Originária da América do Sul. No Brasil, ocorre principalmente da Região Nordeste até a Região Sul, assim como no Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina. Em alguns lugares esta espécie é considerada como erva-daninha. Suas principais indicações são: antidispéptica, antiespasmódica, emenagoga, anti-inflamatória, analgésica, antirreumática, antisséptica, antifúngica, antiviral, antibacteriana, anti-hemorrágica e sedativa[1,2,3,4,5,6,7,8].
Planta herbácea, anual, aromática, ereta ou ascendente, muito ramificada, entouceirada, de até 1,5 m de altura, com pilosidade esbranquiçada nos caules, ramos e folhas; folhas simples, inteiras, alternadas, lineares a lanceoladas, com 7 cm de comprimento, finas ou alongadas, com revestimento alvo e tomentoso na face inferior, de coloração verde-clara; inflorescências em capítulos corimbos-paniculados no ápice dos ramos, com 5 a 10 flores, de cor amarelo-dourado; o fruto é do tipo aquênio, medindo cerca de 0,5 cm de comprimento[1,2,3,4,5,6].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Macela do campo, mirabira, yerba de chivo e birabira | Países da América do Sul | Flor | Antiespasmódica, analgésica, anti-inflamatória, emenagoga, antidiarreica, sedativa, hipoglicemiante e nos distúrbios gastrointestinais. |
- |
- |
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[
1
]
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Macela do campo | Brasil | Parte aérea seca (à sombra) | Antiespasmódica, anti-inflamatória e antibacteriana. |
Infusão. |
- |
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[
1
]
|
Macela do campo, mirabira, yerba de chivo e birabira | Países da América do Sul | - | Emenagoga e tônica. |
Decocção. |
- |
- |
[
1
]
|
Mirabira, suso, vira-vira, yatey-caa e yerba de chivo | Tacana (Bolívia) | Flor | Antidiarreica. |
Ferver as flores por 5 minutos em água. |
Uso interno. |
Pode ser indicada para crianças. |
[
1
]
|
Mirabira, suso, vira-vira, yatey-caa e yerba de chivo | Tacana (Bolívia) | Flor | Antitussígena. |
Ferver as flores por 5 minutos em água. Adoçar com mel. |
Uso interno. |
Pode ser indicada para crianças. |
[
1
]
|
Marcela hembra | Argentina | Planta toda | Antidispéptica e antidiabética. |
Infusão. |
- |
- |
[
1 ,
2
]
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Marcela hembra | Argentina | - | Antiasmática, tônica, estimulante, febrífuga e anti-helmíntica. |
- |
- |
- |
[
1 ,
2
]
|
- | Colômbia | - | Antitumoral. |
- |
- |
- |
[
1 ,
2
]
|
- | Paraguai | Parte aérea | Anti-infecciosa. |
- |
- |
- |
[
1 ,
2
]
|
- | Venezuela | Planta toda | Hipoglicemiante, afrodisíaca e emenagoga. |
- |
- |
- |
[
1 ,
2
]
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Marcela e marcela hembra | Uruguai | Parte aérea | Antisséptica e anti-inflamatória. |
Infusão. |
Uso externo. |
- |
[
2
]
|
Marcela e marcela hembra | Uruguai | Parte aérea | Colagoga, carminativa, anti-inflamatória, emenagoga, sedativa e hipocolesterolemiante. |
Infusão. |
- |
- |
[
2
]
|
Marcela, marcela-do-campo e macela | Brasil | Sumidades floridas | Antiespasmódica. |
Infusão: 1 a 2 colheres (de sobremesa) da droga vegetal (rasurada) em 1 xícara de água. Coar. |
Tomar até 4 xícaras ao dia. |
Pode ocorrer quadros de hipersensibilidade (lactonas sesquiterpênicas). Usar com cautela durante a gravidez e lactação. |
[
3
]
|
Marcela, marcela-do-campo e macela | Brasil | Sumidades floridas | Antidispéptica, antiespasmódica, sedativa leve e anti-inflamatória. |
Infusão: 1,5 g (meia colher de sopa) do material vegetal em 150 mL de água (1 xícara de chá). |
Tomar até 1 xícara (de chá) 4 vezes ao dia. |
Pode ocorrer quadros de hipersensibilidade (lactonas sesquiterpênicas). Usar com cautela durante a gravidez e lactação. |
[
3
]
|
Macela, camomila-nacional, carrapichinho-de-agulha e macela-da-terra | Brasil | For | Antiepiléptica, no tratamento de problemas gástricos e cólicas (origem nervosa). |
Chá: 5 g do material vegetal (seco) em 1 L de água. |
- |
- |
[
4
]
|
Macela, camomila-nacional, carrapichinho-de-agulha e macela-da-terra | Brasil | Inflorescência | Antidiarreica, antidisentérica e digestiva. |
