A espécie A. arvense, não é endêmica do Brasil, mas encontra-se distribuída em diversas regiões do Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. Ocorre também na Bolívia, Paraguai, Argentina e México. Suas principais indicações são: estimulante e tonificante do sistema nervoso central, afrodisíaca, rejuvenescimento celular, antissifilítica, broncodilatadora, vasodilatadora, hipotensora e antitumoral[1,2,3,4].
Subarbusto, perene, medindo de 30 a 40 cm de altura, decíduo, ereto, pouco ramificado, ramos flexuosos partindo da base lenhosa, hastes pubescentes, xilopódio desenvolvido de cor clara, grosso e duro, com atém 1,5 cm de diâmetro; as folhas opostas, sésseis, finas, compostas, trifolioladas, com folíolos rígido-coriáceos, lineares a oblongo-lanceolados, de base afilada, margem revoluta, sésseis ou curto-peciolados, de cor mais clara na face inferior, medem de 6 a 8 cm de comprimento; as flores são grandes campanuladas, pedunculadas, solitárias, axilares, brancas ou amareladas; os frutos são em cápsulas, deiscentes, achatadas, lenhosas, largo-elípticas, de cor cinza, medindo cerca de 8 cm de comprimento x 6 cm de largura, contendo, aproximadamente, 18 sementes; as sementes são aladas, elípticas, membranáceas, esbranquiçadas, com cerca de 1 cm de comprimento x 3 a 3,5 cm de largura[1,2,3,4,5].
Nome popular | Local | Parte da planta | Indicação | Modo de preparo | Forma de uso | Restrição de uso | Referências |
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Catuaba verdadeira e catuíba | Brasil | - | estimulante, tônico, peitoral e afrodisíaca. |
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1
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Catuaba | Ceará (Brasil) | Casca | Afrodisíaca e tônica. |
Infusão. |
Uso oral. |
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2
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Catuaba, alecrim-do-campo, vergonteza e marapuama | Brasil | Caule e xilopódio (cascas) | Tônica geral, ansiolítica, antiasmática e no tratamento de bronquite. |
Decocção: 20 g do material vegetal (picado) em água. Ferver por 30 minutos. |
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Pode provocar estímulos adrenérgicos e em doses excessivas pode produzir midríase. Não deve ser indicada para gestantes, recém-nascidos e crianças. |
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3
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Catuaba, alecrim-do-campo, vergonteza e marapuama | Brasil | Raiz | Afrodisíaca. |
Maceração (por 1 semana): 20 g do material vegetal (picado) em vinho. |
Tomar 1 cálice durante as refeições (café da manhã, almoço e jantar). |
Pode provocar estímulos adrenérgicos e em doses excessivas pode produzir midríase. Não deve ser indicada para gestantes, recém-nascidos e crianças. |
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3
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Catuaba, alecrim-do-campo, vergonteza e marapuama | Brasil | Raiz | Peitoral e antissifilítica. |
Xarope: a partir da infusão, espessada com açúcar. |
Pode provocar estímulos adrenérgicos e em doses excessivas pode produzir midríase. Não deve ser indicada para gestantes, recém-nascidos e crianças. |
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3
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Catuaba | Brasil | Rizoma | Tônica. |
Pó (cápsula de 500 mg). |
Tomar 1 a 2 cápsulas com água (250 mL), 2 vezes ao dia (1 hora antes das refeições). |
Pode provocar taquicardia. Não indicado para pacientes portadores de glaucoma e uso com cautela em gestantes e lactantes. |
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4
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Referências bibliográficas
Neuroprotetora
Parte da planta |
Extrato / RDD / Padronização |
Modelo de ensaio in vitro / in vivo> | Conclusão | Referências |
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Caule (casca) |
Extrato: 250 mg do material vegetal (pó) em 1 mL de DMSO. Concentrações para ensaio: 0,0097 a 1,250 mg/mL. |
In vitro: Em células de neuroblastomas de humanos (SH-SY5Y) incubadas com rotenona, tratadas com o extrato vegetal, com posterior análise da viabilidade celular (MTT), morfológica (Microscopia invertida) e ultraestrutural (Microscopia Eletrônica).
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Observou-se que A. mirandum apresenta atividade neuroprotetora, sendo promissora para o tratamento da doença de Parkinson. |
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1
] |
Referências bibliográficas
Farmácia da Natureza
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1
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Tintura |
Alcoolatura |
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Componente |
Quantidade |
Componente |
Quantidade* |
Etanol/água 70% |
1000 mL |
Etanol/água 80% |
1000 mL |
Raiz seca |
100 g |
Raiz fresca |
200 g |
Tintura: pesar 100 g de raiz seca pulverizada e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 70%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Alcoolatura: pesar 200 g de raiz fresca, lavar, picar e colocar em frasco de vidro âmbar; em seguida adicionar 1000 mL de etanol a 80%, tampar bem o frasco e deixar a planta em maceração por 7 dias, agitando o frasco diariamente. Após esse período, filtrar em papel de filtro e envasar em frasco de vidro âmbar.
Esgotamento físico e mental e nos estados de convalescença.
Uso oral: tomar de 1 a 3 gotas por quilo de peso divididas em 3 vezes ao dia, sempre diluídas em água (cerca de 50 mL ou meio copo).
Referências bibliográficas
Alcaloides
catuabina.
Flavonoides
hesperidina, quercetina-3-O-glucosídeo, quercetina-3-O-ramnosídeo, cinchonainas IIa-IIb e kandelina A1.
Lipídeos
Resinas
Saponinas
Taninos
Triterpenos
ácido oleanólico, betulina, ácido betulínico e ácido ursólico.
Referências bibliográficas
suspender o uso se houver alguma reação indesejável[1].
em crianças abaixo de 7 anos, gestantes, lactantes e pacientes alcoolistas, abstêmios ou em tratamento para o alcoolismo (referente ao uso de formulações contendo etanol). Deve-se usar com cautela em pacientes portadores de glaucoma ou pré-excitação ventricular, pois pode agravar o quadro clínico do paciente[1,2].
doses excessivas podem causar midríase (atividade muscarínica) ou taquicardia acompanhada ou não de arritmia cardíaca (estímulo adrenérgico). Pessoas sensíveis podem desenvolver cefaleia por causa da substância ioimbina[2].
não há dados na literatura.
Referências bibliográficas
por semente. Deve-se retirar a expansão alada que recobre a semente, pois favorece o processo de desenvolvimento do sistema radicular. Introduzir as sementes em saquinhos plásticos de 15 cm de comprimento x 10 cm diâmetro, contendo substrato e solo arenoso. Transferir os saquinhos para viveiro, com irrigação diária. Posteriormente, as mudas devem ser transferidas para local definitivo, quando atingirem 20 cm de altura, em solo arenoso, sobre leiras e em covas com espaçamento de 0,4x0,4 m [ 1 , 2 ] .
apresenta resistência ao estresse hídrico, sendo prescindível a utilização de sistema de irrigação no campo [ 2 ] .
as raízes devem ser colhidas após o terceiro ano de cultivo [ 2 ] .
as sementes apresentam dormência inicial de 42 dias, após este período a emergência das plântulas ocorre até, aproximadamente, o 84º dia a semeadura. A micropropagação in vitro é técnica que pode ser utilizada para a propagação desta espécie, com técnicas validadas [ 2 , 3 ] .
Referências bibliográficas