Originária da Europa, Ásia e África, cultivada na região Sul do Brasil. Atualmente, tem demonstrado promissor para a indústria alimentícia, na produção de compotas ou geleias, bem como devido as ações antioxidante e como corante. Suas principais indicações são: antigripal, expectorante, broncodilatadora, antirreumática, antitérmica, depurativa, diaforética, antiespasmódica, anti-inflamatória, antialérgica, venotônica, diurética, imunoestimulante, antisséptica, antiviral, laxativa, emoliente, cicatrizante, repelente de insetos, antioxidante e hipoglicemiante[1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19].
Arvoreta a arbusto com até 10 m de altura, muito ramificado, de copa irregular, com galhos contendo látex branco, casca do tronco de coloração marrom clara a cinza, fissurado, enquanto que os ramos jovens apresentam coloração verde e coberto de lentículas acinzentadas, possui raízes rasas; folhas pecioladas, opostas, imparipinadas, compostas de 5 a 13 folíolos, com 5 a 30 cm de comprimento x 3 a 5 cm de largura, ovalados ou oblongos, acuminados, lanceolados, glabros, com as margens densamente serrilhadas, assimétricos, de coloração verde fosco na parte adaxial e verde azulado claro na abaxial; flores em amplas cimeiras corimbosas terminais, pequenas, de cor branca a branco-amarelada, unissexuais, com aroma entorpecente; frutos em pequenas drupas, verdes (quando imaturos), violáceos-negros, brilhantes e suculentos (quando maduros), ovalado a globoso, de 3 a 7,5 mm de diâmetro, contendo de 2 a 5 sementes ovais e de cor acastanhadas[1,2,3,4,5].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Sabugueiro | Brasil | Flor | No tratamento de gripes e resfriados. |
Infusão: 3g (1 colher de sopa) em 150 mL (1 xícara de chá) de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) de 2 a 3 vezes ao dia. |
Cautela ao associar com diuréticos, glicosídeos, cardiotônicos e anti-hipertensivos, pois é altamente diurética. Não utilizar na gravidez e lactação. |
[
1
]
|
Sabugueiro | Turquia | Folha | No tratamento da influenza. |
Infusão. |
- |
- |
[
2
]
|
Sammuca, sammuco, zambuco e pparella | Itália (Marche, Abruzos e Lácio) | Flor | Antiasmática e antitussígena. |
Decocção ou infusão: adicionar mel. |
- |
- |
[
3
]
|
Sammuca, sammuco, zambuco e pparella | Itália (Marche, Abruzos e Lácio) | Folha | No tratamento de afecções cutâneas (espinhas). |
- |
Uso externo. |
- |
[
3
]
|
Sammuca, sammuco, zambuco e pparella | Itália (Marche, Abruzos e Lácio) | Flor e folha | No tratamento de inflamações oculares. |
Decocção ou infusão: associar com camomila. |
- |
- |
[
3
]
|
- | Região dos Bálcãs e do Mediterrâneo | - | No tratamento de doenças de pele. |
- |
- |
- |
[
4
]
|
Albero delle streghe | Ancona (Itália) | Flor | Antitussígena. |
Infusão. |
- |
- |
[
5
]
|
Albero delle streghe | Ancona (Itália) | Flor | No tratamento de abcessos. |
Decocção. |
- |
- |
[
5
]
|
Albero delle streghe | Ancona (Itália) | Brotos | Emoliente (tratamento de rachaduras nas mãos). |
Maceração em azeite. |
- |
- |
[
5
]
|
- | Kopaonik (Sérvia) | Flor | Diurética, antisséptica, anticatarral, anti-inflamatória, antitérmica, expectorante, no tratamento de gripes e resfriados. |
- |
- |
- |
[
6
]
|
Shtogu, zova e bos zova | Albânia, Bósnia e Gorani | Flor | Antitussígena, expectorante, antiperspirante e no tratamento de bronquite. |
Infusão. |
- |
- |
[
7
]
|
- | Sérvia (região Timok e Svrljig) | Folha | Antitussígena, expectorante, hipoglicemiante, calmante, no tratamento de feridas cutâneas e bronquite. |
Chá, tintura e unguento. |
- |
- |
[
8
]
|
Referências bibliográficas
Anti-hipertensiva e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 100 g do material vegetal (seco) em 700 mL de etanol. Dose para ensaio: 0,046 g/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de hipertensão induzida por L-NAME, tratados com o extrato vegetal e aliscireno (inibidor da enzima renina) em associação ou não, com posterior análise da capacidade antioxidante extracelular (CAT), níveis de HDL e medidas da pressão arterial (sistólica e diastólica). |
O extrato etanólico de S. nigra apresenta atividade anti-hipertensiva e antioxidante, demonstrando sinergismo com o inibidor da enzima renina. |
[
8
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor e fruto |
Extrato: 30 g do material vegetal em diclorometano, etanol a 96%, etanol a 50%, água a 50°C e água a 100°C. Concentrações para ensaio: 0,1 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura macrófagos (RAW 264.7) e de células dendríticas (D2SC/I) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular, e pré-incubadas com LPS para avaliar os níveis de óxido nítrico.
