Nativa da Mata Atlântica, de ampla distribuição, principalmente nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em restinga costeiras e florestas semidecíduas. Suas principais indicações são: antitussígena, antialérgica, expectorante, anti-helmíntica, litolítica, purgativa, diurética, [1,2,3,4].
Planta herbácea, monocárpica, perene, com até 2 m de altura, de caule curto e grosso, emitindo estolhos; folhas numerosas, eretas, dispostas em rosetas basais, com 2 m de comprimento, canaliculadas, coriáceas, cobertas por espinhos nas margens, de coloração vermelha na base e verde-avermelhada no ápice; possui inflorescência que emerge do centro das folhas ou ápice do caule, composta por 150 a 350 flores, de cor magenta escuro, margens brancas, de forma tubular e com brácteas vermelhas; frutos em forma de bagas ovaladas, de cor verde (imaturo) ou amarelo a alaranjado (maduro), de poupa comestível, com muitas sementes pequenas[1,2,3,4].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Gravatá, caraguatá, carauatá, gravatá-do-mato | Brasil | Fruto (polpa) | Antiasmática, litolítica, no tratamento de bronquite, ancilostomíase, icterícia e hidropisia. |
Xarope. |
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1
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Gravatá, caraguatá, carauatá, gravatá-do-mato | Brasil | Fruto (polpa) | Antitussígena. |
Xarope (decocção): ferver 1 fruto (cortado) em 1 xícara (de chá) de água, por 5 minutos. Amassar os pedaços do fruto e adicionar adoçante. |
Adulto: tomar 1 colher (de sopa) de 2 a 3 vezes ao dia. |
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1
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Gravatá, caraguatá, carauatá, gravatá-do-mato | Brasil | Folha | No tratamento de afecções da mucosa bucal (aftas e feridas). |
Chá: adicionar algumas gotas de própolis. |
Fazer bochechos 3 vezes ao dia. |
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1
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Referências bibliográficas
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Fruto |
Extrato aquoso: decocção de 1 kg do material vegetal (in natura) em 2 L de água. Rendimento: 20 g. Extrato metanólico: maceração de 763 g do material vegetal (moído) em metanol. Rendimento: 250 g. |
In vitro: Determinação da atividade antioxidante através do radical DPPH e fosfomolibdenio.
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Os extratos de B. antiacantha apresentaram baixa atividade antioxidante. |
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2
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Antioxidante e Antimicrobiana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Fruto e folha |
Extrato etanólico: maceração do fruto in natura (triturado) em etanol. Extrato etanólico: maceração das folhas (secas) em etanol. |
In vitro: Avaliação da atividade antimicrobiana em cepas de Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Escherichia coli (ATCC 8739) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 8027), Candida albicans (ATCC 90028) e isolados de C. glabrata e C. albicans. Avaliação da atividade citotóxica em náuplios de Artemia salina. Avaliação da atividade moluscicida em espécimes de Biomphalaria glabrata. Determinação da atividade antidoxidade através do radical DPPH.
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Os extratos etanólicos do fruto e folha de B. antiacantha apresentaram atividade somente para o teste de citotoxidade. |
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1
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Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
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1
]
Alcoolatura |
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Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Fruto maduro fresco |
200 g |
Alcoolatura: pesar 200 g do fruto maduro fresco, lavado e picado e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Tosses produtivas, alergia respiratória e parasitoses intestinais.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
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2
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Componente |
Quantidade |
Fase A: (infusos/decoctos) |
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Água destilada |
1000 mL |
Artemisia vulgaris (parte aérea seca) |
25 g |
Bromelia antiacantha (fruto fresco) |
20 g |
Carica papaya (flor seca) |
12,5 g |
Cucurbita pepo (semente sem casca seca) |
5 g |
Foeniculum vulgare (fruto maduro e seco) |
25 g |
Mentha spicata (parte aérea seca) |
50 g |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
10 g |
Fase B: (alcoolaturas) |
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Artemisia vulgaris (folha) |
12,5 mL |
Carica papaya (flor) |
6,25 mL |
Cucurbita pepo (flor) |
2,5 mL |
Foeniculum vulgare (folha) |
12,5 mL |
Mentha spicata (parte aérea) |
25 mL |
Stachytarpheta cayennensis (planta toda) |
5 mL |
Nipagin® 0,2% |
2 g |
Fase A: colocar as plantas em água fervente, e deixar ferver por 5 minutos aproximadamente; e após levantar fervura, desligar o fogo, deixando em infusão por no mínimo 2 horas.
Fase B: filtrar o chá em papel de filtro, na temperatura de 50°C, adicionar as alcoolaturas, tinturas e o conservante (Nipagin®) diluído em q.s. álcool etílico 98°GL. Deixar esfriar, envasar em frascos de vidro âmbar esterilizados e etiquetar.
Verminoses em geral.
Uso oral: crianças de 1 a 7 anos, tomar 1 colher de café, 3 vezes ao dia, por 7 dias; crianças de 7 a 12 anos, tomar 1 colher de chá, 3 vezes ao dia, por 7 dias; adolescentes com 12 anos ou mais e adultos, tomar 1 colher de sobremesa, 3 vezes ao dia, por 7 dias.
Referências bibliográficas
Carotenoides
Compostos fenólicos
Flavonoides
Lipídeos
Outras substâncias
oxalato de cálcio, ácido ascórbico, ácido palmítico, ácido linoleico e ácido oleico.
Saponinas
Taninos
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].
em sensíveis aos constituintes desta espécie, gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1].
não há dados na literatura.
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
por sementes (sexuada) ou estolões (assexuada) [ 1 , 2 ] .
os frutos podem ser atacados por formigas e besouros (Curculionidae), além de serem muito apreciados por roedores e graxains [ 1 ] .
Referências bibliográficas