Frangula purshiana (DC.) A.Gray ex J.G.Cooper

Cáscara-sagrada.

Sinonímia 
Rhamnus purshiana DC.
Família 
Informações gerais 

Originaria da América do Norte, nas montanhas rochosas de Oregon, sendo cultivada na Costa do Pacífico dos Estados Unidos, Canadá e África Oriental. Suas principais indicações são: laxante, orexígena (em baixa dose), colagoga e hipocolesterolemiante[1,2,3,4,5,6,7].

Referências informações gerais
1 - MATOS, F. J. A. Plantas medicinais: Guia de seleção e emprego de plantas medicinais usadas em fitoterapia no Nordeste do Brasil. 2 ed. Fortaleza: Imprensa Universitária – UFC, 2000, p. 112.
2 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 128-129.
3 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 89-91.
4 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 539-540.
5 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 153-156.
6 - BERMAN, A. F. Herb-drug interactions. Lancet, v. 355, n. 9198, p.134-138, 2000. doi: 10.1016/S0140-6736(99)06457-0
7 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 138-140.
Descrição da espécie 

Espécie arbórea, atingindo de 6 a 18 m de altura, esgalhada, com ramos cinza tomentosos quando jovens, casca aromática e de sabor amargo; folhas alternas, oblongo-ovais, dentadas, base arredondada às vezes estreitando no pecíolo, com 17 cm de comprimento x 7,5 cm de largura, pecíolos de 8 a 18 mm de comprimento; flores em racemos axilares, pequenas, esverdeadas; frutos de coloração roxo escuro; fruto em bagas duras e escuras, com 3 sementes ovais, negras, brilhantes e membranosas[1,2,3].

Referências descrição da espécie
1 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 539.
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 153-154.
3 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 138.
Nome popular Local Parte da planta Indicação Modo de preparo Forma de uso Restrição de uso Referências
Cáscara-sagrada Brasil Casca

No tratamento da constipação intestinal eventual.

Decocção: 0,5 g (1 colher de café) do material vegetal (seco) em 150 mL (1 xícara de chá).

Tomar ½ a 1 xícara (de chá) antes de dormir.

Cautela ao associar com antiarrítmicos, glicosídeos cardiotônicos, laxantes e suplementos de sais minerais. Contraindicada em casos de obstrução e inflamação intestinal aguda (Doença de Chron, colite e intestino irritável), apendicite, refluxo ou dor abdominal, gravidez e lactação. Não se deve usar por mais de 4 semanas, pois pode provocar diarreia, lesão intestinal e perda de eletrólitos.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 99.

Antitumoral

Antitumoral
Parte da planta
Extrato / RDD / Padronização
Modelo de ensaio in vitro / in vivo Conclusão Referências
-

Extrato aquoso (decocção). Rendimento: 15,8%. Concentrações para ensaio: 15,6 a 2000 µg/mL.

In vitro:

Em células de câncer hepático de humanos (HepG2/C3A, HA22T/VGH, SK-HEP-1, Hep3B e PLC/PRF/5) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade.

 

Neste estudo, dentre as 15 espécies vegetais, Rhamnus purshiana não apresenta citotoxicidade significativa, contudo Coptis groenlandica demonstra potente atividade antitumoral.

[ 1 ]

Referências bibliográficas

1 - LIN, L. T. et al. In vitro anti-hepatoma activity of fifteen natural medicines from Canada. Phytother Res, v. 16, n. 5, p.440-444, 2002. doi: 10.1002/ptr.937

Formulário de Fitoterápico

Referências bibliográficas

1 - BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição – Primeiro Suplemento. Brasília: Anvisa, p. 121-123, 2018.

Dados Químicos
[ 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 ]
Marcador:
Principais substâncias:

Ácidos graxos

ácidos linoleico e ácido mirístico.

Antraquinonas livres

crisofanol, aloe-emodina, emodina e fisciona.

Compostos fenólicos

ácido siríngico.

Glicosídeos antraquinônicos

cascarosídeos A, B (aloína), C e D (crisaloína), E e F (emodia-antrona).