|
O extrato etanólico (a 96%) da folha de S. nigra apresenta atividade anti-inflamatória mais potente (reduz a produção de óxido nítrico), contudo, todos os extratos demonstram ausência de citotoxicidade. |
[
12
] |
Flor |
Extrato: 2.5 g do material vegetal (seco) em 100 mL de água. |
In vitro: Em culturas de células THP-1 monocíticas humanas diferenciadas em macrófagos, incubados cepas de Porphyromonas gingivalis, Actinobacillus actinomycetemcomitans, LPS e fímbrias, na presença ou não do extrato vegetal, com posterior análise da indução oxidativa (fluorescência), produção de citocinas e ativação de proteínas integrinas (ELISA).
|
O extrato de S. nigra apresenta atividade anti-inflamatória, pois inibe, principalmente, a ativação de NF-kB e PI3K, sendo promissor para o tratamento da periodontite. |
[
20
] |
Folha e flor |
Extrato: material vegetal (seco) em água ou metanol (frações: hexano, clorofórmio, n-butanol e água). Concentrações para ensaio: 1 a 30 g/mL. Cistus laurifolius, Clematis flammna, Crataegus orientalis, Daphne oleoides ssp. oleoides, Ecbalium elaterium, Rosa canina, Rubus discolor, R. hirtus e Sambucus ebulus. |
In vitro: Em cultura de células mononucleares periféricas de humanos estimuladas por LPS, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis das citocinas IL-1α, IL-1β e TNF-α (ELISA).
|
Neste estudo, a espécie Daphne oleoides ssp. oleoides apresenta atividade anti-inflamatória mais potente, contudo, S. nigra (extrato metanólico e frações apolares das folhas) também demonstra efetividade, pois inibe, principalmente, a síntese de TNF-α. |
[
21
] |
Anticonvulsivante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto, Folha e casca |
Extrato: material vegetal (triturado) em metanol. Doses para ensaio: 250, 500 e 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos submetidos a crises convulsivas induzidas por pentilenotetrazol e eletrochoque, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do período de latência e duração das convulsões, porcentagem de mortes e extensão tônica dos membros posteriores (ocorrência e duração). |
Os extratos metanólicos da casca e folha apresentam atividade anticonvulsivante, principalmente nas doses de 500 e 1000 mg/kg, respectivamente. |
[
9
] |
Antidepressiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha, Flor e fruto |
Extrato: percolação do material vegetal (pó) em metanol. Outra espécie em estudo: Sambucus ebulus. Doses para ensaio: 200 a 1200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss tratados com os extratos vegetais, submetidos aos testes de natação forçada e suspensão da cauda. |
Os extratos de S. nigra (folha e fruto) apresentam atividade antidepressiva mais potente, dose-dependente. |
[
3
] |
Antimicrobiana e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: 5 g do material vegetal (seco) em 250 mL de água, em temperaturas de 50, 70 e 90°C. Concentrações para ensaio: 0 a 2500 µg/mL; 64 a 33000 µg/L. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Em culturas de Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella oxytoca, K. pneumoniae, Staphylococcus aureus, S. epidermidis e Candida albicans submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração bactericida mínima (CBM) e concentração fungicida mínima (CFM). Em culturas de células de carcinoma humano do cólon (RKO, HCT116 e Caco-2) incubadas com o extrato vegetal (90°C), com posterior análise da viabilidade celular (MTT) e proliferação celular na presença ou não de H2O2 (Teste do Cometa).
