Originária da Europa, Ásia e norte da África, podendo ser encontrada também nas Américas do Norte e do Sul. Muito cultivada para fins terapêuticos e na fabricação de vinhos e licores. Suas principais ações terapêuticas são: desintoxicante, eupéptica, colagoga, hepatoprotetora, vermífuga, antiparasitária, antimicrobiana, antiviral, galactagoga, anti-inflamatória, emenagoga, orexígena, antimalárica e hepatoprotetora[1,2,3,4,5,6,7,8,9].
Planta herbácea a subarbustiva, entouceirada, muito aromática, perene, medindo cerca de 0,4 a 1,0 m de altura, podendo chegar a 1,5 m, quando cultivada, de caule ramificado, piloso e curto, de aspecto sedoso, cor verde-prateada, com sulcos longitudinais; as folhas são recortadas, pecioladas, alternadas, flexíveis, medindo de 7 a 12 cm de comprimento, densamente tomentosas de ambos os lados, de cor cinza-esverdeada na parte superior e branco-prateada na parte inferior, aquelas que surgem na base da planta são tripartidas e com segmentos bem lanceolados e obtusos, as medianas são bipartidas e as próximas às flores são inteiras, subsésseis e lanceoladas; as flores são amarelas, pedunculadas, tubulosas, reunidas em capítulos dispostos em panículas axilares, de 3,5 a 4,5 mm de diâmetro e exalam um forte odor agradável; o fruto é do tipo aquênio glabro, com cerca de 1,5 mm de comprimento[1,2,3,4,5,6].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Ajenjo hembra e wermutkraut | Colômbia | - | Digestiva, orexígena, galactagoga, carminativa, gastroprotetora, antitérmica, ansiolítica, afrodisíaca, anti-inflamatória, antiemética, antidiarreica, no tratamento da malária, dor de cabeça e hepatite. |
Infusão ou decocção. |
- |
Existem relatos em que o uso desta espécie na lactação, pode tornar o leite amargo. |
[
1
]
|
Losna, absinto, erva-santa e erva-dos-vermes | Brasil | - | No tratamento de ferimentos e picadas de insetos. |
Decocção: 1 mão cheia do material vegetal (fresco) em 1 L de água. |
Uso externo: lavar o local. |
- |
[
2
]
|
Losna, absinto, erva-santa e erva-dos-vermes | Brasil | - | Orexígena e no tratamento de distúrbios digestivos, hepáticos e da vesícula biliar. |
Chá: 1 colher (de chá) do material vegetal em 1 xícara média de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) até no máximo 3 vezes ao dia, meia hora antes das refeições. |
Altas doses podem causar vômitos, cólicas estomacais e intestinais, cefaleia, zumbido nos ouvidos e distúrbios do sistema nervoso central. |
[
2
]
|
Losna, absinto, erva-santa e erva-dos-vermes | Brasil | - | Orexígena e no tratamento de distúrbios digestivos, hepáticos e da vesícula biliar. |
Chá: 1 colher (de chá) do material vegetal em 1 xícara média de água. |
Tomar 1 xícara (de chá) até no máximo 3 vezes ao dia, meia hora antes das refeições. |
Altas doses podem causar vômitos, cólicas estomacais e intestinais, cefaleia, zumbido nos ouvidos e distúrbios do sistema nervoso central. |
[
2
]
|
Losna | Brasil | Folha | Vermífuga. |
Infusão: 1 a 1,5 colheres (de sopa) da droga vegetal rasurada em 1 xícara de água. Deixar em repouso por 20 minutos e coar. |
Tomar o conteúdo, divindido-o em 2 porções/dia. Repetir o procedimento por 4 dias consecutivos. |
O uso prolongado desta espécie pode causar o “absintismo” (desordens neurológicas, gastrointestinais, hepáticas e urinárias). Evitar o uso em bebês, crianças, pacientes com doenças neurológicas e em uso de psicotrópicos. Não deve ser indicada na gravidez e lactação. |
[
3
]
|
Ajenjo | Indígenas (Guatemala) | Folha | No tratamento do diabetes tipo 2. |
Chá: associar com Allium sativum, Artemisia vulgaris, Carica papaya, Eucalyptus e Trigonella foenumgraecum. |
- |
- |
[
4
]
|
Chhuma-jom e tethwan | Shankaracharya Hill (Índia) | Galho | No tratamento da febre da malária. |
Colocar na água a noite, e filtrar no outro dia, pela manhã. Associar com Fumaria indica e Swertia chirayita. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Chhuma-jom e tethwan | Shankaracharya Hill (Índia) | - | Antidiabética. |