Chá: 1 colher (de chá) do material vegetal (picado) em 1 xícara (de chá) de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) em jejum, antes das principais refeições. |
- |
[
4
]
|
Macela, camomila-nacional, carrapichinho-de-agulha e macela-da-terra | Brasil | Planta toda | Antirreumática, analgésica (articular, muscular e cólicas menstruais). |
Infusão: 5 colheres (de sopa) do material vegetal (picado) em 1 L de água. |
Uso externo: na forma de cataplasma e banhos. |
- |
[
4
]
|
- | Argentina | Flor | Reguladora do ciclo menstrual e antiasmática. |
Infusão: 20 g do material vegetal em 1 L de água. |
- |
- |
[
4
]
|
- | Uruguai | Flor | Emenagoga, sedativa, antiespasmódica, útil no tratamento de doenças do sistema digestório. |
Chá. |
- |
- |
[
4
]
|
Macela, marcela, marcelinha e marcela-do-campo | Paraná (Brasil) | Folha e flor | No tratamento de doenças do sistema nervoso central, respiratório, gastrointestinal, ginecológico e urinário. |
Infusão e xarope. |
- |
- |
[
5
]
|
Marcela e marcela-do-campo | Argentina | - | Sedativa, analgésica, antitumoral, antiviral, antimicrobiana, anti-inflamatória, no tratamento de úlcera estomacal e doenças hepáticas. |
- |
- |
Não há relatos de toxicidade na dose usual. |
[
6
]
|
Marcela | Porto Alegre-RS (Brasil) | Parte aérea | Tônica, gastroprotetora, digestiva e antidiarreica. |
- |
- |
- |
[
7
]
|
Referências bibliográficas
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extratos (0,75:10 planta/solvente): aquoso (decocção), hidroalcoólicos a 40 e 80% (maceração), originando extratos secos liofilizados e atomizados. Doses para ensaio: 250 a 1000 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de edema de pata e pleurisia induzidos por carragenina, pré-tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do volume do edema e nível de leucócitos totais em exsudato pleural. |
O extrato hidroalcoólico a 40% liofilizado de A. satureioides, na dose de 250 mg/kg, apresenta atividade anti-inflamatória mais potente. |
[
7
] |
Inflorescência |
Extrato: maceração de 2 kg do material vegetal em 10 L de etanol a 70%. Rendimento: 9,6%. Doses para ensaio: 1, 10 e 100 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de colite induzida por dextran sulfato de sódio, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise do nível de sangue oculto nas fezes, parâmetros histológicos (fígado, baço e cólon), histoquímicos (mucina), oxidativos (GSH, LOOH, MPO, SOD e DPPH), inflamatórios (MPO, NO, TNF-α, IL-6, IL-4 e IL-10) e viabilidade celular (ensaio MTT); e avaliar a motilidade intestinal em camundongos normais. |
O extrato hidroalcoólico de A. satureioides apresenta atividade anti-inflamatória, principalmente na dose de 100 mg/kg. |
[
10
] |
Anti-inflamatória e Analgésica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extrato: maceração ou decocção de 30 g do material vegetal em água. Rendimento: 1,5 e 13,33 g, respectivamente. Extrato: maceração de 30 g do material vegetal em etanol. Rendimento: 11,37 g. Doses para ensaio (in vivo): 75 a 500 mg/kg. |
In vitro: Em íleo de cobaias, jejuno, duodeno e vaso deferente de ratos, incubados com os extratos vegetais e submetidos ao teste de contratilidade induzido por acetilcolina, histamina, noradrenalina e cloreto de bário. In vivo: Em ratos Wistar e camundongos CFl tratados com extratos vegetais, submetidos aos testes de edema de pata induzido por carragenina, contorções induzidas por ácido acético, trânsito intestinal após ingestão de suspensão de carvão a 10%, tempo de sono induzido por pentobarbital. |
Os extratos de A. satureioides apresentam atividades anti-inflamatória, analgésica, antiespasmódica e sedativa, contudo não houve ação laxativa. |
[
24
] |
Anti-inflamatória e Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração de 1 g do material vegetal (seco) em 50 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,0006 a 0,24 µg/mL. |
In vitro: Em células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) e leucócitos polimorfonucleares (PMNs) isolados de humanos, incubados com o extrato vegetal para análise da viabilidade celular (Azul de Tripano), citotoxicidade (MTT e LDH), proliferação celular (ELISA), níveis de espécies reativas ao oxigênio intracelular (fluorescência), IFN-γ, IL-4 e IL-8 (ELISA).
