Endêmica do Brasil, ocorre principalmente no Cerrado, nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. É uma planta melífera, sendo muito procurada pelas abelhas e pelos apicultores de todo país. Suas principais indicações são: expectorante, antitussígena, antimicrobiana, cicatrizante, antimicrobiana, hemostática, anti-inflamatória, hipotensora, vasodilatadora e diurética[1,2,3,4,5].
Arbusto ou arvoreta, silvestre, heliófita, perene, ereta, anual, com ramos angulosos, pubescentes acinzentados, atinge em média 2,5 m de altura; as folhas são agudas, estreitas na base, alternadas, pecioladas, gríseo-pilosas, lanceoladas, margem inteira ou pouco serreada, rugosas e ásperas na face adaxial, cerosa e verde-clara na face abaxial, medindo de 10 a 24 cm de comprimento; inflorescências brancas, reunidas em número de 10 a 15 em panículas escorpioides, dispostas nos ápices dos ramos; frutos (sementes) em aquênios pequenos e escuros. A casca da raiz, quando extraída na escuridão, é fosforescente[1,2,3].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Assa-peixe | Brasil | Parte aérea | No tratamento de bronquite e tosse persistente. |
Infusão: 3 g (1 colher de sopa) do material vegetal em 150 mL de água (1 xícara de chá). |
Gargarejar e em seguida ingerir 1 xícara (150 mL) 3 vezes ao dia. Utilizar por até 30 dias. |
Não indicado na gravidez e lactação. |
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1
]
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Assa-peixe | Brasil | Parte aérea | No tratamento de dores musculares. |
Infusão: 3 g (1 colher de sopa) do material vegetal em 150 mL de água (1 xícara de chá). |
Aplicar sobre a área afetada 2 vezes ao dia/2 horas. Utilizar por até 30 dias. |
Não indicado na gravidez e lactação. |
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1
]
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Assa-peixe | Brasil | Parte aérea | No tratamento de gripes e resfriados. |
Infusão: 1 a 1,5 colheres (de sobremesa) do material vegetal em 200 mL de água (1 xícara de chá). Tampar e deixar em repouso por 20 minutos. Coar. |
Ingerir até 4 xícaras ao dia. Pode-se associar xaropes e comprimidos antigripais. Utilizar por até 30 dias. |
Não indicado na gravidez e lactação. |
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1
]
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Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu | Brasil | Folha e raiz | Diurética, balsâmica, antirreumática e no tratamento de bronquite e tosse persistente. |
Infusão ou decocção. |
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- |
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2
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Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu | Brasil | Raiz | Diurética, no tratamento de hemoptise e abscessos internos. |
Infusão. |
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2
]
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Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu | Brasil | Folha (fresca) | Diurética e litolítica. |
Chá: 3 colheres (de sopa) do material vegetal picado em 1 L água quente. |
Tomar durante o dia, até às 17 horas. |
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[
2
]
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Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu | Brasil | Folha | No tratamento de tosse noturna e bronquite. |
Infusão: 1 colher (de sopa) em 1 xícara (de chá). |
Tomar 1 xícara (de chá) 3 vezes ao dia. |
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[
2
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Assa-peixe, chamarrita, assa-peixe-branco e cambará-guaçu | Brasil | Folha (fresca) | No tratamento de afeções cutâneas, dores musculares e reumatismo. |
Maceração: amassar 3 colheres (de sopa) do material vegetal picado. |
Aplicar na área afetada 2 vezes ao dia/2 horas. |
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2
]
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Referências bibliográficas
Anti-hipertensiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: 1 kg do material vegetal (pó) em etanol à 70%. Rendimento: 350 g. Doses para ensaio: 0,5 e 1,0 g/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar-Hannaver normotensos, tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos plasmáticos e urinários (sódio, potássio, creatinina e lítio), da função renal e aferição da pressão arterial. |
Observou-se que o extrato V. polyanthes apresenta atividade anti-hipertensiva, dose-dependente, atuando como vasodilatador. |
[
4
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em 850 mL de n-hexano. Rendimento: 420 g. Fração acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,1 à 1,0 mg/orelha. |
In vivo: Em camundongos Swiss (Mus musculus) submetidos ao teste de edema de orelha induzido por óleo de cróton, ácido araquidônico (AA), fenol e etil fenilpropiolato (EPP), capsaicina, pré-tratados (via tópica) com o extrato e fração vegetais, com posterior análise histopatológica e atividade das enzimas mieloperoxidase (MPO) e N-acetil-β-D-glucosaminidase (NAG). |
Observou-se que o extrato de V. polyanthes apresenta atividade anti-inflamatória significativa. |
[
1
] |
Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: maceração de 450 g do material vegetal em 2,5 L de etanol à 95%. Rendimento: 36,68 g. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss tratados com extratos vegetais, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, dor induzida por formalina, placa quente, edema de pata e pleurisia induzidos por carragenina. |
Observou-se que o extrato de V. polyanthes apresenta atividade anti-inflamatória e antinociceptiva. |
[
6
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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- |
Extrato: metanólico. Rendimento: 62,5 mg/mL. Óleo essencial. Rendimento: 0,15%. Outras espécies em estudo: Eugenia uniflora, Baccharis dracunculifolia e Matricaria chamonilla. |
In vitro: Em cepas de Escherichia coli e Staphylococcus aureus, submetidas ao teste de diluição em ágar, para determinar concentração inibitória mínima (CIM90%) dos extratos vegetais e óleos essenciais.