Extrato: associar com Swertia chirayita. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Chhuma-jom e tethwan | Shankaracharya Hill (Índia) | Folha | No tratamento de micose e sarna. |
Extrato. |
Uso tópico. |
- |
[
5
]
|
Chhuma-jom e tethwan | Shankaracharya Hill (Índia) | Folha | Depurativa. |
Extrato. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Chhuma-jom e tethwan | Shankaracharya Hill (Índia) | Folha | Antitérimica e no tratamento da epilepsia. |
Misturar 1 pitada do pó vegetal em leite. |
Uso interno. |
- |
[
5
]
|
Wormwood | Trinidad e Tabago | - | No tratamento complicações do sistema reprodutor feminino. |
- |
- |
- |
[
6
]
|
Pelin, absintum, gorcika, belipelin e vermute | Sérvia | Parte aérea | Anti-helmíntica (para crianças), desintoxicante, antídoto (para cogumelos venenosos), no tratamento de menorragia, esplenomegalia, hematomas de contusões, catarata e problemas no ouvido. |
- |
- |
- |
[
7
]
|
Lapsent | Dominica (Índias Ocidentais), Argentina, Colúmbia Britânica (Canadá) e Caxemira (Índia) | - | Vermífuga e tônica. |
Licor ou decocção. |
Uso interno. |
- |
[
8
]
|
Pelinotu, acipelin, pelin e acı pelinotu | Província de Kirklareli (Turquia) | Parte aérea | Orexígena e no tratamento de dores no estômago. |
Infusão. |
Tomar de 1 a 2 xícaras (de chá) 2 vezes ao dia/5 a 6 dias. |
- |
[
9
]
|
Pelinotu, acipelin, pelin e acı pelinotu | Província de Kirklareli (Turquia) | Parte aérea | Depurativa. |
Infusão. |
Tomar de 1 xícara (de chá) 2 vezes ao dia/5 dias. |
- |
[
9
]
|
Altamisa | Republica Dominicana | Folha | Antiflatulenta. |
Maceração ou decocção. |
Uso tópico ou oral. |
- |
[
10
]
|
Ajenjo | Venezuela | Folha | No tratamento de cólicas. |
Decocção. |
Uso oral. |
- |
[
10
]
|
- | Martinica (Caribe) | Folha | Antiparasitária intestinal. |
Decocção. |
Uso oral. |
- |
[
10
]
|
- | Dominica (Caribe) | Folha (talo) | Antidispéptica e no tratamento de dores abdominais. |
- |
- |
- |
[
10
]
|
- | Porto Rico | Parte aérea | Antitérmica, antisséptica, diurética, anti-helmíntica, digestiva, antidiarreica e vermífuga. |
- |
- |
- |
[
10
]
|
Referências bibliográficas
Anti-helmíntica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em 500 mL de água. Rendimento: 8,15 g. Concentrações para ensaio: 1 a 5 mg/mL. Doses para ensaio: 400 e 800 mg/kg. |
In vitro: Em culturas de Hymenolepis nana incubados com extrato vegetal, com posterior análise da taxa de sobrevivência parasitária (microscopia eletrônica). In vivo: Em camundongos Swiss infectados por ovos de Hymenolepis nana, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da quantidade de ovos por grama de fezes (OPG) e redução da carga de vermes. |
O extrato de A. absinthium apresenta atividade anti-helmíntica promissora, dose-dependente. |
[
14
] |
Anti-hemolítica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 20 g de material vegetal (pó) em 200 mL de água. Outras espécies em estudo: Lippia sp., Bryophyllum sp., Solidago microglossa, Cymbopogon citratus e Mentha x villosa. |
In vitro: Em eritrócitos de voluntários saudáveis incubados com cloreto de sódio, na presença ou ausência dos extratos vegetais, com posterior análise da estabilidade osmótica (hemólise), pH e estabilidade dos eritrócitos.
|
Os extratos de A. absinthium, Lippia sp., C. citratus e M. villosa apresentam atividade anti-hemolitica, enquanto que as espécies B. sp. e S. microglossa apresentam ação hemolítica e anti-hemolítica. |
[
11
] |
Parte aérea |
Extrato metanólico: por percolação, Soxhlet ou assistida por ultrassom. Concentrações para ensaio: 0,25 a 4 mg/mL. Outras espécies em estudo: Orobanche orientalis, Cucumis melo, Albizzia julibrissin, Galium verum, Scutellaria tournefortii, Crocus caspius, Sambucus ebulus, Danae racemosa e Rubus fruticsos. |
In vitro: Em culturas de glóbulos vermelhos de camundongos Swiss incubados com peròxido de hidrogênio para indução da degradação oxidativa, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da taxa hemolítica e concentração inibitória media (CI50).