|
O extrato aquoso de S. nigra (90°C, maior concentração de compostos fenólicos) apresenta atividade antioxidante, antimicrobiana (S. aureus e S. epidermidis), antiproliferativa e antigenotóxica (RKO). |
[
2
] |
Antinociceptiva e Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extrato aquoso: por maceração. Doses para ensaio: 50 a 200 mg/kg. Outra espécie em estudo: Ferula hermonis. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de diabetes induzido por aloxana, tratados (aguda e subcrônica) com os extratos vegetais, com posterior análise da neuropatia diabética através dos testes de placa quente, movimento da cauda e de filamentos de Von Frey, e níveis plasmáticos de CAT. |
Os extratos de S. nigra e F. hermonis apresenta atividade hipoglicemiante, antioxidante e antinociceptiva. |
[
7
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato aquoso (liofilizado): a partir da polpa do fruto. Concentrações para ensaio: 0,01 a 10 mg/mL. |
In vitro: Determinar a capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC) dos extratos vegetais, submetidos ou não ao processo de digestão gastrointestinal (in vitro). Determinar a mutagenicidade dos extratos vegetais em cultura de Salmonella typhimurium (Teste Ames). Em cultura de células do cólon (NCM460) incubadas com os extratos vegetais (submetidos ou não ao processo de digestão gastrointestinal), com posterior análise da citotoxicidade (MTT), produção de espécies reativas ao oxigênio na presença ou não de peroxido de hidrogênio (DCFH-DA) e danos ao DNA (Cometa).
|
O extrato de S. nigra atividade antioxidante, além de reduzir a mutagenicidade em células do cólon, mesmo após o processo de digestão gastrointestinal. |
[
18
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e fruto |
Extrato: 150 g do material vegetal (pó) em 350 mL de metanol. Concentrações para ensaio: 5 a 50 mg/mL. |
In vitro: Em cultura de Toxoplasma gondii (taquizoíto) isolados de macrófagos peritoneais de camundongos, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade dos taquizoítos (Azul tripano).
|
O extrato dos frutos de S. nigra apresenta atividade antiparasitária mais potente, concentração e tempo dependentes. |
[
4
] |
Antiproliferativa (displasia oral)
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato: 3,5 g do material vegetal (triturado) em 100 mL de água. Nanopartículas de prata: contendo o extrato vegetal (AgNS). Concentrações para ensaio: 0 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de queratinócitos orais displásicos humanos (DOK) e de fibroblastos gengivais de humanos (HGF) incubados com o extrato vegetal e AgNS, com posterior análise da viabilidade celular (MTS), apoptose (anexina/iodeto de propídio), expressão de p53, BAX, BCL2, AKT, LC3B, γH2AX e NFk-B (Western blotting), nível de MDA (método fluorimétrico), TNF-α e proteína lisada (ELISA), e microscopia eletrônica de transmissão (MET).
|
As AgSN reduzem a viabilidade de células DOK, principalmente por necrose e autofagia, e estimulam a proliferação de células HGF, sendo promissoras para o tratamento da displasia oral. |
[
10
] |
Antiviral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Casca |
Extrato: 1 g do material vegetal (fresco) em 10 mL de água. Concentrações para ensaio: 0 a 550 µg/mL. Outras espécies em estudo: Urtica dioica e Parietaria officinalis. |
In vitro: Em células renais de felinos (CrFK) incubadas com os extratos vegetais, e infectadas por vírus da imunodeficiência felina (com características biológicas e patogênicas semelhantes às do vírus da imunodeficiência humana), com posterior análise do número de sincícios (corante cristal violeta) e viabilidade celular (microscopia).