|
O extrato de A. satureioides apresenta atividade imunomoduladora e anti-inflamatória. |
[
14
] |
Antibacteriana
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato etanólico. Rendimento: 4,5%. |
In vitro: Em cepas de Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella enterica e Staphylococcus aureus, incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e unidade formadora de colônias (UFC).
|
Neste estudo, entre as 51 plantas, Achyrocline satureioides, Flourensia oolepis, Lepechinia floribunda e Lithrea molleoides apresentam atividade antibacteriana mais potente. |
[
20
] |
Antibacteriana e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extratos (7,5:100 p/v): aquoso liofilizado (decocção), hidroalcoólico a 80% liofilizado (maceração) e hidroalcoólico a 80% por spray-dried (maceração). |
In vitro: Determinar o potencial antioxidante total (TRAP), poder redutor de íon férrico (FRAP), ação quelante de Fe2+, eliminação do radical hidroxila (OH) e peroxidação lipídica (TBARS) dos extratos vegetais. Em cepas de Listeria monocytogenes, L. innocua, Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Salmonella enteritidis, Pseudomonas spp., Aeromonas spp. Escherichia coli e Corynebacterium fimi, submetidas ao teste de disco-difusão em ágar, com posterior análise do halo de inibição (mm).
|
O extrato hidroalcoólico liofilizado apresenta atividade antioxidante e antibacteriana mais potente, principalmente para B. cereus e S. aureus. |
[
4
] |
Antiedematogênica e Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor, Folha e caule |
Hidrogéis (Carbopol® 940): contendo 5% do extrato oleoso ou nanopartículas de extrato oleoso. Dose para ensaio: 15 mg/orelha. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de edema de orelha induzido por óleo de cróton e radiação ultravioleta B (UVB), tratados com os hidrogéis, com posterior análise do diâmetro do edema, parâmetros histológicos e atividade da mieloperoxidase (MPO) em homogenato da orelha. |
As formulações em hidrogéis contendo A. sauteroides apresentam atividade antiedematogênica e anti-inflamatória. |
[
2
] |
Antimicrobiana e Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Extrato: decocção de 10 g do material vegetal (pó) em 200 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,35 a 2,8 mg/mL. |
In vitro: Em cepas de Staphylococcus spp. isoladas de humanos, incubadas em meio ágar (placas) e extrato vegetal, para análise do crescimento bacteriano. Em cultura de linfócitos incubados com o extrato vegetal, com posterior análise da proliferação celular (MTT), níveis de INF- γ e células T CD8(+).
|
A decocção de A. satureoides apresenta atividade antimicrobiana e imunoestimulante. |
[
15
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Flor |
Extrato aquoso (1:100 p/v): por infusão. Concentrações para ensaio: 6 a 300 µg/mL. |
In vitro: Determinar da dose letal média (DL50) do extrato vegetal, através do bioensaio em Artemia salina; em linfócitos humanos incubados com o extrato vegetal, com posterior análise do teste do cometa. Determinar atividade antioxidante total (TAC), ensaio com radicais DPPH e ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e peroxidação lipídica (TBARS).
|
O extrato de A. satureioides apresenta atividade antioxidante e baixo potencial genotóxico. |
[
1
] |
Inflorescência |
Extratos (0,75:10 planta/solvente): aquoso (decocção), hidroalcoólicos a 40 e 80% (maceração), originando extratos secos liofilizados. Concentrações para ensaio: 0,06 a 0,25 mg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais em plasma isolado de humano saudável e através potencial antioxidante total (TRAP). Em células Sertoli de ratos Wistar, incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (Azul Tripano) e índice de peroxidação lipídica (TBARS) em homogenato celular.