|
O extrato de G. verum (percolação) atividade anti-hemolítica mais potente, contudo, A. absinthium, por Soxhlet, demonstra ação promissora. |
[
26
] |
Anti-inflamatória
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato metanólico. Doses para ensaio: 12,5 a 100 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Wistar e camundongos Swiss portadores de edema subplantar induzido por veneno de Montivipera xanthina ou carragenina, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise da inibição do edema. |
O extrato metanólico de A. absinthium reduz a inflamação induzida por veneno de serpentes. |
[
20
] |
Anti-inflamatória e Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha e caule |
Extrato: 1 g de material vegetal (pó) em 60 mL de etanol a 80%. Concentrações para ensaio (in vitro): 0,5 a 10 mg /mL; 50 a 1000 μg/mL. Concentração para ensaio (in vivo): 2% (tópico). |
In vitro: Determinar atividade através da eliminação do radical DPPH. Em culturas de queratinócitos normais de humanos (HaCaT), células de melanoma humano (A375) e adenocarcinoma de mama (MCF7), incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio Azul Alamar), índice de seletividade e potencial migratório. In vivo: Em camundongos SKH1 portadores de edema de orelha induzido por TPA, tratados topicamente com os extratos vegetais, com posterior análise de parâmetros histopatológicos. |
O extrato do caule de A. absinthium apresenta atividade antitumoral, anti-migratória e anti-inflamatória, mais potente, além de ausência de citotoxicidade para célula normal. |
[
1
] |
Antiaderente bacteriano
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato etanólico a 45%. RDE: 1:2 (p/v) Concentração para ensaio: 5 a 10 mg/mL. |
In vitro: Em cultura de células de adenocarcinoma do cólon de humanos (HT‐29) incubadas com Campylobacter jejuni e extratos vegetais, com posterior análise da adesão bacteriana. Em cultura de células de adenocarcinoma do cólon de humanos (HT‐29) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT).
|
Neste estudo, dos 21 extratos vegetais, Zingiber officinale, Capsicum annum e Glycurhiza glabra apresentam atividade antiaderência mais potentes, contudo, a espécie Artemisia absinthium não demonstra ação significativa. |
[
13
] |
Antibacteriana e Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Óleo essencial: por hidrodestilação. Rendimento: 0,23% (v/p). Concentrações para ensaio: 0,1 a 100 µL/mL. |
In vitro: Determinar atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS. Em cepas de Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella oxytoca, K. pneumoniae, Shigella sonnei, Enterobacter aerogenes, Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus, Clostridium perfringens e Listeria monocytogenes submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM).
|
Observou-se que o óleo essencial de A. absinthium apresenta atividade antibacteriana e antioxidante. |
[
4
] |
Parte aérea |
Óleo essencial: maceração de 100 g de material vegetal (seco), posteriormente submetido a hidrodestilação a vapor. Rendimento: 0,12% (p/v). Concentrações para ensaio: 0,001 a 10,00 µL/mL. Outras espécies em estudo: Hyssopus officinalis, Achillea grandifolia, Achillea crithmifolia, Tanacetum parthenium e Laserpitium latifolium. |
In vitro: Determinar atividade antioxidante através da eliminação dos radicais DPPH e ABTS. Em cepas bacterianas multirresistentes de Escherichia coli, Enterococcus faecalis, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp., Proteus mirabilis, Acinetobacter sp., Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e S. pneumoniae submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar concentração inibitória (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM).