|
Os extratos vegetais apresentam atividade antiviral, devido à redução de formação de sincícios. |
[
11
] |
Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
PerioPatch® (adesivo dentário): associação dos extratos de Centella asiatica, Echinacea purpurea e Sambucus nigra. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a incisão no maxilar anterior (região edêntula), tratados com o adesivo dentário, com posterior análise histológica e imuno-histoquímica (CD-68). |
O adesivo dentário contendo os extratos de C. asiatica, E. purpurea e S. nigra apresenta atividade cicatrizante. |
[
17
] |
Diurética e Natriurética
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: maceração do material vegetal (pó) em água. Dose para estudo: 50 mg/kg. Outras espécies em estudo: Arctostaphylos uva-ursi, Ortho siphon stamineus e Hieracium pilosella. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley tratados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros urinários (volume, pH, sódio e potássio). |
Os extratos vegetais apresentam atividade diurética, contudo, apenas o extrato de S. nigra demonstra ação natriurética. |
[
14
] |
Estimulante da liberação de hormônios ovarianos
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor e fruto |
Extrato: 2 g do material vegetal (pó) em 20 mL de etanol a 80% (v/v). Concentrações para ensaio: 12,5 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em cultura de células ovariana de humanos (HGL5) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (Azul Alamar), níveis de 17β-estradiol e progesterona (ELISA).
|
Os extratos de S. nigra estimulam a liberação de hormônios ovarianos (esteroidogênese) concentração dependente, potencializando assim a fertilidade feminina. |
[
13
] |
Hipoglicemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: infusão de 1 g do material vegetal (pó) em 1 L de água. Concentrações para ensaio: 0,25 a 1 g/L. |
In vitro: Em cultura de células pancreáticas clonais de ratos incubadas com glicose, na presença ou não de extrato vegetal, com posterior análise dos níveis de insulina e da viabilidade celular. Em músculo abdominal isolado de camundongos incubados com o extrato vegetal e glicose, na presença ou ausência de insulina, com posterior análise dos níveis de glicose extracelular (não transportada), oxidação da glicose e glicogênese.
|
O extrato de S. nigra apresenta atividade hipoglicemiante, pois aumenta a secreção de insulina, bem como o transporte de glicose, a oxidação e a glicogênese na ausência de insulina. |
[
6
] |
Fruto |
Extrato: 850 g do material vegetal (liofilizado) em diclorometano por Soxhlet. Fração: apolar e polar. Concentração para ensaio (in vitro): 2%. Doses para ensaio (in vivo): 190 e 350 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS. Determinar a toxicidade em cultura de Aliivibrio fischeri através do ensaio de bioluminescência. In vivo: Em ratos Wistar portadores de diabetes induzida por estreptozotocina, suplementados com dieta hipercalórica, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (hematológico, glicose, creatinina, ureia, LDL, HDL, ALT, ALP e AST) e níveis de oligoelementos (Fe, Cu e Zn) no plasma e órgãos (fígado, rins, coração, baço, pâncreas, testículos e ossos femorais). |
Os extratos (apolar e polar) de S. nigra apresentam atividade hipoglicemiante, pois modula o metabolismo de glicose e reduz a secreção de insulina, respectivamente, além da ausência de toxicidade. |
[
15
] |
Flor |
Extratos: material vegetal (liofilizado e pulverizado) em diclorometano, etanol a 96%, etanol a 50% e água. Concentrações para ensaio: 12,5 a 50 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH. Determinar a atividade inibitória das enzimas α-glicosidase e α-amilase. Em cultura de células humanas esqueléticas e de carcinoma hepatocelular (HepG2, HB-8065) incubadas com glicose, ácido oleico e extratos vegetais, com posterior análise da absorção celular de glicose e ácido oleico (radioatividade).
|
O extrato etanólico a 96% apresenta atividade hipoglicemiante mais potente, pois estimula a absorção de glicose e ácido oleico, dose-dependente, além de inibir atividade das enzimas α-glicosidase e α-amilase. |
[
16
] |
Hipoglicemiante e Hipolipemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Fruto |
Extrato. Doses para ensaio: 0,25 e 1,25% da dieta, correspondendo a 0,034 (20 a 40 mg/kg) e 0,17% (100 a 200 mg/kg) (p/p) de antocianina, respectivamente. |
In vivo: Em camundongos (C57BL/6J) portadores de obesidade induzida por dieta hipercalórica, suplementados com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (CT, NEFA, TAG, ALT, MCP-1, IL-6, TNF-α, PAI-1, glicose, insulina, adiponectina e resistina) e histológicos (hepático e tecido adiposo epididimal), extração e análise de lipídeos hepáticos, expressão gênica do tecido hepático, músculo esquelético e tecido adiposo (RT-PCR). |
O extrato de S. nigra apresenta atividade hipoglicemiante, anti-inflamatória e hiperlipidêmica, sendo promissor para o tratamento de distúrbios metabólicos. |
[
19
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato: maceração do material vegetal (triturado) em água, etanol e metanol. Rendimento: 2, 1,5 e 5%, respectivamente. Concentrações para ensaio: 1 a 500 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da capacidade de absorção de radicais oxigênio (ORAC) e eliminação do radical DPPH. Em cultura de células de neuroblastoma humano (SH-SY5Y) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da viabilidade celular (corante cristal violeta), nível intracelular de espécies reativas ao oxigênio (Método DCFH-DA), GSH (ensaio fluorométrico), atividade das enzimas GPx e GR (substrato t-BOOH) e expressão de LC3B, 70S6K e ULK1 (Western blotting).
