Bromeliaceae

Bromelia antiacantha

Referências informações gerais
1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 2 ed. São Paulo: Bertolucci, 2014, p. 60-61.
2 - CANELA, M. B.; SAZIMA, M. The pollination of Bromelia antiacantha (Bromeliaceae) in southeastern Brazil: ornithophilous versus melittophilous features. Plant Biol (Stuttg), v. 7, n. 4, p.411-416, 2005. doi: 10.1055/s-2005-865619
3 - FILIPPON, S. et al. Bromelia antiacantha (banana-do-mato). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 568-577.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 196.
Descrição da espécie 

Planta herbácea, monocárpica, perene, com até 2 m de altura, de caule curto e grosso, emitindo estolhos; folhas numerosas, eretas, dispostas em rosetas basais, com 2 m de comprimento, canaliculadas, coriáceas, cobertas por espinhos nas margens, de coloração vermelha na base e verde-avermelhada no ápice; possui inflorescência que emerge do centro das folhas ou ápice do caule, composta por 150 a 350 flores, de cor magenta escuro, margens brancas, de forma tubular e com brácteas vermelhas; frutos em forma de bagas ovaladas, de cor verde (imaturo) ou amarelo a alaranjado (maduro), de poupa come

Referências descrição da espécie
1 - CANELA, M. B.; SAZIMA, M. The pollination of Bromelia antiacantha (Bromeliaceae) in southeastern Brazil: ornithophilous versus melittophilous features. Plant Biol (Stuttg), v. 7, n. 4, p.411-416, 2005. doi: 10.1055/s-2005-865619
2 - FILIPPON, S. et al. Bromelia antiacantha Bertol. (Bromeliaceae): Caracterização Demográfica e Potencial de Manejo em uma População no Planalto Norte Catarinense. Biod Bras, v. 2, n. 2, p.83-91, 2012.
3 - FILIPPON, S. et al. Bromelia antiacantha (banana-do-mato). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 568.
4 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 196.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Gravatá, caraguatá, carauatá, gravatá-do-mato Brasil Fruto (polpa)

Antiasmática, litolítica, no tratamento de bronquite, ancilostomíase, icterícia e hidropisia.

Xarope.

-

-

[ 1 ]
Gravatá, caraguatá, carauatá, gravatá-do-mato Brasil Fruto (polpa)

Antitussígena.

Xarope (decocção): ferver 1 fruto (cortado) em 1 xícara (de chá) de água, por 5 minutos. Amassar os pedaços do fruto e adicionar adoçante. 

Adulto: tomar 1 colher (de sopa) de 2 a 3 vezes ao dia.

-

[ 1 ]
Gravatá, caraguatá, carauatá, gravatá-do-mato Brasil Folha

No tratamento de afecções da mucosa bucal (aftas e feridas).

Chá: adicionar algumas gotas de própolis.

Fazer bochechos 3 vezes ao dia.

-

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 196.

Antioxidante

Antioxidante
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato aquoso: decocção de 1 kg do material vegetal (in natura) em 2 L de água. Rendimento: 20 g.

Extrato metanólico: maceração de 763 g do material vegetal (moído) em metanol. Rendimento: 250 g.

In vitro:

Determinação da atividade antioxidante através do radical DPPH e fosfomolibdenio.

 

Os extratos de B. antiacantha apresentaram baixa atividade antioxidante.

[ 2 ]

Antioxidante e Antimicrobiana

Antioxidante e Antimicrobiana
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto e folha

Extrato etanólico: maceração do fruto in natura (triturado) em etanol.

Extrato etanólico: maceração das folhas (secas) em etanol.

In vitro:

Avaliação da atividade antimicrobiana em cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Escherichia coli (ATCC 8739) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 8027), Candida albicans (ATCC 90028) e isolados de C. glabrata e C. albicans.

Avaliação da atividade citotóxica em náuplios de Artemia salina.

Avaliação da atividade moluscicida em espécimes de Biomphalaria glabrata.

Determinação da atividade antidoxidade através do radical DPPH.

 

Os extratos etanólicos do fruto e folha de B. antiacantha apresentaram atividade somente para o teste de citotoxidade.

[ 1 ]
Ensaios toxicológicos

Citotoxicidade e Genotoxicidade

Citotoxicidade e Genotoxicidade
Parte da planta Extrato / RDD / Padronização Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
Fruto

Extrato aquoso: decocção de 1 kg do material vegetal (in natura) em 2 L de água. Rendimento: 20 g. Concentrações para ensaio: 0,01 a 1000 µg/mL.

Extrato metanólico: maceração de 763 g do material vegetal (moído) em metanol. Rendimento: 250 g. Concentrações para ensaio: 0,01 a 1000 µg/mL.

In vitro:

Avaliação da citotoxicidade em fibroblastos de ratos L929 (BCRJ CR020/ATCC CCL1) e genotoxicidade pelo Ensaio do Cometa em células da medula de ratos.