|
Os óleos de A. grandifolia, A. absinthium e A. crithmifolia apresentam atividades antioxidante e antibacteriana mais potentes. |
[
12
] |
Antibacteriana e Cicatrizante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Extrato: 200 g de material vegetal (pó) em metanol a 60º C. Volume para ensaio (in vivo): 100 µL (mistura do extrato vegetal e água ultrapurificada: 10% p/v). |
In vitro: Em células de câncer de mama (MCF-7) e de cólon (HCT) incubadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade (ensaio MTT) e morfologia celular (microscópio invertido). Em cepas de Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Bacillus subtilis, Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, submetidas aos testes difusão e difusão disco-difusão em ágar, com posterior análise da zona de inibição (mm). In vivo: Em ratos Wistar portadores de feridas cutâneas por lâmina cirúrgica, tratados topicamente com o extrato vegetal, com posterior análise dos níveis plasmáticos de IL-1β, IL-6, FNT-α, caspases-3 e 9. |
O extrato de A. absinthium apresenta atividade antiproliferativa para células MCF-7 (CI50 = 80,96 µg/mL), antibacteriana moderada e cicatrizante/imunomoduladora. |
[
2
] |
|
Parte aérea (com flor) |
Extrato: 50 g do material vegetal (pó) em 500 mL de metanol a 85%. Concentração para ensaio (in vitro): 0,01 a 2,5 mg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 100 a 5000 mg/kg. Preparação tópica (vaselina): contendo 5 ou 10% do extrato vegetal. Dose para ensaio: 500 mg/animal. |
In vitro: Em cepas de Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermis, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli submetidas ao teste de microdiluição em ágar, para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM). In vivo: Em camundongos Swiss e ratos Wistar submetidos aos testes de toxicidade aguda tópica e oral; e portadores de feridas circulares por excisão (2,5 cm de diâmetro), tratados com a preparação tópica, com posterior análise da contração das feridas. |
O extrato de A. absinthium apresenta atividade antibacteriana e cicatrizante, principalmente a 10%, além da ausência de sinais de toxicidade. |
[
31
] |
Antifúngica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea (folha e flor) |
Óleo essencial: 100 g de material vegetal (pó) extraído por destilação a vapor. Rendimento: 0,38 a 0,98%. |
In vitro: Em culturas de Staphylococous aureus, Escherichia coli, Enterococcus hirae, Candida albicans e Saccharomyces cerevisiae var. chevalieri submetidas ao teste de difusão em líquido, para determinar concentração inibitória mínima (CIM).
|
O óleo essencial de A. absinthium (origem francesa e sem tujona) apresenta atividade antifúngica, contudo, não demonstra ação antibacteriana. |
[
8
] |
Antileishmaniose
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Óleo vegetal: por hidrodestilação. Concentrações para ensaio (in vitro): 12,5 a 100 mg/mL. Dose para ensaio (in vivo): 30 mg/kg. |
In vitro: Em culturas de Leishmania amazonensis (forma promastigota) e em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c (forma amastigota) incubadas com o óleo vegetal, com posterior análise da concentração inibitória média (CI50) e citotoxicidade (ensaio MTT). In vivo: Em camundongos BALB/c infectados por L. amazonensis (promastigota) na pata direita, tratados com o óleo vegetal, com posterior análise do peso corporal, taxa de sobrevivência, volume do edema e parasitemia. |
O óleo essencial de A. absinthium apresenta ação promissora para o tratamento da leishmaniose, além de baixa citotoxicidade. |
[
18
] |
Antileishmaniose e Citotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Folha |
Óleo essencial: 430 g de material vegetal por hidrodestilação. Rendimento: 1,39%. Outra espécie em estudo: Echinops keberico. |
In vitro: Em cultura de Leishmania aethiopica e L. dovani (forma promastigota e amastigota axênica) submetidas ao teste de microtitulação em placa, para determinar concentração inibitória mínima (CIM) e concentração efetiva média (CE50). Em células de leucemia monocítica humana (THP-1) incubadas com os óleos vegetais, com posterior análise da concentração citotóxica média (CC50). Em eritrócitos de ovelha incubados com os óleos essenciais, com posterior análise da concentração lítica média (CL50).
|
Os óleos vegetais apresentam atividade antileishmania potente e citotoxicidade, contudo, demonstra ação hemolítica leve. |
[
9
] |
Antileucêmica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea e raiz |
Extrato: 1 g de material vegetal (pó) em 35 mL de metanol a 70%. Concentrações para ensaio: 0,04 a 1,0 mg/mL. Outras espécies em estudo: Arctium lappa, Calendula officinalis, Centaurea cyanus, Tanacetum vulgare e Tragopogon pratensis. |
In vitro: Em células leucêmicas humanas (J-45.01) incubadas com os extratos vegetais, com posterior análise de viabilidade celular (Azul tripano), apoptose (anexina V) e morfologia celular (microscópio de luz e fluorescência).