|
Os extratos, aquoso e etanólico, apresentam atividade neuroprotetora, devido a ação antioxidante mais potente, via inibição de mTORC1 (controla a síntese de proteínas), estimulando a autofagia. |
[
1
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Componente |
Quantidade |
Base de sabonete de glicerina (hipoalergênica) |
q.s.p. 1 kg |
Achillea millefolium (tintura ou alcoolatura) |
20 mL |
Matricaria chamomilla (tintura ou alcoolatura) |
20 mL |
Sambucus nigra (tintura ou alcoolatura) |
20 mL |
Essência para sabonete (opcional) |
3 mL |
Picar a base em pedacinhos pequenos e levar em recipiente de ágata se for para derreter em chapa elétrica, caso contrário, derreter em banho-maria. Quando estiver toda derretida, colocar as tinturas/alcoolaturas, misturar bem e retirar do fogo. Deixar esfriar até 50º e colocar a essência (opcional). Colocar em formas e esperar 60 minutos para desenformar. Embrulhar em filme plástico e etiquetar.
Anti-inflamatória e antialérgica.
Uso externo: passar na área afetada 1 a 2 vezes ao dia, deixando agir por 1 minuto e enxaguar.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
clorogênico, ferúlico, p-cumárico e cafeico.
Ácidos graxos
linoleico, linolênico, palmítico, hexanóico, nonanóico, oleico, esteárico, beénico e lignocérico.
Ácidos orgânicos
cítrico, málico, tartárico, fumárico, chiquímico e valérico.
Açúcares
ramnose e celobiose.
Alcaloides
sambucina.
Aminoácidos
asparagina, glutamina, valina e leucina.
Antocianinas
crisanthemina, sambucianina e antirrinina.
Fitosteróis
sitosterol, estigmasterol e campesterol.
Flavonoides
rutina, quercetina, isoquercetina, eldrina, caempferol, astragalina, nicotoflorina, naringenina, luteolina, catequina, epicatequina e isoramnetina.
Glicosídeos cianogênicos
sambunigrina, prunasia, zierina e holocalina.
Minerais
potássio.
Óleos essenciais
linalol, nerol e geraniol.
Outras substâncias
colina, lectina e ácido siálico.
Polissacarídeos
mucilagem e pectina.
Proteínas
plastocinina e nigrina b.
Resinas
Taninos
Triterpenos
α e β-amirina, betulina, ácido ursólico e ácido oleanólico.
Vitaminas
A e C.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência do uso em lactentes a partir dos 6 meses de idade, sempre orientada pelo profissional pediátrico. O uso contínuo não deve ultrapassar 30 dias, podendo repetir o tratamento, se necessário, após intervalo de 7 dias.
em gestantes, lactantes, idosos (efeito diurético), diabéticos e em pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,4,7].
raiz, caule, folhas e frutos verdes contêm glicosídeos cianogênicos tóxicos (possivelmente neutralizados após cozimento). Pode ocorrer dermatites de contato, dismenorreia, diarreia, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, dispepsia, hipocalemia, dor de cabeça e dores nas costas. Doses elevadas podem provocar irritações gastrointestinais. As flores e frutos maduros são considerados comestíveis sem causar danos à saúde[1,2,3,4,6,7].
cautela o uso concomitante com diuréticos, anti-hipertensivos, quimioterápicos, hipoglicemiantes, cardiotônicos, inibidores de apetite e antiasmático (teofilina). Associar com Achillea millefolium (mil-folhas) ou Mentha spp. (menta) em estados febris[2,4,5,6].
Referências bibliográficas