|
O extrato hidroalcoólico a 80% liofilizado de A. satureioides apresenta atividade antioxidante mais potente, contudo demonstra citotoxicidade significativa. |
[
8
] |
Extrato: infusão de 5 g do material vegetal (pó) em 100 mL de água. Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 50 mL de diclorometano. Concentrações para ensaio: 10, 100 e 1000 µg/mL. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais através dos testes TRAP, TAR e degradação da desoxirribose (TBARS). Em homogenato hepático de ratos Wistar incubados com os extratos vegetais, com posterior análise da peroxidação lipídica através da quimioluminescência por hidroperóxido e níveis de TBARS.
|
Os extratos de A. satureoides apresentam atividade antioxidante relevante, principalmente nas concentrações de 100 e 1000 µg/mL. |
[
11
] |
Antioxidante e Citoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: infusão de 1 g do material vegetal (seco) em 50 mL de água. Concentrações para ensaio: 5 a 100 µg/mL. Outras espécies em estudo: Epilobium parviflorum e Ginko biloba. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante dos extratos vegetais através do radical ABTS. Em cultura de células PC12 incubadas com peróxido de hidrogênio e extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT).
|
Os extratos de A. satureioides e E. parviflorum apresentam atividades citoprotetora e antioxidante mais potentes, respectivamente. |
[
5
] |
Antiparasitária
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule |
Extrato: 20 mg do material vegetal (pó) em 1 mL de água. Concentrações para ensaio: 0,02 a 2,5 mg/mL. Outras espécies em estudo: Eugenia uniflora, Foeniculum vulgare e Psidium guajava. |
In vitro: Em cultura de trofozoítos de Giardia lamblia, incubadas com extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (microscopia invertida e hemocitômetro).
|
O extrato de A. satureioides apresenta atividade anti-giardial mais potente, principalmente na dose de 2,5 mg/mL. |
[
18
] |
Citotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 5 g do material vegetal (pó) em 40 mL de metanol. Rendimento: 0,115 g. Concentrações para ensaio: 15,5 a 1000 µg/mL. Outras espécies em estudo: Aristolochia macroura, Lithraea molleioides, Schinus molle, Chenopodium ambrosioides, Petiveria alliacea, Plantago major e Celtis spinosa. |
In vitro: Em células de carcinoma hepatocelular humano (HepG2) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise da citotoxicidade (MTS/PMS).
|
Os extratos de S. molle, A. satureioides, L. molleioides e A. macroura apresentam atividade citotóxica, dose-dependente. |
[
27
] |
Gastroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extrato: maceração de 2 kg do material vegetal (seco) em 10 L em etanol a 70% (v/v). Rendimento: 9,6%. Dose para ensaio: 100 a 500 mg/mL. |
In vivo: Em ratos Wistar portadores de úlcera gástrica induzida por etanol ou indometacina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros morfológicos das úlceras; submetidos ao teste de ligadura do piloro, com posterior análise do nível de secreção e muco gástricos. |
O extrato de A. satureoides apresenta atividade gastroprotetora (estimula a produção de muco gástrico), podendo atuar na prevenção, bem com no tratamento da doença. |
[
29
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: infusão de 10 g do material vegetal (pó) em 200 mL de água. Doses para ensaio: 100 a 300 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss e ratas Wistar portadores de lesões hepáticas induzidas por bromobenzeno, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (ALT, AST, TBARS, GSH e GSSH) e do fluxo biliar. |
O extrato de A. satureioides apresenta atividade hepatoprotetora e digestiva, principalmente na dose de 300 mg/kg. |
[
23
] |
Hipocolesterolemiante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extrato aquoso (10 mg/mL): por decocção. Dose para ensaio: 1 mL/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar submetidos a dieta hiperlipídica, tratados com extrato vegetal, com posterior análise do perfil lipídico plasmático (CT, TG, HDL, VLDL e LDL), níveis de peroxidação lipídica (TBARS), proteínas carboniladas, tióis não proteicos, atividade de SOD, CAT e Na+/K+- ATPase em homogenato hepático. |
Observou que o extrato de A. satureioides apresenta atividade hipocolesterolêmica. |
[
17
] |
Imunomoduladora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extrato aquoso (2,5:100): por maceração. Concentrações para ensaio: 6,25 a 400 µg/mL. |
In vitro: Em linfócitos esplênicos de camundongos BALB/c, estimulados por mitógenos (concanavalina A e fitohemaglutina), incubados com extrato vegetal, com posterior análise de proliferação de linfócitos (MTT) e níveis de interleucina IL-2 (ELISA).