|
Observou-se que os extratos das espécies da família Asteraceae apresentam atividade antileucêmica promissora. |
[
30
] |
Antioxidante
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 100 g de material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 12,26% (p/p). Concentrações para ensaio: 10 a 400 µg/mL. Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação de radicais âniom superóxido, hidroxil, óxido nítrico, peróxido de hidrogênio e poder redutor (ferro). In vivo: Em camundongos Swiss portadores de lesão global e estresse oxidativo induzido por isquemia/reperfusão através da oclusão da artéria carótida, pré-tratados com extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (TBARS, GSH e SOD). |
O extrato de A. absinthium apresenta atividade antioxidante potente, sendo promissora para o tratamento de lesões neurológicas associadas ao estresse oxidativo. |
[
16
] |
Antioxidante e Protetora do DNA
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração do material vegetal (pó) em metanol. |
In vitro: Determinar as atividades: antioxidante através da eliminação do radical DPPH, protetora do DNA (plasmídeo pUC19 na presença de H2O2), hemolítica em eritrócitos humanos, letalidade em camarão-de-salmoura e mutagenicidade em cepas de Salmonella typhimurium.
|
O extrato de A. absinthium apresenta atividade antioxidante e protetora do DNA, além da ausência de mutagenicidade e baixa ação hemolítica. |
[
7
] |
Antipirética
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: percolação de 1 g do material vegetal (pó) em 20 mL de etanol a 90%. Frações: hexano, clorofórmio e clorofórmio/água. Dose para ensaio: 150 mg/kg. Outras espécies em estudo: Viola odorata, Melia azadirachta, Fumaria parviflora, Butea frondosa, Berberis lycium e Sisymbrium irio. |
In vivo: Em coelhos portadores de pirexia por levedura, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise da temperatura corporal. |
A fração de hexano das espécies A. absinthium, Viola odorata, Melia azadirachta e Fumaria parviflora apresentam atividade antipirética mais potente. |
[
27
] |
Antiplasmódica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: percolação de 100 g de material vegetal (pó) em etanol a 80%. Frações: aquosa e diclorometano. Concentrações para ensaio (in vitro):10 a 1000 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 100 e 200 mg/kg. Outras espécies em estudo: Artemisia annua, A. vulgaris, A. scoparia e A. dracunculus. |
In vitro: Determinar a letalidade média (LD50) através do bioensaio com Artemia salina. Em cultura de Plasmodium falciparum (resistente ou sensível à cloroquina), incubados com os extratos e frações vegetais, com posterior análise dos níveis de lactato desidrogenase (LDH). In vivo: Em camundongos BALB/C infectados por P. berghei em eritrócitos, tratados com extratos e frações vegetais, com posterior análise da parasitemia. |
Os extratos e frações de A. absinthium e A. annua apresentam atividade antiplasmódica, principalmente na dose de 200 mg/kg, além de baixa toxicidade. |
[
23
] |
Antitumoral
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Caule, Folha, Flor e semente |
Extrato: material vegetal (pó) em água, posteriormente em etanol a 85%. Frações: éter de petróleo e acetato de etila. Concentrações para ensaio (in vitro): 25 e 150 µg/mL. Doses para ensaio (in vivo): 100 e 200 mg/kg. |
In vitro: Em células de hepatoma murino (H22) e humano (BEL-7404) incubadas com o extrato e e frações vegetais, com posterior análise da viabilidade e morfologia celular, apoptose, potencial de membrana, níveis de espécies reativas ao oxigênio e expressão de proteínas envolvidas no ciclo celular. In vivo: Em camundongos Kunming portadores de tumores, induzido por células H22, tratados com extrato e frações vegetais, com posterior análise do tamanho e volume tumoral. |
O extrato e as frações de A. absinthium apresentam atividade antitumoral, além da ausência de efeitos colaterais significativos. |
[
3
] |
Folha |
Extrato: 400 g de material vegetal (pó) em metanol. Concentrações para ensaio: 50 a 1880 μg/mL. |
In vitro: Em células de câncer colorretal humano (HCT-116) e células Vero incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade celular (ensaio MTT), expressão de BAX, BCL-2 e caspase-3 (qRT-PCR e Western blotting), ciclo celular e apopotose (citometria de fluxo/Anexina V/iodeto-propídio) e potencial de membrana mitocondrial.
|
O extrato de A. absinthium apresenta atividade antitumoral (CI50 = 674,3 μg/mL), além da baixa citotoxicidade em células normais. |
[
5
] |
Parte aérea |
Extrato: 3 kg de material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 29,15 g. Concentrações para ensaio: 5 a 100 µg/mL. |
In vitro: Em células de câncer de mama responsiva (MCF-7) e não responsiva (MDA-MB-231 (a estrogênios, incubadas com extrato vegetal, com posterior análise de viabilidade e morfologia celular (MTT/microscopia), apoptose, ciclo celular (citometria de fluxo) e expressão de PARP p85, MEK1/2, ERK1/2, caspase-7, Bcl-2 e Bad (Western blotting).