Lactonas sesquiterpênicas

Óleos essenciais

Princípios amargos

Proteínas

ramnotoxina.

Resinas

Sais minerais

Taninos

Referências bibliográficas

1 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 128.
2 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 89-91.
3 - GARCÍA, E. C.; SOLÍS, I. M. Manual de fitoterapia. 2ª ed. Barcelona: Elsevier, 2016, p. 539-540.
4 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 154.
5 - RHO, T. et al. Isolation of six anthraquinone diglucosides from cascara sagrada bark by high-performance countercurrent chromatography. J Sep Sci, v. 43, n. 21, p.4036-4046, 2020. doi: 10.1002/jssc.202000597
6 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 138.

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Ministério da Saúde
Ano de Publicação: 2021
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Agência Europeia de Medicamentos
Ano de Publicação: 2020
Arquivo: PDF icon Download (159.28 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
Arquivo: PDF icon Download (899.08 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
Arquivo: PDF icon Download (182.94 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2019
Arquivo: PDF icon Download (179.78 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 2017
Arquivo: PDF icon Download (746.27 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira
Ano de Publicação: 2016
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Tipo: Internacional
Tipo de Monografia: Organização Mundial de Saúde
Ano de Publicação: 2002
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1996
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
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Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1959
Arquivo: PDF icon Download (34.39 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (102.13 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (65.92 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (32.3 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (34.12 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (75.54 KB)

Tipo: Nacional
Tipo de Monografia: Farmacopeia
Ano de Publicação: 1926
Arquivo: PDF icon Download (32.9 KB)

Advertências: 

não usar por período prologando, mais que 2 semanas de uso requer supervisão médica[1].

Contraindicações: 

em menores de 12 anos, gestantes, lactantes, pacientes portadores obstrução intestinal, estenose, atonia, doenças inflamatórias do cólon (doença de Chron, colite), apendicite, dor abdominal de origem desconhecida e estados de desidratação grave (água e eletrólitos)[1,2,3,4].

Efeitos colaterais e toxicidade: 

devido ao efeito purgante, pode ocorrer queixas espasmódicas. O uso prolongado, pode provocar diarreia, lesão intestinal e perda de eletrólitos, em especial de potássio. Também pode ocorrer hiperaldosteronismo, albuminúria, hematúria, inibição da motilidade intestinal, fraqueza muscular, problemas cardíacos, deficiência de vitaminas e minerais, esteatorreia, melanose do colón e pigmentação da urina. Em casos raros, pode causar arritmias cardíacas, nefropatias, edema e desgaste ósseo acelerado. A casca não deve ser utilizada fresca, pois pode provocar vômitos, cólicas intensas, diarreias, queda de pulsação, aumento do fluxo menstrual e irritação renal[1,2,3,4,5].

Interações medicamentosas: 

cautela ao associar com antiarrítmicos, glicosídeos cardiotônicos, laxantes e suplementos de sais minerais. O uso concomitante com outros medicamentos que induzem a hipocalemia (diuréticos tiazídicos, adrenocorticosteroides, raiz de alcaçuz e outros) pode agravar o desequilíbrio eletrolítico. A administração concomitante de indometacina (AINEs) com derivados do antraceno pode ocorrer diminuição do efeito terapêutico devido a inibição da prostaglandina E2[1,2,3].

Referências bibliográficas

1 - BARNES, J. et al. Herbal Medicines. 3 ed. London: Pharmaceutical Press, 2007, p. 129.
2 - GRUENWALD, J. et al. PDR for Herbal Medicines. Montvale: Economics Company, Inc, 2000, p. 155.
3 - PANIZZA, S. T. et al. Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. São Luiz: Conbrafito, 2012, p. 99.
4 - TESKE, M. & TRENTINI, A. M. M. Compêndio de Fitoterapia. 4 ed. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001, p. 90-91.
5 - FERRO, D. & PEREIRA, A. M. S. Fitoterapia: Conhecimentos tradicionais e científicos, vol. 3. 1 ed. São Paulo: Bertolucci, 2018, p. 139-140.

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