 

Os extratos de B. antiacantha não apresentaram citotoxicidade, contudo apresentaram baixa genotoxicidade na concentração de 1000 µg/mL.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - MANETTI, L. M. et al. Avaliação das atividades antimicrobiana, citotóxica, moluscicida e antioxidante de Bromelia antiacantha Bertol. (Bromeliaceae). Rev Bras de Pl Med, v. 12, n. 4, p.1-8, 2010. Doi: 10.1590/S1516-05722010000400002
1 - VANESSA, N. C. S. et al. Ripe fruits of Bromelia antiacantha: investigations on the chemical and bioactivity profile. Bras J of Pharmacogn, v. 19, n. 2A, p.358-365, 2009. doi: 10.1590/S0102-695X2009000300004
2 - VANESSA, N. C. S. et al. Ripe fruits of Bromelia antiacantha: investigations on the chemical and bioactivity profile. Bras J of Pharmacogn, v. 19, n. 2A, p.358-365, 2009. doi: 10.1590/S0102-695X2009000300004

Farmácia da Natureza
[ 1 ]

Fórmula

Alcoolatura

Componente

Quantidade*

Etanol/água 80%

1000 mL

Fruto maduro fresco

200 g

                                                                     *Após a filtragem ajustar o teor alcoólico da alcoolatura para 70%, com adição de etanol 98%, se necessário.
Modo de preparo

Alcoolatura: pesar 200 g do fruto maduro fresco, lavado e picado e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.

Principais indicações

Tosses produtivas, alergia respiratória e parasitoses intestinais.

Posologia

Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).

Farmácia da Natureza
[ 2 ]

Fórmula

Componente

Quantidade

Fase A: (infusos/decoctos)

 

Água destilada

1000 mL

Artemisia vulgaris (parte aérea seca)

25 g

Bromelia antiacantha (fruto fresco)

20 g

Carica papaya (flor seca)

12,5 g

Cucurbita pepo (semente sem casca seca)

5 g

Foeniculum vulgare (fruto maduro e seco)

25 g

Mentha spicata  (parte aérea seca)

50 g

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

10 g

Fase B: (alcoolaturas)

 

Artemisia vulgaris (folha)

12,5 mL

Carica papaya (flor)

6,25 mL

Cucurbita pepo (flor)

2,5 mL

Foeniculum vulgare (folha)

12,5 mL

Mentha spicata (parte aérea)

25 mL

Stachytarpheta cayennensis (planta toda)

5 mL

Nipagin® 0,2%

2 g

 
Modo de preparo

Fase A: colocar as plantas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.

Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.

Principais indicações

Verminoses em geral.

Posologia

Uso oral: crianças de 1 a 7 anos, tomar 1 colher de café, 3 vezes ao dia, por 7 dias; crianças de 7 a 12 anos, tomar 1 colher de chá, 3 vezes ao dia, por 7 dias; adolescentes com 12 anos ou mais e adultos, tomar 1 colher de sobremesa, 3 vezes ao dia, por 7 dias.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 65-66.
2 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 333-334.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Carotenoides

Compostos fenólicos

Flavonoides

Lipídeos

Outras substâncias

oxalato de cálcio, ácido ascórbico, ácido palmítico, ácido linoleico e ácido oleico.

Saponinas

Taninos

Referências bibliográficas

1 - MANETTI, L. M. et al. Avaliação das atividades antimicrobiana, citotóxica, moluscicida e antioxidante de Bromelia antiacantha Bertol. (Bromeliaceae). Rev Bras de Pl Med, v. 12, n. 4, p.1-8, 2010. Doi: 10.1590/S1516-05722010000400002
2 - VANESSA, N. C. S. et al. Ripe fruits of Bromelia antiacantha: investigations on the chemical and bioactivity profile. Bras J of Pharmacogn, v. 19, n. 2A, p.358-365, 2009. doi: 10.1590/S0102-695X2009000300004
3 - FILIPPON, S. et al. Bromelia antiacantha (banana-do-mato). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 573-574.

Referências bibliográficas

1 - PEREIRA, A. M. S. et al. Formulário Fitoterápico da Farmácia da Natureza. 3 ed. São Paulo: Bertolucci, 2020, p. 66.

Propagação: 

por sementes (sexuada) ou estolões (assexuada) [ 1 , 2 ] .

Problemas & Soluções: 

os frutos podem ser atacados por formigas e besouros (Curculionidae), além de serem muito apreciados por roedores e graxains [ 1 ] .

Referências bibliográficas

1 - FILIPPON, S. et al. Bromelia antiacantha (banana-do-mato). In: CORADIN, L. et al. (Ed.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: Plantas para o futuro: Região Sul. Brasília, DF: MMA, 2011. p. 571-573.
2 - LORENZI, H. & MATOS, F. J. de A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas. 3 ed. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2021, p. 196.

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