Nativa da África. Ocorre no Brasil, sendo cultivada em hortas ou jardins. Suas principais indicações são: analgésica, desintoxicante, gastroprotetora, hepatoprotetora, antidispéptica, hipolipemiante, carminativa e orexígena[1,2,3].
Arbusto ou arvoreta, ramificada, de ramos quebradiços, com até 4 m de altura; folhas simples, inteiras, membranáceas, glabras, de 5 a 12 cm de comprimento; as flores são esbranquiçadas, reunidas em panículas terminais e axilares, de capítulos alongados; fruto tipo aquênio com papus[1,2].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Boldo-da-terra, macela grande, alumã e heparema | Nordeste (Brasil) | Folha | Digestiva e hepatoprotetora. |
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1
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Boldo, alumã, alcachofra e boldo-japonês | Brasil | Folha | Antidispéptica, hepatoprotetora, analgésica, antissifilítica, orexígena e antidiarreica. |
Infusão: 1 colher (de sopa) do material vegetal seco em 1 xícara (de chá) de água. |
Tomar 1 xícara (de café) em jejum e antes das principais refeições. |
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2
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Boldo, alumã, alcachofra e boldo-japonês | Brasil | Folha | Orexígena, hipocolesterolemiante, hepatoprotetora, carminativa e no tratamento de cálculos biliares e afecções da vesícula biliar. |
Maceração: 3 colheres (de sopa) do material vegetal seco em 1 garrafa de vinho. Deixar em maceração por 5 dias. |
Tomar 1 cálice 30 minutos antes das principais refeições. |
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2
]
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Assa-peixe, boldo, boldo grande, macelão e alumã | Brasil | Folha | No tratamento de problemas hepáticos, estomacais, intestinais, cefaleia, antiofídica e colagoga. |
Infusão, decocção ou maceração. |
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[
3
]
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Referências bibliográficas
Analgésica e Antiulcerogênica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: 40 g do material vegetal (fresco) em 200 mL de água. Rendimento: 1 à 2 g. Fração: clorofórmio (polar e menos polar). Doses para ensaio: 50 à 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss tratados com o extrato e frações vegetais, submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético e caulino, suspensão da cauda, tempo de sono induzido por tiopental e ulcerações gástricas induzidas por indometacina. |
Observou-se que a fração polar de V. condensata apresenta atividade analgésica e antiulcerogênica, enquanto que a menos polar demonstra efeito sedativo. |
[
9
] |
Anti-inflamatória e Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração 465 g do material vegetal (pó) em 2,5 L de etanol à 95%. Rendimento: 27 g. Doses para ensaio: 100, 200 e 400 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss tratados com extrato vegetal submetidos aos testes de contorções abdominais induzidas por ácido acético, lambida de pata induzido por formalina, placa quente, tempo de sono induzido por pentobarbital, diazepam e meprobamato, edema de pata e pleurisia induzidos por carragenina. |
O extrato de V. condensata apresenta atividade antinociceptiva e anti-inflamatória, principalmente nas doses de 200 e 400 mg/kg. |
[
8
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Fração: acetato de etila. Concentrações para ensaio: 625 à 5000 µg/mL. |
In vitro: Em cepas de Staphylococcus aureus (resistentes ou não à meticilina), submetidas aos testes de microdiluição em ágar, com o extrato e fração vegetais associados ou não aos antibióticos ampicilina ou clorafenicol, para determinar concentração inibitória (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM), curva de crescimento e viabilidade bacteriana, absorção de compostos à 280 nm e porcentagem de adesão em microplaca de poliestireno.
|
A fração de acetato de etila apresenta atividade antibacteriana significativa, além dos efeitos sinérgico e redutor de biofilmes. |
[
3
] |
Antinociceptiva
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: 30 g do material vegetal (pó) em 600 mL de água. Frações: acetato de etila, acetona, diclorometano e etanol, e misturas binárias e ternárias de solventes. Doses para ensaio: 40, 60 e 160 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss submetidos ao teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético, pré-tratados com extrato e frações vegetais, com posterior análise do numero de contorções. |
Observou-se que o extrato e frações de V. condensata apresentam atividade antinociceptiva com DE50 = 88,3 mg/kg. |
[
6
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: maceração 465 g do material vegetal (pó) em 2,5 L etanol à 95%. Rendimento: 27 g. Frações: hexano, acetato de etila, diclorometano e butanol. |
In vitro: Determinar atividade antioxidante do extrato e frações vegetais através do radical DPPH, redução do íon férrico e fosfomolibdênio, ácido tiobarbitúrico (TBA), teor fenólico e de flavonoide.