|
O extrato de A. satureoides apresenta atividade imunomoduladora, contudo demonstra ação imunossupressora leve. |
[
26
] |
Proliferativa celular
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato etanólico: por maceração. Rendimento: 16%. Extrato aquoso: por decocção ou infusão. Rendimento: 21%. Concentrações para ensaio: 1 a 50 µg/mL. |
In vitro: Em queratinócitos (HaCaT) e fibroblastos normais (MRC-5) de humanos, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (MTT), contagem celular (citometria de fluxo) e proliferação celular (antígeno Ki-67).
|
O extrato etanólico de A. satureioides apresenta atividade proliferativa (queratinócitos e fibroblastos) mais potente, além de baixa citotoxicidade. |
[
21
] |
Parte aérea |
Extrato: infusão de 1 g do material vegetal (seco) em 50 mL de água. Concentrações para ensaio: 10 e 20 µg/mL. |
In vitro: Em células PC12 (neuronais) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise morfométrica, diferenciação celular e atividade mitocondrial.
|
O extrato de A. satureioides induz a proliferação de células neuronais. |
[
25
] |
Renoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Inflorescência |
Extrato: 20 g do material vegetal (pó) em 400 mL de etanol a 80 e 100% (por maceração ou assistida por ultrassom). Concentrações para ensaio (in vitro): 1,0 a 100 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 10 e 50 mg/kg. |
In vitro: Determinar atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS, redução do íon férrico (FRAP). Em macrófagos RAW 264.7 estimulados por LPS e IFN-γ, incubados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de óxido nítrico (NO); e em fibroblastos 3T3 incubados com os extratos vegetais para análise da citotoxicidade (MTT)
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de nefropatia induzida por contraste, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise dos níveis de ureia e creatinina plasmáticos, produtos proteicos de oxidação avançada e parâmetros histopatológicos renais. |
O extrato etanólico a 100% por extração assistida por ultrasson apresenta atividade renoprotetora mais potente. |
[
12
] |
Referências bibliográficas
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Inflorescência seca |
100 g |
Inflorescência fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de inflorescências secas, colocar em frasco de vidro âmbar, adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de inflorescências frescas, colocar em frasco de vidro âmbar, adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Auxiliar no tratamento sintomático de processos inflamatórios das vias aéreas superiores e distúrbios gastrointestinais (BRASIL, 2018).
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso, divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componente |
Quantidade |
Inflorescência seca íntegra |
0,1 a 0,2 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Auxiliar no tratamento sintomático de processos inflamatórios das vias aéreas superiores e distúrbios gastrintestinais (BRASIL, 2018).
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso três a seis vezes ao dia.
Uso oral: crianças acima de 1 ano devem tomar 3 mL (1 colher de chá caseira) do infuso por quilograma de peso corporal por dose, três a seis vezes ao dia.
Farmácia da Natureza
[
3
]
Componente |
Quantidade |
Justicia pectoralis (folha tintura 10% p/v em etanol 70%) |
100 mL |
Achyrocline satureioides (flor - tintura 10% p/v em etanol 70%) |
100 mL |
Xarope simples |
800 mL |
Com o auxílio de uma proveta, medir a quantidade necessária do xarope simples e acrescentar as tinturas e alcoolaturas de acordo com a fórmula padrão. Misturar até a preparação se tornar homogênea.
Pode preparar o xarope simples no momento que for preparar o xarope composto, de acordo com a técnica descrita em xarope simples. Inicia-se o processo com a preparação do xarope simples, efetuando os cálculos de acordo com a quantidade de xarope simples necessário para a quantidade de xarope composto, na sequência, em uma temperatura abaixo de 50°C, acrescentar as tinturas, homogeneizar, filtrar, se necessário, envasar em frascos âmbar esterilizados e etiquetar.
Tosses secas e produtivas em geral.
Uso oral: tomar 1 colher de sobremesa ou chá, 2 a 3 vezes ao dia, durante 7 a 10 dias.