|
Observou-se que os extratos e óleos vegetais apresentam atividade antibacteriana, principalmente contra cepas de S. aureus. |
[
7
] |
Antifúngica e Genotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: decocção de 3 g do material vegetal (seco) em 150 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,001 à 0,016 g/mL. |
In vitro: Em células somáticas de Drosophila melanogaster incubadas com o extrato vegetal, associado ou não com doxorrubicina, com posterior análise de genotoxicidade e antigenotoxicidade. Em cepas de Candida albicans e Candida parapsilosis, submetidas ao teste de difusão-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição.
|
O extrato V. polyanthes apresenta ausência de efeitos genotóxico, antigenotóxico e antifúngico, contudo quando associado à doxorrubicina apresenta atividade genotóxica potencializada. |
[
5
] |
Antifúngica e Leishmanicida
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: maceração de 50 g do material vegetal (seco) em metanol. Rendimento: 10% (p/p). |
In vitro: Em culturas de Leishmania amazonensis e L. chagasi (forma promastigota), incubadas com extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade parasitária (MTT), para determinar a concentração inibitória media (CI50); e em cepas de Candida albicans e Cryptococcus neoformans, submetidas aos testes de disco-difusão e microdiluição em ágar, para determinar o halo de inibição e concentração mínima inibitória (CIM).
|
Neste estudo, dentre as 20 espécies vegetais, os extratos de Vernonia polyanthes e Ocimum gratissimum apresentam atividade leishmanicida mais potente, enquanto que os extratos de Schinus terebinthifolius, O. gratissimum, Cajanus cajan, Piper aduncum, Bixa orellana e Syzygium cumini apresentam atividade antifúngica mais potente. |
[
9
] |
Antileishmaniose
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Óleo essencial: por hidrodestilação. |
In vitro: Em protozóarios Leishmania infantum (forma de promastigota) incubados com o óleo vegetal, submetidos ao ensaio MTT para determinar concentração inibitória mínima (CIM). Em macrófagos incubados com o óleo vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).
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Observou-se que o óleo essencial de V. polyanthes apresenta atividade leishmanicida (CI50 = 19,4 µg/mL) e citotoxicidade (< 10 µg/mL). |
[
3
] |
Antiulcerogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Parte aérea |
Extrato: material vegetal (pó) em metanol e clorofórmio. Rendimento: 45,1% e 54,8%, respectivamente. Doses para ensaio: 12,5 à 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss portadores de lesões gástricas induzidas por etanol, piroxicam e ligadura do piloro, pré-tratados com extratos vegetais, L-NAME e NEM, com posterior análise das lesões gástricas, histológica, secreção gástrica, muco gástrico, níveis de óxido nítrico e grupamentos sulfidrilo endógenos. |
Observou-se que o extrato de clorofórmio apresenta atividade antiulcerogênica mais potente. |
[
2
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
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Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Tosses em geral e infecções das vias aéreas superiores.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
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2
]
Componente |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Tosses em geral e infecções das vias aéreas superiores.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fixos
Alcaloides
Compostos fenólicos
Cumarinas
Ésteres metílicos
caprilato, perlagonato, caprato, undecanoato, laurato, tridecanoato, palmitato.
Esteróis
estigmasterol.
Flavonoides
luteolina apegenina, rutina, hirsutinolida, aurone, velutina e genkwanina.
Heterosídeos cardiotônicos
Óleos essenciais
cariofileno, mirceno, zerumbona, biciclogermacreno, α-humuleno e germacreno D.
Quinonas
Sais minerais
Saponinas
Taninos
Triterpenoides
α e β-amirina, lupeol e seus isômeros acetilados, germanicol, taraxasterol, carbenoxolona, ácido oleanólico e ácido ursólico.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional prescritor. O uso contínuo não deve ultrapassar 20 dias, podendo repetir o tratamento, se necessários, após intervalo de 7 dias[1,2].
em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2,3].
pode apresentar hepatotoxicidade[3].
para o tratamento de infecções das vias aéreas associar com Mikania levigata (guaco)[4].
Referências bibliográficas
sementes (principalmente) e estaca. A germinação das sementes deve ser realizada em bandeja de isopor contendo substrato organo-mineral, a taxa de germinação menor que 40%. As estacas podem ser enraizadas em areia ou solo leve [ 1 , 2 , 3 ] .
a parte aérea deve ser colhida no outono, antes da floração [ 3 ] .
Referências bibliográficas