rosmarínico e cafeico.

Flavonoides

artemetina.

Isoflavonas

7,4'-dihidroxi-5-metoxiisoflavona e 7,4'-dihidroxi-5-metilisoflavona.

Minerais

iodo.

Outras substâncias

pigmentos, alantoína e açúcares.

Taninos

Triterpenos

cordialina A e B.

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 254.
2 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 130.
3 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 77.
4 - DE CASTRO, N. D. A. et al. Essential oils of Varronia curassavica accessions have different activity against white spot disease in freshwater fish. Parasitol Res, v. 117, n. 1, p.97-105, 2018. doi: 10.1007/s00436-017-5673-x
5 - SCIARRONE, D. et al. Quali-quantitative characterization of the volatile constituents in Cordia verbenacea D.C. essential oil exploiting advanced chromatographic approaches and nuclear magnetic resonance analysis. J Chromatogr A, v. 1524, p.246-253, 2017. doi: 10.1016/j.chroma.2017.10.007
6 - HERNANDEZ, T. et al. Antimicrobial activity of the essential oil and extracts of Cordia curassavica (Boraginaceae). J Ethnopharmacol, v. 111, n. 1, p.137-141, 2007. doi: 10.1016/j.jep.2006.11.002
7 - FALKENBERG, M. B. Varronia curassavica (erva-baleeira). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 716-717.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Fiocruz e Abifisa
Ano de Publicação: 2022
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Sistema de Farmacovigilância de Plantas Medicinais
Ano de Publicação: 2009
Arquivo: PDF icon Download (111.57 KB)

Advertências: 

suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Utilizar apenas na pele íntegra. Há experiência de sua indicação para uso tópico sem referência de idade mínima, sempre orientada pelo profissional pediátrico, não havendo também tempo limite para o uso externo. O uso interno contínuo não deve ultrapassar 15 dias e não utilizar em doses acima das recomendadas[1,2,3].

Contraindicações: 

em gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

o óleo essencial e extratos apresentam baixa toxicidade, via oral e tópica, em modelos animais[4].

Interações medicamentosas: 

estudo in vitro demonstra que V. curassavica não modula, significativamente, a expressão do CYP3A4[5].

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 94.
2 - PEREIRA, A. M. S. (Org.). Formulário de Preparação Extemporânea: Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 57.
3 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 2ª edição. Brasília: Anvisa, p. 58, 2021.
4 - BRITO, E. S. et al. Erva-baleeira Varronia curassavica Jacq. (Boraginaceae). Revista A Flora, n. 5, p. 3, 2022.
5 - MAZZARI, A. L. D. A. et al. In vitro effects of four native Brazilian medicinal plants in CYP3A4 mRNA gene expression, glutathione levels, and P-glycoprotein activity. Front Pharmacol, v. 7, p.1-12, 2016.  doi: 10.3389/fphar.2016.00265

Propagação: 

por sementes, sendo colocadas para germinar em saquinho plástico contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1) e na profundidade de 1 cm, ou por estacas de 10 cm de comprimento, em que o enraizamento podo ser facilitado através da imersão, distante 5 cm do ápice, em solução de ácido indol-butírico a 1,23 mM. As mudas devem permanecer em viveiro (sombrite 50%) por 3 meses, posteriormente a este período serem transferidas para local definitivo, a pleno sol, em covas de 20x20 cm, adubadas com 1 kg de esterco bovino, com espaçamento de 2 m entre plantas e 2 m entre ruas. Desenvolve melhor em solos arenosos, úmidos e pouco ácidos [ 1 , 2 , 3 , 4 ] .

Propagação

Propagação

Propagação

Propagação

Tratos culturais & manejo: 

a irrigação deve ser realizada uma vez por semana [ 1 ] .

Colheita: 

os frutos devem ser separados na peneira, e posteriormente lavados em água corrente para a retirada do arilo, que recobre a semente, e dificulta a germinação. Em seguida são colocadas sob pano seco, em local ventilado para secagem das mesmas. Recomenda-se que as sementes não sejam armazenadas por mais de 6 meses. As folhas devem ser colhidas na parte da manhã, a partir de 6 a 12 meses após o plantio, há uma altura de 30 cm acima do solo. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deva ser realizada na lua cheia [ 1 , 2 ] .

Pós-colheita: 

o processo de secagem das folhas deve ser realizado em estufa com ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas, posteriormente armazenada em ambiente não úmido e utilizada dentro do período de 6 meses. A droga vegetal deve ser moída em moinho de faca, até a granulometria de 40 mesh, sendo utilizada na preparação de tinturas e extratos. Drogas vegetais moídas não devem ser armazenadas por período superior a 6 meses [ 2 ] .

Problemas & Soluções: 

o teor dos princípios ativos desta espécie, pode sofrer alteração devido a variação genética ou por outros fatores. Quando plantadas perto de árvores frutíferas, ela as protege de insetos cortadores de ramos [ 2 , 4 ] .

Referências bibliográficas

1 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 1. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 253-254.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. (Org.). Manual Prático de Multiplicação e Colheita de Plantas Medicinais. Ribeirão Preto: Bertolucci, 2011, p. 75-77.
3 - FALKENBERG, M. B. Varronia curassavica (erva-baleeira). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 716.
4 - GILBERT, B.; FAVORETO, R. Cordia verbenacea DC Boraginaceae. Fitos, v. 7, n. 01, 2012.

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