|
O extrato de A. absinthium apresenta atividade antitumoral, através da modulação de proteínas Bcl-2 e da via MEK/ERK. |
[
6
] |
Citotóxica
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Planta toda |
Nanopartículas polimétricas: contendo o extrato etanólico vegetal. |
In vitro: Em de células de câncer de mama (MCF-7 e MDA MB-231) incubadas com as nanopartículas contendo o extrato vegetal, com posterior análise de citotoxicidade (ensaio MTT), proliferação celular (CFSE), apoptose e ciclo celular (Citometria de Fluxo).
|
A nanopartículas contendo o extrato de A. absinthium apresenta atividade citotóxica, por apoptose, através da modulação das proteínas UBA52, TIAL1 e PPP1CC. |
[
10
] |
Hepatoprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato aquoso: maceração de 500 g de material vegetal (pó) em 5 L de água. Rendimento: 25,6% (p/p). Doses para ensaio: 50, 100 e 200 mg/kg/dia. |
In vivo: Em camundongos Kunming e NIH portadores de lesões hepáticas induzidas por tetracloreto de carbono ou endotoxina (imunologicamente induzidos por BCG/LPS), pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros histopatológicos, bioquímicos plasmáticos (ALT, AST, TNF-α e IL-1) e em homogenato hepático (MDA, SOD e GPX). |
O extrato de A absinthium apresenta atividade hepatoprotetora, dose-dependente, através das ações antioxidante e imunomoduladora. |
[
21
] |
Parte aérea |
Extrato: maceração do material vegetal (pó) em metanol a 80%. Rendimento: 8%. Dose para ensaio: 500 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss e ratos Wistar portadores de lesões hepáticas induzidas por tetracloreto de carbono e acetaminofeno, pré e pós-tratados com extrato vegetal, com posterior análise dos níveis plasmáticos de GOT e GPT, sono induzido por pentobarbital e letalidade induzida por estricnina. |
O extrato de A. absinthium apresenta atividade hepatoprotetora, através do efeito antioxidante e inibidor das enzimas de metabolização de drogas microssomais (intensifica a ação farmacológica do pentobarbital e estricnina). |
[
22
] |
Planta toda |
Extrato: 250 g de material vegetal (pó) em 4 L de água. Concentrações para ensaio (in vitro): 10 a 50 µl/mL. Doses para ensaio (in vivo): 2,5, 5 e 10 mL/kg. |
In vitro: Determinar a atividade antioxidante através da eliminação do radical DPPH e peróxido de hidrogênio. In vivo: Em ratas Sprague-Dawley e camundongos Swiss portadores de lesões hepáticas induzidas por tetracloreto de carbono, tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de parâmetros bioquímicos (GSH, G-6-Pase, AST, ALT e TBARS), tempo de sono induzido por hexobarbital, atividade colerética e níveis de enzimas de metabolizadoras de drogas microssomais (eliminação de bromosulfaleína). |
O extrato de A. absinthium apresenta atividade hepatoprotetora, principalmente na dose de 2,5 mL/kg, através da ação antioxidante potente. |
[
24
] |
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 50 g de material vegetal (pó) em metanol. Rendimento: 11,69% (p/p). Doses para ensaio: 100 e 200 mg/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss portadores de isquemia focal e reperfusão induzida por oclusão da artéria média, pré-tratados com o extrato vegetal, com posterior análise de testes comportamentais (marcha inclinada, rota-rod e labirinto em cruz elevado), volume do infarto e parâmetros bioquímicos (TBARS, GSH, SOD e CAT). |
O extrato de A. absinthium apresenta atividade neuroprotetora, dose-dependente, sendo promissor para o tratamento de AVC. |
[
15
] |
Protetora do sistema reprodutor feminino
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
- |
Extrato: decocção de 10 g do material vegetal em 500 mL de água. Dose para ensaio: 1% (p/v). |
In vivo: Em ratas prenhes submetidas ao estresse térmico, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da ingestão de alimentos e água, temperatura, peso corporal da prole e a distância anogenital, e posteriormente na maturidade, de parâmetros reprodutivos. |
Observou-se que A. absinthum reduz a alterações no sistema reprodutor masculino, provenientes do estresse térmico durante o pré-natal. |
[
19
] |
Redutora da propulsão gastrointestinal