|
Observou-se que V. condensata apresenta atividade antioxidante, principalmente a fração de acetato de etila. |
[
2
] |
Antioxidante e Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: maceração de 184 g do material vegetal (pó) em etanol à 99,6%. Rendimento: 4,34%. Concentrações para ensaio (in vitro): 1 à 10 µg/mL e 1 à 100 mg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 3, 30 e 300 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante do extrato vegetal através do radical DPPH. Em enzima H+/K+-ATPase isolada de microssomas da mucosa gástrica de coelho, incubada com o extrato vegetal, com posterior análise da atividade enzimática. In vivo: Em ratas Wistar portadoras de úlceras gástricas induzidas por etanol, indometacina e ácido acético, pré-tratadas com extrato vegetal, com posterior análise da dimensão das lesões gástricas, histológica, histoquímica (níveis de mucina), bioquímica (GSH, LOOH, SOD, CAT, MPO e proteínas totais). Em ratas Wistar submetidas à ligadura pilórica, pré-tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da secreção gástrica, na presença de agentes agonistas e antagonistas (betanecol, histamina e pentagastrina), e atividade da pepsina. |
O extrato de V. condensata apresenta atividades gastroprotetora (via colinérgica e gastrinérgica) e antioxidante. |
[
4
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: 300 mg do material vegetal (pó) em água. Concentrações para ensaio: 1 à 20 mg/mL. Dose para ensaio: 50 mg/kg. |
In vitro: Em cultura de células leucêmicas (Reh, K562, Nalm6 e Molt4), adenocarcinoma da mama (MCF7), renais embrionárias humana (HEK293T) e células mononucleares de sangue periférico humano (PBMCs), incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade e proliferação celular (Azul tripano e MTT), ciclo celular e potencial da membrana mitocondrial (Citometria de fluxo), apoptose (Anexina V-FITC/Iodeto de propídeo) e expressão de BcL2, BAX, PARP, caspase-3 e 9, KU70, KU80, p53, p-p53 e GAPDH (Western blotting). In vivo: Em camundongos Swiss portadores de carcinoma ascítico de Ehrlich, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do volume tumoral, tempo de sobrevivência, histológica (fígado, baço e coxa). |
Observou-se que o extrato de V. condensata apresenta atividade antitumoral, dependente da concentração, além da ausência de citotoxicidade em células normais. |
[
1
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Folha |
Extrato: maceração de 500 g do material vegetal (pó) em etanol à 96%. Fração: acetato de etila. Concentrações para ensaio: 0,5 à 40 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 50, 100 e 200 mg/mL. |
In vitro: Em macrófagos (RAW 264.7) estimuladospor lipopolissacarídeo (LPS), incubados com extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), níveis de NO, IL-6, e TNF-α. In vivo: Em ratos Wistar portadores de lesões hepáticas agudas induzida por acetaminofeno, pré-tratados com a fração de acetato de etila, com posterior análise do peso corporal, parâmetros bioquímicos (ALT, AST, ALP, VLDL-c, LDL-c, HDL-c, CT e TRIGL) e histopatológico, níveis de MDA e atividade de GSH, CAT e SOD em homogenato hepático. |
Observou-se que a fração de acetato de etila de V. condensata apresenta atividade hepatoprotetora, devido as ações anti-inflamatória, antioxidante e hipocolesterolemiante. |
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5
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
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Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Folha seca |
100 g |
Folha fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de folha seca rasurada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de folha fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Afecções respiratórias, hepáticas e das vias biliares.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
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2
]
Componente |
Quantidade |
Folha (com ou sem flores) seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira rasa |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Antidispéptica e nas afecções hepáticas e das vias biliares.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
cinarina, ácido clorogênico e ácido 1,5-dicafeoilquínico.
Alcaloides
Cumarinas
Esteroides glicosídeos
vernonioside B2.
Esteróis
Flavonoides
apigenina, swertisina, luteolina e luteolina-7-O-glicosídeo.
Glicosídeos cardiotônicos
vernonina.
Lactonas sesquiterpênicas
substâncias amargas.
Óleos essenciais
Saponinas
Taninos
Triterpenoides
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação a partir dos 12 anos, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional prescritor. O uso contínuo não deve ultrapassar 20 dias, podendo repetir o tratamento, se necessários, após intervalo de 7 dias[1,2].
em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol)[1,2].
não há dados na literatura.
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
por estacas [ 1 ] .
as folhas podem ser colhidas em qualquer época do ano, preferencialmente antes da floração [ 1 ] .
Referências bibliográficas