Referências bibliográficas
Ácidos clorogênicos
ácido 3-5-dicafeoilquínico, ácido 4-5-dicafeoilquínico, ácido 1-5-dicafeoilquínico e ácido 3,4-dicafeoilquínico.
Ácidos fenólicos
cafeico, clorogênico e ferúlico.
Cumarinas
Fenilpironas
italidipirona.
Flavonoides
rutina, quercetina, isoquercitrina, 3-O-metilquercetina, luteolina, galangina, quercetagetina, tamarixetina, isognafalina, morina, caempferol, isocaempferida, achirobichalcona, 3,5 dipidroxi-6,7,8-trionetoxiflavona, 3,5-dihidroxi-7,8-dimetoxiflavona e 3,5,7,3,4-pentahidroxiflavona.
Lactonas sesquiterpênicas
Óleos essenciais
1,8-cineol, cis-β-ocimeno, trans-β-ocimeno, cariofileno, óxido de cariofileno, isognafalina, galangina, galangina-3-metiléter, quercetina-3-metiléter, protocatequilcalerianina, cafeoilcalerianina, γ e δ-cadineno, α-gurjuneno, α-guaiano, α-himachaleno, mirceno, α-terpineol, terpineno-4-ol, borneol, cariatina, germacreno-D, quercetina, quercetagetina, lauricepirona, α-pineno, tamarixetina, alnustina, issognafalina, canfeno, sabineno, α e β-felandreno, limoneno, xileno, eucaliptol, α-copaeno, aromadendreno, α-humuleno, cis-verbenol, calameneno, α-calacoreno, cadinol, muurolol, eudesmol, β-bisabolol, linalol, anetol, acetato de farnesil e salicilato de metila.
Outras substâncias
ésteres de colerianina, derivados de fenilpirona, compostos acelilênicos e kavapirona.
Princípios amargos
Resinas
Taninos
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Há experiência de sua indicação em crianças a partir de 1 ano de idade, sendo esta prática sempre orientada pelo profissional pediátrico. O tempo de uso contínuo não deve ultrapassar 2 meses. Pessoas que apresentam episódios de hipoglicemia devem solicitar orientação médica para o uso desta espécie[3,4].
em gestantes, lactantes, pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol) e em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae[1,3,4,5].
pode, em casos raros, provocar vertigens, cefaleias, dermatites, alergias oculares e fotodermatite[1,5].
pode ser associada à Matricaria chamomilla (camomila) em casos de distúrbios digestivos, como antiespasmódica. Pode potencializar o efeito da insulina, barbitúricos e outros sedativos[2,4].
Referências bibliográficas
realizada por sementes, e raramente por estacas. A semeadura deve ser realizada em canteiros ou saquinhos plásticos contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1), adicionando 3 sementes por recipiente. A germinação é favorecida em temperaturas de 25 a 28°C e na presença de luz. Deve-se realizar o desbaste 40 dias após a germinação. As plântulas com 60 dias devem ser transplantadas para local definitivo. O solo deve ser rico em matéria orgânica, a pleno sol e irrigação em dias alternados. O espaçamento para o plantio deve ser de 30 cm entre as plantas e 30 cm entre linhas. O florescimento na região Sul de fevereiro a março, enquanto que na região Sudeste além destes meses, também floresce em julho e dezembro [ 1 , 2 , 3 , 4 ] .
esta espécie não é exigente quanto ao pH e fertilidade do solo, contudo, solo seco e arenoso pode comprometer o desenvolvimento da planta, devido ao sistema radicular superficial e ao pequeno número de raízes secundárias. Faz-se necessário, a capina para retirada de espécies invasoras como gramíneas e ciperáceas [ 4 ] .
as inflorescências devem ser colhidas logo que desabrocham e postas para secar à temperatura ambiente e à sombra por 5 dias. Utiliza-se peneiras com malhas de 0,5 mm e 0,25 mm para separação das sementes. O armazenamento por mais de 1 ano reduz em mais de 50% a viabilidade. A colheita das inflorescências para a produção de medicamentos também deve ser realizada logo após o desabrochar, e no período de 9 a 10 horas da manhã. A secagem do material vegetal deve ser realizada em estufa com ar circulante a temperatura de 45°C/36 horas. Armazenar em local seco e não mais que 6 meses [ 2 ] .
esta espécie apresenta crescimento inicial lento, sendo o desbaste realizado 40 dias após a germinação [ 2 ] .
Referências bibliográficas