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração de 20 g de material vegetal (pó) em 300 mL de metanol. Rendimento: 10,8% (p/v). Dose para ensaio: 300 mg/kg. |
In vivo: Em ratos Sprague-Dawley portadores de hiperperistalse induzida por goma acácia com carvão vegetal, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do trânsito gastrointestinal (piloro ao ceco). |
Neste estudo, das 26 espécies vegetais, Geranium mexicanum, Artemisia absinthium e Matricaria recutita reduz a propulsão gastrointestinal, sendo promissoras para o tratamento da diarreia. |
[
28
] |
Toxicidade aguda
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: maceração do material vegetal (pó) em metanol a 80%. Rendimento: 8%. Dose para ensaio: 0,5 a 4,0 g/kg. |
In vivo: Em camundongos Swiss e ratos Wistar submetidos ao teste de toxicidade aguda. |
Observou-se que o extrato de A. absinthium não apresenta sinais de toxicidade nas doses indicadas. |
[
22
] |
Parte aérea |
Extrato: percolação de 1 g do material vegetal (pó) em 20 mL de etanol a 90%. Frações: hexano, clorofórmio e clorofórmio/água. Doses para ensaio: 200 a 1600 mg/kg. Outras espécies em estudo: Viola odorata, Melia azadirachta, Fumaria parviflora, Butea frondosa, Berberis lycium e Sisymbrium irio. |
In vivo: Em coelhos submetidos ao teste de toxicidade aguda. |
Os extratos das espécies em estudo não apresentam sinais de toxicidade até a dose de 1600 mg/kg. |
[
27
] |
Tripanocida
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
---|---|---|---|---|
Parte aérea |
Extrato: 100 g do material vegetal (pó) em 500 mL de água ou metanol a 80%. Dose para ensaio: 400 mg/kg. Outra espécie em estudo: Moringa stenopetala. |
In vivo: Em camundongos Swiss infectados por parasitas Trypanosoma congolense, tratados com os extratos vegetais, com posterior análise do peso corporal, nível da parasitemia e sobrevivência. |
Observou-se que os extratos de A. absinthium e M. stenopetala apresentam atividade tripanocida promissora. |
[
17
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
[
1
]
Tintura |
Alcoolatura |
||
Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Parte aérea seca |
100 g |
Parte aérea fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de parte aérea seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de parte aérea fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar
Intoxicações alimentares.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Farmácia da Natureza
[
2
]
Componentes |
Quantidade |
Folha seca rasurada |
0,4 a 0,6 g ou uma colher de chá caseira cheia |
Água q.s.p. |
150 mL |
Preparar por infusão, por 5 minutos.
Intoxicações alimentares.
Uso oral: adultos devem tomar 150 mL (1 xícara de chá) do infuso uma a duas vezes ao dia.
Uso tópico: aplicar o infuso sobre a pele ou úlcera duas a três vezes ao dia.
Referências bibliográficas
Ácidos fenólicos
clorogênico, cafeico e tânico.
Ácidos graxos
palmítico e esteárico.
Ácidos orgânicos
gálico, ferúlico, málico e succínico.
Cumarinas
escopoletina e umbeliferona.
Fitosteróis
Flavonoides
rutina, quercitrina, isoquercitrina e artemetina.
Lactonas
guaianólicos (absintina, anabsintina, matricina e artabsina - princípios amargos), germacranolidos (cetopenelónidos A e B, hidroxipenelónido e artabina) e eudesmanodideo (arabsina).
Óleos essenciais
α e β-pineno, α e β-tujona, tuiol, sabineno, linalol, espatulenol, felandreno, β-curcumeno, cis-crisantenol, acetato de sabinila, trans-sabinol, mirceno, tuiona, limoneno, cineol, 1,8-cineol, p-cimeno, α-bisabolol, óxido de bisabolol, cardineno, cariofileno, proazulenos (azuleno e camazuleno), terpineol, cânfora, octa-3,5-dieno-2,7-diona, 4,5-dihidroxi, acetato de bornila, cinamato de etila, nerolidol, davanone, jasmonato de metila, β-eudesmol, 4-oxo-β-isodamascol, 2,6,6,10-tetramethil-undeca-8,10-dieno-3,7-diona, spiro[4.5]decan-7-ona, 1,8-dimethyl-8,9-epoxy-4-isopropil, santonina, (+)-E-nuciferol, borneol, ascaridol, carvacrol, cis-epoxicimeno, acetato de crisantenila, (5Z)-2,6-dimetilocta-5,7-dieno-2,3-diol, germacreno-D, β-selineno, (E)-3-hexenil butirato, alloocimeno, γ-terpineno, isovalerato de geranil, acetato de lavandulila, lavandulol, octanol, α-copaeno, β-sileneno, acetato de neril, propionato de neril, 3,7-dimetil-2-metilpropanóico, eugenol e γ-gurjuneno.
Oligossacarídeos
Sais minerais
potássio.
Taninos
Triacilgliceróis
Vitaminas
B3, B6 e C.
Referências bibliográficas
o uso contínuo não deve ultrapassar de 3 a 5 dias. Suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1,2].
em pacientes com histórico de alergia ou hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae, portadores de úlcera gastroduodenal, cólon irritável, epilepsia, crianças, gestantes, lactantes (“torna o leite amargo”), pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol), portadores de úlcera gastroduodenal, cólon irritável e epilepsia[1,2,5,7].
o uso interno em altas doses pode provocar vômito, cólica intestinal e estomacal, dor de cabeça, tontura, tremor, convulsão e delírio, devido a presença de tujona. Se utilizada por tempo prolongado pode ocorrer alterações neurológicas (delírio, agressividade e convulsão), transtornos digestivos e renais (retenção urinaria)[1,2,3,4,5,6,7].
a tujona pode diminuir o limiar convulsivo, sendo necessário cautela em pacientes em tratamento com anticonvulsivantes (reduz eficácia) ou outros medicamentos que reduzem o limiar convulsivo (potencializa a ação). Pode reduzir a eficácia de antiácidos, sucralfato, antagonistas dos receptores de histamina e inibidores da bomba de prótons[4,5,7].
Referências bibliográficas
pode ser realizada a partir de sementes lançadas em canteiros, na superfície do solo (no máximo de 0,5 cm de profundidade), principalmente na primavera. A germinação é em média 50%, entre 5 a 20 após a semeadura. Plântulas com 40 a 50 dias devem ser replantadas em local definitivo (à pleno sol). A reprodução também pode ser realizada a partir da divisão de touceiras ou por estacas a partir de ramos. As estacas devem medir 20 cm de comprimento, com no mínimo 3 gemas, das quais 2 serão introduzidas em saco plástico contendo substrato solo, areia e esterco (3:2:1). Se o solo for de consistência arenosa, recomenda-se adicionar apenas esterco (3:1). A parte superior da estaca deve conter folhas cortadas ao meio. Mudas a partir de estacas devem permanecer em viveiro por 60 dias e após este período devem ser transplantadas para local definitivo, à pleno sol. O espaçamento deve ser de 40 cm entre plantas e 50 cm entre linha [ 2 ] .
prefere clima temperado, é muito sensível a invernos rigorosos e não resiste a geadas, contudo é tolerante ao sombreamento. Cresce melhor em solo com pH entre 6,5 e 8,0, e o excesso de matéria orgânica reduz a produção de óleo essencial. A irrigação pode ser realizada 2 vezes por semana. Deve-se ralear as touceiras quando houver alta densidade de perfilhos. O florescimento ocorre nos meses de julho à setembro [ 1 , 2 , 3 ] .
as folhas devem ser colhidas antes do florescimento no período da manhã, entre 9 e 10 horas, 10 cm acima do solo. No período de floração apresenta maior rendimento de óleos essenciais, contudo, é na fase da pré-floração que o óleo essencial apresenta maior concentração de camazuleno, o principal antioxidante encontrado nesta espécie. A sabedoria popular recomenda que a colheita das partes aéreas das plantas deve ser realizada na lua cheia. Em casos de colheita da planta inteira, a espessura máxima dos ramos e caules deve ser de 7 mm. Em cultivos comerciais corta-se toda a planta após 2 anos [ 1 , 2 , 4 ] .
o medicamento fitoterápico deve ser preparado preferencialmente a partir de folhas frescas. Se houver necessidade de secar, deve-se utilizar estufa com ar circulante de 45°C/36 horas. O armazenamento da planta seca deve ser realizado em ambiente não úmido e não deve ultrapassar 6 meses [ 2 ] .
embora esta espécie possa viver até 20 anos, a cultura deve ser eliminada e replantada a cada 3 ou 5 anos, pois ocorre declínio natural da planta a partir do 5º ano. Esta é uma espécie muito resistente à pragas, muito interessante para ser cultivada em hortas e jardins, pois repele uma série de pragas. A A. absinthium é susceptível à doenças vasculares fúngicas, principalmente no verão [ 1 ] .
Referências bibliográficas